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O CARNAVAL NA TV BRASILEIRA . 1º Capítulo: Os Primórdios (Anos 60) . 2º Capítulo: Do Preto e Branco o Homem Coloriu (Anos 70) . 3º Capítulo: A Era da Televisão – Anos 80 (1ª Parte - 1980-1983) . 4º Capítulo: Aconteceu, virou Manchete – Anos 80 (2ª Parte: 1984-1987) . 5º Capítulo: Na Tela da TV no meio desse povo (Virada Anos 80/90) . 6º Capítulo: O Canto dessa Cidade é meu! (Anos 90) . 7º Capítulo: Enfim, o carnaval da liberdade (Anos 2000) . 8º Capítulo: É o teu futuro que me seduz (Anos 2010) . 9º Capítulo: Como será o Amanhã? . 10º Capítulo: Carnaval, te Amo! Na Vida és tudo pra mim! 11 de fevereiro de 2021, nº 46 CAPÍTULO 9 – 202? - COMO SERÁ O AMANHÃ?
Como será o amanhã “O Amanhã” (João Sérgio) – Samba-enredo da GRES União da Ilha do Governador 1978
Previstos para fevereiro, blocos de rua e desfiles
na Sapucaí haviam sido adiados, e a prefeitura estudava se poderiam ser
realizados no meio do ano, caso a pandemia de coronavírus estivesse sob controle. Em uma sequência de postagens nas suas redes
sociais, o prefeito disse “ser impossível” preparar a cidade para a festa fora
de hora, mesmo com a vacinação contra a Covid-19 em curso. Pelo calendário litúrgico cristão, o carnaval 2021
estava previsto para acontecer de 13 a 16 de fevereiro (de sábado a terça).
Mas, por causa da pandemia de coronavírus, os desfiles na Sapucaí e os blocos
autorizados haviam sido inicialmente adiados para julho. “Nunca escondi minha paixão pelo carnaval e a visão clara que tenho da
importância econômica dessa manifestação cultural para nossa cidade. No
entanto, me parece sem qualquer sentido imaginar a essa altura que teremos
condições de realizar o carnaval em julho”, destacou Paes.
“Essa celebração exige uma grande preparação por
parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba.
Algo impossível de se fazer nesse momento. Dessa forma, gostaria de informar
que não teremos carnaval no meio do ano em 2021”, completou o chefe do governo
municipal carioca. Segundo declarou Eduardo Paes, com todos
vacinados, o carnaval “deve voltar a acontecer em 2022”. Parece até uma ironia
do destino: enquanto Marcelo Crivella, seu antecessor no Palácio da Cidade, em
quatro anos fez de tudo para terminar com a festa, coube justamente a Eduardo
Paes, um reconhecido apaixonado por carnaval, ter que descartar a realização da
folia em 2021.
A
nova data ainda não havia sido definida, mas, no
caso dos desfiles, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo
(Liga-SP) chegou a propor
que a festa fosse realizada em julho. A data do evento estava mantida
até a sexta-feira de carnaval, quando Covas em 12 de fevereiro
também confirmou o cancelamento da festa no Sambódromo do
Anhembi, três semanas depois das postagens de Eduardo Paes. DISPUTAS VIRTUAIS DE SAMBA-ENREDO Por conta da pandemia do novo coronavírus e todas
as restrições impostas pelas autoridades de saúde, as escolas de samba
resolveram inovar na escolha de samba-enredo para o carnaval inicialmente
previsto para 2021, mesmo sem a certeza da realização do espetáculo. Muitas agremiações fizeram (e ainda estão fazendo)
concursos virtuais. A transição para o meio digital busca evitar aglomerações. Série
A A largada foi dada pela Unidos de Padre Miguel. Em
abril de 2020, a escola da Série A do Rio de Janeiro definiu o formato de sua
disputa, ao divulgar o enredo “Iroko – é
tempo de xirê”, que conta a história da Árvore-Orixá. Após um calendário de cinco lives (apresentação
das obras concorrentes, duas eliminatórias, semifinal e final) a UPM foi a
primeira a escolher o samba-enredo após ter repensado o formato do concurso. O
hino, de autoria de Chacal do Sax, Sidney Myngal, Jota Ilhabela, Felipe
Mussili, Alexandre Rivero, Júnior Diniz e Gabriel Simões, foi escolhido em live
realizada na quadra em Vila Vintém, zona oeste do Rio, no dia 1 de agosto de
2020 e transmitida pela internet no canal da escola no YouTube.
Após a UPM outras escolas da Série A também
escolheram sambas em disputas digitais em suas quadras transmitidas pelo canal
Fitamarela em parceria com os respectivos canais de cada escola: Acadêmicos do
Cubango (“Onilé Cubango”), Império da
Tijuca (“Samba de Quilombo: a resistência
pela raiz”) e Império Serrano (“Mangangá”).
