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Altaneiros do Samba

ALTANEIROS DO SAMBA

PRESIDENTE Afonso Celso (Cecel Altaneiros)
CARNAVALESCO Thales Porto
INTÉRPRETE  Wilson Bizzar
CORES  Azul, Branco, Laranja e Amarelo
FUNDAÇÃO 15/02/2005
CIDADE-SEDE Imperatriz-MA
SÍMBOLOS Cisne e o Sol Altaneiro
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O Gresv Altaneiros do Samba foi fundado em 15-02-2005, nascendo do intuito de alguns participantes de um Fórum proposto para informações, atualizações e discussões sobre o carnaval brasileiro chamado Setor 1, do extinto site Esquentando os Tamborins. O primeiro presidente da Agremiação foi Fernando Peixoto, carioca, torcedor da Vila Isabel, que inspirou a adotar a coroa do Cisne altaneirense, que foi escolhido como um dos símbolos da escola pelo atual presidente, Afonso Celso (Cecel) gresilense de coração, e após assistir o desfile da Imperatriz Leopoldinense, do ano de 2005, que trazia em sua comissão de frente vários cisnes brancos pra apresentar a escola, que versou sobre o famoso escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que é carinhosamente apelidado de o “Cisne Altaneiro”. O terceiro componente era Leonel Alves, um mangueirense roxo, a quem homenageamos desenvolvendo o primeiro Enredo da Escola no ano de 2006, foi uma arqui-homengem a um dos mais maiores baluartes da Estação Primeira de Mangueira, Cartola; que veio pra JJ30 sob o tema: “Bate outra vez … Cartola, um sonho em verde e rosa”.

Outro Símbolo da Escola é o Sol, que ilumina o cisne e ao mesmo tempo, é considerado a maior das estrelas, a quem atribui-se o codinome “altaneiro”, que significa: elevado, grande. As cores amarelo e laranja atribui-se a cor dos seus raios. A terceira cor é o Azul fazendo referência ao lago. A quarta cor o branco, é representação do Cisne branco, anteriormente citado. A Escola é a pioneira do Estado do Maranhão, no gênero virtual.

A Escola tem como característica revelar novos talentos para o carnaval. E 2006, a sua primeira carnavalesca, Marina Cotrim, venceu o prêmio Revelação do Ano, Em 2007 foi a a vez de Evandro Malandro como melhor intérprete e Eduardo Bueño como melhor carnavalesco. A Escola foi vice-campeã no referido ano, Em 2009 novamente a escola fez bonito, e alcançou novamente a 2ª colocação. 2010 foi um ano atípico, onde a escola ousou ao trazer o enredo “Estendam-se os tapetes, o Cisne e a Rainha vão passar”, homenageando a Rainha Sílvia de descendência franco-brasileira, e um samba, que causou polêmica, de autoria de compositores de Nova Friburgo, conterrâneo do atual intérprete da Escola. Em 2011 a Escola alcançou a sétima colocação com o Enredo Leão do Norte, e marcou a presença do atual Presidente da Escola Virtual Cangaceiros, o pernambucano José Mauro.

A Escola não desfilou por dois anos consecutivos, chegando a Inscrever-se em 2012, onde versaria sobre um dos maiores mestres de capoeira da Bahia, Camafeu de Oxóssi. Mas devido a problemas internos não desfilou. No entanto, o compositor catarinense Willian Tadeu compôs um dos mais bonitos sambas de toda a história da LIESV, fazendo com que a Escola também seja reconhecida por ter belos sambas de enredo. Em 2014 a Escola retoma sua trajetória e se inscreve no grupo de avaliação, conseguindo sua ascensão ao Grupo de Acesso, graças ao copioso trabalho desenvolvido por Gabriel Borba, com o enredo “O Bixiga balançou, iluminou toda a cidade, a Altaneiros dá um Show, Vai-Vai é luminosidade”. Em 2015 desfila com um enredo do seu mais novo carnavalesco, Julio Rosolen, “Muito prazer sou Oswaldo Jardim”, sagrando-se Vice-Campeã no Grupo de Acesso/2015, tendo direito a ascender ao Grupo Especial, do qual fez parte por sete anos consecutivos. Para 2016, a Diretoria resolveu fazer a reedição do enredo e samba do ano de 2012, cujo tema é Camafeu de Oxóssi, uma homenagem àquele que contribuiu muito para a cultura afro-descendente, na Salvador da década de 30. Tudo sob a concepção e o tratamento visual de Júlio Cesar Rosolen, atual carnavalesco da Escola. A escola obteve o vice-campeonato. Em 2017, foi terceira. No ano seguinte, bateu na trave de novo com mais um vice. Em 2019, ficou em sexto.

