UNIDOS DE BANGU
UNIDOS
DE BANGU
FUNDAÇÃO |
15/11/37 |
CORES |
Vermelho e Branco |
QUADRA |
Rua
Santa Cecília, 570
Bangu
Telefone: (21) 3269-1130
|
SÍMBOLO |
Pandeiro |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
Quarta escola mais antiga
do Carnaval, atrás apenas de Mangueira, Portela e Unidos da
Tijuca, a Unidos de Bangu foi fundada em 1937 por um grupo de
operários da hoje extinta Fábrica Bangu. Suas primeiras
cores foram o azul e o branco. A agremiação mudaria para
vermelho e branco em 1966, em homenagem ao clube de futebol do bairro,
o Bangu Atlético Clube, que conquistou naquele ano seu segundo
campeonato carioca. Foi a primeira escola a ter uma quadra coberta no
país.
Desfilou quatro vezes entre as grandes, nos anos de 1958, 59, 60 e 63.
Possui dois títulos do Grupo 2, conquistados em 1957 e 1962. Na
primeira metade da década de 80, figurou no Grupo A (na
época, 1-B), tendo como nome mais popular o intérprete
Sobrinho, além do presidente Wanderley Portugal. Porém,
uma série de más administrações fizeram com
que a escola enrolasse a bandeira em 1997.
15 anos depois, um grupo de jovens do bairro de Bangu reergueram a
escola, que voltou a desfilar em 2013 no Grupo C, herdando a vaga da
Independente de São João de Meriti. O vice-campeonato
promoveu a Unidos de Bangu para o Grupo B. E em 2014, a
agremiação comprovou sua ascensão
meteórica.
O título do Terceiro Grupo proporcionou o
acesso à Série A, regressando então à
Marquês de Sapucaí. Mas sua apresentação em
2015 foi repleta de problemas, com a ausência de muitas alas
devido ao atraso da entrega de fantasias, e a Bangu acabou rebaixada
com a penúltima colocação para o Grupo B, onde se
manteve por dois anos, até conquistar um novo campeonato em
2017. Assim, a Unidos de Bangu retornou à Passarela do Samba em
2018 na Série A, conseguindo a permanência no grupo, onde se encontra desde então.
RESULTADOS
DA ESCOLA
1957 - 1º do Grupo 2
Homenagem à aviação brasileira
Carnavalesco: Maza
.
1958 - 12º do Grupo 1
Proclamação da República
Carnavalesco: Maza
.
1959 - 8º do Grupo 1
O último baile da
corte imperial
Carnavalesco: Maza
..
1960 - 8º do Grupo 1
Jóias da primavera
Carnavalesco: Maza
.
1961 - 3º do Grupo 2
Os bandeirantes
Carnavalesco: Maza
.
1962 - 1º do Grupo 2
A fragata de D. Afonso
Carnavalesco: Darcy de Jesus
.
1963 - 9º do Grupo 1
Brasil, pátria
universal
Carnavalesco: Darcy de Jesus
.
1964 - 13º do Grupo 2
Jóias da poesia
Carnavalesco: Darcy de Jesus
.
1965 - 6º do Grupo 3
4° Centenário
Carnavalesco: Darcy de Jesus
.
1966 - 5º do Grupo 3
Viagem pitoresca à
história do Brasil
Carnavalesco: Darcy de Jesus
.
1967 - 19º do Grupo 3
Os precursores da
Abolição
Carnavalesco: Josafá Pereira
.
1968 - 9º do Grupo 3
Vida e história de
Vitor Meirelles de Lima
Carnavalesco: Dario de Souza
.
1969 - 14º do Grupo 3
Maria Quitéria,
heroína da independência
Carnavalesco: Josafá Pereira
.
1970 - 7º do Grupo 3
Apóstolo da
ciência e benfeitor da humanidade - Dr. Vital Brasil
Carnavalesco: Josafá Pereira
.
1971 - 3º do Grupo 3
O Guarani de José
de Alencar
Carnavalesco: Josafá Pereira
.
1972 - não desfilou
Um dos motivos da Independência do Brasil
Carnavalesco: Josafá Pereira
.
1973 - 3º do Grupo 3
Prodígio de
café na economia brasileira
Carnavalesco: John Rubens Ide
.
1974 - 14º do Grupo 2
Rio, pé de moleque
Carnavalesco: John Rubens Ide
.
1975 - 11º do Grupo 2
Emília no
país da gramática
Carnavalesco: John Ruben Ide
.
1976 - 16º do Grupo 2
Festas e
tradições de nossa gente
Carnavalesco: Carlos de Azevedo
.