A Unidos do Porto da Pedra (“O caçador
que traz alegrias”) lançou seus sambas concorrentes na internet, mas devido
a incerteza que se instalou sobre os desfiles de meio de ano, ainda não
concluiu a escolha. Outras seis escolas optaram por não realizar
disputa de samba devido à pandemia da Covid-19. Com isso, decidiram por
encomendar o samba às suas alas de compositores ou a autores convidados. Foi o caso de Lins Imperial em “Mussum pra sempris – Traga o mé que hoje com
a Lins vai ter muito samba no pé!”, em homenagem ao sambista e eterno trapalhão
Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941 – 1994), Unidos da Ponte (“Santa Dulce dos Pobres – O anjo bom da Bahia”),
Unidos de Bangu (“Deu Castor na cabeça!”),
Acadêmicos do Sossego (“Visões Xamânicas”),
Inocentes de Belford Roxo (“A meia-noite
dos tambores silenciosos”) e Acadêmicos de Vigário Geral (“Pequena África: da escravidão ao
pertencimento, camadas de memórias entre o mar e o morro”).
Três pavilhões decidiram pela reedição de sambas
anteriormente já levados à avenida: Em Cima da Hora, União da Ilha do
Governador e Estácio de Sá.
A ECDH vai reapresentar o enredo “33, Destino Dom Pedro II”, que conferiu à
agremiação do bairro de Cavalcanti, em 1984 (ano da inauguração do sambódromo
da Sapucaí), o Estandarte de Ouro de melhor samba e o terceiro lugar no antigo
Grupo 1B, fazendo com que retornasse ao Grupo Especial. A tricolor insulana vai reeditar “Fatumbi, a Ilha de Todos os Santos”,
tema apresentado no Carnaval 1998, quando obteve a 9ª colocação no Grupo
Especial. Já a vermelha e branca do bairro do Estácio vai
novamente homenagear o Clube de Regatas Flamengo. O rubro-negro virou samba em
1995, quando o berço do samba comemorou o centenário da fundação do clube
carioca. Desta vez, com “Cobra-coral,
Papagaio Vintém, vesti Rubro Negro não tem pra ninguém!”, a mesma letra
será readaptada para celebrar o ano de 2019, um dos mais vitoriosos da história
do Mengão. Até o momento em que este texto estava sendo
redigido, a única escola que não havia definido se haverá disputa virtual ou se
vai recorrer à encomenda de samba é a Acadêmicos de Santa Cruz, que vai prestar
homenagem ao ator, diretor e produtor Milton Gonçalves, com o enredo “Axé Milton Gonçalves! No Catupé da Santa
Cruz”.
Transmissão
das finais de escolhas de samba pela Globo ou “sonhar não custou nada” No final do mês de setembro de 2020, logo após a
plenária da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro que
decidiu pelo adiamento para o mês de julho de 2021 dos desfiles que
aconteceriam em fevereiro devido à pandemia do novo cornonavírus, uma alegria fugaz
animou os foliões telespectadores e internautas. Gabriel David, diretor da Beija-Flor e filho do
presidente da escola de Nilópolis, Anísio Abraão David, teve a ideia de um
projeto de transmissão por lives para as 12 escolas do Grupo Especial
apresentarem as escolhas de seus sambas-enredos na TV Globo. O projeto, segundo o site especializado Carnavalesco, teria sido aprovado pela emissora e restava apenas a definição
de data e de qual seria a plataforma da transmissão — em canal fechado ou por
streaming. A estimativa inicial de data que a Globo e as escolas de samba
trabalhavam seriam os meses de novembro de 2020 ou janeiro de 2021. A intenção era de que as escolas recebessem algum
valor pelos direitos de transmissão e pudessem atenuar as perdas com a
impossibilidade de fazer o carnaval no período tradicional. Com o tweeet do prefeito Eduardo Paes, que
anunciou o cancelamento dos desfiles programados para o meio do ano, tanto a
emissora quanto as escolas recuaram e a ideia do jovem dirigente nilopolitano
ficou em stand-by. Pelo menos até 2022. Mas não custou nada sonhar.
O
Especial tá on Mesmo sem a garantia da participação da TV Globo
algumas escolas do Grupo Especial iniciaram no mês de novembro de 2020 as
eliminatórias dos concursos de samba enredo com transmissão pela internet. Foi
o caso da Acadêmicos do Salgueiro, que vai apresentar no próximo carnaval o
enredo “Resistência”. Portela (“Igi
Osè Baobá”) e Mocidade Independente de Padre Miguel (“Batuque ao Caçador”) deram início às respectivas eliminatórias na
segunda quinzena de janeiro de 2021. No entanto, após a Prefeitura do Rio ter anunciado
no dia 21 de janeiro o cancelamento dos desfiles previstos para o mês de julho,
as agremiações anunciaram a suspensão – por tempo indeterminado – das disputas.