Ano

Enredo

Colocação

2019 Zabelê 6º (Especial)
2018 Águas Faraônicas 2º (Especial)
2017 Cuba - A Rebelde Ilha da Liberdade 3º (Especial)
2016 Camafeu de Oxóssi 2º (Especial)
2015 Muito Prazer! Sou Oswaldo Jardim! 2º (Acesso)
2014 O Bixiga Balançou, Ilumimou Toda a Cidade, a Altaneiros Dá um Show! Vai-Vai é Luminosidade! 5º (CAESV)
2013 Não desfilou -
2012 Camafeu de Oxóssi  não desfilou
2011 Leão do Norte 7º (Especial)
2010 Estendam os tapetes vermelhos... A Rainha brasileira e o Cisne vão passar!
10º (Especial)
2009 O Sol Irradia Luz e a Altaneiros Banha-se em Cores

2º (Especial)

2008 Xirê - O Samba é Gira, a Gira Roda, O Negro Samba, Deita e Rola no Terreiro da Altaneiros

6º (Especial)

2007 Mitos e Lendas do Mundo dos Seres Alados - Altaneiros dá Asas à Imaginação e Reafirma: Deus Não Dá Asas à Cobra

2º (Especial)

2006 Bate outra vez... Cartola, um sonho em verde e rosa

8º (Acesso)

 

SINOPSE ENREDO 2019

Zabelê

Introdução

Toda grande história inicia com o tradicional “Era uma vez”, porém, pedirei licença a todos os grandes contos e obras, sejam europeias ou americanas tradicionais, para contar-lhes uma lenda puramente brasileira. Uma lenda sem castelos e princesas, de pessoas de pés no chão. Hoje, cada cortesão se transforma em índio considerado primitivo, o belo reino em uma linda e verde floresta localizada em uma simples capitania e o nobre e a dama em um belo casal nativo apaixonado.

Sinopse

Esta lenda se passa há muitos e muitos anos, logo após o homem branco ter conhecido nossas terras brasileiras, em um período chamado por eles de Colonial, durante o qual dividiram nossa grande casa em capitanias. Nossa história acontece no sudeste da então Capitania de São José do Piauí, em um trecho de floresta nativa, em meio ao sertão semiárido nordestino, fruto da confluência de dois abençoados rios, o Itaim e o Canindé.

Ali, naquele pequeno paraíso, habitavam duas tribos distintas, que sobreviviam das bênçãos daquele lugar, a tribo dos Amanajós e a dos Pimenteiras. E mesmo cercados por tamanha riqueza natural e prosperidade local, a rivalidade reinava naquele lugar de forma extrema, de modo que ambas as tribos se odiavam e sentiam sede de derramamento de sangue a cada encontro que deus Pã permitia.

De um lado deste cenário de guerra, a tribo dos Amanajós, que viviam em prosperidade, sobrevivendo de frutos de suas próprias mãos. As mulheres, adoçadas por natureza, tinham a missão de, em cumplicidade com as abelhas, recolher mel para todos. Os homens, com instinto de caça e proteção e já influenciados pela invasão do branco, possuíam um verdadeiro clã.

A tribo dos Pimenteiras não vivia de forma tão distinta, mas sim de forma mais violenta. Esta tribo, apesar de pequena, teve seu nome marcado na história por participações importantes em lutas locais.

Certo dia, uma bela e formosa índia Amanajós estava cumprindo sua missão diária de seduzir as abelhas para recolher seu mel, próximo ao rio Itaim. A filha do Pajé foi avistada por um índio da tribo rival. Metara, ao observar a beleza daquela índia, esqueceu-se de toda rivalidade e maldade que reinava entre as tribos, abrindo brecha em seu coração para ser levado por suas emoções, deixando-se apaixonar.

E assim prosseguiu-se por algum tempo. O casal se aproveitava do momento de colheita em mata fechada, distante de ambas as tribos. E ali, Zabelê se entregava a Metara na forma mais bela e pura que poderia existir. Toda maldade sumia em meio às folhas e ao ar, deixando espaço vago para que o amor reinasse e exalasse por todo aquele lugar. E enquanto estavam juntos, mesmo que por pouco tempo e às escondidas, tudo era esquecido.