1977 - 5º do Grupo 3
Madame Satã
Carnavalesco: Carlinhos Andrade e Ernesto Nascimento
.
1978 - 3º do Grupo 3
Essa dupla é uma
parada
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1979 - 6º do Grupo 2-A
Brasil, batucai vossos
pandeiros
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1980 - 6º do Grupo 1-B
A Lenda de
Juparanã, a lagoa encantada
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1981 - 7º do Grupo 1-B
É hoje, a
história do carnaval
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1982 -
10º do Grupo 1-B
Você sabe como
é
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1983 -
5º do Grupo 1-B
Obrigado, Brasil
Carnavalesco: Ernesto Nascimento
.
1984 -
6º do Grupo 1-B
Atrás do trio
elétrico
Carnavalesco: Yubiratan Corrêa (Lacerda) e José
Eugênio da Silva
.
1985 -
7º do Grupo 1-B
É hoje só,
amanhã não tem mais
Carnavalesco: Yubiratan Corrêa (Lacerda) e José
Eugênio da Silva
.
1986 -
9º do Grupo 2-A
A Procissão dos
Navegantes
Carnavalesco: Departamento Cultural
.
1987 - 8º do Grupo 3
Tem que dar certo
Carnavalesco: Departamento Cultural
.
1988 - 6º do Grupo 3
Rio que tem piranha,
jacaré nada de costas
Carnavalesco: César D'Azevedo
.
1989 - 9º do Grupo 3
As águas
vão rolar
Carnavalesco: César de Azevedo e Roberto Costa
.
1990 - 7º do Grupo C
O encanto da vida
é recordar
Carnavalesco: Marco Machado e Guilherme de Andrade
.
1991 - 5º do Grupo C
Ginga, Palmares e
liberdade
Carnavalesco: Sebastião Loureiro de Freitas (Tião
Bengala) e Márcio Machado
.
1992 - 4º do Grupo C
Troque a pilha e aumente
o volume
Carnavalesco: Adílson Nogueira
.
1993 - 5º do Grupo C
Alerta, vamos sambar,
aí vem a Emilinha
Carnavalesco: Adílson Nogueira e Paulo Stein
.
1994 - 7º do Grupo C
Correio Nacional
através dos tempos
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari
.
1995 - 6º do Grupo 1
Rosa, uma flor mulher
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari
.
1996 - 6º do Grupo E
Oh! Que saudades que eu
tenho
Carnavalesco: Ronaldo Calzalari
.
1997 - 5º do Grupo E
Mocidade Independente,
uma estrela que veio do céu para brilhar em Padre Miguel
Carnavalesco: Natan
.
1998 - 5º do Grupo E
História da
história de um carnaval que era do povo, e será?
Carnavalesco: Oziene Furtado
.
1999 a 2012 - não
desfilou
.
2013 - 2º do Grupo C
Nas lembranças da
infância, um carnaval de esperança
Carnavalesco: Ricardo Paulino e Luciano Santos
.
2014 - 1º do Grupo B
Eternamente Bangu
Carnavalesco: Ney Junior
.
2015 - 14º na Série A
Imperium
Carnavalesco: Rodrigo Almeida
.
2016 - 6º da Grupo B
60 anos de glórias. A Estrela Guia Bangu rumo à vitória!
Carnavalesco: Marco Antônio Falleiros
.
2017 - 1º da Grupo B
Onde há fumaça, há fogo!
Carnavalescos: Guilherme Diniz e Rodrigo Marques
.
2018 - 12ª na Série A
A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil
Carnavalesco: Cid Carvalho
.
2019 - 8º na Série A
Do Ventre da Terra, Raízes para o Mundo
Carnavalesco: Alex de Oliveira
.