Na contramão das coirmãs, a Estação Primeira de Mangueira
e a Imperatriz Leopoldinense decidiram continuar os concursos virtuais e ocupar
o mês de fevereiro com uma folia possível de se realizar. Por meio de lives, as
escolas realizam as apresentações dos sambas concorrentes levando Carnaval para
as casas dos sambistas. A rainha de Ramos realizou no dia 7 de fevereiro
uma live em sua quadra com a apresentação dos 15 sambas concorrentes ao enredo
“Meninos eu vivi... Onde canta o sabiá,
onde cantam Dalva e Lamartine”, que homenageia o cenógrafo, figurinista e
carnavalesco Arlindo Rodrigues (1931 - 1987). A transmissão se deu através do
canal da verde e branca no YouTube e da produtora Fitamarela. Já a Mangueira marcou para os dias 14, 15 e 16 de
fevereiro, respectivamente, domingo, segunda e terça de Carnaval, o “Viradão da
Verde e Rosa”. O evento já estava programado para o mês, mas teve sua data
adaptada por conta dos dias de Carnaval. A live acontece das 15 às 18 horas,
sem público, transmitida de forma gratuita pelo canal da verde e rosa. Na
programação, a escola vai apresentar clássicos do repertório mangueirense e
também as composições inscritas na disputa de sambas do enredo “Angenor, José e Laurindo”, iniciando o
processo de seleção que escolherá o samba oficial para o Carnaval 2022. As demais escolas Unidos do Viradouro (“Não há tristeza que possa superar tanta
alegria”), Beija-Flor de Nilópolis (“Empretecer
o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”), Paraíso do Tuiuti (“Soltando os bichos”), Unidos da Tijuca
(“Waranã, a reexistência vermelha”), Acadêmicos
do Grande Rio (“Fala, Majeté! Sete chaves
de Exu”) e Unidos de Vila Isabel (“Canta,
canta, minha gente! A Vila é de Martinho!”) até agora apenas
disponibilizaram as obras concorrentes na internet. Até a primeira semana de fevereiro, a São Clemente
era a única das 12 agremiações do Grupo Especial que ainda não havia lançado os
áudios da disputa na rede. O enredo da preto e amarelo da zona sul é “Ubuntu”, palavra africana, que significa
humanidade e que traz em sua essência a busca pelo bem-estar coletivo.
Sampa
também em conexão Na Pauliceia, várias escolas também recorreram aos
concursos virtuais para a escolha de seus sambas. A maioria das disputas on-line
teve início no mês de agosto de 2020. Na capital paulista, as primeiras agremiações a
escolher seus hinos no formato digital foram a Mancha Verde (“Planeta Água”), Colorado do Brás (“Carolina, a Cinderela Negra do Canindé”)
e a Unidos do Peruche (“Água, divinas
bênçãos”), que está no Grupo de Acesso 2 (o equivalente à terceira divisão
do carnaval paulistano). Também realizaram eliminatórias e finais através
de lives transmitidas pela internet Rosas de Ouro (“Sanitatem”), Mocidade Alegre (“Quelémentina
cadê você?”), Barroca Zona Sul (“A
evolução está na sua fé. Saravá Seu Zé!”), Camisa Verde e Branco (“Na fé do trevo, eu te benzo. Na fé do trevo,
te curo. Rezadeiras”), Dragões da Real (“O dia em que a Terra parou”), Leandro de Itaquera (“No ecoar dos tambores e no feitiço da
Leandro – De Dahomé as terras da encantaria, o cortejo da rainha Jeje e os
segredos de Xelegbtá”).
Algumas agremiações de São Paulo optaram por fazer
grandes espetáculos no formato drive-in transmitidos por lives, seguindo todos
os protocolos sanitários estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
como foram os casos da atual campeã do carnaval de São Paulo, Águia de Ouro (“Águas de Oxalá”), da Gaviões da Fiel (“Basta!”) e da Vai-Vai, que assim lançou
o enredo “Sankofa”. A disputa da escola da Saracura ainda está em
andamento, com previsão do samba oficial ser escolhido no mês de fevereiro,
ainda sem definição se através de live ou divulgação nas redes sociais. A
Vai-Vai tem realizado audições através das faixas de cada obra para fazer a
avaliação, em função da pandemia. Houve escolas que preferiram escolher o samba
através de audições internas com os setores da escola e divulgar os hinos nas
redes sociais, como foi o caso da Acadêmicos do Tatuapé (“Preto Velho canta a saga do café num canto de fé”) e a Tom Maior (“O Pequeno Príncipe no Sertão”).
E como de costume, também houve espaço para os
sambas encomendados. A Acadêmicos do Tucuruvi apresentou o samba “Carnavais… De lá pra cá o que mudou? Daqui
pra lá o que será?”, de autoria de Diego Nicolau, Marcelo Chefia, Rodrigo
Minuetto, Rodolfo Minuetto e Leonardo Bessa, através de uma live show. Já a Unidos de Vila Maria optou por não fazer um
concurso para o enredo “O mundo precisa
de cada um de nós. A Vila é porta-voz” e recorreu a um samba encomendado
que foi lançado no mês de julho de 2020 pelas redes sociais da entidade. A obra
foi assinada pelos compositores Dudu Nobre, Zé Paulo Sierra e Diego Nicolau. A CASA MAIS VIGIADA DO CARNAVAL
DE SP Que tal ficar isolado em uma casa e ser vigiado
por milhares de pessoas? Bem, não estamos falando nem do Big Brother Brasil, da
Rede Globo, e muito menos d’A Fazenda, da TV Record. Trata-se de outro reality
show que promete entreter os apaixonados pelo carnaval paulistano: é o “Carnaval
Wall”, o primeiro programa do gênero voltado para o samba.