Entre a tribo dos Amanajós havia um índio chamado Mandahú, que era apaixonado pela jovem Zabelê e, mesmo sendo repudiado pela índia, não deixava de persegui-la e corteja-la. Este possuía a mania de seguir Zabelê por várias vezes em sua tarefa de colher mel, apenas para admirar sua beleza e delicadeza, apesar de ter a reprovação de sua amada em tal atitude.

Em uma bela manha, Mandahú resolveu repetir seu feito e aproveitar o belo dia que estava para admirar seu verdadeiro amor. No entanto, ele não esperava ser surpreendido com a terrível visão de Zabelê e Metara, seu grande rival, trocando carícias e palavras de amor. Naquele momento, o céu se fechou para Mandahú e toda a beleza que ele havia contemplado naquele dia se tornou puro ódio e desejo de vingança de um coração partido.

Aquele que um dia foi o índio formoso e viril se desfigurou em um grande depósito de furor e rancor. Com a pretensão de acabar com o romance de Zabelê e Metara, Mandahú decidiu, em seu ápice de ira, desmascarar aquele amor proibido e levou a seu povo tudo o que viu às escondidas. E assim o fez. Sem que o casal desconfiasse, fez a denúncia ao conselho da tribo dos Amanajós.

A partir daquele momento, um grande furor tomou conta da tribo amanajoense, que não perdoou Zabelê por tamanha traição, mesmo sendo filha do Pajé. O conselho, então, decidiu que o castigo mais justo a ser aplicado à jovem por traição a sua tribo deveria ser a pena de morte, tendo aprovação do Pajé.

Desesperado com a sentença dada a sua amada, Mandahú decidiu acabar com a vida de Metara, a fim de pedir clemência ao conselho tribal de sua tribo, para que Zabelê permanecesse viva, dando continuidade a seus planos de desposa-la e viver com sua amada pelo resto de seus dias. Descobrindo os planos de Mandahú e sabendo da morte de seu amado, Metara, Zabelê resolveu tentar rever seu amado no plano superior, acompanhando sua partida mundana. Sendo assim, Zabelê bebeu Manipueira, um forte veneno da seiva da Maniva, retirando sua própria vida.

Com tamanha atrocidade ocorrida, as tribos iniciaram a principal e pior guerra já ocorrida entre elas. Esta guerra, a mais longa, durou seis luas e sete sóis, dizimando dezenas de indígenas de ambas as tribos. Diz a lenda que, por isso, Tupã, deus maior da natureza, apiedou-se daquele casal de amantes, transformando-os em duas aves, que andam sempre juntas.

Ao entardecer, na mata fechada, ouve-se o melancólico canto destas aves, como um lamento ao triste fim de Metara e Zabelê. Para uns são acauãs, para outros Zabelês, mas sabe-se que as almas daqueles que amaram permanecem vivas, protegendo aquela mata e todos os seres que ali habitam. Já a Mandahú, aquele que se entregou à maldade e ao desejo de vingança, restou o fim de ser transformado em um gato Maracajá. E seguirá assim por toda a eternidade, sendo perseguido por caçadores que desejam usufruir da riqueza de sua pele.

Enfim, esta é minha história, que por esta lenda foi eternizada. O que é verdade ou não eu deixo pela imaginação do povo. O que posso afirmar é que hoje vivo pelas graças de Tupã, e com meu eterno enamorado. Juntos sobrevoamos nossa mata verde e carregamos nas asas a proteção daqueles que um dia já foram donos e hoje são caçados. As peles vermelhas e toda a fauna que com eles habitam já

resistiram por longos anos, lutando contra a maldição espalhada pelo homem branco. Sua ambição jamais foi mais poderosa do que as bênçãos dadas pelo meu deus.

E assim seguimos em nossa missão, não mais proteger um ao outro, mas juntos protegermos todos os que ainda vivem em nossa terra Piauiense. Sob nossas asas, cocares jamais serão derrubados, nossas criaturas jamais serão extintas, nossas matas nunca serão devastadas pela ambição. Minha vida não é minha e a de meu amado também não. Morri para que outros vivessem e hoje vivo para não mais morrerem. Meu canto é um pedido de socorro, meu pranto uma oração, mas minha força é eternizada. Prazer, chamo-me Zabelê!

