UNIDOS DO VIRADOURO
UNIDOS DO VIRADOURO
FUNDAÇÃO |
24/06/46 |
CORES |
Vermelho e Branco |
QUADRA |
Av. do
Contorno, 16
Barreto - Niterói
Telefone: 2624-1804 |
BARRACÃO |
Av. Cidade de Lima,
340
Barracão 02
Santo Cristo
20220-290
Telefone: 2516-3171
Fax: 2516-1301 |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
Fundada em 24
de junho de 1946, no bairro do Viradouro, em Niterói, a Unidos
do Viradouro nasceu da paixão de Nelson dos Santos, o Jangada,
pelo samba. Ele costumava organizar batucadas no quintal de sua
casa em Capitão Roseira, no alto do Viradouro. O sucesso foi
tanto que Jangada resolveu organizar uma escola de samba. Com as
cores vermelho e branco, a escola desfilou pela primeira vez em
1947, conquistando o quarto lugar no carnaval de Niterói. O
primeiro título veio em 1949.
Em 1965,
ela saiu do bairro do
Viradouro, trocando de endereço cinco vezes, até chegar
à
quadra atual, no bairro do Barreto. Em 1986, depois de conquistar
18 títulos em Niterói, a escola começou a se
apresentar no
carnaval carioca (a partir do Grupo 4). Em 1990, desfilou no
Grupo 1, ganhando o título com o enredo "Só Vale o
Escrito" e passando para o Grupo Especial em 1991, com uma
homenagem a Dercy Gonçalves - que desfilou com os seios expostos
em "Bravo, Bravíssimo". Neste ano, ela obteve o 7º
lugar, à frente da Mangueira no ano em que o Império
Serrano
foi rebaixado.
Em 1992,
com o enredo "A
magia da sorte chegou", a Viradouro contou a história dos
ciganos, mas um dos carros que retratava a Sibéria pegou fogo.
Os bombeiros tiveram que entrar no meio do desfile para tentar
conter o incêndio. Ninguém se feriu e a escola continuou o
desfile, mas a estourou o tempo e perdeu 13 pontos, ficando em
9º lugar. Se não tivesse sido punida, a escola chegaria em
3º,
logo em seu segundo ano no Grupo Especial.
Em 1994,
a Viradouro contratou
Joãosinho Trinta, que havia se afastado da Beija-Flor dois anos
antes. Logo em sua estréia, o carnavalesco obteve um 3º
lugar.
Depois, errou a mão por dois anos, chegando na 8ª e na
13ª
posição. E então veio o grande desfile da escola,
em 97.
Saindo de um péssimo desfile em 96, quando quase foi rebaixada,
a escola tinha o projeto de conseguir chegar ao Desfile das
Campeãs. Mas o resultado final foi mais generoso e deu o
primeiro título à escola de Niterói, com "Trevas,
luz, a
explosão do Universo". Desde então, a escola se firmou
entre as grandes do carnaval. O presidente José Carlos
Monassa Bessil, um
dos responsáveis por tantos feitos da escola de Niterói,
faleceu em agosto de 2005.
No
desfile de 2007, o
carnavalesco Paulo Barros fez da Viradouro uma atração a
parte
ao inovar, colocando a bateria para desfilar dentro de um carro
alegórico, saindo de lá direto para o segundo recuo.
Mesmo
assim, a escola terminou apenas em quinto lugar. No ano seguinte,
a Viradouro foi notícia no período
pré-carnavalesco, em
função da polêmica do carro do Holocausto, que
apresentava o
ditador Adolf Hitler vivo e acima de dezenas de cadáveres da
época do extermínio de judeus na Segunda Guerra. Uma
liminar
impediu a utilização da alegoria a poucos dias do
desfile.
Paulo Barros então colocou na avenida um carro com Tiradentes e
outras pessoas amordaçadas, com uma mensagem contra a censura,
criticando o fato da história estar sendo escondida. Outro fato
que chamou a atenção foi o abre-alas nada convencional,
formado
por uma pista de esqui com gelo de verdade e esquiadores
profissionais.
