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Edição
nº 66 - 09/11/2017
EDITORIAIS ANTERIORES
. 65ª Coluna: O Brasileiro não dá Valor ao que é seu . 64ª Coluna: A Força da Internet no Samba . 63ª Coluna: Versões Históricas de Concorrentes Campeões . 62ª Coluna: A Voz Feminina quer um Lugar do Samba . 61ª Coluna: Os Melhores Sambas-Enredo 1977 . 60ª Coluna: Por um Maldito Paralelepípedo . 59ª Coluna: Raridades da Rádio Cidade Alguns sambas eliminados para 2018 (e 2017 também) - Como já é de praxe no SAMBARIO, e esquentando os tamborins para as análises dos CDs que estão para chegar (nisso o Crivella não tem como encher), vamos comentar alguns sambas derrotados nas últimas disputas internas, que também poderiam fazer bonito na Sapucaí caso conseguissem a vitória. Depois relembrem aqui outros sambas eliminados analisados pelo site dos sambas-enredo que também não merecem cair no esquecimento. Os títulos concedidos às obras são de minha autoria, como se fossem sugestões para eventuais aparições destas em álbuns de sambistas caso estes resolvam registrá-las (o que hoje em dia, infelizmente, é raro). Ah, e as notas concedidas obedecem critérios distintos à avaliação oficial de LIESA e LIERJ, ou seja, pro samba levar uma nota 10, só se for um "Heróis da Liberdade" ou "Os Sertões". Ou seja, podem deixar os textões de lado... CORRI PRA VER, PRA VER QUEM
ERA... (Portela
2018 - Parceria de Celso Lopes) -
Um
dos sambas mais aclamados da disputa portelense, tem na melodia dolente
o seu ponto forte. Ela possui um recurso interessante, que é
um
falso refrão central (eita
gente arretada...)
que acaba por anteceder uma repetição, tornando o
conjunto melódico ainda mais encorpado e servindo muito bem
como
transição para a ótima segunda parte.
O
refrão principal faz uma inteligente referência ao
célebre samba de quadra "Corri pra Ver", um dos mais famosos
da
Águia. A letra
torna o enredo de Rosa Magalhães perfeitamente
compreensível, de poesia direta e até
didática,
sem se preocupar com algo
mais rebuscado. Mesmo sendo simples e até ingênua
em
alguns momentos, a letra possui sacadas brilhantes como na
cabeça há
quem diga: peregrino/mas o certo é que o destino
é liberdade.
Na gravação, uma aguerrida
atuação de
Evandro Malandro e Leléu, mesmo com o andamento bastante
cadenciado. A obra caiu a duas etapas da final
portelense, chocando muitos bambas. Nota do
samba: 9,6. Letra do samba
MEU NOME É PORTELA
(Portela 2018 -
Parceria de Eliane Faria) -
Na minha opinião, o melhor samba da disputa da Portela na
temporada. Muito porque era o que mais se assemelhava aos hinos
anteriores da escola. A parceria procurou se espelhar nas
últimas obras vencedoras de Samir Trindade e companhia e
trouxe
um samba-enredo que lembra muitas vezes um de
exaltação. São dois
refrães deliciosos
espalhados pelo meio do
samba, com suas partes que os compreendem
fluindo muito bem e a segunda curta funcionando como boa
transição para o refrão
principal, que adere ao recurso familiar da
citação a Oswaldo Cruz e Madureira (apesar do
porém de negar
ser rimado com sambá).
Na gravação, a primeira passada
cadenciadíssima
com a Velha Guarda é primorosa. Nas duas seguintes mais
aceleradas, Ciganerey comprova sua grande fase com uma soberba
interpretação. Injustamente cortado na semifinal
da
disputa. Nota do
samba: 9,7. Letra do samba
O TEU VERMELHO TEM PODER
(Salgueiro 2018 -
Parceria de Marcelo Motta) -
A
derrota mais dolorida para os aficionados por Carnaval da temporada.