TEXTO AUXILIAR E A SETORIZAÇÃO PARA OS COMPOSITORES

A LENDA DE ZABELÊ (A lenda de Romeu e Julieta do sertão)

Conta a lenda que há muitos anos atrás, no tempo do Brasil Colonial, mais precisamente no sudeste da Capitania de São José do Piauí, em pleno semiárido nordestino, bem na confluência dos rios Itaim e Canindé. Por lá viveram duas tribos indígenas, desfrutando das belezas naturais, porém, arqui-inimigas, trata-se dos Amanajós e Pimenteiras, separadas por suas terras devidamente demarcadas. A rivalidade entre as duas tribos era grande, a ponto de viverem se extremando, digladiando até a morte, como foi o caso desta estória de amor que terminou em tragédia, lembrando o clássico romance de Romeu e Julieta.

A maior das guerras entre os Amanajós e Pimenteiras durou seis luas e sete sóis, e se deu por conta de uma paixão proibida entre Zabelê, uma jovem e formosa índia amanajó e Metara, Guerreiro da tribo Pimenteira. Apesar da rivalidade, por causa da proximidade dos territórios, Metara avistou Zabelê, colhendo mel pra sua tribo, próximo ao rio Itaim, a beleza da índia encantou os olhos e o coração de Metara, ao aproximarem-se, esqueceram da rivalidade existente entre os dois povos e deram espaço em seus corações ao mais nobre dos sentimentos, o amor.  Zabelê e Metara se encontravam regularmente, sempre que ela ia colher mel, distante de sua aldeia em mata-fechada, longe dos olhos e do conhecimento dos seus familiares, assim como Metara.  Existia entre os Amanajós um jovem índio chamado Mandahú, que há muito tempo gostava de Zabelê, mas esta, o repudiava, ele tinha por hábito seguir Zabelê quando a mesma ia cumprir sua tarefa em colher mel, e, para seus completos descontentamento, flagra Metara e sua amada trocando palavras e carícias. Cresceu no coração partido de Mandahú um ódio descomunal, a ponto de o fazer pôr um fim no romance daquela que um dia sonhou em desposar, pensou e concluiu que iria desmascarar Zabelê, levando o seu povo a ver o envolvimento dos dois amantes, e assim procedeu, sem que Zabelê e Metara desconfiassem. E foi gerado um grande tumulto, o conselho tribal amanojense condenou a atitude de Zabelê e a sentencia à morte por traição, e por conta do seu envolvimento às escondidas. Mandahú não satisfeito, resolveu matar Metara, pois tinha esperança de pedir clemência ao Conselho Tribal para retroceder da sentença de morte a Zabelê e viver com ela pra toda vida. A jovem índia soube dos planos de Mandahú e após a morte do seu amado, resolveu dar fim a sua vida, bebendo Manipueira, um veneno da seiva da maniva, paralelamente a isso a guerra entre as duas tribos dizimaram muitos índios das tribos. Tupã o Deus maior teve piedade dos dois amantes e resolve transformá-los em duas aves, que andam sempre juntas e a todo entardecer ouve-se o triste canto delas, um lamento pelo trágico fim do amor de Metara e Zabelê; para uns é as aves são os acauãs, para outro os zabelês, mais algo é certo: a certeza que esta estória é verdadeira, tanto que Mandahú foi transformado em um gato maracajá, eternamente perseguido pelos caçadores pelo valor de sua pele.

E assim esta lenda foi batizada como a estória de Romeu e Julieta brasileira.

SETORIZAÇÃO:

SETOR 01 – Cenário de uma lenda Brasileira – Cenário composto de rios, matas, fauna abundante, preservação máxima dos índios nativos do vale do Rio Canindé

SETOR 02 – Guerra das Tribos – Confronto sangrento entre os Amanajós e Pimenteiras

SETOR 03 – A paixão de Zabelê – O romance clandestino, a ira de Mandahú

SETOR 04 – O Julgamento de Zabelê – Pena de morte

SETOR 05 – A eternização do amor – Tupã abençoa Zabelê e Metara e amaldiçoa Mandahú

SETOR 06 – Luta e resistência, os eternos protegidos de Zabelê

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://www.suapesquisa.com/fauna_flora/piaui.htm

http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=538

http://gshow.globo.com/Rede-Clube/Programao/noticia/2016/09/pimenteiras-tem-raizes-indigenas-e-guarda-muitas-riquezas-historicas.html

https://pt.wikiversity.org/wiki/Wikinativa/Anamb%C3%A9

Leia a sinopse de 2009 da Altaneiros do Samba