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UNIDOS DE BANGU

UNIDOS DE BANGU

FUNDAÇÃO  15/11/37
CORES  Vermelho e Branco
QUADRA  Rua Santa Cecília, 570
Bangu
Telefone: (21) 3269-1130
SÍMBOLO Pandeiro

RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO

HISTÓRICO

Quarta escola mais antiga do Carnaval, atrás apenas de Mangueira, Portela e Unidos da Tijuca, a Unidos de Bangu foi fundada em 1937 por um grupo de operários da hoje extinta Fábrica Bangu. Suas primeiras cores foram o azul e o branco. A agremiação mudaria para vermelho e branco em 1966, em homenagem ao clube de futebol do bairro, o Bangu Atlético Clube, que conquistou naquele ano seu segundo campeonato carioca. Foi a primeira escola a ter uma quadra coberta no país.

Desfilou quatro vezes entre as grandes, nos anos de 1958, 59, 60 e 63. Possui dois títulos do Grupo 2, conquistados em 1957 e 1962. Na primeira metade da década de 80, figurou no Grupo A (na época, 1-B), tendo como nome mais popular o intérprete Sobrinho, além do presidente Wanderley Portugal. Porém, uma série de más administrações fizeram com que a escola enrolasse a bandeira em 1997.

15 anos depois, um grupo de jovens do bairro de Bangu reergueram a escola, que voltou a desfilar em 2013 no Grupo C, herdando a vaga da Independente de São João de Meriti. O vice-campeonato promoveu a Unidos de Bangu para o Grupo B. E em 2014, a agremiação comprovou sua ascensão meteórica.

O título do Terceiro Grupo proporcionou o acesso à Série A, regressando então à Marquês de Sapucaí. Mas sua apresentação em 2015 foi repleta de problemas, com a ausência de muitas alas devido ao atraso da entrega de fantasias, e a Bangu acabou rebaixada com a penúltima colocação para o Grupo B, onde se manteve por dois anos, até conquistar um novo campeonato em 2017. Assim, a Unidos de Bangu retornou à Passarela do Samba em 2018 na Série A, conseguindo a permanência no grupo, onde se encontra desde então.

RESULTADOS DA ESCOLA

1957 - 1º do Grupo 2
Homenagem à aviação brasileira
Carnavalesco: Maza

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1958 - 12º do Grupo 1
Proclamação da República
Carnavalesco: Maza 

.

1959 - 8º do Grupo 1
O último baile da corte imperial
Carnavalesco: Maza 

..

1960 - 8º do Grupo 1
Jóias da primavera
Carnavalesco: Maza

.

1961 - 3º do Grupo 2
Os bandeirantes
Carnavalesco: Maza 

.

1962 - 1º do Grupo 2
A fragata de D. Afonso
Carnavalesco: Darcy de Jesus

.

1963 - 9º do Grupo 1
Brasil, pátria universal
Carnavalesco: Darcy de Jesus

.

1964 - 13º do Grupo 2
Jóias da poesia
Carnavalesco: Darcy de Jesus

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1965 - 6º do Grupo 3
4° Centenário
Carnavalesco: Darcy de Jesus 

.

1966 - 5º do Grupo 3
Viagem pitoresca à história do Brasil
Carnavalesco: Darcy de Jesus 

.

1967 - 19º do Grupo 3
Os precursores da Abolição
Carnavalesco: Josafá Pereira 

.

1968 - 9º do Grupo 3
Vida e história de Vitor Meirelles de Lima
Carnavalesco: Dario de Souza 

.

1969 - 14º do Grupo 3
Maria Quitéria, heroína da independência
Carnavalesco: Josafá Pereira 

.

1970 - 7º do Grupo 3
Apóstolo da ciência e benfeitor da humanidade - Dr. Vital Brasil
Carnavalesco: Josafá Pereira 

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1971 - 3º do Grupo 3
O Guarani de José de Alencar
Carnavalesco: Josafá Pereira

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1972 - não desfilou
Um dos motivos da Independência do Brasil
Carnavalesco: Josafá Pereira

.

1973 - 3º do Grupo 3
Prodígio de café na economia brasileira
Carnavalesco: John Rubens Ide

.

1974 - 14º do Grupo 2
Rio, pé de moleque
Carnavalesco: John Rubens Ide

.

1975 - 11º do Grupo 2
Emília no país da gramática
Carnavalesco: John Ruben Ide

.