2020 - 10ª na Série A
Memórias de um Griô: a Diáspora Africana numa Idade nada Moderna e muito menos Contemporânea
Carnavalesco: Bruno Rocha
SAMBAS-ENREDO
1971
Enredo: O Guarani, de José
de Alencar
Autor(es): Ala dos Compositores
Pensando
em uma raça forte
Almejando um Brasil gigante
O romancista criou
Duas personagens fascinantes
O amor do índio Peri
Da raça guarani
Que vibrava a todo instante
Pela linda moça chamada Ceci
Peri, lealdade e bravura (bis)
Ceci, beleza e ternura
Um fato provou
A coragem do valente guerreiro
Quando evitou um grande mal
No seu amor verdadeiro
Sustentando uma enorme pedra
Que lhe seria fatal
Mas o destino quis
Que um ato perverso
Partindo do filho de Dom Antonio de Mariz
Transformasse a paz em guerra
Na tribo dos Aimorés
E o velho conquistador
Elevando o pensamento a Deus
Fez explodir o paiol
Terminando com todos os seus
Peri, lealdade e bravura (bis)
Ceci,
beleza e ternura
1972
Enredo: Um dos
Motivos da Independência
Autor(es): Boina e Dantas
Um dia a professora me
contou
Que o Brasil, oh meu Brasil
Já foi escravo, sim senhor
E este bravo povo brasileiro
Negro, nobre e estrangeiro
Que conheceu o seu valor
Lá no Ipiranga
Uma frase ficou na história
Independência ou morte (bis)
A maçonaria foi mais forte
Parabéns ao brasileiro
Já é tempo de Brasil (bis)
O universo em que abraçar
Resplandece em coisas mil
1974
Enredo:
Rio
Pé-de-Moleque
Compositor: Devanil Silva
Que
lembrança
boa
Recordemos nós
Ó, meu Rio antigo
O Rio do tempo dos meus avós
Calçadas
feitas
Com maço de pilão (bis)
Rio pé-de-moleque
Eu não me esqueço não
Ai que
saudades
Da luz do candeeiro
Da carruagem que chamavam de tourão
Doce mulata e a luta de capoeira
Briga de galo, uma boa diversão
Lembro a Mãe Benta
Aquela negra doceira
Lembro de Itu, bêbado a cambalear
Pé-de-moleque, do estopim e da liteira
Da bonitinha, cadeirinha de arrumar
O Rio
era
Chamado assim (bis)
Lembrando um doce
De amendoim
1975
Enredo: Emília no
País da Gramática
Autor(es): Roberto
Rodrigues e Frankiln Martins
É pura sedução
A maravilhosa história
Criada na imaginação
De um escritor genial
Que maravilha
O carnaval vai conhecer
A bonequinha encantada
Que alegra a garotada
E ensina a ler
Emília, Emília, Emília
A linda boneca
Marquesa de Rabicó
Encontrou Pedrinho, o bom menino
E o convidou
A passear com Quindim
E ele aceitou
E no País da Gramática
Teve ensino de valor
Adjetivos, advérbios e pronomes pessoais
Incentivado, ele cantou as vogais
A-E-I-O-U
Vamos decorar (bis)
Encontrar o caminho
Do país da gramática para estudar
1976
Enredo: Festas e
Tradições de Nossa Gente
Autor(es): Marujo, Nilton
Leal e Jorge Melodia
De Norte a Sul
De janeiro a janeiro
Canta e dança o brasileiro
Em suas festas tradicionais
Na passarela
Nossa escola se agita
Demonstrando para o povo
A milenar dança de fita
(Oi saravá)
Saravá Mãe Iemanjá
Rainha das águas (bis)
Sereias do mar
E na Bahia
No Santuário do Bom Fim
A lavagem das escadarias
Onde os romeiros fazem
Seus votos de fé
Tem samba, tem capoeira
E também o candomblé (bis)
Recife é o palco do maracatu
Com a sua pompa habitual
É de Pernambuco a realeza
Mostrando toda a beleza
Do nosso carnaval
E ricamente enfeitados
Os curumins, tupinambás
Dançam os caboclinhos
Com seus instrumentos orginais
(De Norte a Sul)
1979
Enredo: Brasil,
batucai vossos pandeiros
Autor(es): Afonso Guedes e G. Solano
Em nossa história
Riquezas de um folclore vamos encontrar
Brasil, batucai vossos pandeiros
Do entrudo ao partideiro
E a pureza do meu boi-bumbá
Chegando em Recife
Nordestino foi quem disse
O frevo domina a multidão
