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Coluna anterior: Apresentação Coluna anterior: Paulo da Portela, Censura, Casa Grande e Senzala e Assombrações da Ilha Coluna anterior: Dominguinhos canta em Silêncio e Derrota Polêmica de Leci na Mangueira 4 de setembro de 2024, nº 4
A PRIMEIRA JUNÇÃO E O PATINHO FEIO QUE SE TRANSFORMOU EM CISNE PAU COM FORMIGA Primeira junção Todos
acham que a primeira junção de samba-enredo foi no
Salgueiro em 1975, que é um erro essa afirmação. A
primeira foi na Portela em 1962.
Nessa época, a Portela era a poderosa, a grande inimiga a ser vencida. Então ela se colocava com o melhor plantel possível, nem que fosse trazendo de outra agremiação os melhores. O enredo era "Rugendas", a ala estava empolgada com a chegada de Billy Blanco à ala. Billy era já famoso por seu violão e, por ser compositor de fina melodia, ele seguiu o ritual de estágio sem por banca de já famoso. Respeitosamente entrou no plantel de Manaceia, Candeia, Walter Rosa, Alvalade, Waldir 59, Ary Guarda, Chico Santana, dentre outros e o retorno de Zé Keti. Parcerias feitas, os sambas foram para o terreiro e a boa guerra começou. Candeia e Walter Rosa como sempre vinham como favoritos, sem ao menos o povo ouvirem as composições. Na disputa, despontava o de Zé Keti que retornava a escola em parceria com Nilton Batatinha. Porém, Walter Rosa e Antonio Alves faziam acontecer, Carlos Elias e Marques Balbino não ficavam para trás e Mazinho também mostrou valor. A diretoria ficou em dúvida na decisão. As pastoras que tinham grande influência se dividiram. A ala aceitava qua Zé Keti levasse e Natal deixou por conta do Nelson Marron a incumbência maior. Afinal, o tema era dele. O samba de Zé Keti era o melhor, porém tinha a segunda muito alta e isso era um convite para atravessar. O de Balbino tinha a segunda em tom menor e viram que encaixava bem na primeira de Zé Keti. Enfim, a decisão foi pegar a primeira de Zé Keti e Batatinha e a segunda de Marques Balbino e Carlos Elias. A escola aceitou e a Portela desceu firme e para o titulo. Não foi o Salgueiro que fez a junção, mas um salgueirense sim. Afinal, Nelson "Marron" Andrade era do Salgueiro que Natal buscou, sendo o criador do eterno slogan salgueirense "tira da cabeça o que do bolso não dá". PAU COM FORMIGA Liberdade, Liberdade A
Imperatriz era para ter descido em 1988 pelos muitos erros no desfile.
Mas a força política da escola diante da Liga a segurou
no Grupo Especial. Então Luizinho teve que agir e começou
a montar a escola com a busca dos melhores.
Trouxe Wagner Araujo da Vila, Max Lopes da Ilha, Dominguinhos da Estácio, Chopp... enfim remontou a escola. Max lança o enredo, considerado tradicional, uma visão nova para a escola. Montou um enredo rico e vigoroso: "Liberdade Liberdade Abre as Asas Sobre Nós", comemorando os 100 anos de República. A ala lança seus sambas, através de Zé Katimba, Tuninho Professor, Nelson Lima, Pardal, Niltinho Tristeza, Amaurizão, Preto Jóia, Darcy do Nascimento, entre outros. Haviam comentários sobre as obras e uma menosprezada era a do Niltinho Tristeza. Era dada como decepcionante, talvez no momento o samba não era entendido. Toda semana havia aquele papo de que na semana seguinte seria cortada. E por que não foi logo? Uma pelos nomes, afinal um era Niltinho Tristeza. Outro foi Preto Jóia, um querido pupilo da escola em ascensão. Assim o samba foi se organizando, se firmando, sendo ouvido com mais respeito e gosto Preto Jóia foi ficando mais íntimo no canto e, desse jeito, o samba foi crescendo e chegou à final com certa força. Estiveram na disputa na final: Tuninho Professor, Darcy do Nascimento e Dominguinhos do Estácio; Zé Katimba e parceiros; e o de Niltinho Tristeza, Preto Jóia, Jurandir e Vincentinho. De patinho feio, o samba de Niltinho transformou-se em um belo cisne que surpreendeu a Rainha de Ramos e a história do Carnaval. Leia as colunas anteriores de André Poesia Inscreva-se no canal SAMBARIO no YouTube André Poesia
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