1976 - 16º do Grupo 2
Festas e tradições de nossa gente
Carnavalesco: Carlos de Azevedo

.

1977 - 5º do Grupo 3
Madame Satã
Carnavalesco: Carlinhos Andrade e Ernesto Nascimento 

.

1978 - 3º do Grupo 3
Essa dupla é uma parada
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1979 - 6º do Grupo 2-A
Brasil, batucai vossos pandeiros
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1980 - 6º do Grupo 1-B
A Lenda de Juparanã, a lagoa encantada
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1981 - 7º do Grupo 1-B
É hoje, a história do carnaval
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1982 - 10º do Grupo 1-B
Você sabe como é
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1983 - 5º do Grupo 1-B
Obrigado, Brasil
Carnavalesco: Ernesto Nascimento

.

1984 - 6º do Grupo 1-B
Atrás do trio elétrico
Carnavalesco: Yubiratan Corrêa (Lacerda) e José Eugênio da Silva

.

1985 - 7º do Grupo 1-B
É hoje só, amanhã não tem mais
Carnavalesco: Yubiratan Corrêa (Lacerda) e José Eugênio da Silva

.

1986 - 9º do Grupo 2-A
A Procissão dos Navegantes
Carnavalesco: Departamento Cultural

.

1987 - 8º do Grupo 3
Tem que dar certo
Carnavalesco: Departamento Cultural 

.

1988 - 6º do Grupo 3
Rio que tem piranha, jacaré nada de costas
Carnavalesco: César D'Azevedo

.

1989 - 9º do Grupo 3
As águas vão rolar
Carnavalesco: César de Azevedo e Roberto Costa 

.

1990 - 7º do Grupo C
O encanto da vida é recordar
Carnavalesco: Marco Machado e Guilherme de Andrade 

.

1991 - 5º do Grupo C
Ginga, Palmares e liberdade
Carnavalesco: Sebastião Loureiro de Freitas (Tião Bengala) e Márcio Machado

.

1992 - 4º do Grupo C
Troque a pilha e aumente o volume
Carnavalesco: Adílson Nogueira

.

1993 - 5º do Grupo C
Alerta, vamos sambar, aí vem a Emilinha
Carnavalesco: Adílson Nogueira e Paulo Stein 

.

1994 - 7º do Grupo C
Correio Nacional através dos tempos
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari 

.

1995 - 6º do Grupo 1
Rosa, uma flor mulher
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari

.

1996 - 6º do Grupo E
Oh! Que saudades que eu tenho
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari 

.

1997 - 5º do Grupo E
Mocidade Independente, uma estrela que veio do céu para brilhar em Padre Miguel
Carnavalesco: Natan 

.

1998 - 5º do Grupo E
História da história de um carnaval que era do povo, e será?
Carnavalesco: Oziene Furtado 

.

1999 a 2012 - não desfilou

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2013 - 2º do Grupo C
Nas lembranças da infância, um carnaval de esperança
Carnavalesco: Ricardo Paulino e Luciano Santos

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2014 - 1º do Grupo B
Eternamente Bangu
Carnavalesco: Ney Junior

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2015 - 14º na Série A
Imperium
Carnavalesco: Rodrigo Almeida

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2016 - 6º da Grupo B
60 anos de glórias. A Estrela Guia Bangu rumo à vitória!
Carnavalesco: Marco Antônio Falleiros

.

2017 - 1º da Grupo B
Onde há fumaça, há fogo!
Carnavalescos: Guilherme Diniz e Rodrigo Marques

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2018 - 12ª na Série A
A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil
Carnavalesco: Cid Carvalho

.

2019 - 8º na Série A
Do Ventre da Terra, Raízes para o Mundo
Carnavalesco: Alex de Oliveira

.

2020 - 10ª na Série A
Memórias de um Griô: a Diáspora Africana numa Idade nada Moderna e muito menos Contemporânea
Carnavalesco: Bruno Rocha

 

SAMBAS-ENREDO

 

1971

 

Enredo: O Guarani, de José de Alencar

Autor(es): Ala dos Compositores

 

Pensando em uma raça forte
Almejando um Brasil gigante
O romancista criou
Duas personagens fascinantes
O amor do índio Peri
Da raça guarani
Que vibrava a todo instante
Pela linda moça chamada Ceci