Eu vi um cortejo lá na praça (bis)
O maracatu tem graça, beleza e tradição
Passando na Bahia abençoada
Terra da boa cocada
De Caymmi, do acarajé
Me perco em folguedos de alegria
De um pandeiro em harmonia
Com tambores de um candomblé
No Rio de Janeiro
Pagode no terreiro é natural
Tem cuíca, tem viola
Chora meu cavaco chora
Tem mulata, é carnaval
Laiá, laiá, laiá
Laiá, laiá, laiá, laiá
1980
Enredo: A Lenda de
Juparanã, a Lagoa Encantada
Autor(es): Élio, Hildo, Servilho, Wantuil e Wilson
Juparanã, lagoa encantada
Palco da mitologia
Reino de anões e fadas
Mundo de fantasia
Mergulhei na poesia
De raro esplendor
Minha escola mostra agora
A história que Pai Velho me contou
Juparanã, Juparanã (bis)
A lagoa encantada protegida por Tupã
Lindas e frondosas matas
Cachoeiras e cascatas
De mistérios e magia
Ninfas douradas
Enfeitam a lagoa encantada
Num cenário de festa
Os pássaros compõem a sinfonia
O arco-íris ao amanhecer
Anuncia um novo dia
Você vai ver, êê, você vai ver (bis)
Boitatá e caipora e o saci-pererê
(Juparanã)
1981
Enredo: É hoje, a
História do Carnaval
Autor(es): Batista do Parque, Totonho e Marcos Job
É hoje, humildemente negro pede
Na passarela colorida
Agoié caô, meu pai
Quanta alegria, braços dados na folia
Todo o povo a cantar, lálaiá (bis)
Minha escola ao desfilar
Faz através do tempo
A origem do samba voltar
E o carioca que trabalha o ano inteiro
Quando chega fevereiro ele é bamba
E vai sambar
Num cenário que fascina
Nobre sobe morro acima
Vai buscar a lavadeira (bis)
Vestida de colombina
(Beleza)
Beleza, o reluzir das fantasias
Beleza, as mulatas a sambar
É empolgante, envolvente e comovente
Ver no rosto desta gente
Gotas de suor rolar
Pega na barra da saia baiana e roda
Que eu quero ver (bis)
Levantando a poeira
Até o dia amanhecer
Gangá zumbê (bis)
Gangá zumbá
1982
Enredo:
Você
sabe como é
Compositores: Marcos Job, Totonho e Carlinhos Biju
Oh
cigana
Venha ler a minha mão
Meu destino ignorado
Quero a revelação
No sobrenatural imaginário
Você sabe como é
Eu sem a figa de guiné
Diz o ditado popular
Se matar um gato, mais seis tem que matar
Pular
pra lá
Senão voltar (bis)
Por cima de uma criança
É pequena e vai ficar
Ô
rezadeira
Venha seu filho curar (orar, rezar)
Reze contra a feiticeira
Pois o bem combate o mal
Pensa, pensa meu padinho, estou saído
Pela porta que entrei
O chinelo que virado encontrei
Desconjuro logo revirei
É
meia-noite
Tem coruja no telhado (bis)
Fecha a mão, menino bom
Para dormir sossegado
1983
Enredo:
Obrigado,
Brasil
Compositores: Arlindo Andrade, Dorado e Lucinho da Boina
Bate sem parar feito um pandeiro
O coração brasileiro
Pro mundo inteiro ouvir
O samba é bem mais que a luz no escuro
É um grito no futuro
Com um verso assim
Vem
amor,
espalhe alegria no meu coração
Esqueça a tristeza, o dia-dia (bis)
É carnaval, sou rei, sou folião
No
céu azul, o
sol a iluminar de norte a sul
A praia, a fauna, a flora, o futebol
Ao bronze da mulata dá mais vida
Mais vida à riqueza natural
Maravilhoso solo hospitaleiro tropical
Parte universal da imigração
Oh musa inspiradora, eu agradeço
Ter nascido neste berço e me inspirar nesse refrão
Vou
despertar o
mundo
Batucando meu pandeiro (bis)
Obrigado meu Brasil
Canta povo brasileiro
1984
Enredo: Atrás
do Trio Elétrico
Autor(es): Vanildo Lima e Beto
Vem povão cair na folia
Já raiou o dia
É carnaval
Brilhando em vermelho e branco
Com sorriso franco
Sou folião
Na praça, feliz reunido
Meu povo sofrido
Quer extravasar
Até os orixás estão presentes
Essa festa comovente
Eles vão abençoar
Kirambô-ri-rê!
Kirambô-ri-rá!
