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Edição nº 102 - 16/11/2023
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Ainda estamos tentando processar a notícia. Mas está difícil de acreditar... e de aceitar.
Na noite desta terça (14), véspera de feriado, Bruno Malta se queixava conosco da velocidade dos carros da Avenida Brasil. Nosso amigo rumava a Duque de Caxias, onde conheceria a quadra da Grande Rio. Era uma reclamação sobre o trânsito no Rio de Janeiro, poucas horas antes da tragédia que abreviaria sua vida. Infelizmente, sem ninguém saber, aquilo foi um sinal. A partida ocorreu repentinamente na manhã do triste feriado de 15 de novembro, em pleno coração de Vila Isabel. Na mesma Boulevard 28 de Setembro onde tudo aconteceu, mais tarde passaria a azul-e-branco para seu ensaio de rua. Que faria um minuto de silêncio em sua memória, com a célebre marcação fúnebre do surdo.
Sua última postagem nas redes sociais foi uma citação ao novo samba-enredo da Grande Rio. Como se estivesse celebrando sua breve passagem de apenas 28 anos conosco. "No meu destino a eternidade".
Sim, Bruno! Você se eternizou e será lembrado para sempre por todos nós! Como o garoto apaixonado por Carnaval, cujo amor pelas escolas de samba era um ideal. Sua presença quase diária em nossas lives foi um alento para muitos durante a pandemia. Um jovem prestativo, sempre pronto a ajudar e fazendo questão de colaborar. "O senhor vai querer minhas análises para 2024?". "Não se preocupe, Marco. Você vai receber o CD físico do Carnaval de São Paulo" Anualmente, ele fazia questão de me enviar o disco, em postagem para Porto Alegre. Sem eu pedir. Bruno Malta não solicitava. Ele fazia. E com o único propósito de deixar os amigos felizes. Como num vídeo surpresa de Wander Pires para o SAMBARIO, na quadra da Vila Maria, em novembro de 2021. Por pura iniciativa de Bruno, apenas porque teve vontade de me conceder um agrado. Sem eu sequer cogitar. Esse era Bruno Malta. De algumas opiniões polêmicas no Carnaval que desagradavam a alguns. Mas que sempre as defendia com argumentações plausíveis. Para ele, "Tempos Modernos" foi um desfile mais significativo na Rosas de Ouro do que "Mar de Rosas". Enquanto contestávamos em tom de zoeira e camaradagem, ele firmava sua opinião com unhas e dentes. Bancando suas posições com convicção, nem que isso significasse até perdas de oportunidades. Mas Bruno Malta era assim. Não queria aderir a sistemas em suas avaliações com precisão e imparcialidade. Sobrava até para a sua escola de coração. Todo dia, descascava a Mocidade Alegre, como se estivesse bancando um personagem. "Poxa, Bruno! Você não perdoa a Morada nem quando ela é campeã", disse a ele esses dias. "Foi a pior campeã de todos os tempos", retrucou com marra. Certamente, nunca foi este seu sentimento. Senão, jamais teria tido esta reação abaixo, postada ontem por Alex Cardoso, da Globo e da TV Paticumbum. Uma explosão de alegria com a nota 10 cantada por Zulu que deu o título à Mocidade em fevereiro.
É triste perdermos, em tão curto espaço de tempo, dois incansáveis defensores da cultura popular.
Logo agora que nossa bolha necessita tanto. Cassius Silva de Abreu partiu em julho, a tempo de ver seu Boi Caprichoso campeão. Bruno Malta do Nascimento nos deixou com a Mocidade Alegre vitoriosa. "É mais uma emoção batendo forte no meu peito, eu sou Morada e não tem jeito". Tomo a liberdade de fechar este tributo utilizando os versos de nosso colunista Túlio Rabelo. Que fez um acróstico em homenagem a Bruno Malta. Homenagem sugestiva ao maior fã que conheci, do concorrente derrotado de André Diniz para a Vila Isabel visando 2017. Que igualmente tinha um acróstico. B rasil lhe apresento Bruno Malta R apaz... que muito a nossa cultura ajudou U m amante das escolas de samba N unca se calou, nele havia O pinião M ocidade bem vivida A legre, eterno folião L egado que brilha T ambores ecoam na canção A migo... hoje te tenho no meu coração Inscreva-se no canal SAMBARIO no YouTube Marco Maciel
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