Desde "Candaces" de 2007, quando obteve sua primeira vitória
no
Salgueiro, Marcelo Motta sempre despontou como favorito em todas as
disputas da vermelho-e-branco, obtendo vários triunfos nos
últimos anos. Até nos revéses
contribui para
as eliminatórias com excelentes sambas, como o derrotado de
2014. Para 2018, a parceria do compositor nos brindou com sua melhor
obra destinada à Academia. O enredo de
exaltação
à mulher negra rendeu um samba valentíssimo, de
pegada,
mas também transparecendo emoção.
Seguindo o
contexto do tema, o samba parece ser feito especialmente para a voz de
Grazzi Brasil, que brilha na gravação em
estúdio, que também conta com Igor Sorriso e
Diego
Nicolau. É um hino repleto de partes brilhantes, como de ser a dor/que seja amor, com
uma melodia marcante que antecede os versos que servem de
preparação para o refrão do meio, o
melhor trecho
do samba-enredo. Os últimos versos da segunda
também
são excelentes, dispensando predicados: ela
é poesia da favela/o amor que vem de
Deus/inspiração pros versos meus/mãe
baiana,
porta-bandeira/teu colo me embalou a vida inteira/razão do
meu viver/teu vermelho tem poder.
Foi surpreendentemente cortado na semifinal, para a
comoção de muita gente. Vamos torcer para o samba
não ser relembrado no esquenta salgueirense do
Sábado das
Campeãs, por um motivo semelhante ao que eu relembrarei na
análise da obra "Deixa o Caldeirão Ferver",
situada um
pouco mais abaixo nesta página. Nota do
samba: 9,7. Letra do samba
EMBALA EU MAMÃE
(CANJERÊ) (Salgueiro 2018 - Parceria de
Rafa Hecht) -
Eis
um samba despretensioso, de autoria de compositores novatos, estreantes
na Academia do Samba. Sem medo de serem felizes, teceram uma obra
ousadíssima, pouco usual nos desfiles recentes.
Valentíssimo do primeiro ao último verso, o hino
aposta
na repetição melódica gingada em
inúmeros
trechos, deixando sua audição muito divertida
graças à vibrante
interpretação de
Pixulé (que, devoto de umbanda, muitas vezes parece
incorporar
no canto da obra), apesar de sua voz estar um tanto abafada na
gravação. O refrão do meio se resume
à
repetição de embala
eu mamãe,
sem nenhum nuance poético, buscando apenas um efeito
melódico, através da
transição para o
poderoso começo da segunda parte, que nos remete a um
pagode. A sequência ocorre com o trecho do canjerê,
que
mantém o samba envolvente e cativa ainda mais o ouvinte. A
segunda se encerra com tanta pegada que acaba revelando um
refrão principal apenas correto, mas que em nada compromete
a
ótima obra, muito divertida de escutar, no entanto
difícilma de cantar. Ainda assim, foi um dos três
finalistas do Salgueiro para 2018, indicando um belo futuro para a
jovem parceria. Faço uma ressalva ao alusivo na faixa, em
que
uma moça abusa de notas longas e até sai do tom
em alguns
momentos. Isso por quase um minuto. Estas
introduções nos
sambas concorrentes têm ultimamente deixado os internautas
bambas
de saco cheio (a do samba vencedor do Salgueiro que o diga). Nota do
samba: 9,6. Letra do samba
DEIXA A ALEGRIA TE CONTAGIAR
(Grande Rio 2018 -
Parceria de Márcio das Camisas) -
Involuntariamente, o samba acabou marcado por uma tragédia.
O compositor Márcio das Camisas, campeão de
samba-enredo
pela Grande Rio em 2006, 2007 e 2016, faleceu apenas 10 dias depois da
final que disputou na escola do coração, vitimado
por uma
queda numa laje durante as comemorações de seu
aniversário. Sua obra era a melhor da disputa da Tricolor
de Caxias para 2018 que consagrou outra de qualidade bem
limitada.
Já este concorrente, assim como os anteriores do saudoso
compositor, ganha mais uma excelente defesa de Quinho, que vinha sendo
para Márcio o que, por exemplo, Tinga é pra os
sambas de
Lequinho, Wander Pires com relação a
André Diniz
ou Anderson Paz representa para João Estevam e Eduardo
Medrado.