O enredo de 2008, que apresentava acontecimentos
que provocavam diferentes tipos de arrepios (de medo, de frio, de
felicidade, de prazer...), mesmo com as tantas inovações
de
Paulo Barros não convenceu os jurados, que deram à
Viradouro
apenas a sétima colocação. Em 2009, um confuso
enredo que misturava orixás da Bahia com biocombustível
deixou a escola pelo segundo ano seguido fora do Sábado das
Campeãs, com a oitava colocação obtida.
O pior
momento da história da escola chegaria em 2010. Mergulhado em
problemas administrativos e financeiros, a Viradouro desfilou com um
enredo sobre o México, cuja plástica deixou a desejar.
Nada deu certo na apresentação da escola e, exatamente em
seu vigésimo carnaval seguido na elite do carnaval, finalizou a
apuração em último lugar e, 13 anos depois da
consagração máxima com o campeonato, foi rebaixada
para o Grupo de Acesso. Um duro golpe para a comunidade niteroiense.
Passou quatro anos no Grupo A, até obter o retorno à
elite do Carnaval com o título conquistado em 2014. Mesmo com o
expediente inédito de uma junção de dois sambas de
"meio de ano" do saudoso compositor Luiz Carlos da Vila para servir
como samba-enredo para 2015, a Viradouro não conseguiu a
manutenção no Especial e, muito prejudicada pela chuva
que caiu durante seu desfile, retornou à Série A com a
última colocação.
Em 2016, mesmo com um samba
extraordinário sobre a peça "O Alabê de
Jerusalém", ficou em terceiro lugar, se mantendo no Acesso. Em
2017, foi vice. Em 2018, conquistou novamente o campeonato, voltando ao
Grupo Especial em 2019, quando teve novamente Paulo Barros como
carnavalesco.
A Unidos
do Viradouro iniciaria um novo período de glórias entre
as grandes do Carnaval Carioca, mesmo por dois anos seguidos com a nada
cômoda posição de ser a segunda escola a entrar no
domingo. Uma belíssima apresentação em 2019 do
enredo "Viraviradouro!" daria à vermelho-e-branco um
inédito vice-campeonato, sua segunda melhor
colocação (perdendo apenas para o título de
1997).
Paulo
Barros deixaria a escola depois do desfile e a agremiação
decidiu apostar numa dupla de jovens carnavalescos, Tarcísio
Zanon e Marcus Ferreira, que levaria para a Sapucaí o tema
"Viradouro de Alma Lavada", sobre as ganhadeiras de Itapuã. O
enredo em homenagem às lavadeiras da Bahia ganharia um dos
refrães mais chicletes dos últimos tempos: "Oh mãe ensaboa mãe/ensaboa pra depois quarar".
Com um
desfile impecável, aliado à intensa
comunicação com o público do intérprete
Zé Paulo Sierra e seus inesquecíveis gritos chamando pelo
mestre Ciça, a Viradouro conseguiria seu segundo campeonato.
Numa apuração liderada na maior parte do tempo pela
Grande Rio, os niteroienses assumiram a ponta na leitura do
penúltimo quesito (Evolução), onde a Tricolor de
Duque de Caxias foi despontuada, com a vermelho-e-branco ultrapassando
e confirmando o título na penúltima nota. De lavar a alma
mesmo!