Atrás do trio elétrico (bis)
Eu não posso vacilar
Ô ô ô Bahia
A magia de Dodô e de Osmar
Com seu trio tomou conta do meu Rio
E em louca euforia
Se deixou eletrizar
Atrás da minha escola
Pode vir quem já nasceu (bis)
É o bloco do prazer
Só não vai quem já morreu
1985
Enredo:
É
Hoje só, Amanhã não tem Mais
Autor(es): Carlinhos Batuqueiro e Wilson do Cavaco
(Reviver é reviver)
Revivendo o passado
Dos maravilhosos carnavais
Lindo panorama de saudade
Passamos a ilustrar
Oh, quanta beleza
Domina meu coração
Blocos de sujo e mascarados
Brincam "entusianimados"
Nesse mundo de ilusão
Lá lalaiá lalaiá ô ô ô
Lá lalaiá lalaiá ô ô ô
No reino colorido da folia
Chuvas de confetes e serpentinas
Ornamentando o corso, que esplendor
Lindas fantasias que fascinam
Meus olhos brilham de felicidade
Ao contemplar
O carro da grande sociedade
Ai, ai,
ai,
está chegando a hora
O delírio satisfaz (bis)
E o povo a cantar
É hoje só, amanhã não tem mais
1986
Enredo: A
Procissão dos Navegantes
Autor(es): Martinho Devaneio, Waldeci e Wanderley
Ôô Bahia
Terra de grande tradição
Ôô Bahia
Seu povo tem a fé no coração
É um cenário deslumbrante
A procissão dos Navegantes
Num clima de muita emoção
Marca em Salvador, lá na Bahia
O início de um ano novo
Para o povo baiano
Lá na Bahia, o poder do axé
Segue em procissão (bis)
Com os irmãos de fé
Depois da missa na igreja
De Nossa Senhora da Conceição
A imagem do Bom Jesus dos Navegantes
É embarcada e segue em procissão
São mais de mil embarcações
A galeota vai rompendo o mar
Ao som do samba e atabaques
Com fogos explodindo no ar
Maravilhosa e fascinante (bis)
É a procissão dos Navegantes
1991
Enredo: Ginga,
Palmares e liberdade
Autor(es): Dorado, Sentera e Nelson Cachorro
Ginga rainha negra, linda de Angola
Ginga, liberdade ou morte
Vindo de terra distante
Nos infernos flutuantes
O negro aqui chegou
Com ideal de liberdade
No peito a dor, uma saudade
Amargando o dissabor
Vendido como escravo
Pra fazenda do senhor
Gerges Bantu
Bantu Jagas (bis)
Fulas
Cambindas
E outros mais
Quarenta bravos indomáveis
Arrebentam correntes, derrubam grades
Com a semente de Ginga
Rainha linda, fundam os Palmares
O reino negro onde impera liberdade
Liberdade, liberdade
Rainha Ginga (bis)
Sonho de
felicidade
Oh, luz infinda
A semente da revolta
Foi um marco na história da nação
A resistência negra tão sonhada
Não foi em vão
Lá vem o negro
De atabaque e de viola
Hoje tem remandiola, minha gente
É carnaval, é a festa tradicional
1992
Enredo:
Troque
a Pilha e Aumente o Volume
Autor(es): Ronaldo, Simbora, Cardoso, Chapéu e Bruno
Quero despertar com o novo dia
No dia a dia me comunicar
Levando através das ondas
Notícias de qualquer lugar
Liga e se liga e troque a pilha
Aumente o volume por favor (bis)
Não se desliga deste clima
Axé, meu pai xangô
Dr. Roquete Pinto
O pioneiro da comunicação
Criou a primeira rádio
Surgiram outras com nomes
Que jamais esquecerão
Surgiu Ary Barroso
E os calouros da Rádio Nacional
Brilhou estrela Dalva de oliveira
Marlene, Emilinha E outras mais
Emilinha é, e sempre será
Musa e rainha (bis)
Dos eternos carnavais
Gira globo gira
Com seu eco universal
Pra ficar no clima
Curte a capital na tropical
É muito samba e carnaval
Tic tac, tá na hora, você sabia
Do debate popular veja (bis)
A manchete do dia a Unidos de Bangu
Exalta as rádios neste dia
1993
Enredo:
Alerta, vamos sambar, aí vem a Emilinha
Autor(es): J.Claudio, Luiz Claudio e Jose Carlos
Alerta! A hora é essa
Vamos cantar para homenagear
A artista mais querida e popular
Aí vem Emilinha
Alerta, vamos sambar
Nasceu em Mangueira
A Estação Primeira mora no seu coração
Que felicidade!
Quando o Botafogo é campeão
O carnaval é sua grande paixão (bis)
Foi no Cassino da Urca
O início de uma brilhante carreira
Na Nacional brilhou mais forte a estrela
Sua voz conquistou o Brasil
E os grandes auditórios seduziu
"Barnabé", "Estou aí",
"Poeira de estrelas" gravou (bis)
O cinema brasileiro
A rainha coroou
Hoje na avenida iluminada
Minha escola engalanada
Vem mostrar o amor que tem por você
Do fundo do coração
Cantando esse refrão
O povo consagrou
É a nossa rainha (bis)
A Unidos de Bangu
Vem exaltar Emilinha
1994
Enredo:
Correio Nacional através dos tempos
Autor(es): Beto Correia, Simbora, Juninho, Cardoso e Nelson Cachorro
Correio Nacional
Através dos tempos se modernizou
Minha escola vem mostrar
O que foi ontem? O que é hoje? Eu vou cantar
O que será?
