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UNIÃO DO SAMBA BRASILEIRO
A União do Samba Brasileiro surgiu em 2003, fundada por Willian Tadeu, um dos primeiros membros da LIESV. As cores azul e amarelo foram definidas pela preferência pessoal do fundador. A primeira bandeira da escola, criada por Arthur Macedo, seguia um formato semelhante ao atual. O brasão era circundado por figuras que remetiam a formas humanas dando as mãos em círculo. A escola fez parte do grupo que se filiou à Liga para o primeiro desfile. A distribuição dos grupos foi feita pela ordem de inscrição e, por isso, a escola foi registrada no Grupo de Acesso. Como era o ano de estruturação do projeto, muitas escolas tiveram dificuldades para desfilar e o Grupo de Acesso acabou não acontecendo. O sonho de desfilar na passarela virtual era adiado por um ano para a USB. O samba e enredo escolhidos para o carnaval de 2003 (Tarsila do Amaral, o sol laranja que ilumina a arte brasileira) foram mantidos para o desfile de 2004. Willian Tadeu assumiu o posto de carnavalesco até então ocupado por Estevão Nunes. Conrado Laurindo assumiu a vice-presidência. A escola despontou na avenida com o belo “Uma rosa para Neide Maria”, samba do G.R.E.S. Consulado de 2004, emocionando o público em seu esquenta. Imperial esbanjou garra e irreverência desde o primeiro minuto de desfile, defendendo com maestria o belo samba-enredo de sua autoria, que cantava “É azul, é amarelo meu coração / vou pintar esse universo com a União”. O desfile, marcado pela originalidade e fácil leitura, dividiu o título de campeão das pesquisas de opinião com a Imperiais do Samba (campeã oficial), alcançando a média 9,3. A 5ª colocação na apuração frustrou os componentes. Passada a apuração, coube à escola retomar o ânimo e acertar os ponteiros para 2005. Equipe mantida, foi definido o enredo “Especulum”, que falava sobre espelhos. Apesar de não ter cativado o público como no ano anterior, a USB corrigiu algumas falhas e realizou uma apresentação correta, obtendo a 3ª colocação. No Carnaval Virtual de 2006, a expectativa foi grande em torno do desfile, com enredo criado a partir do filme “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues. Um belo enredo e um excelente samba se uniram à colocação do ano anterior para criar essa expectativa. Porém, diversos problemas ocorreram na escola, que desfilou incompleta. Apesar disso, o intérprete Nellipe ganhou o Troféu Clara Nunes de Revelação em sua estréia. Coube à agremiação o 10º lugar no resultado final. O rebaixamento acabou sendo evitado por conta da desfiliação de algumas agremiações que integravam a Liga, que fez com que a USB fosse convidada a permanecer na elite do Carnaval Virtual. Em 2007, o enredo da escola causou polêmica desde o lançamento da sinopse até o desfile, pela mistura de elementos para falar do imaginário sobre a América criado pela Europa ao longo dos tempos. A homenagem aos cultos “semi-ecumênicos” de Padre Pinto em um dos setores do desfile garantiu grande alvoroço em torno da apresentação. Vale citar a participação de Marcus Vinicius como intérprete da escola nesse carnaval. O bom desfile rendeu apenas um 9º lugar. Sentindo a necessidade de respirar novos ares, Tadeu se afastou do cargo de carnavalesco, ocupando a vaga deixada por Murilo Duarte, na Colibris. Um grande processo de reformulação foi iniciado. Raphael Soares assumiu o carnaval da escola. Apesar de se tratar de um profissional, o envolvimento de Soares no mundo virtual garantiu que sua entrada na agremiação não representasse um afastamento das raízes do projeto sempre defendidas pela USB. O mesmo se pode dizer a respeito de Miguel Paul, fundador da Liesv, que assumiu – e cumpriu com maestria - a função de intérprete. Tadeu permaneceu como autor do enredo da escola. Ostentando uma bandeira reformulada por Rodrigo Raposa, o desfile cantando a escrava Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, “A Flor do Rio de Janeiro”, garantiu o tão sonhado, aguardado e merecido campeonato à União do Samba Brasileiro. Após polêmica fusão, o samba que canta “Lá vem ela/cheiro de rosa a perfumar a passarela em meus versos, delirar, subir aos céus, cantar/flor dos orixás” se tornou um dos sucessos do Carnaval Virtual de 2008. A União do Samba Brasileiro segue sua trajetória, sempre defendendo os ideais iniciais do projeto sem deixar de abrir a mente para inovações que venham a engrandecer a Liesv. Sendo uma das poucas escolas existente desde 2003 ainda em atividade, procura se manter consciente de seu papel no Carnaval Virtual e abrilhantar o maior espetáculo da tela com desfiles diferenciados que envolvam o público e o tornem cada vez mais apaixonado pela azul-e-amarelo catarinense.