RESULTADOS
DA ESCOLA
1947 - no Grupo
Não Houve Enredo
1948 - no Grupo
Não Houve Enredo
1949 - no Grupo
Araribóia - Niterói
1950 - no Grupo
Tiradentes - Mártir da Independência - Niterói
1951 - no Grupo
Não houve desfile em Niterói
1952 - no Grupo
Vultos nacionais - Niterói
1953 - no Grupo
Cândido Rondon - Niterói
1954 - no Grupo
Homenagem ao Estado do Rio - Niterói
1955 - no Grupo
Batalha Naval do Riachuelo - Niterói
1956 - no Grupo
Independência do Brasil - Niterói
1957 - no Grupo
Quatro grandes feitos da história - Niterói
1958 - no Grupo
Primeiro Reinado - Niterói
1959 - no Grupo
Carlos Gomes - Niterói
1960 - no Grupo
Catulo da Paixão Cearense - Niterói
1961 - no Grupo
Festa junina em pleno carnaval - Niterói
1962 - no Grupo
Chegada da família real - Niterói
1963 - no Grupo
Último baile imperial - Niterói
1964 - no Grupo
Maria Quitéria – Desfilou no Rio
1965 - 26ª no Grupo 3
Rio Quarto Centenário – Desfilou no Rio
1966 - no Grupo
Homenagem a Niterói - Niterói
1967 - no Grupo
Chico Rei - Niterói
1968 - no Grupo
Rugendas - viagem pitoresca através do Brasil -
Niterói
1969 - no Grupo
Festa do Divino - Niterói
1970 - no Grupo
Quilombo dos Palmares - Niterói
1971 - no Grupo
São Francisco, Rio da Integração Nacional -
Niterói
1972 - no Grupo
Três festas tradicionais brasileiras - Niterói
1973 - no Grupo
Niterói - sua origem e evolução -
Niterói
1974 - no Grupo
Pleito de vassalagem de Olorum - Niterói
1975 - no Grupo
Rei Midas de Catas Atlas - Niterói
1976 - no Grupo
Só mesmo na Bahia - Niterói
1977 - no Grupo
No Mundo Encantado da Fantasia - Niterói
1978 - no Grupo
Ídolos de Ébano - Niterói
1979 - no Grupo
Ainda um País Tropical - Niterói
1980 - no Grupo
Os três encantos do rei - Niterói
1981 - no Grupo
Amor em tom maior - Niterói
1982 - no Grupo
Mutou Muido Kitoko - Niterói
1983 - no Grupo
Acredite se Quiser - Desfile em Niterói
1984 - no Grupo
O sonho de Ilê Ayé - Niterói
1985 - no Grupo
Na Terra de Antônio Mário, Só não Viu quem
não Quis -
Desfile em Niterói
1986 - no Grupo
Novos Ventos, Novos Tempos - História de uma
Integração -
Desfile em Niterói
1987 - 5ª no Grupo 4
Na Boca e na Ponta da Língua ... É carnaval
1988 - 2ª no Grupo 4
Contribuição do Negro ao Folclore Brasileiro
1989 - 1ª no Grupo 3
Mercadores e Mascates
1990 - 1ª no Grupo A
Só Vale o que está Escrito
Max Lopes
1991 - 7ª no Grupo Especial
Bravo, Bravíssimo - Dercy, o Retrato de um Povo
Max Lopes e Mauro Quintaes
1992 - 9ª no Grupo Especial
E A Magia da Sorte Chegou
Max Lopes e Mauro Quintaes
1993 - 7ª no Grupo Especial
Amor, Sublime Amor
Max Lopes e Mauro Quintaes
1994 - 3ª no Grupo Especial
Tereza de Benguela, uma Rainha Negra no Pantanal
Joãosinho Trinta
1995 - 6ª no Grupo Especial
O Rei e os Três Espantos de Debret
Joãosinho Trinta
1996 - 13ª no Grupo Especial
Aquarela do Brasil Ano 2.000
Joãosinho Trinta
1997 - 1ª no Grupo Especial
Trevas! Luz! A Explosão do Universo
Joãosinho Trinta
1998 - 5ª no Grupo Especial
Orfeu, o Negro do Carnaval
Joãosinho Trinta
1999 - 3ª no Grupo Especial
Anita Garibaldi, Heroína das Sete Magias
Joãosinho Trinta
2000 - 3ª no Grupo Especial
Brasil: Visões de Paraísos e Infernos
Joãosinho Trinta
2001 - 5ª no Grupo Especial
Os Sete Pecados Capitais
Roberto Szaniecki e Comissão de Carnaval
2002 - 5ª no Grupo Especial
Viradouro, Vira-Mundo, Rei do Mundo
Chiquinho Spinoza
2003 - 6ª no Grupo Especial
A Viradouro Canta e Conta Bibi – Uma Homenagem ao Teatro
Brasileiro
Mauro Quintaes
2004 - 4ª no Grupo Especial
Pediu pra Pará, parou! Com a Viradouro eu vou pro Círio
de
Nazaré
Mauro Quintaes
2005 - 8ª no Grupo Especial
A Viradouro é só Sorriso!