O Carnaval Wall reúne 14 personalidades das
agremiações do grupo especial de São Paulo, em uma dinâmica que conta com
provas individuais e em grupo, sendo que ao final de cada episódio, todos são
avaliados pelos expectadores através de uma votação on-line. Os três que
acumularem maior pontuação no decorrer do programa, fazem a grande final.
Na primeira temporada são previstos 16 episódios, gravados
ao longo de quatro semanas, em uma casa na cidade de Mairiporã, na região da
grande São Paulo. O grande vencedor ganha uma viagem de cruzeiro com
acompanhante, R$ 5 mil em dinheiro e um prêmio surpresa. O programa está previsto para começar no dia 16 de
fevereiro, com transmissão via YouTube e no site do programa
(www.carnavalwallsp.com.br). A modelo e atriz Mariana Rodrigues, musa do
Vai-Vai, é a apresentadora da atração. Os 14 selecionados para o Carnaval Wall são: Bruna
“Negreska” de Jesus, musa da Tom Maior; Brunetty
Montila, destaque da Império de Casa Verde; Daniel
Oliveira, mestre-sala da Saudosa Maloca; Flávia
Capela, musa da Gaviões da Fiel; Isadora
Salles, Rainha Juvenil do Carnaval SP, princesa de
bateria da Dragões da Real; Jhonata
Henrique, passista da Nenê de Vila Matilde; João
Arruda, passista da Vai-Vai; Kakáh
Morena, destaque da Imperador do Ipiranga; Rafael
Paulo (Mestre Rafa), diretor de bateria da Rosas de Ouro; Robério
Theodoro, 1°Rei Momo Magro SP, coreógrafo CF da Pérola
Negra e Rei da Mocidade Alegre; Rodolfo
Massera, destaque e profissional de ateliês; Ruhanan
Lucas, mestre-sala da Colorado do Brás; Sérgio
Cordeiro, CF Mocidade Unida da Mooca, Waleska
Gomes, porta-bandeira da Acadêmicos do Tucuruvi.
LIGA-SP REEXIBE 34 DESFILES
DURANTE O CARNAVAL 2021 Uma maratona que promete prender os saudosos do
carnaval de avenida na frente das telas dos computadores, celulares e das TVs
smart durante os quatro dias do carnaval no calendário cristão. É o que promete
a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP). Sem a agenda do pré-Carnaval e sem o Desfile das
Escolas de Samba, fevereiro ficou vazio. Por isso, a Liga-SP vai reexibir 34
desfiles nos dias 12, 13, 14 e 15 de fevereiro, datas em que o espetáculo das
agremiações ocuparia o sambódromo do Anhembi em 2021. A ação vai ser
transmitida ao vivo pelas redes sociais da entidade organizadora do Carnaval,
em ordem e horário sorteados para o próximo desfile oficial. A partir das 23h15 do dia 12 de fevereiro
(sexta-feira), a transmissão ao vivo começa com Acadêmicos do Tucuruvi e avança
pela madrugada com Colorado do Brás, Mancha Verde, Tom Maior, Unidos de Vila
Maria, Acadêmicos do Tatuapé e Dragões da Real. No sábado (13), às 22h30, a reexibição dos
desfiles começa com Vai-Vai, e depois Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre, Águia
de Ouro, Barroca Zona Sul, Rosas de Ouro e Império de Casa Verde, fechando o
grupo Especial. Já no domingo (14), a campeã do Acesso II, Morro
da Casa Verde, abre a transmissão, às 21h. Em seguida, são reexibidos os
desfiles do Camisa Verde e Branco, Mocidade Unida da Mooca, Independente
Tricolor, Estrela do Terceiro Milênio, X-9 Paulistana, Leandro de Itaquera e
Pérola Negra, que encerra o grupo de Acesso. Brinco da Marquesa inicia a transmissão ao vivo
dos desfiles do grupo de Acesso II na segunda-feira (15), às 20h. A programação
avança a madrugada com Camisa 12, Uirapuru da Mooca, Primeira da Cidade Líder,
Unidos de Santa Bárbara, Torcida Jovem, Nenê de Vila Matilde, Unidos do
Peruche, Imperador do Ipiranga, Amizade Zona Leste, Tradição Albertinense e Dom
Bosco de Itaquera. A reexibição dos desfiles marca a comemoração dos
30 anos de inauguração do sambódromo do Anhembi. As próprias agremiações
elegeram desfiles que passaram pela Avenida nos últimos 30 carnavais. Transmissão pelo YouTube ou pelo Facebook da Liga. Olha o boi com abóbora (Dodô Marujo e Zeca do Varejo) Esse é um dos refrães do saboroso samba-enredo da
simpaticíssima GRES Em Cima da Hora do Carnaval de 1981, “Boi bumbá com
abóbora”, dos compositores Dodô Marujo e Zeca do Varejo – enredo satírico que o
carnavalesco Ney Roriz criticava os desfiles das grandes escolas de samba por
serem parecidos e sem mostrarem novidades. Já “Boi com Abóbora” é um jargão do meio
carnavalesco que significa que um samba é ruim, confuso, medíocre, de má
qualidade. Também é o nome de um canal no YouTube mantido pelo carnavalesco
André Rodrigues e pelos jornalistas e escritores Fabio Fabato e João Gustavo
Melo que, com muita descontração, foca na paixão pelas escolas de samba. Pois o canal Boi Com Abóbora vai exibir desfiles
históricos das escolas de samba do Grupo Especial nos dias em que o Grupo de