No batuque da senzala
O negro se comunicava
Até os índios com fumaça
A mensagem revelava
Pombo correio
Por favor, leva esta carta (bis)
É carnaval, quero brincar
Com minha amada
Foi ele
Paulo Bregaro
Levou a carta de tamanha importância
Do Brasil fez a mudança
Lá no Rio Ypiranga
(E hoje)
Hoje com a grande evolução
Basta um simples toque de botão
A informática, base de uma nova dimensão
Daqui pra ali? De lá pra cá
De porta em porta (bis)
Seu carteiro, mensageiro
A festa é nossa
1996
Enredo: Oh!
Que saudade que eu tenho
Autor(es): Jorge Chapéu, Furú, Tuninho, Cheirinho, Edinho
Marcação, Márcio Machado, Franklin e Arlindo de
Melo
Doces lembranças
A Unidos de Bangu faz recordar
Um passado tão distante
De um mundo fascinante
A infância vai mostrar
Oh! Que saudade que eu tenho
Não deixo de sonhar
Voltei a ser criança, estou presente
Nesse reino a delirar
É teco teco,
Cata-vento e pião (bis)
No girar
do carrossel
Traz meu mundo de ilusão
As pipas num bailado multicor
Enfeitam o meu céu
Quanto esplendor!
Tem brincadeira de roda
Amarelinha, pique esconde e garrafão
A pracinha hoje é só recordação
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta (bis)
É
carnaval, sou criança
Vou brincar
1997
Enredo: Mocidade
Independente, uma estrela do céu para brilhar em Padre Miguel
Autor(es): China e Amauri
A Unidos de Bangu vem exaltar
A Mocidade e sua trajetória
O verde e branco irradia
Do futebol para a avenida
É paixão e vida
Tia Remba conduzia
O pavilhão com galhardia
E simplicidade
Mestre André sempre dizia:
"Ninguém segura a nossa Bateria"
Tem batuque no pandeiro
Vem que tem (bis)
No gingado
da mulata
Da Vila Vintém
É lindo comemorar
Os enredos de outrora
Os autores e poetas
Suas grandes vitórias
Descobrimento do Brasil
Ziriguidum 2001
Obrigado criador, sou criatura
Por estes grandes carnavais
E no vira-virou
Eu vi virar
Chuê, chuá, as águas vão rolar
A estrela brilha
Reluz no céu (bis)
É a
musa, é a glória
De Padre Miguel
2013
Enredo: Nas
lembranças da infância, um carnaval de esperança
Autor(es): Thiago Meiners, Igor Vianna, Evaldo Jr., Arlindo Neto e
Carlinhos Piloto
Vem ver o meu tempo de menino
Com os versos do poeta... Eu me inspirei
A força do samba desperta
O sonho que um dia eu sonhei
O encanto das velhas tardes
Na casa da minha avó
Cheiro de infância no ar... Magia que vou recordar
A rua é o meu lugar, as pipas sempre a bailar
O jogo já vai começar
Na escola, desafios eu vou encontrar
É a hora da verdade... Vem brincar (bis)
Parabéns
aos grandes mestres,
Hoje sou a liberdade, alegria no olhar
Tem marmelada, palhaçada e gargalhada
Vem do circo a magia... A fantasia
A "charanga" embalando a torcida
Futebol que contagia... Moça Bonita
No São João, vou entrar na brincadeira
Vai ter festa a noite inteira, pode acreditar
Seguindo o bloco da felicidade
Junto com a "Mocidade", uma estrela vai brilhar
Saudade desperta o povo novamente
O amor está presente no meu carnaval
Meu pavilhão eu vou honrar... O sonho vai recomeçar...
Chegou a hora, o meu povo vai brilhar!
Voltei, amor, eu voltei
Num canto maior, me faço criança (bis)
Na luz da
esperança, renasce a emoção
Com a Unidos de Bangu no coração
2014
Enredo: Eternamente
Bangu
Autor(es): Zé Glória, Maurinho Valle, Thiago
Acácio, Dega da Viola, Junior Escafura, Lilio, Thiago Meiners,
Antenor Bangu, Gabriel Sorriso, Iquinho Bombeiro, André Baiacu,
Jorge Chapéu e Lucas Donato
Raiou o sol
Vai despertar um lindo tempo
Uma paixão, um sentimento
São grandes campos para lavourar
E assim, o sonho do Barão se transformou
Numa fazenda que a fartura abençoou
E o progresso encontrou o seu lugar
O imigrante chegou, trouxe a força do povo
Que não foge da batalha e quer um futuro novo
E no canto do trabalhador, "fabricando" emoção
Pelos trilhos da esperança, segue o meu coração
Da máquina à vapor, ferrovia a escoar
Arquitetura inglesa, seu acervo admirar (bis)
Bangu, meu
amor, minha paixão
É moradia do meu coração
Seu progresso é retratado em harmonia
Tem Shopping, que belo Calçadão!