Peri, lealdade e bravura (bis)
Ceci, beleza e ternura

Um fato provou
A coragem do valente guerreiro
Quando evitou um grande mal
No seu amor verdadeiro
Sustentando uma enorme pedra
Que lhe seria fatal
Mas o destino quis
Que um ato perverso
Partindo do filho de Dom Antonio de Mariz
Transformasse a paz em guerra
Na tribo dos Aimorés
E o velho conquistador
Elevando o pensamento a Deus
Fez explodir o paiol
Terminando com todos os seus

Peri, lealdade e bravura
(bis)
Ceci, beleza e ternura

1972

 

Enredo: Um dos Motivos da Independência

Autor(es): Boina e Dantas

 

Um dia a professora me contou
Que o Brasil, oh meu Brasil
Já foi escravo, sim senhor
E este bravo povo brasileiro
Negro, nobre e estrangeiro
Que conheceu o seu valor
Lá no Ipiranga
Uma frase ficou na história

Independência ou morte (bis)
A maçonaria foi mais forte

Parabéns ao brasileiro
Já é tempo de Brasil (bis)
O universo em que abraçar
Resplandece em coisas mil

1974

Enredo: Rio Pé-de-Moleque
Compositor: Devanil Silva

Que lembrança boa
Recordemos nós
Ó, meu Rio antigo
O Rio do tempo dos meus avós

Calçadas feitas
Com maço de pilão (bis)
Rio pé-de-moleque
Eu não me esqueço não

Ai que saudades
Da luz do candeeiro
Da carruagem que chamavam de tourão
Doce mulata e a luta de capoeira
Briga de galo, uma boa diversão
Lembro a Mãe Benta
Aquela negra doceira
Lembro de Itu, bêbado a cambalear
Pé-de-moleque, do estopim e da liteira
Da bonitinha, cadeirinha de arrumar

O Rio era
Chamado assim (bis)
Lembrando um doce
De amendoim

1975

 

Enredo: Emília no País da Gramática

Autor(es): Roberto Rodrigues e Frankiln Martins

 

É pura sedução
A maravilhosa história
Criada na imaginação
De um escritor genial
Que maravilha
O carnaval vai conhecer
A bonequinha encantada
Que alegra a garotada
E ensina a ler
Emília, Emília, Emília
A linda boneca
Marquesa de Rabicó
Encontrou Pedrinho, o bom menino
E o convidou
A passear com Quindim
E ele aceitou
E no País da Gramática
Teve ensino de valor
Adjetivos, advérbios e pronomes pessoais
Incentivado, ele cantou as vogais

A-E-I-O-U
Vamos decorar (bis)
Encontrar o caminho
Do país da gramática para estudar

 

1976

 

Enredo: Festas e Tradições de Nossa Gente

Autor(es): Marujo, Nilton Leal e Jorge Melodia

 

De Norte a Sul
De janeiro a janeiro
Canta e dança o brasileiro
Em suas festas tradicionais
Na passarela
Nossa escola se agita
Demonstrando para o povo
A milenar dança de fita
(Oi saravá)

Saravá Mãe Iemanjá
Rainha das águas (bis)
Sereias do mar

E na Bahia
No Santuário do Bom Fim
A lavagem das escadarias
Onde os romeiros fazem
Seus votos de fé

Tem samba, tem capoeira
E também o candomblé (bis)
Recife é o palco do maracatu

Com a sua pompa habitual
É de Pernambuco a realeza
Mostrando toda a beleza
Do nosso carnaval
E ricamente enfeitados
Os curumins, tupinambás
Dançam os caboclinhos
Com seus instrumentos orginais
(De Norte a Sul)

 

1979

 

Enredo: Brasil, batucai vossos pandeiros
Autor(es): Afonso Guedes e G. Solano

 

Em nossa história
Riquezas de um folclore vamos encontrar
Brasil, batucai vossos pandeiros
Do entrudo ao partideiro
E a pureza do meu boi-bumbá
Chegando em Recife
Nordestino foi quem disse
O frevo domina a multidão

Eu vi um cortejo lá na praça (bis)
O maracatu tem graça, beleza e tradição

Passando na Bahia abençoada
Terra da boa cocada
De Caymmi, do acarajé
Me perco em folguedos de alegria
De um pandeiro em harmonia
Com tambores de um candomblé
No Rio de Janeiro
Pagode no terreiro é natural
Tem cuíca, tem viola
Chora meu cavaco chora
Tem mulata, é carnaval

Laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá

 

1980

 

Enredo: A Lenda de Juparanã, a Lagoa Encantada
Autor(es): Élio, Hildo, Servilho, Wantuil e Wilson