Acesso passaria pela Avenida, 12 e 13 de fevereiro, a partir das 21h. Os carnavais que passaram na Sapucaí voltam para
uma disputa de tira-teima como se estivessem desfilando ao vivo. E, tal qual
uma transmissão de televisão, cada ala e carro alegórico recebem comentários ao
vivo. As apresentações ocorrem na ordem do último
sorteio da Liesa e os 40 julgadores convidados dão nota nos tradicionais dez
quesitos da folia real (samba, bateria, mestre-sala e porta-bandeira, comissão
de frente, harmonia, evolução, conjunto, alegorias e adereços, fantasias e
enredo). Na Quarta-Feira de Cinzas (dia 17), há a apuração para a escolha da
grande campeã virtual dessa festa que mistura tempo e espaço. No júri de convidados, nomes como os jornalistas
Eugênio Leal (ESPN e Fox Sports), Pedro Willmesdorf (O Globo), João Paulo
Saconi (O Globo), Rafael Moraes (O Estado de São Paulo), Lucas Prata Fortes
(Revista Época), Pedro Ivo Almeida (UOL e ESPN), Any Cometti (G1) e Rômulo Tesi
(Band), além de sambistas como Leonardo Bessa, Milena Wainer e Eryck Quirino,
entre outros. O presidente do corpo de jurados é o jornalista Rodrigo Hilário
que já integrou o júri do carnaval carioca. Além dos mapas oficiais com quatro graus por
quesito, um prêmio especial, nos moldes do Estandarte de Ouro promovido pelo
jornal O Globo, também será entregue para as melhores apresentações. A
pesquisadora Rachel Valença, o jornalista Aydano André Motta e o professor
Felipe Ferreira, idealizador do Centro de Referência do Carnaval (UERJ), lideram
um debate e o julgamento desta premiação.
MODELO DE TRANSMISSÃO Após votação com internautas, foram eleitos 12
desfiles concorrentes de todas as escolas de samba do Grupo Especial. O detalhe
é que nenhum deles terminou campeão em seus anos de origem. Todos são exibidos
com um som ambiente e nova narração e análises, como se estivessem acontecendo
de verdade. A apresentação fica a cargo de Fabato, com
comentários de Rodrigues, Melo e dos produtores culturais Adriano Machado,
Thayssa Menezes e Thiago Lacerda. Sexta-feira (dia 12), a partir das 21h: 1- Imperatriz Leopoldinense 1996 (“Imperatriz Leopoldinense honrosamente
apresenta Imperatriz Leopoldina”); 2- Mangueira 2017 (“Só com a ajuda do Santo”) 3- Salgueiro 2007 (“Candaces”) 4- São Clemente 2015 (“A incrível história do homem que só tinha medo…Fernando Pamplona”) 5- Viradouro 1998 (“Orfeu, o Negro do Carnaval”) 6- Beija-Flor 1986 (“O mundo é uma bola”) Sábado (dia 13), a partir das 21 horas: 1- Tuiuti 2018 (“Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão?”) 2- Portela 1995 (“Gosto que me enrosco”) 3- Mocidade Independente 1997 (“De corpo e alma na Avenida”) 4- Unidos da Tijuca 2004 (“O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência tempo do
impossível”) 5- Grande Rio 2006 (“Amazonas: delírios e verdades do Eldorado Verde”) 6- Vila Isabel 1993 (“Gbalá, viagem ao templo da criação”) Terça-feira (dia 16), a partir das 19 horas: - Live com a entrega dos prêmios especiais (no
canal Boi com Abóbora do YouTube) Quarta-feira (dia 17), às 16 horas: - Apuração dos resultados.
GLOBO: PROGRAMAÇÃO DO “NOVO
NORMAL” E O MELHOR DO CARNAVAL Aos 44 minutos do 2º tempo, a detentora dos
direitos exclusivos de transmissão dos dois principais desfiles de escolas de
samba no Brasil deu um alento aos amantes da folia. A TV Globo anunciou no dia
9 de fevereiro (portanto, 4 dias antes do carnaval no calendário cristão) que vai
exibir um programa reunindo os melhores momentos dos 30 desfiles que marcaram a
história do carnaval. Para curtir em casa, sem aglomerar. Serão apresentados 15 desfiles em compacto no
sábado, dia 13 de fevereiro, após o programa “Altas Horas”, e 15 compactos de
cortejos no domingo, dia 14, depois do “BBB21”. A escolha dos sambas foi feita por curadores
especializados com apoio das ligas do Rio e de São Paulo, além das próprias
escolas de samba. A apresentação ficará a cargo do ator Ailton Graça e do
carnavalesco Milton Cunha, com direção de Boninho. Durante as duas madrugadas, o público poderá
eleger os melhores desfiles de todos os tempos, de cada estado, por uma votação
no portal GShow. O resultado será anunciado ao fim da
transmissão no próprio domingo. Sai
a Globeleza entra a Brahma O programa não terá a costumeira marca “Carnaval
Globeleza” e se chamará “Desfile número 1 da Brahma”. O projeto foi feito pela
TV Globo em conjunto com a cervejaria Brahma. É o come
back do velho slogan global surgido na década de 70 (como vimos no Capítulo 2 desta série), adaptado ao
novo normal em tempos de pandemia: “Programação normal e o melhor do carnaval”. Ao menos, a Globo não vai deixar o carnaval passar
em branco. Foi a única emissora de televisão aberta do país que acenou com algo
do gênero no período da folia.