Mauro Quintaes
2006 - 3ª no Grupo Especial
Arquitetando Folias
Milton Cunha e Mário Monteiro
2007 - 5ª no Grupo Especial
A Viradouro Vira o Jogo
Paulo Barros
2007 - 5ª no Grupo Especial
A Viradouro Vira o Jogo
Paulo Barros
2008 - 7ª no Grupo Especial
É de Arrepiar!
Paulo Barros
.
2009 - 8ª no Grupo Especial
Vira-Bahia, Pura Energia
Milton Cunha
.
2010 - 12ª no Grupo Especial
México, o
paraíso das cores, sob o signo do Sol
Junior
Schall e Edson Pereira
.
2011 - 2ª no
Grupo A
Quem sou eu sem
você?
Jack
Vasconcelos
.
2012 - 5ª no Grupo A
A vida como ela
é, bonitinha, mas ordinária... Assim falou Nelson
Rodrigues
Alexandre
Louzada
.
2013 - 2ª na
Série A
Nem melhor nem pior, que não sai da minha mente.
Inspiração
para o meu samba, eu também sou diferente!
Max
Lopes
2014 - 1ª na
Série A
Sou
a terra de Ismael. Guanabaran
vou cruzar, para você tiro o chapéu, Rio eu vim te
abraçar
João Victor
Araújo
.
2015 - 12ª no Grupo
Especial
Nas
veias do Brasil, é a Viradouro em um dia de graça!
João Victor
Araújo
.
2016 - 3ª no Série A
O Alabê de Jerusalém, a saga de Ogundana!
Max Lopes
.
2017 - 2ª no Série A
E todo menino é um Rei
Jorge Silveira
.
2018 - 1ª na Série A
Vira a Cabeça, pira o Coração. Loucos Gênios da Criação
Edson Pereira
.
2019 - 2ª no Grupo Especial
Viraviradouro!
Paulo Barros
.
2020 - 1ª no Grupo Especial
Viradouro de Alma Lavada
Tarcísio Zenon e Marcus Ferreira
SAMBAS-ENREDO
1974
Enredo: Pleito
de Vassalagem de Olorun
Autores: ????
O Viradouro
se engalana
E vem apresentar
seu
carnaval
A avenida
é o
terreiro
Para mostrar o
mais
lindo ritual
Quando os negros
aqui chegaram
Trazendo de
além-mar
Seus costumes,
suas
crenças
Seus deuses e
orixás
Era fé de
gente
sofrida
Que foram
arrancados
da vida
Pro cativeiro
cruel
Pro cativeiro
cruel
Hoje são
flores e
alegria
Acabou-se a
agonia
Os orixás
vêm
saravá
Dando
graças a
Oxalá
Tem Oxossi, tem
Xangô
Iansã e
tem Ogum
Tem todo santo
de
fé
No pleito a
Olorum
Oxalá,
meu pai
Tem pena de mim,
tem
dó (bis)
A volta do mundo
é
grande
Mas seu poder
é
maior
1979
Enredo: Ainda
um Paraíso Tropical
Autores: ????
Liberdade, liberdade
Reflete nesse berço brasileiro
Que lindo este meu país
É um paraíso hospitaleiro
Brasil, um cenário de encantos
Recantos de beleza e sedução
Eterno despertar da natureza (bis)
Um canto de amor e emoção
Na primavera, as flores
O sol ilumina as nossas matas
Raças, mistura de cores
Praias, rios e cascatas
Brasil, de riquezas naturais
No futebol e dos lindos carnavais
É uma beleza sem igual (bis)
Ainda um paraíso tropical
Salve todos os Orixás
Agô, meu Pai Oxalá (bis)
Viradouro na avenida
Fazendo o povo cantar
1981
Enredo: Amor em tom
maior
Autores:
Passarinho,
Silvinho e Zelito
Sinto a brisa meu corpo afagar com ardor
E seu manto de
pureza faz
de mim o amor
Surgi então
na
mitologia, doce como fantasia
Me perdi na
imensidão
Fiz a musa
apaixonar
poetas
Embelezei serestas
e
lindas canções
Me vesti de natureza (bis)
Dei-lhe só beleza, vida,
luz e cor
A pureza dos
contos
infantis colori
Idade, sonhos e
fantasias
E o sorriso que o
palhaço irradia
Bailam as rosas ao vento
Prateado do luar (bis)
Sorri feliz a criança
Na ciranda, cirandá
Neste carnaval
(neste
carnaval)
Também
estou na
brincadeira
Cantar, sambar,
cantar,
sambar
Até
quarta-feira
1982
Enredo:
Mutou
Muido Kitoko
Autores: ????