A produção da gravação
é impecável, disfarçando eventuais
limitações técnicas da obra, bem
cadenciada e
deixando a audição muito agradável.
Sobre o samba,
ele tenta ser em muitos momentos mais dolente do que "pra cima", se
diferenciando do estilo "pipoca" que tanto agrada Emerson Dias. O
refrão principal e a cabeça não chamam
tanta
atenção, entretanto a melodia começa a
crescer a
partir do verso No
palco sou o mestre da loucura,
até explodir no excelente refrão do meio, a
melhor parte
do samba. A segunda alia uma certa dolência com
animação, de maneira ao sempre irreverente Quinho
emendar
um rrrrrrreeeeealmente
à la Chacrinha, fechando o samba muito bem e funcionando
adequadamente como transição para o
refrão.
Não se tem muito o que dizer da letra, pois um tema sobre o
Velho Guerreiro deixa inevitáveis as
citações
presentes nos versos. O samba (também assinado pelo ator Oscar Magrini) é muito superior ao vencedor,
ainda que não consiga imaginá-lo na voz de
Emerson.
Enfim, Márcio das Camisas vai deixar saudades para os
torcedores
da Grande Rio, uma triste perda para o Carnaval Carioca. Nota do
samba: 9,4. Letra do samba
OH PATRIA… QUEM
PARIU TANTA SANDICE (Beija-Flor 2018 - Parceria
de Cláudio Russo) -
A
letra que marcou o retorno de Cláudio Russo às
disputas
da Beija-Flor é de uma fúria que transparece toda
a
revolta com um país que cada vez mais anda pra
trás, em
que políticos desgovernam sem escrúpulos,
sucateiam os
cofres públicos e ainda tentam jogar o povo contra o
Carnaval,
como se este fosse o culpado de todas as nossas mazelas. E tornam os
monstros da ficção apenas meras caricaturas.
É
essa a proposta da Deusa da Passarela para 2018, e se a letra do samba
vencedor é mais emotiva, desta obra que foi eliminada na
semifinal é bem agressiva. O samba é repleto de
versos
pessimistas e negativos, como quem
semeia rancor, vai colher agonia; o ferimento é profundo;
condenando a
esperança à escuridão; pra
não ver criança esperando a bala perdida...
Sem dúvida um retrato atual do que passamos, sem floreios,
indo
mais direto à ferida, não escondendo a revolta em
outros
trechos chamativos e por que não dizer grosseiros como tão pobre que
só tem dinheiro e oh pátria, quem pariu
tanta sandice/não faz carnaval/nem entende o que eu disse.
A melodia segue o tom da letra, também bem forte, cheia de
furor
e de ótima interpretação de Wander
Pires. As
partes de maior destaque são o falso refrão do
meio (quer saber, somos
todos pais/omissão refletida no espelho) e o
excelente refrão principal, para mim superior ao
refrão do samba vencedor, em que o verso vem pra rua, vem lutar com
pandeiro e viola é outro reflexo do que o
sambista está passando com a intolerância do atual
prefeito carioca. Nota do
samba: 9,5. Letra do samba
EU TENHO O COMEÇO,
MAS NÃO VOU TER FIM (Imperatriz 2018 - Parceria
de Moisés Santiago) -
A
parceria que vinha de um bicampeonato na Imperatriz não
conseguiu o tri com uma obra que, se no estúdio recebeu um
registro memorável de Wander Pires, na quadra deixou a
desejar
na final com uma apresentação arrastada. Ainda
assim
é um samba com bons recursos. Dos finalistas, a parceria foi
a
que tentou fazer uma poesia mais subjetiva, não apegada a
citações, diante da difícil sinopse de
Cahê
Rodrigues sobre o Museu Nacional. A fórmula dos
últimos
hinos campeões gresilenses foi seguida, com mais uma letra
extensa e o banho do estúdio disfarçando alguns
problemas
na melodia, retilínea em certos momentos, mas excelente em
trechos como a lua essa
menina/vem com a gente brincar e a partir de No tempo eu sou
guardião da memória, que
antecede o curto refrão central, a melhor parte do
concorrente
tanto em letra quanto em melodia, numa curta síntese do
complexo
tema da Imperatriz, momento feliz dos compositores: Eu tenho o começo,
mas não vou ter fim/O conhecimento faz parte de mim.