Confira a lista dos desfiles históricos que a
Globo vai passar: SÃO PAULO: 1 – Águia de Ouro 2020 (“O poder do saber”); 2 – Mancha Verde 2019 (“Oxalá salve a princesa”); 3 – Mocidade Alegre 2014 (“Andar com fé eu vou… Que a fé não costuma falhar”); 4 – Acadêmicos do Tatuapé 2018 (“Maranhão: Os tambores vão ecoar na Terra da
Encantaria”); 5 – Unidos de Vila Maria 2017 (“Aparecida, a Rainha do Brasil – 300 anos de
amor e fé no coração do povo brasileiro”); 6 – Dragões da Real 2017 (“Dragões canta Asa Branca”); 7 – Rosas de Ouro 2005 (“Mar de Rosas”); 8 – Tom Maior 2009 (“Uma nova Angola se abre para o mundo. Em nome da paz, Martinho da Vila
canta a liberdade”); 9 – Império de Casa Verde 2005 (“Brasil, se Deus é por nós, quem será contra
nós”); 10 – Barroca Zona Sul 2020 (“Benguela, a Barroca clama a ti, Teresa”); 11 – Gaviões da Fiel 2003 (“Cinco deusas encantadas na corte do rei”); 12 – Colorado do Brás 2019 (“Hakuna Matata, isso é viver”); 13 – Vai-Vai 2008 (“Vai-Vai Acorda Brasil”); 14 – Acadêmicos do Tucuruvi 2011 (“Oxente, o que seria da gente sem essa
gente? São Paulo, capital do Nordeste”).
RIO DE JANEIRO: 1 – Salgueiro 1993 (“Peguei um ita no Norte”); 2 – Mocidade Independente 1990 (“Vira, Virou! A Mocidade chegou”); 3 – Viradouro 1998 (“Orfeu, o Negro do Carnaval”); 4 – Beija-Flor 1989 (“Ratos e urubus, larguem a minha fantasia”); 5 – Portela 2017 (“Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”); 6 – Unidos da Tijuca 2010 (“É segredo”); 7 – Imperatriz Leopoldinense 1989 (“Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós”); 8 – Mangueira 2016 (“Maria Bethânia, a Menina dos Olhos de Oyá”); 9 – Vila Isabel 1988 (“Kizomba, festa da raça”); 10 – Mocidade Independente 1985 (“Ziriguidum 2001”); 11 – Beija-Flor 2011 (“A simplicidade de um Rei”); 12 – Grande Rio 2017 (“Ivete do Rio ao Rio”); 13 – Viradouro 2020 (“Viradouro de alma lavada”); 14 – Império Serrano 2004 (“Aquarela Brasileira”, reedição do samba de 1964);
Na
tela da TV, só que sem o povo A Globo também preparou para o período
carnavalesco do calendário litúrgico cristão uma programação com muitas lives –
não necessariamente carnavalescas, como veremos. No sábado, dia 13, tem live de Maria Bethânia, às
20h, na plataforma Globoplay. Será a primeira apresentação on-line da cantora
baiana, homenageada pela Mangueira no carnaval de 2016, em seus 56 anos de
carreira. A folia pelo streaming vai contar ainda com o “ao
vivo” do encontro de Claudia Leitte com Ivete Sangalo, também no sábado (13),
às 17h30, no Canal Multishow, e nos canais oficiais das duas divas cantoras no
YouTube. Outra baiana, Daniela Mercury, musa da axé music
nos anos 90 e da MPPB (Música Pra Pular Brasileira), tem live agendada para
sexta-feira, dia 12, às 20h30, no canal do YouTube da artista. A cantora Preta Gil estará em dose dupla durante o
feriado: nos dias 12 e 14 de fevereiro, às 16h. Na primeira data, ela se
apresenta na live “E-Carnaval”, ao vivo, diretamente do Morro da Urca, com
participação de nomes como Bell Marques, Péricles e Jota Quest. No dia 14, é a
vez do Bloco da Preta ganhar uma versão on-line na folia, estimulando as
pessoas a ficarem em casa, tendo como convidados Alcione, Mumuzinho e Tereza
Cristina. Os dois shows serão exibidos simultaneamente no
canal da cantora no YouTube e em seu perfil do Instagram. Curiosamente, em
novembro de 2020, Preta Gil se posicionou contra a realização do Carnaval em
2021 por causa da pandemia do novo coronavírus. “Comemorar o quê com tanta
gente doente?”, declarou em entrevista ao jornalista Zeca Camargo, no UOL. A
filha de Gilberto Gil foi uma das primeiras pessoas no país a contrair a
Covid-19. “Acho que adiar o carnaval não é uma boa opção. O melhor é cancelar.