Juparanã, lagoa encantada
Palco da mitologia
Reino de anões e fadas
Mundo de fantasia
Mergulhei na poesia
De raro esplendor
Minha escola mostra agora
A história que Pai Velho me contou

Juparanã, Juparanã (bis)
A lagoa encantada protegida por Tupã

Lindas e frondosas matas
Cachoeiras e cascatas
De mistérios e magia
Ninfas douradas
Enfeitam a lagoa encantada
Num cenário de festa
Os pássaros compõem a sinfonia
O arco-íris ao amanhecer
Anuncia um novo dia

Você vai ver, êê, você vai ver (bis)
Boitatá e caipora e o saci-pererê

 

(Juparanã)

 

1981

 

Enredo: É hoje, a História do Carnaval
Autor(es): Batista do Parque, Totonho e Marcos Job 

É hoje, humildemente negro pede
Na passarela colorida
Agoié caô, meu pai
Quanta alegria, braços dados na folia


Todo o povo a cantar, lálaiá (bis) 


Minha escola ao desfilar 
Faz através do tempo 
A origem do samba voltar 
E o carioca que trabalha o ano inteiro 
Quando chega fevereiro ele é bamba 
E vai sambar 


Num cenário que fascina
Nobre sobe morro acima 
Vai buscar a lavadeira (bis) 
Vestida de colombina


(Beleza)
Beleza, o reluzir das fantasias 
Beleza, as mulatas a sambar 
É empolgante, envolvente e comovente 
Ver no rosto desta gente 
Gotas de suor rolar


Pega na barra da saia baiana e roda
Que eu quero ver (bis) 
Levantando a poeira
Até o dia amanhecer


Gangá zumbê (bis) 
Gangá zumbá

1982 

Enredo: Você sabe como é 
Compositores: Marcos Job, Totonho e Carlinhos Biju

Oh cigana
Venha ler a minha mão
Meu destino ignorado
Quero a revelação
No sobrenatural imaginário
Você sabe como é
Eu sem a figa de guiné
Diz o ditado popular
Se matar um gato, mais seis tem que matar

Pular pra lá
Senão voltar (bis)
Por cima de uma criança
É pequena e vai ficar

Ô rezadeira
Venha seu filho curar (orar, rezar)
Reze contra a feiticeira
Pois o bem combate o mal
Pensa, pensa meu padinho, estou saído
Pela porta que entrei
O chinelo que virado encontrei
Desconjuro logo revirei

É meia-noite
Tem coruja no telhado (bis)
Fecha a mão, menino bom
Para dormir sossegado

1983 

Enredo: Obrigado, Brasil 
Compositores: Arlindo Andrade, Dorado e Lucinho da Boina 

Bate sem parar feito um pandeiro 
O coração brasileiro 
Pro mundo inteiro ouvir 
O samba é bem mais que a luz no escuro 
É um grito no futuro 
Com um verso assim 

Vem amor, espalhe alegria no meu coração 
Esqueça a tristeza, o dia-dia (bis)
É carnaval, sou rei, sou folião 

No céu azul, o sol a iluminar de norte a sul 
A praia, a fauna, a flora, o futebol 
Ao bronze da mulata dá mais vida
Mais vida à riqueza natural
Maravilhoso solo hospitaleiro tropical 
Parte universal da imigração 
Oh musa inspiradora, eu agradeço 
Ter nascido neste berço e me inspirar nesse refrão

Vou despertar o mundo 
Batucando meu pandeiro (bis)
Obrigado meu Brasil 
Canta povo brasileiro

1984

 

Enredo: Atrás do Trio Elétrico
Autor(es): Vanildo Lima e Beto

 

Vem povão cair na folia
Já raiou o dia
É carnaval
Brilhando em vermelho e branco
Com sorriso franco
Sou folião
Na praça, feliz reunido
Meu povo sofrido
Quer extravasar
Até os orixás estão presentes
Essa festa comovente
Eles vão abençoar

 

Kirambô-ri-rê!
Kirambô-ri-rá!
Atrás do trio elétrico (bis)
Eu não posso vacilar

 

Ô ô ô Bahia
A magia de Dodô e de Osmar
Com seu trio tomou conta do meu Rio
E em louca euforia
Se deixou eletrizar

 

Atrás da minha escola
Pode vir quem já nasceu (bis)
É o bloco do prazer
Só não vai quem já morreu

1985

Enredo: É Hoje só, Amanhã não tem Mais
Autor(es): Carlinhos Batuqueiro e Wilson do Cavaco 