Vestiram
a avenida
de alegria
Antes de raiar o dia
Dando um show de visual
Viradouro vem completar a beleza
Desse nosso carnaval
Mutou Muido Kitoko
Nesta história genial
Do
negro sensacional
(bis)
Iererê
iererê (bis)
Na magia do samba negro vem saber
Vindo
da África
distante
Através dos mares
O negro aqui chegou (aqui chegou)
Ecoando o canto de nobreza
Que a nossa música influenciou
Na arte e na cultura
Na ciência e na literatura
Podemos sentir no ar
A contribuição que o negro dá
Negro
tem a cor mais
linda que a noite (bis)
As estrelas como esplendor
A lua como seu amor
1983
Enredo: Acredite
se Quiser
Autores: ????
Roda
baiana
Levanta a poeira, diz no pé (bis)
Esse enredo é Viradouro
Acredite se quiser
Caí
nos braços de
Morfeu
Sonhei, eu sonhei
Era um mundo de ilusões e fantasias
E o reino da natureza eu encontrei
No jardim do rei Menino ô
Ouvi borboletas falantes
E sapo engolindo cobra
Anão carregando gigante
E o palácio espelhado no Rei Sol
E a história da formiga e o elefante
Voando
na carruagem
Veio o rei e a rainha (bis)
Me levaram para conhecer
Seu castelo que é de mentirinha
No
meio de um lindo
lago azul
Prateado, surge um castelo dourado
O povo de prata, que beleza
E a lua dourada, brilhando a realeza
Vendo o príncipe adorando a Cinderela
Eu acordei ouvindo um bumbo original
Era o tom da alegria, luxuosas fantasias
Era dia de carnaval
1984
Enredo: O
sonho de Ilê Ifé
Compositores: Joel do Cavaco e Odair Conceição
No limiar desta aurora de alegria
Festejando a integração racial
Hoje, o Viradouro canta a liberdade
Nesta Manhã de carnaval
Olorum, supremo Deus do Olímpico Africano
A pedido convocou
Os deuses yorubanos
Para proteger seu povo
Escravizados pela ambição
Que estavam em trabalhos forçados
Na lavoura e na mineração
Oké, okê Oxossi
Ogum grande guerreiro
Eparrei Iansã
Xangô justiceiro (bis)
Oxum, encanta
Com seu majestoso encanto
Iemanjá, cobre com seu lindo manto
Donos do próprio destino
Partiram para construir as suas vidas
Quem vier por amor
A liberdade fica
Ainda ecoa pelos ares
O mais puro canto de Zumbi
O Quilombo dos Palmares
Sempre haverá de existir
E hoje, e para sempre a humanidade (bis)
Jamais esquecerá o sonho de liberdade
1985
Enredo:
Na
Terra de
Antônio Maris, Só não Viu quem não Quis
Autores: ?????