Onde há dança, arte, fé e poesia
Da liberdade pra superação
Tem seus fãs, do futebol a alegria
Traz cultura, é carnaval, vem festejar
Na Passarela do Samba ergue o nosso pavilhão
Minha escola querida
Brilhando, minha gente vai mostrar o seu valor
Somos artistas na avenida, no carnaval do amor
O samba é o sangue que corre nas veias
A casa dos bambas renasce agora (bis)
Eternamente,
comunidade
Bangu reflete a felicidade
2015
Enredo: Imperium
Autores: Serginho Aguiar, Dudu Senna, Bruno Ferraz, Miúdo da
Bahia, Walace Harmonia, Diego Rodrigues, Allan Santos, Rodrigo Barbosa
e Leozinho Nunes
Divina luz da criação
O poder do amor reluz no oriente
Aurora da vida, na terra do sol nascente
Honra e glória marcadas na história
E do faraó ciência e sabedoria
Da Pérsia a tapeçaria
A caravana a nos guiar
Nas índias as especiarias
Tem cheiro de essência no ar
Um brinde ao sultão... Pra comemorar
Lutar, vencer e conquistar é a missão
Na arte e na fé... Guerreiro do samba (bis)
A emoção vai nos levar
No mar foi preciso navegar
Estrelas conduziram o destino
Um novo mundo, paraíso a encontrar
Maias, astecas e incas
Mistérios além da razão
A colônia serviu de refúgio após a invasão
Vieram aclamar império do Brasil
Lindo país tropical
Sapucaí Imperium do Carnaval
Vem ver quem chegou de vermelho e branco
Avante Bangu, respeite meu manto (bis)
Valente e guerreira eu vim brilhar
Vem sentir meu calor, cheguei pra ficar
2016
Enredo: 60
anos de glórias. A estrela guia Bangu rumo a vitória
Autores: ???
Avante Bangu, chegou nossa hora
É vermelho e branco o meu coração (bis)
A estrela nos guia rumo à vitória
Que seja pra sempre a nossa união
(A bola) A bola rolou, o sonho surgiu
Desperta minha Mocidade
A sua raiz, não posso negar
Baile das Rosas, eterna saudade
A malandragem de um mestre vai passar
Um banho de axé para me renova
Comunidade sua garra nos leva a vitória (bis)
Relembrando sua história
Deixa o povo aplaudir
Nosso canto vai arrepiar
As estrelas no céu hoje irão nos guiar (bis)
A alma de uma escola é a bateria
Não Existe Mais Quente, um toque de magia
Sessenta anos de glórias
Lindos sambas na memória
E nas viradas da vida
O Ziriguidum na avenida
Um rei, iluminando novas gerações
Eternizada em nossos corações
Não custa nada sonhar
Vem festejar de verde e branco
Sobre a luz de um novo olhar
Não custa nada sonhar
2017
Enredo: Onde há fumaça, há fogo!