(Reviver é reviver)
Revivendo o passado
Dos maravilhosos carnavais
Lindo panorama de saudade
Passamos a ilustrar
Oh, quanta beleza
Domina meu coração
Blocos de sujo e mascarados
Brincam "entusianimados"
Nesse mundo de ilusão
Lá lalaiá lalaiá ô ô ô
Lá lalaiá lalaiá ô ô ô
No reino colorido da folia
Chuvas de confetes e serpentinas
Ornamentando o corso, que esplendor
Lindas fantasias que fascinam
Meus olhos brilham de felicidade
Ao contemplar
O carro da grande sociedade

Ai, ai, ai, está chegando a hora
O delírio satisfaz (bis)
E o povo a cantar
É hoje só, amanhã não tem mais

1986


Enredo: A Procissão dos Navegantes
Autor(es): Martinho Devaneio, Waldeci e Wanderley


Ôô Bahia
Terra de grande tradição
Ôô Bahia
Seu povo tem a fé no coração
É um cenário deslumbrante
A procissão dos Navegantes
Num clima de muita emoção
Marca em Salvador, lá na Bahia
O início de um ano novo
Para o povo baiano


Lá na Bahia, o poder do axé
Segue em procissão (bis)
Com os irmãos de fé


Depois da missa na igreja
De Nossa Senhora da Conceição
A imagem do Bom Jesus dos Navegantes
É embarcada e segue em procissão
São mais de mil embarcações
A galeota vai rompendo o mar
Ao som do samba e atabaques
Com fogos explodindo no ar

 

Maravilhosa e fascinante (bis)
É a procissão dos Navegantes

1991

Enredo: Ginga, Palmares e liberdade
Autor(es): Dorado, Sentera e Nelson Cachorro

Ginga rainha negra, linda de Angola
Ginga, liberdade ou morte
Vindo de terra distante
Nos infernos flutuantes
O negro aqui chegou
Com ideal de liberdade
No peito a dor, uma saudade
Amargando o dissabor
Vendido como escravo
Pra fazenda do senhor

Gerges Bantu
Bantu Jagas
(bis)
Fulas Cambindas
E outros mais

Quarenta bravos indomáveis
Arrebentam correntes, derrubam grades
Com a semente de Ginga
Rainha linda, fundam os Palmares
O reino negro onde impera liberdade

Liberdade, liberdade
Rainha Ginga
(bis)
Sonho de felicidade
Oh, luz infinda

A semente da revolta
Foi um marco na história da nação
A resistência negra tão sonhada
Não foi em vão

Lá vem o negro
De atabaque e de viola
Hoje tem remandiola, minha gente
É carnaval, é a festa tradicional

1992

Enredo: Troque a Pilha e Aumente o Volume
Autor(es): Ronaldo, Simbora, Cardoso, Chapéu e Bruno 

Quero despertar com o novo dia
No dia a dia me comunicar
Levando através das ondas
Notícias de qualquer lugar

Liga e se liga e troque a pilha
Aumente o volume por favor (bis)
Não se desliga deste clima
Axé, meu pai xangô

Dr. Roquete Pinto
O pioneiro da comunicação
Criou a primeira rádio
Surgiram outras com nomes
Que jamais esquecerão
Surgiu Ary Barroso
E os calouros da Rádio Nacional
Brilhou estrela Dalva de oliveira
Marlene, Emilinha E outras mais

Emilinha é, e sempre será
Musa e rainha (bis)
Dos eternos carnavais

Gira globo gira
Com seu eco universal
Pra ficar no clima
Curte a capital na tropical
É muito samba e carnaval

Tic tac, tá na hora, você sabia
Do debate popular veja (bis)
A manchete do dia a Unidos de Bangu
Exalta as rádios neste dia

1993

Enredo: Alerta, vamos sambar, aí vem a Emilinha
Autor(es): J.Claudio, Luiz Claudio e Jose Carlos

Alerta! A hora é essa
Vamos cantar para homenagear
A artista mais querida e popular
Aí vem Emilinha
Alerta, vamos sambar
Nasceu em Mangueira
A Estação Primeira mora no seu coração
Que felicidade!
Quando o Botafogo é campeão

O carnaval é sua grande paixão
(bis)

Foi no Cassino da Urca
O início de uma brilhante carreira
Na Nacional brilhou mais forte a estrela
Sua voz conquistou o Brasil
E os grandes auditórios seduziu