ENREDO
2012
Falo pra Você! Falo. Penso, logo falo. No carnaval virtual de 2011, a União do Samba Brasileiro apresentou um manifesto contra o show dos Rolling Stones em Copacabana. Uma representação fálica ofensiva aos rockeiros ingleses surpreendentemente assustou mentes retrógradas. Por isso, a USB hoje se veste de vaca profana e jorra leite mau na cara dos caretas. É uma apoteose de caralhos, paus, trozobas e picanços. Falo! Falo invadindo seus ouvidos e revirando suas entranhas. No repicar da timba, atravesso os tempos. Falo pra você! Falo da infância... ah, a doce infância! É de pequenino que se torce o pepino! Desde pequenos aprendemos o que diferencia meninos de meninas... mas os personagens de destaque nas histórias infantis são hegemonicamente masculinos, às vezes fálicos. Do sabugo de milho às bananas de pijamas. Na Índia, encontramos Shiva representada como um falo ou pilar cósmico, o mukhalinga. Na Grécia, o falo de dimensões exageradas como símbolo de fertilidade no mito de Príapo, representação que se traduz em adornos na joalheria romana. Os japoneses pedem aos deuses uma boa colheita no Hounen Matsuri, festival cujo ponto alto é o desfile de um pênis de madeira de mais de dois metros de altura. Se entre nós qualquer imagem fálica soa obscena, entre os antigos era sagrada como objeto de culto. A moral católica levou homens e mulheres a se envergonharem de suas genitálias. O falo passou a ser perseguido, coberto por folhas de parreira em Adão. Santo Agostinho será lembrado para sempre como o inquisidor dos falos. No medievo, encontramos o fabliau "Os quatro desejos de São Martinho". O devoto encontra o santo, que lhe concede quatro desejos. Resolve compartilhar com a mulher, apesar de não confiar em seu juízo. Ela pede que ele seja cheio de paus sempre tesos, cada um com seu colhão. Assustado e cheio de paus, o homem vinga-se pedindo que a mulher se encha de conas. Num ato-falho, utilizam o terceiro pedido para ficar sem paus nem conas e são mutilados até mesmo dos que tinham antes. Acabam por ter que usar o último pedido para voltarem ao normal. Falo da falta de juízo. Triste desperdício da dádiva! Falo de poder nas representações. O homem erguendo monumentos e arranhando os céus. Falo em cada obelisco, falo em cada chaminé, em cada torre. A mulher que "cola" a ponta de uma garrafa em sua boca no anúncio do refrigerante sugere um erotismo óbvio. Em protuberantes espadas e espingardas, em automóveis compridos e arredondados, a hegemonia masculina busca se impor. O poder do falo imposto por milênios. Os músculos masculinos protuberantes em contraposição à maciez feminina, desde as representações da Antigüidade até os filmes de Kid Bengala. Os machões, de Jece Valadão a Rambo. Falo do estereótipo que obrigou tantas Marias Quitérias a masculinizarem-se para poder ocupar determinados postos na sociedade. A luta pela igualdade de gênero está ancorada na consciência da ditadura do falo. Abaixo o machismo! O corpo é meu, falo para quem eu quiser! Nosso grito contra a intolerância daqueles que querem controlar nossas representações fálicas é o mesmo grito contra aqueles que ousam controlar o que cada um faz com seu falo. Quem der um "close" em nosso desfile, verá que não se trata de uma exaltação ao pênis, nem de uma ode ao machismo. Viva a liberdade de Robertas, Rogérias e Ariadnas! E como é carnaval, lembramos de Joãosinho Trinta que fez da folia a anti-repressão, afinal "todo mundo nasceu nu!". Falo de Jorge Lafond... epa, epa... veja lá como falo! Vera Verão, "uma quase Cláudia Raia". Na festa da inversão social, onde o poder está nas representações das curvas pecaminosas da mulata, nossa saudação a uma co-irmã camarada de armas na luta contra os caretas. Se em Osasco o desbunde é geral, hoje falo pra você, companheiro Pavão! Willian Tadeu Aproximadamente no ano 3611 da castração de 13230 soldados líbios que invadiram o Egito, ordenada pelo faraó Meremptah Leia a sinopse de 2010 da USB |
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