Cancela!”, ressaltou a artista canceladora.
A super live batizada de “Encontro” reúne três nomes
que são a sensação do pagode baiano atual: Léo Santana, Harmonia do Samba e
Parangolé. O trio chegou a rodar o Brasil em turnê, mas antes do período de
quarentena. O megashow acontece no sábado de carnaval, dia 13 de fevereiro, às
20 horas, no canal do YouTube do evento. O cantor e compositor baiano Bell Marques entra na
programação de lives do período carnavalesco com a transmissão “Meu Carnaval”.
O ex-Chiclete com Banana se apresenta no domingo, dia 14, a partir das 16
horas, horário em que Bell tradicionalmente puxa o trajeto do Farol da Barra a
Ondina à frente do Bloco Camaleão. A live está disponibilizada no canal de Bell
Marques no YouTube.
A turma do Monobloco também aquece os tamborins e
leva a alegria de seus desfiles para a casa dos foliões. Dez vídeos inéditos –
e gravados remotamente – estão disponíveis desde o dia 9 de fevereiro, no canal
do bloco, no YouTube. A diversão virtual só acaba no dia 13, com um desfile
on-line do grupo nas plataformas digitais. NA BAND, NADA DE MUVUCA Assim
como a Globo não terá este ano a cobertura do “Carnaval Globeleza”, a
concorrente Band, também não vai oferecer para o público televisivo a
tradicional “Band Folia” em rede nacional. No entanto, o carnaval carioca não
vai ficar de fora da tela da emissora. Casa
Verão do Samba é um programa em homenagem ao carnaval carioca apresentado pelo
carnavalesco Leandro Vieira, também responsável pela direção artística ao lado
de Bruno de Paula. O mote da campanha do programa é “Sambe em casa, nada de
muvuca”. A atração vai ao ar na semana que seria o Carnaval, entre os dias 15 e
19 de fevereiro, na Band Rio, às 13h30, no canal da TV no YouTube. Entre
os artistas confirmados estão Xande de Pilares, Bira Presidente, Moacyr Luz,
Pedro Luis, Marina Íris e o Cordão do Boitatá. Os convidados vão lembrar de
sambas que marcaram a história de cada um no Carnaval, além dos principais
sucessos da carreira.
ERA DAS LIVES E O #FIQUEEMCASA As lives não são novidade, mas ganharam novas
proporções com o advento do novo cornonavírus. A pandemia de Covid-19 colocou o
mundo em quarentena, pois a única alternativa efetiva no combate à doença é o
distanciamento social. Naturalmente, essa situação mudou a forma como as
pessoas interagem e consomem entretenimento. Hoje, vivemos em plena era da
lives, graças a movimentos como o #fiqueemcasa
e protocolos extremos de confinamento como o lockdown. Plataformas como Instagram e YouTube já ofereciam
o recurso de transmissão ao vivo, mas foi durante a pandemia que elas
explodiram. Empresas de todos os portes, instituições de ensino, músicos,
artistas e outros profissionais começaram a fazer lives com o objetivo de não
congelar totalmente sua rotina, não perder contato com o público e arrecadar
recursos para ajudar na recuperação dos danos causados pela pandemia. Diante de lives que foram fenômenos de acessos
simultâneos e arrecadação milionária de doações, esse recurso se provou de
grande poder, tanto para o público, quanto para o transmissor e empresas
envolvidas. A era das lives foi concretizada graças aos
números incríveis alcançados. O Brasil tem 4 das 5 maiores audiências mundiais
do YouTube, sendo Andrea Bocelli o único artista internacional a ocupar o
ranking, com sua live transmitida no Domingo de Páscoa de 2020, diretamente da
vazia Catedral de Milão, na Itália, com pico de 2,8 milhões de pessoas. Em primeiro lugar, está a cantora de música
sertaneja Marília Mendonça, com pico de visualizações de 3,3 milhões, no dia 8
de abril de 2020. Logo em seguida aparecem Jorge & Mateus, com pico de 3,2
milhões de views, o já citado italiano Andrea Bocelli, Gusttavo Lima, com 2,7
milhões e Sandy & Júnior, com pico de 2,5 milhões de visualizações. Melhoria
na qualidade das transmissões on-line Como vimos anteriormente, devido à pandemia, as
escolas de samba despertaram para o potencial das lives carnavalescas e mergulharam
de cabeça na realização de transmissões com mais e melhor qualidade do que
havia antes. Até 2019, por exemplo, as escolas não davam tanta
atenção e importância às transmissões das eliminatórias e finais de
samba-enredo. Esses eventos acabavam se tornando coberturas jornalísticas dos
sites e portais especializados em carnaval, que acompanhavam ao vivo, minuto a
minuto e com as armas que tinham. O público carnavalesco só tinha acesso o que acontecia
nas quadras porque a imprensa on-line de carnaval cobria, muitas vezes em
locais que não davam as devidas condições de se obter boa imagem, um bom áudio
e uma rápida velocidade da conexão de internet. Em 2020, houve uma virada de chave e as escolas de
samba perceberam o quanto era importante levar ao público uma transmissão
on-line com muito mais qualidade, até para possível monetização com as
plataformas de streaming. Com isso, 9 entre 10 escolas de samba passaram a ter
o auxílio luxuoso e a assinatura de qualidade de produtoras de vídeo como a Fitamarela.