"Barnabé", "Estou aí",
"Poeira de estrelas" gravou
(bis)
 O cinema brasileiro
A rainha coroou

Hoje na avenida iluminada
Minha escola engalanada
Vem mostrar o amor que tem por você
Do fundo do coração
Cantando esse refrão

O povo consagrou
É a nossa rainha
(bis)
A Unidos de Bangu
Vem exaltar Emilinha

1994

Enredo: Correio Nacional através dos tempos
Autor(es): Beto Correia, Simbora, Juninho, Cardoso e Nelson Cachorro

Correio Nacional
Através dos tempos se modernizou
Minha escola vem mostrar
O que foi ontem? O que é hoje? Eu vou cantar
O que será?
No batuque da senzala
O negro se comunicava
Até os índios com fumaça
A mensagem revelava

Pombo correio
Por favor, leva esta carta
(bis)
É carnaval, quero brincar
Com minha amada

Foi ele
Paulo Bregaro
Levou a carta de tamanha importância
Do Brasil fez a mudança
Lá no Rio Ypiranga
(E hoje)
Hoje com a grande evolução
Basta um simples toque de botão
A informática, base de uma nova dimensão

Daqui pra ali? De lá pra cá
De porta em porta
(bis)
Seu carteiro, mensageiro
A festa é nossa

1996

Enredo: Oh! Que saudade que eu tenho
Autor(es): Jorge Chapéu, Furú, Tuninho, Cheirinho, Edinho Marcação, Márcio Machado, Franklin e Arlindo de Melo

Doces lembranças
A Unidos de Bangu faz recordar
Um passado tão distante
De um mundo fascinante
A infância vai mostrar
Oh! Que saudade que eu tenho
Não deixo de sonhar
Voltei a ser criança, estou presente
Nesse reino a delirar

É teco teco,
Cata-vento e pião
(bis)
No girar do carrossel
Traz meu mundo de ilusão

As pipas num bailado multicor
Enfeitam o meu céu
Quanto esplendor!
Tem brincadeira de roda
Amarelinha, pique esconde e garrafão
A pracinha hoje é só recordação

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
(bis)
É carnaval, sou criança
Vou brincar

1997

Enredo: Mocidade Independente, uma estrela do céu para brilhar em Padre Miguel
Autor(es): China e Amauri

A Unidos de Bangu vem exaltar
A Mocidade e sua trajetória
O verde e branco irradia
Do futebol para a avenida
É paixão e vida
Tia Remba conduzia
O pavilhão com galhardia
E simplicidade
Mestre André sempre dizia:
"Ninguém segura a nossa Bateria"

Tem batuque no pandeiro
Vem que tem
(bis)
No gingado da mulata
Da Vila Vintém

É lindo comemorar
Os enredos de outrora
Os autores e poetas
Suas grandes vitórias
Descobrimento do Brasil
Ziriguidum 2001
Obrigado criador, sou criatura
Por estes grandes carnavais
E no vira-virou
Eu vi virar
Chuê, chuá, as águas vão rolar

A estrela brilha
Reluz no céu
(bis)
É a musa, é a glória
De Padre Miguel

2013

Enredo: Nas lembranças da infância, um carnaval de esperança
Autor(es): Thiago Meiners, Igor Vianna, Evaldo Jr., Arlindo Neto e Carlinhos Piloto

Vem ver o meu tempo de menino
Com os versos do poeta... Eu me inspirei
A força do samba desperta
O sonho que um dia eu sonhei
O encanto das velhas tardes
Na casa da minha avó
Cheiro de infância no ar... Magia que vou recordar
A rua é o meu lugar, as pipas sempre a bailar
O jogo já vai começar

Na escola, desafios eu vou encontrar
É a hora da verdade... Vem brincar
(bis)
Parabéns aos grandes mestres,
Hoje sou a liberdade, alegria no olhar

Tem marmelada, palhaçada e gargalhada
Vem do circo a magia... A fantasia
A "charanga" embalando a torcida
Futebol que contagia... Moça Bonita
No São João, vou entrar na brincadeira
Vai ter festa a noite inteira, pode acreditar
Seguindo o bloco da felicidade
Junto com a "Mocidade", uma estrela vai brilhar
Saudade desperta o povo novamente
O amor está presente no meu carnaval
Meu pavilhão eu vou honrar... O sonho vai recomeçar...
Chegou a hora, o meu povo vai brilhar!

