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FALCÕES DA SERRA
Fundada pelo carnavalesco Murilo Duarte, a Falcões da Serra é sinônimo de Paraíba, sua cidade-sede, no Carnaval Virtual. A escola foi a terceira colocada do Grupo de Avaliação da CAESV, em 2007, conquistando, assim, o direito de participar do desfile das grandes potências da LIESV. Para este novo desafio, a escola vem com muita gana e com o carisma de seus componentes, alguns deles veteranos da liga. "Queremos conquistar os corações virtuais com simpatia e descontração, sem nos distanciarmos do cunho sócio-cultural que o carnaval carrega! Sejam bem vindos à nossa festa!". Em 2021, retornou ao Grupo Especial da LIESV depois de mais de uma década, mas não conseguiu desfilar.
SINOPSE
ENREDO 2021
Geração Mimimi – O mundo mudou… porque nos tornamos pessoas melhores
“Geração mimimi” essa, hein… É 2021 e as pessoas não sabem levar nada na brincadeira! Não pode se fazer piada com nada, o politicamente correto tomou conta de tudo! … Ou será que é assim mesmo? Os tempos mudaram. Uma criança de jardim de infância acorda. Começa a se preparar para a escola, se veste, prepara sua lancheira… e acidentalmente derruba algo. Os pais da criança veem a cena, e se incomodam. Afinal, alguma coisa em que eles investiram algum dinheiro está quebrada. Em uma realidade antiga, a criança seria punida severamente. Talvez fosse forçada a ajoelhar no milho, talvez apanhasse, talvez ficasse de castigo. Mas nós vivemos na tal da geração mimimi. A criança não precisa se preocupar com uma agressão física. Os pais da criança compreendem que acidentes acontecem, limpam a bagunça, pedem pra criança tomar cuidado da próxima vez… e só. E na escola, também não sofrerá isso. Ela não apanhará dos professores por ter feito algo errado, pois as novas gerações educam sem machucar. E talvez, só talvez, elas pudessem educar as gerações passadas sobre o porquê de não serem a “geração mimimi”. Quando a pessoa cresce, ela começa a ver que os tais dos “mimimis” não estão aqui porque o mundo tá chato. Eles existem para que as pessoas possam olhar umas pras outras como iguais, independendo da aparência exterior ou interior. A cor de pele não te define, e piada com preto não é piada. Seu peso não te define, e piada com gordo não tem graça. Deficiências físicas? Só mostram a valentia da pessoa. Homossexual? Transsexual? Autista? Não significa que você é menos gente que ninguém. Ninguém é um estereótipo. E quando se olha pro passado… ai que falta fizeram esses mimimis! Quem dera não tivéssemos perdido mentes brilhantes pra depressão, pra repressão, pra humilhação! Quem dera ser diferente sempre tivesse sido motivo de admiração, e não de exclusão! A humanidade, que ainda que avançando a passos rápidos, sempre evoluiu devagar quando o assunto é entender o próximo… mas se não tivesse, quem sabe nós não tivéssemos deixado as guerras de lado? Quem sabe não estaríamos dando amor aos próximos e repartindo nossas riquezas livremente sem o medo de sermos “xingados” de comunistas por alguém que dizia que os antigos tempos eram muito melhores? E mais. Não é de hoje que as pessoas fazem o tal do “mimimi”. Sempre houveram pessoas que quiseram mostrar que o respeito e a compreensão estão acima de tudo. Que mulheres também podem ser as donas da rua, que se o povo abrir a mente, descobrirão que gay também é gente… e que, no final de tudo, é justamente pelos tempos modernos terem tornado o “mimimi” mais fácil de se propagar e de se ouvir que ele deixa de se tornar apenas reclamação e torna-se luta por direitos, movimentos para mudar o mundo, a voz que faz a sociedade ter certeza que, hoje, nós somos pessoas melhores do que éramos ontem, e amanhã, seremos pessoas melhores do que somos hoje. O mundo está chato. E que bom que está. Porque a tal da “geração mimimi” só nos enche de orgulho. Autor do enredo: Humberto Mansur Leia a sinopse de 2020 da Falcões da Serra |
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