Autores: Tem-Tem Jr, Richard Valença, Diego Nicolau, Marquinho
Art Samba, Dudu Senna, Rafael Prates, André Baiacu, Professor
Fernando, Renan Diniz, Rafael Tinguinha, Kevin Sardou, Márcio
Campos SP e Wallace Tafakgi
Quando amanhecer
O acaso vai me revelar
E vou renascer das cinzas pra me transformar
Fazer o astro-rei brilhar no céu
A crença no poder dos rituais
Em oferendas aos orixás
Nos caminhos de Exu, encontrei
Pelos ventos de Iansã, alastrei (bis)
Ogum, tua espada vou forjar
Na pedreira, Rei Xangô faz trovejar
Mistérios da vida
O homem buscou explicar
Auê Caramuru, o amor em comunhão
Eu dominei metais
Habemus Papam na religião
Sou luz da alquimia
Sentença do inquisidor
No seu coração, acendo a fogueira
Brilhei no céu de São Sebastião
A Zona Oeste protege e aquece
Teu “Glorioso” Pavilhão
Esse fogo que incendeia, o povo
A chama da vida, sou eu (bis)
É “febre de amor”, Bangu é paixão
Vai ferver o Caldeirão
2018
Enredo: A Travessia da Calunga Grande e a Nobreza Negra no Brasil
Autores: Diego Nicolau, Dudu Senna, Richard Valença, Renan
Diniz, Orlando Ambrósio, André Kaballa, Marcio de Deus, Washington Motta, Ivan Ribeiro, Rafael Prates,
Rafael Tinguinha, Fernando Professor, Tem-Tem Jr e Kevin Sardou
A linda lua de África
Vai refletir, na tua pele (negra)
Somos herdeiros do Alafin de Oyó
O elo maior com a natureza
Olhar de serpente, nobreza da raça
Que quebra a corrente
E não se entrega não
Tem a valentia de um leão
Brilhou…
Nos olhos o fogo ancestral
Alumiando o ritual
O céu e o mar, Orum e aiyê
Se unem pra te proteger
Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança
Ê maré! Balança o tumbeiro
Velho prisioneiro da desigualdade
Ôôôô calunga é dor
É um clamor por piedade
Ê maré! Que dança
Ê maré! Balança o tumbeiro
Oceano inteiro é pranto de saudade
O brado de Agotime ecoava
Rainha, mãe naê do agongonô
Galanga virou Chico-rei
Palmares é o meu ylê
Tem festa no quariterê
Seguindo em devoção eu vou
Ao ébano altar da “ginga”
Toque de cabaça enfeitiçado
Eu quero ver o negro ser coroado
No porão da fé ôôô
Leva afefé, meu afã (pro mar)
E eterniza esse canto yorubá
Eabadeiaia
Iaia aiê eabadeiaia eiaiá
Eabadeiaia
Iaia aiê eabadeiaia Bangu vai cantar!
2019
Enredo: Do Ventre da Terra, Raízes para o Mundo
Autores:
Fabio Fonseca, Marcio de Deus, China do Estácio, Marlon P,
Neyzinho do Cavaco, Wellington Amaro, Henrique Costa, Paulinho
Ferreira, Julio Assis, Fabio Martins, Samir Trindade e Vinícius
Sombra
Estende o tapete da história
Pro amor mais antigo, o meu pavilhão
Prepare o banquete da glória
Vem da Zona Oeste, essa devoção
Os Deuses vêm coroar
Deus Sol iluminar
Do alto nascia, a força da vida
Por todos os cantos se espalharia
Pacha Mama é mãe
Do seu ventre, um novo dia
Ouro do chão, terra molhada
Na sagrada fé, renegada (bis)
Matou fome da pobreza, foi a cura do mal
Nos salões da realeza, o prato principal
Parmentier, brilhou em Versalhes
De rainhas e reis, navegou outros mares
Tesouro à moda francesa
Chegou no Brasil “real”
A doçura do índio, antes de Cabral
Mãos plantaram um lindo matiz
As mãos que erguem meu país
Da simplicidade, do cheiro de mato
Na ponta da enxada o nosso retrato
Lá vem meu celeiro
Semeia Bangu pro mundo inteiro
Vamos plantar a paz
Chegou minha raiz, o caldeirão vermelho (bis)
Cresceu e não se desfaz
Alimenta esse povo guerreiro
2020
Enredo: Memórias de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea
Autores:Orlando
Ambrósio, Richard Valença, Domenil Santos, Marcio de
Deus, Renan Diniz, Dudu Senna, Lico Monteiro, Lucas Donato, Denilson do
Rozário, Diego Nicolau, Telmo Motta e JB Oliveira
Ahh... Saudade ressoou o meu tambor
Num lastro de terra consagrado na memória
Ô, ô, eu sou um griô
Viaja o tempo nos rumores da história
Nesse chão debrucei toda força de um rei
Um ébano elo com a natureza
Mas a traição me tornou o alvo
Escravo de quem era minha certeza
Mar me leva, dor no mar
Sou o par da angústia
Tanto irmão à minha volta (bis)
Na revolta da maré
Nego tem que ter fé...
Ê... Nego tem que ter fé
Sou eu, a mão que assina a própria sorte
Resistindo a natural pena de morte
Um dia fui retrato da tristeza
Hoje realeza livre do açoite
No samba fiz morada
Refúgio feiticeiro, a tez da noite
Na desfaçatez da madrugada
Guerreiro, ogã ou rainha
Juiz, defensor, dessa gente
Na luta a vitória é minha
Nos braços não pesam correntes
Ie ie ê alafiá
Ie ie ê alafiá (bis)
Meu sangue é a retinta majestade
Eu sou Bangu, o Ilê da liberdade