Voltei, amor, eu voltei
Num canto maior, me faço criança
(bis)
Na luz da esperança, renasce a emoção
Com a Unidos de Bangu no coração

2014

Enredo: Eternamente Bangu
Autor(es): Zé Glória, Maurinho Valle, Thiago Acácio, Dega da Viola, Junior Escafura, Lilio, Thiago Meiners, Antenor Bangu, Gabriel Sorriso, Iquinho Bombeiro, André Baiacu, Jorge Chapéu e Lucas Donato

Raiou o sol
Vai despertar um lindo tempo
Uma paixão, um sentimento
São grandes campos para lavourar
E assim, o sonho do Barão se transformou
Numa fazenda que a fartura abençoou
E o progresso encontrou o seu lugar
O imigrante chegou, trouxe a força do povo
Que não foge da batalha e quer um futuro novo
E no canto do trabalhador, "fabricando" emoção
Pelos trilhos da esperança, segue o meu coração

Da máquina à vapor, ferrovia a escoar
Arquitetura inglesa, seu acervo admirar
(bis)
Bangu, meu amor, minha paixão
É moradia do meu coração

Seu progresso é retratado em harmonia
Tem Shopping, que belo Calçadão!
Onde há dança, arte, fé e poesia
Da liberdade pra superação
Tem seus fãs, do futebol a alegria
Traz cultura, é carnaval, vem festejar
Na Passarela do Samba ergue o nosso pavilhão
Minha escola querida
Brilhando, minha gente vai mostrar o seu valor
Somos artistas na avenida, no carnaval do amor

O samba é o sangue que corre nas veias
A casa dos bambas renasce agora
(bis)
Eternamente, comunidade
Bangu reflete a felicidade

2015

Enredo: Imperium
Autores: Serginho Aguiar, Dudu Senna, Bruno Ferraz, Miúdo da Bahia, Walace Harmonia, Diego Rodrigues, Allan Santos, Rodrigo Barbosa e Leozinho Nunes

Divina luz da criação
O poder do amor reluz no oriente
Aurora da vida, na terra do sol nascente
Honra e glória marcadas na história
E do faraó ciência e sabedoria
Da Pérsia a tapeçaria
A caravana a nos guiar
Nas índias as especiarias
Tem cheiro de essência no ar
Um brinde ao sultão... Pra comemorar

Lutar, vencer e conquistar é a missão
Na arte e na fé... Guerreiro do samba (bis)
A emoção vai nos levar

No mar foi preciso navegar
Estrelas conduziram o destino
Um novo mundo, paraíso a encontrar
Maias, astecas e incas
Mistérios além da razão
A colônia serviu de refúgio após a invasão
Vieram aclamar império do Brasil
Lindo país tropical
Sapucaí Imperium do Carnaval

Vem ver quem chegou de vermelho e branco
Avante Bangu, respeite meu manto (bis)
Valente e guerreira eu vim brilhar
Vem sentir meu calor, cheguei pra ficar

2016

Enredo: 60 anos de glórias. A estrela guia Bangu rumo a vitória
Autores: ???

Avante Bangu, chegou nossa hora
É vermelho e branco o meu coração (bis)
A estrela nos guia rumo à vitória
Que seja pra sempre a nossa união

(A bola) A bola rolou, o sonho surgiu
Desperta minha Mocidade
A sua raiz, não posso negar
Baile das Rosas, eterna saudade
A malandragem de um mestre vai passar
Um banho de axé para me renova

Comunidade sua garra nos leva a vitória (bis)
Relembrando sua história

Deixa o povo aplaudir
Nosso canto vai arrepiar
As estrelas no céu hoje irão nos guiar (bis)
A alma de uma escola é a bateria
Não Existe Mais Quente, um toque de magia

Sessenta anos de glórias
Lindos sambas na memória
E nas viradas da vida
O Ziriguidum na avenida
Um rei, iluminando novas gerações
Eternizada em nossos corações
Não custa nada sonhar
Vem festejar de verde e branco
Sobre a luz de um novo olhar
Não custa nada sonhar

2017

Enredo: Onde há fumaça, há fogo!
Autores: Tem-Tem Jr, Richard Valença, Diego Nicolau, Marquinho Art Samba, Dudu Senna, Rafael Prates, André Baiacu, Professor Fernando, Renan Diniz, Rafael Tinguinha, Kevin Sardou, Márcio Campos SP e Wallace Tafakgi

Quando amanhecer 
O acaso vai me revelar
E vou renascer das cinzas pra me transformar 
Fazer o astro-rei brilhar no céu
A crença no poder dos rituais 
Em oferendas aos orixás