“Fita Amarela”, de Noel Rosa, é uma das obras mais
gravadas e mais emblemáticas do cancioneiro brasileiro. Inspirados na obra de
Noel, profissionais de comunicação, audiovisual, cultura e artes, teatro,
fotografia e artes visual batizaram de “Fitamarela”, uma produtora de vídeo especializada
em livestreaming e audiovisual.
A empresa surgiu no Rio de Janeiro em 2003, ano em
que paralelo às gravações da MPB foram dirigidos também vídeos institucionais
da Petrobras. No final de 2016 a produtora carioca passou a se dedicar
exclusivamente à música brasileira, com foco na música de raiz, produzindo e
gerando conteúdo ao vivo como shows e lives, além de gravar videoclipes, vídeos
institucionais, documentários, ações publicitárias, cases, vídeos para Web,
entre outros serviços.
Rede TV, Rede Globo, gravadora Biscoito Fino, Alcatel,
GRES Mangueira, GRES Beija Flor de Nilópolis, Museu do Samba, Museu de Arte do
RJ (MAR), Prefeitura do RJ, IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e
Cultural, Cia dos Técnicos, e artistas como Arlindo Cruz, Martinho da Vila, Ivo
Meirelles, Kleiton & Kledir e Dudu Nobre estão entre os clientes da
Fitamarela. Outras produtoras de conteúdo audiovisual também
se destacam no segmento carnavalesco principalmente pelos refinados e superbem
produzidos clipes de sambas enredo, como a ImaginaRio Comunicação e Marketing e
a Leme Filmes – Registrando Sonhos. Porém, as duas empresas ainda não
ingressaram no ramo das lives carnavalescas.
O MEU DESTINO SERÁ COMO DEUS
QUISER... Foliões de todo o Brasil estão em contagem
regressiva para uma data que ainda não tem previsão de chegada: o próximo Carnaval.
Será em 2022 ou 2023? O que sabemos é que em 2021 – infelizmente – não será. Com a pandemia do novo coronavírus, as cidades
onde ocorrem as principais festas, desfiles de escolas de samba ou apresentação
de blocos de rua cancelaram ou suspenderam os eventos para não causar
aglomeração e evitar a proliferação da Covid-19. A certeza é de que em fevereiro, mês previsto para
o Carnaval, entre os dias 13 e 16 em 2021, a festa não acontecerá em polos
importantes do país como Belo Horizonte, Florianópolis, Manaus, Olinda, Porto
Alegre, São Paulo, Salvador, Santos, Recife, Rio de Janeiro, Vitória ou
Uruguaiana. Por enquanto, contentemo-nos com as exibições de
desfiles antigos que a TV e a internet proporcionam. Tentemos nos adequar ao
formato singular da folia ao de uma tela. Sob o ponto de vista econômico, a não-realização
dos festejos, é um baque na chamada cadeia produtiva do carnaval. Segundo a
Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro), o carnaval de 2020
atraiu 2,1 milhão de turistas. Gerou uma receita de R$ 4 bilhões. A taxa de
ocupação hoteleira foi de 93%, 2,3 pontos percentuais a mais do que no ano
anterior. De acordo com o SindRio (Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do
Rio), o crescimento do faturamento no período foi 5% maior do que em 2019. Nos
estabelecimentos da orla, o incremento chegou a 15%. Para além do turismo, o carnaval representa uma
fonte de renda para trabalhadores informais que se sustentam por meio da venda
de cervejas, acessórios, fantasias. É importante para profissionais autônomos
como músicos, produtores, fotógrafos e artistas performáticos. Cancelar a festa
massacra ainda mais setores que já estão sendo profundamente prejudicados pela
pandemia. Afinal, “não é só folia”. Agradeço de coração a todos que acompanharam a
série sobre a história do carnaval na TV brasileira. Para concluir fica a
imagem abaixo (de autoria da secretária da RioTur, Daniela Maia) que simboliza a
esperança de que sadios e imunizados possamos curtir e aproveitar o carnaval
novamente e num curto espaço de tempo, seja na frente da televisão ou do
computador, seja sentados nas arquibancadas ou camarotes dos sambódromos da
vida. E quem sabe fazermos do próximo carnaval o nosso melhor
carnaval de todos os tempos. Pois afinal, parafraseando o título do enredo da
Unidos da Viradouro, “não há tristeza que possa suportar tanta alegria”.
Referências:
AGÊNCIA SALT. A era das lives: pandemia e alternativas de comunicação. Disponível em: < https://agenciasalt.com.br/a-era-das-lives/> Acesso em Fev 2021. Gerson
Brisolara (Rixxa Jr.)
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