Nota do
samba: 9,6. Letra do samba
OS FILHOS DA IMPERATRIZ (Imperatriz 2018 - Parceria de Elymar Santos) - Também finalista da Imperatriz, o samba é ainda mais extenso que o da parceria de Moisés Santiago, mas com variações melódicas interessantes em muitos trechos. Entretanto, a impressão dada é que se alguns versos da segunda parte fossem suprimidos (que o diga o trocadilho com reLuzia), não fariam tanta falta no conjunto melódico, o que poderia melhorar sua fluência. Em meio a um samba irregular, destaco o refrão curto que sucede a cabeça (Linda arquitetura, traços europeus) que, como observado por Anderson Baltar na cobertura da final gresilense pela Rádio Arquibancada, se encaixaria muito bem num samba noventista da escola na voz de Preto Jóia. Outros bons momentos são o falso refrão central e os últimos versos da segunda a partir de o povo vislumbra o jardim. Na gravação no estúdio, Nêgo conduz o samba com muita segurança ao lado de Diego Nicolau e Leonardo Bessa, no entanto o veterano intérprete irmão de Neguinho da Beija-Flor esteve ausente na final na quadra. Após o anúncio do resultado pelo diretor Wagner Araújo, Elymar Santos, com toda a sua elegância, se juntou aos compositores vencedores e cantou feliz o samba campeão no palco, num exemplo a ser seguido por todos. Nota do samba: 9,5. Letra do samba BOTA DENDÊ (União da Ilha 2018 - Parceria de Márcio André Filho) - Em contrapartida aos últimos sambas burocráticos que a Ilha vem levando, este concorrente possui uma melodia mais nostálgica, com dois refrães deliciosos (principalmente o do meio) e uma levada oitentista, sem se apegar aos detalhes da sinopse, simplicando mais o tema. A obra tem uma leve queda de qualidade na segunda parte, mas nada que atrapalhe a audição bem agradável. Na primeira passada, o compositor Carlos Caetano conduz o samba na gravação num estilo pagodeado, entregando com categoria para Marquinho Art Samba na segunda. Uma pena que a escola desperdiçou o samba-enredo, o cortando bem antes da final. Seria uma tentativa de retorno às origens, de hinos mais leves e curtos, com a cara da velha Ilha. Nota do samba: 9,6. Letra do samba OUÇA O CLAMOR QUE VEM DA FORMIGA (Império da Tijuca 2018 - Parceria de João Perigo) - Com uma soberba interpretação de Zé Paulo Sierra na gravação, é espantosa a regularidade melódica deste concorrente, que possui uma levada envolvente do começo ao fim, perfeitamente adequada para a temática afro. À medida em que o samba é cantado, sua melodia vai crescendo, obtendo seus ápices no excelente refrão central, na segunda parte a partir de Abre o xirê, deixa a gira girar, até explodir no ótimo refrão principal. A Império da Tijuca levará para a Sapucaí em 2018 um samba muito bom, mas esta obra (eliminada a duas etapas da final da disputa) é ainda melhor. Nota do samba: 9,8. Letra do samba DEIXA O CALDEIRÃO FERVER (Salgueiro 2017 - Parceria de Antônio Gonzaga) - É um samba-enredo que estaria para sempre no limbo, não fosse um episódio inusitado ocorrido no Sábado das Campeãs do Carnaval 2017. Furiosa com os descontos que o samba salgueirense levou no quesito dos jurados, decisivos para tirar a escola da briga pelo campeonato, a presidente Regina Celi ordenou ao carro de som que os intérpretes entoassem no esquenta esta obra derrotada na final. Constrangidos, Leonardo Bessa e Serginho do Porto cantaram na Sapucaí o hino que travou uma disputa equilibrada na disputa da quadra com a música que desfilou (e desfilaria novamente naquela noite). A atitude de Regina desagradou a muitos, que consideraram um desrespeito