Vou
me abraçar com
a folia
Chegou o dia do meu carnaval
E neste palco ornamentado em multicores
Sou eu o artista principal
Nasci onde o bonde virava
Com muita garra, resto de um sangue novo
Meu berço foi no celeiro de bamba
Eu sou raiz, eu sou o samba
Com Araribóia ganhei meu primeiro carnaval
Vibrei com meu povo, os antigos reis
E no quarto centenário
Fui campeão outra vez
Embaraçado em confetes e serpentinas
Pierrots e colombinas
Mascarados e arlequins
E no futuro, eu serei a poesia
Vou sambar em raio laser
Por este mundo sem fim
E lá vou eu cantando assim
No computar do som do surdo e dos tamborins
Minha querida Portela
Foi ela quem me batizou ôô
Sou o símbolo do samba
De Nelson Jangada
E agradeço à Beija-Flor
Albano Porto querido
Sonhava comigo
Girava a roleta
Bancava o jogo do bicho
E dava Viradouro na cabeça
Barreira
é barro
Pedra preciosa é ouro (bis)
Niterói é água-viva
Carnaval é Viradouro
1986
Enredo: Novos Ventos,
Novos Tempos - História de uma Integração
Autores: ????
É de
prata o
jubileu
Amor sou eu (bis)
A Universidade Federal
Viradouro, Niterói, sou carnaval
O mar cantava
poesia
Que o homem branco transformou ôô
No índio, liberdade e alegria
Que o jesuíta relutou
Amor, amor e emoção
Na negra canção
O meu país se agigantou
Nessa linda miscinegação
E lá vou
eu, e lá
vou eu
Nos braços da sociedade (bis)
Quem sou eu, quem sou eu
Sou a pura liberdade
O amanhã
(o
amanhã, o amanhã)
Se faz agora
A soprar novos ventos na história
A quem se dedicou a educação
Decanta em versos, que emoção
Reconstruiremos a nação
Meus sonhos realizar
Na arte e na integração ôô
Na garra desse povo a cantar
1989
Enredo: Mercadores
e mascates
Autores: Gilberto, Mário, Odar, Nilo, Charuto, Carlos, Japona e
Delfim
As histórias que vovó contava
Não passavam de uma afirmação
Depois que encontraram
Este solo varonil
Levaram ouro e pau-brasil
"Oh, Minas"
Oh, Minas Gerais
Quantas saudades nos traz (bis)
Lá em Vila Rica, bons tempos
Que não voltam mais
Eu compro e vendo
No varejo e atacado (bis)
Vendo barato
Pra não vender fiado
Venha enfeitar o seu
amor
Eu tenho blusas de seda estampadas
Rendas, fitas e rosas
Pérolas e pedras preciosas
Sempre fiz de tudo nesta vida
Pra freguesia se sentir numa legal
O bom mascate deve ser malabarista
Humorista e artista
Fazer de tudo pra agradar o pessoal
"Ê baiana", ê baiana
No seu tabuleiro tem quindim
Sou Viradouro
E vou cantando assim
1990
Enredo: Só
vale o escrito
Autores: Adir, Odir, Sereno, Gelson e Gilberto Barros
Riscando a pedra com sangue e semente
O homem a escrita projetou
O esperto do chinês, o papel criou
E o Egito a grande idéia tratou de copiar (de lá pra
cá)
De lá pra cá até a honra sem "h", "h"
virou
E ninguém mais acredita no bigode enganador
Ah, dona cegonha
Traga no bico minha certidão
Quero estudar pra ter um canudo na mão
Deu meu bicho na
cabeça, deu, deu, deu
É a grana do aluguel que o cartório comeu (bis)
Eu vim rezar
Pro olho grande se afastar daqui (da Sapucaí)
Sete galhos de arruda e azeite de dendê
Foi a receita que a vovó passou pra mim
O doutor pra me curar
O desquite receitou
Mas o meu mal era mal de amor
Não há remédio pra curar a minha dor
Dando adeus a esta vida
Só a paz é que me importa
E no baile das caveiras tudo à brasileira
Meu Deus, ainda encontro um agiota
Eu acredito, oi eu
acredito
Assinado "Viradouro" (bis)
Só vale o escrito
1991
Enredo: Bravíssimo
- Dercy Gonçalves, o retrato de um povo