Nos caminhos de Exu, encontrei 
Pelos ventos de Iansã, alastrei
(bis)
Ogum, tua espada vou forjar 
Na pedreira, Rei Xangô faz trovejar

Mistérios da vida 
O homem buscou explicar
Auê Caramuru, o amor em comunhão 
Eu dominei metais
Habemus Papam na religião 
Sou luz da alquimia
Sentença do inquisidor 
No seu coração, acendo a fogueira
Brilhei no céu de São Sebastião 
A Zona Oeste protege e aquece
Teu “Glorioso” Pavilhão

Esse fogo que incendeia, o povo 
A chama da vida, sou eu
(bis)
É “febre de amor”, Bangu é paixão 
Vai ferver o Caldeirão

2018

Enredo: A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil
Autores: Diego Nicolau, Dudu Senna, Richard Valença, Renan Diniz, Orlando Ambrósio, André Kaballa, Marcio de Deus, Washington Motta, Ivan Ribeiro,
Rafael Prates, Rafael Tinguinha, Fernando Professor, Tem-Tem Jr e Kevin Sardou

A linda lua de África
Vai refletir, na tua pele (negra)
Somos herdeiros do Alafin de Oyó
O elo maior com a natureza
Olhar de serpente, nobreza da raça
Que quebra a corrente
E não se entrega não
Tem a valentia de um leão
Brilhou…
Nos olhos o fogo ancestral
Alumiando o ritual
O céu e o mar, Orum e aiyê
Se unem pra te proteger

Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança 

Ê maré! Balança o tumbeiro
Velho prisioneiro da desigualdade
Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança 

Ê maré! Balança o tumbeiro
Oceano inteiro é pranto de saudade

O brado de Agotime ecoava
Rainha, mãe naê do agongonô
Galanga virou Chico-rei
Palmares é o meu ylê
Tem festa no quariterê
Seguindo em devoção eu vou
Ao ébano altar da “ginga”
Toque de cabaça enfeitiçado
Eu quero ver o negro ser coroado
No porão da fé ôôô
Leva afefé, meu afã (pro mar)
E eterniza esse canto yorubá

Eabadeiaia
Iaia aiê eabadeiaia eiaiá 
Eabadeiaia
Iaia aiê eabadeiaia Bangu vai cantar!

2019

Enredo: Do Ventre da Terra, Raízes para o Mundo
Autores: Fabio Fonseca, Marcio de Deus, China do Estácio, Marlon P, Neyzinho do Cavaco, Wellington Amaro, Henrique Costa, Paulinho Ferreira, Julio Assis, Fabio Martins, Samir Trindade e Vinícius Sombra

Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, o meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da Zona Oeste, essa devoção
Os Deuses vêm coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre, um novo dia

Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada
(bis)
Matou fome da pobreza, foi a cura do mal
Nos salões da realeza, o prato principal

Parmentier, brilhou em Versalhes
De rainhas e reis, navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil “real”
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu país
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro

Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz, o caldeirão vermelho (bis)
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo guerreiro

2020

Enredo: Memórias de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea
Autores:Orlando Ambrósio, Richard Valença, Domenil Santos, Marcio de Deus, Renan Diniz, Dudu Senna, Lico Monteiro, Lucas Donato, Denilson do Rozário, Diego Nicolau, Telmo Motta e JB Oliveira

Ahh... Saudade ressoou o meu tambor
Num lastro de terra consagrado na memória
Ô, ô, eu sou um griô
Viaja o tempo nos rumores da história
Nesse chão debrucei toda força de um rei
Um ébano elo com a natureza
Mas a traição me tornou o alvo
Escravo de quem era minha certeza

Mar me leva, dor no mar
Sou o par da angústia
Tanto irmão à minha volta
(bis)
Na revolta da maré
Nego tem que ter fé...
Ê... Nego tem que ter fé

Sou eu, a mão que assina a própria sorte
Resistindo a natural pena de morte
Um dia fui retrato da tristeza
Hoje realeza livre do açoite
No samba fiz morada
Refúgio feiticeiro, a tez da noite
Na desfaçatez da madrugada
Guerreiro, ogã ou rainha
Juiz, defensor, dessa gente
Na luta a vitória é minha
Nos braços não pesam correntes

Ie ie ê alafiá
Ie ie ê alafiá (bis)
Meu sangue é a retinta majestade
Eu sou Bangu, o Ilê da liberdade