com os compositores campeões, como se a presidente estivesse depositando neles a responsabilidade pela perda do título. É até interessante que as obras derrotadas na quadra sejam relembradas futuramente, desde que sem fins de retaliação ou revanchismo. Sobre o samba em si, na minha opinião se equivale em qualidade ao vencedor, sendo um pouco inferior, ou seja, nada de excepcional, apenas mediano. A única parte que chama atenção na obra é a melodia do verso meu sonho desfilou e carnavalizou, que antecede a preparação para o estribilho principal, a partir do sou do povo, represento uma nação... até o bis que é a marca do samba: Você vai ver esse caldeirão ferver, numa característica semelhante ao samba campeão, em que também apenas o único verso se repete. É o samba menos inspirado que a parceria do jovem e promissor Gonzaga fez até agora para a Academia, mas a faixa pelo menos rende boas risadas no final com Tinga zoando a gagueira de Leozinho Nunes ao mandar um "é o s-s-som do bem", famoso na voz do cantor da São Clemente. Nota do samba: 9,1. Letra do samba A TERRA É ÁGUA, A ILHA É FOGO (União da Ilha 2017 - Parceria de Bigode) - É uma obra com duas citações históricas. É sempre gratificante ver a obra de Roberto Ribeiro relembrada, e é o que este concorrente insulano faz ao se remeter à canção "Tempo Ê" no envolvente e curto refrão central, um dos maiores sucessos do saudoso menino-rei imperiano, que Wander Pires também canta no alusivo, resultando num bonito cartão de visitas para a faixa. E fechando o samba, é citado o verso oia matamba do kakurucaia zinguê, numa clara alusão ao clássico de 1974 "Lendas e Festas das Yabás", cujo trecho era o refrão do samba que embalou o título do Grupo 2 daquele ano, levando a União da Ilha pela primeira vez ao grupo principal em 1975. O complexo enredo afro sobre o tempo e a criação da natureza resultou numa disputa que há muito não se via na Ilha do Governador, com belos sambas concorrendo na quadra. O samba vencedor foi um dos melhores do ano no Grupo Especial. Mas este concorrente, também assinado por nomes como Ivo Meirelles, Carlinhos da Paz e Cadinho (ex-intérprete do Boi da Ilha) e que foi eliminado na semifinal, igualmente poderia fazer bonito na Sapucai. Acho interessante essas tentativas atuais de se fazer uma espécie de meio refrão, com versos fortes antecedendo os que serão repetidos. E o meio refrão abre muito bem este samba fortíssimo, com toda a pegada que um samba da temática merece. Afinal, o a terra é água, a Ilha é fogo/ar pra gente respirar de novo é viciante. A primeira é em menor, antecedendo o refrão do meio que cita a música de Roberto Ribeiro, valorizando a valentia do hino. A segunda parte é mais extensa, com muitas palavras difíceis em virtude do enredo (o que foi injustamente canetado pelo júri da LIESA com relação ao samba que desfilou), mas o balanço da melodia aliada à excelente gravação de Wander em nenhum momento torna a segunda cansativa, nem mesmo a citação à Baterilha compromete este belíssimo hino que jamais merece ser esquecido. Também existe uma versão do samba-enredo na voz de Ito Melodia. Nota do samba: 9,8. Letra do samba EDITORIAIS ANTERIORES . 65ª Coluna: O Brasileiro não dá Valor ao que é seu . 64ª Coluna: A Força da Internet no Samba . 63ª Coluna: Versões Históricas de Concorrentes Campeões . 62ª Coluna: A Voz Feminina quer um Lugar do Samba . 61ª Coluna: Os Melhores Sambas-Enredo 1977 . 60ª Coluna: Por um Maldito Paralelepípedo . 59ª Coluna: Raridades da Rádio Cidade |
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