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SERENO DE CACHOEIRO
De Cachoeiro de Itapemirim (ES) surge o G. R. E. S. V. Sereno de Cachoeiro, escola nascida da eterna União da Vila, uma escola em miniatura feita por Milton dos Santos desde 1993. Nasceu humilde, porém com o ideal de ser uma das grandes do carnaval virtual. E foi assim, quando poucos esperavam, que a Sereno, apostando num desfile misturando técnica e emoção, em homenagem à cidade-sede da escola, acabou desbancando as favoritas e abocanhando o título do Grupo de Avaliação da CAESV de 2007. Surpreendente - talvez este seja o adjetivo que melhor qualifica a escola, que já se impõe entre as potências da LIESV. Possui como característica o fato de um homem só ser o responsável por toda a escola. Milton dos Santos não só é o presidente como também é carnavalesco e intérprete da agremiação. Em 2018, não desfilou em virtude de problemas de saúde de seu pai. No Acesso em 2019, assegurou o retorno à elite com o vice-campeonato.
SINOPSE ENREDO 2022
Rosário dos Pretos SINOPSE Negras mãos calejadas desfiam contas em oração. “Contas de Lágrimas de Nossa Senhora”, e lágrimas de emoção. Olhos fechados, bocas se abrem repetindo as preces em honra à Santa Mãe de Deus. São mulheres e homens pretos, descendentes dos que vieram cativos para esta terra, arrancados de diversas partes da África, de onde trouxeram a fé em suas divindades, mesmo aquelas que foram levadas para lá por homens de outras terras. Entre as crenças que foram levadas para a África estava a fé Islâmica, principalmente ao norte do continente. Os fiéis sempre traziam à mão um pequeno cordão de contas que era usado para desfiar louvores a Alah. Mais tarde, missionários Dominicanos trouxeram outro cordão de contas com o qual faziam suas orações à Virgem Maria, o Rosário. O hábito de rezar nas contas se espalhou e sincretizou com as crenças dos povos nativos, principalmente em Angola e Guiné. Os escravizados vindos daquelas terras que chegavam ao Brasil já conheciam a reza e encontravam alento nas preces e orações. Fé e magia se unem sob a luz das velas, com a oração de nossos Pretos e Pretas Velhas que trazem o axé de Aruanda. Obrigados a professar a fé de seus senhores, são batizados pela mesma igreja que não permitia que entrassem no interior de seus templos. Em meio aos santos cultuados na religião dos senhores, descobrem santos negros: Santa Efigênia, Santo Elesbão, Santo Antônio de Categeró, São Benedito… negros divinizados e cultuados. Protetores e padroeiros de seus iguais na cor e na fé. Os ricos senhores se reuniam em irmandades, proibidas aos que carregavam o “vil sangue negro”, como constava em seus estatutos. Surgem, assim, as Irmandades de negros e mulatos, dentre as quais se destaca a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, para unir pretos e mulatos, cativos e libertos sob a fé católica. A primeira irmandade surge em Olinda, ainda no Sec. XVI, se espalhando pelo Brasil no decorrer dos séculos: As irmandades passam a ser movimentos de assistência para seus membros, proporcionando assistência jurídica, médica, arrecadando dinheiro para comprar a alforria para aqueles que não possuíam condições para comprar sua liberdade, como o Chico Rei, que juntava o ouro escondido nos cabelos de seus irmãos na pia da Igreja de Santa Efigênia do Alto da Cruz, em Vila Rica. Até mesmo na hora da morte, as irmandades foram fundamentais, promovendo enterros dignos para seus membros. Obras de caridade que eram vistas com bons olhos pelos senhores, que não mais se preocupavam com a assistência a seus cativos devotos, confiando esta responsabilidade às Irmandades do Rosário. Devotando seu suor, ergueram capelas e igrejas para prestar seu culto e, secretamente, sincretizar seus deuses aos santos católicos. Obras de arte e fé, onde os sagrados se encontravam. Em louvor ao padroeiro ou à Santa, saíam em procissões e celebravam as festas, fazendo das ruas e dos adros de suas igrejas um pedaço da Mãe África: Congados, Reisados, Maracatus, Batuques de todos os tipos em louvação aos santos e aos ancestrais. As Irmandades do Rosário dos Pretos resistem ao tempo, sendo focos de resistência e preservação da cultura negra e centros de luta pela igualdade e liberdade. Seja no Recife, no Pelourinho de Salvador, nas Minas Gerais, ou em qualquer canto do Brasil, lá estarão as mãos negras que desfiam o Rosário e mantém viva a chama da fé da negritude. Saudamos as Irmandades de todo o Brasil! Axé! Amém! Autor do enredo: Milton dos Santos Batista Junior |
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