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CAMARÕES DOS PAMPAS
Num feriado nacional, dia da proclamação da república, surge uma escola que é fundada na aproximação de dois jovens por um só motivo: o samba, símbolo de uma nação. E essa escola vem mostrar que o samba, em especial o carnaval, está presente em todas as partes de Brasil, do Oiapoque ao Chuí. Essa escola une dois estados distantes geograficamente, mas unidos por uma paixão. Da Bahia vem o azeite de dendê, a pimenta baiana e os mariscos, em especial o camarão, símbolo da cidade-sede da escola, Valença, capital nacional do camarão, com o churrasco gaúcho, o chimarrão e o verde dos pampas. Dessa mistura surge a escola que vai revolucionar o carnaval virtual: Camarões dos Pampas. Com o terceiro lugar no Grupo de Avaliação (CAESV) 2009, a Camarões desfilou no Acesso da LIESV em 2010. Confirmando sua ascensão meteórica, a agremiação obteve o vice-campeonato no Segundo Grupo e a vaga para o Especial em 2011, onde foi campeã com o enredo "O Mestre-Sala dos Mares", num título absolutamente merecido após um espetáculo emocionante. Em 2015, o último lugar fez a agremiação descer para o Grupo de Acesso. A tradicional agremiação volta ao Grupo Especial em 2022.
SINOPSE ENREDO 2022 Animais Fantásticos e Onde Habitam Abram a bagagem europeia, e vejam as heranças mitológicas que enlouquecem as mentes, Criaturas nefastas, horripilantes e mortais, todos frutos da riqueza da criação; Animais fantásticos que habitaram o imaginário de navegadores do Venturoso, a novas rotas conquistar, Mare ignotum onde as bestas feras se alimentam do medo e reinam na imensidão. Do além-mar o paraíso mundano de seres desconhecidos, Nos rochedos Ipupiaras amedrontam os novos e velhos moradores do lugar; As florestas são moradas de criaturas hipnotizantes, Nas costas gigantescas bocarras prontas a lhe devorar; Demônios antropófagos atormentam primitivos homens, que devoram os seus semelhantes Terra das incríveis aves que o Senhor deu a permissão para falar. Varre a poeira do tempo, No conhecimento nativo habitam lendas impressionantes; Mapinguari, Boitatá, Jurupari e muitos mais. Da tradição negra a Chibamba assombra os sonhos mais delirantes; Vindo da crença portuguesa a Cuca e a Mula Sem Cabeça tira o sono e a paz. E os mostrengos até hoje continuam a fascinar, habitando toda a terra e até vindo de locais mais distantes. Essas delirantes criaturas povoam as manifestações folclóricas, Nas festas de Reis, Mascarados e Jaraguás roubam as atenções; Curucucus nas cavalhadas traz o delírio e encantamento, No carnaval de Odivelas os Cabeçudos alegram os foliões. Tal qual os escondidos de Cresciumal e seus deslumbramentos, Nos festejos do Brasil os mostrengos enriquecem as tradições. E os bichos enriquecem os ecossistemas, A fauna, o equilíbrio e a riqueza desse lugar; O tráfico, desmatamento e o fogo intensificam a extinção, Se continuar como está, o que será desses animais fantásticos e onde eles vão habitar? Pesquisa e Texto: Leandro Ramos Glossário Nefastas – que evoca ou simboliza a ideia de morte; fúnebre, lutuoso; Venturoso – alcunha de D. Manuel I (1469-1521), rei de Portugal entre os anos de 1495 e 1521, período de grandes navegações e descobertas, com a descoberta da rota marítima para à Índia e ao Brasil; Mare ignotum – palavra em Latim, que significa “Mar desconhecido”; Ipupiaras – é uma espécie de monstro marinho que fazia parte da mitologia dos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no século XVI. Segundo a crença popular, ele atacava as pessoas e comia partes de seus corpos; Bocarras – Boca muito grande ou exageradamente aberta. Antropófagos – diz daqueles que se alimentam de carne humana; relacionado com antropofagia, com canibalismo; Animais que comem carne humanas; Mapinguari – é uma Lenda derivada de algumas Lendas dos Índios da Região Amazônica. O mapinguari é uma criatura lendária descrito como sendo coberta de um longo pelo vermelho, e vivendo na floresta; Boitatá – é um personagem do folclore brasileiro de origem tupi e em formato de cobra que expele fogo para proteger as florestas daqueles que querem destruí-las; Jurupari – é um personagem mitológico dos povos indígenas da América do Sul. Tido não apenas como um demônio, mas o próprio Mal, aquele que deu origem a outros demônios; Chibamba – é um mito do sudeste do brasil de origem africana. É um dos monstros vestido com longas folhas de bananeira, roncar igual a um porco, não gosta de crianças que choram- ou melhor ele as aprecia, porém apenas como refeição. Mascarados e Jaraguás – os Mascarados da Folia de Reis representam os soldados do Rei Herodes, por isso usam “máscara” e “porrete”, simbolizando o terror que os soldados despertavam no povo; já o Jaraguá é uma das “assombrações” que marca presença na festa do reisado. Um tecido cobre o brincante por completo, deixando de fora apenas um crânio de cavalo, que pode ser de verdade, feito de papelão, madeira ou outro material. Curucucus – Fruto da imaginação e da espontaneidade popular, os Curucucús são os cavaleiros mascarados que se tornaram símbolo das Cavalhadas de Pirenópolis/GO Cabeçudos – ou preás são personagens que vestem cabeças feitas de papel machê, desproporcionais ao corpo, saindo dele mãos e braços pequenos, deixando a fantasia bizarra e divertida, são um dos principais personagens do chamado boi de máscara, festejo que ocorre durante o carnaval em São Caetano de Odivelas no Pará Escondidos de Cresciumal – ou mascarados de Cresciumal, são criaturas trevosas que enriquecem a folia carnavalesca da cidade de Leme no interior de São Paulo Autor do enredo: Leandro Ramos Voltar ao Espaço LIESV Leia a sinopse de 2020 da
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