Autores: Gelson, Rubinho, Odir Sereno e Adir
Ah, obrigado Dercy
Mercy Dercy
Abriu-se a cortina pro seu show
São cinco letras a sorrir
De Madalena pra Sapucaí
Um dia, lá no trem da esperança
Vai o sonho de criança
Descendo a serra, tão linda e feliz
A luz então brilhou, o palco se acendeu
O show vai começar
Na Casa de Caboclo
A menina deslumbrou (ô ô, ô ô)
E no seu primeiro ato
O sucesso abriu os braços
Pra você
Brilhante no Teatro de Revista
Em cena o talento de Dercy (oi, fala Dercy)
Da comédia à piada
Com humor e gargalhada
Eu vou me acabar
Quá, quá, quá, quá, quá
No cassino e no cinema
No sangue o dom de criar (ô, e viajou)
E viajou, lá foi Dolores
Que dor no coração
Mas quem pensou que a luz se apagou
Se enganou, ela voltou
Ela voltou, com mais garra e inspiração
Cada vez mais sapeca, quem diria
Soltando a perereca da vizinha
Vou entrar no circo
E com você sonhar
No fim da peça
Pra você gritar, um bravo
Bravo, bravíssimo
Mil aplausos pra você, Dercy (bis)
Ao retrato de um povo
A homenagem da Viradouro
1992
Enredo: E a
magia da sorte chegou
Autores: Heraldo Faria, Flavinho Machado e Gelson Rubinho
Uma estrela brilhou
Brilhou, brilhou, brilhou
Tão cintilante e os magos iluminou
Será, será
O novo sol do amanhã (do amanhã)
O arco-íris da aliança
Que não se apagará
Vem do Oriente
Com sua arte de criar
Na palma da mão lê a sorte
Com a magia do seu olhar
Chegando ao velho continente
A marca da desilusão
Castigo, degredo, açoite
Por que tanta discriminação
A cada passo
A poeira levanta do chão (bis)
Ferreiro, feiticeiro, bandoleiro
A liberdade é sua religião
E vem chegando
O dono desse chão
No berço, a mão do menino
Abriu-se ao destino
Eis a nova Canaã
Ê, ê cigano
Bandeirante em busca de cristais
Canta, dança, representa
Dá vida a nossos laços culturais
Cigano-rei, mineiro iluminado
O mundo não vai esquecer
Plantou no solo brasileiro
A realização do amanhecer
É uma nova era, ô, ô
A magia da sorte chegou
O sol brilhará, oi
Surge a estrela-guia (bis)
E sob a proteção da lua
Canta Viradouro que a sorte é sua
1993
Enredo: Amor,
sublime amor
Autores: Heraldo Faria, Flavinho Machado e Gelson
Vou levantar minha
bandeira
Amor sublime amor
Meu sonho eu vou realizar
Esse futuro o que será
Vou apertar o botão do coração
E vencer a força da razão
Da paixão primitiva à natureza em flor
É, ninguém resiste aos encantos do amor
Nasceu na floresta
Um guerreiro, um artesão
Na fonte da vida
O dono da terra defende seu chão
Negra Xica, eu te amo
Amor que renuncia, a
corte zombou
Que divino exemplo, que lição de amor (bis)
Bandido amor no
sertão
Em Palmares o grito do rei
No sonho do herói inconfidente
Mesmo que tarde a liberdade
Na arte o amor no gênio mulato
No Guarani e Orfeu do Carnaval
A Colombina não foi embora
Hoje o Pierrot não chora
Clareia mãe Oxum,
clareia minha fé
Para as crianças a pureza
Do bem me quer, do mal me quer (bis)
A Viradouro clama em versos
Paz e amor no Universo
1994
Enredo: Tereza
de Benguela - Uma rainha negra no Pantanal
Autores: Cláudio Fabrino, Paulo César Portugal, Jorge
Baiano e
Rico Medeiros
Amor, amor, amor
Sou a viola de cocho dolente
Vim da Pérsia, no Oriente
Para chegar ao Pantanal
Pela Mongólia eu passei
Atravessei a Europa medieval
Nos meus acordes vou contar
A saga de Tereza de Benguela
Uma rainha africana
Escravizada em Vila Bela
O ciclo do ouro iniciava
No cativeiro, sofrimento e agonia
A rebeldia, acendeu a chama da liberdade
No Quilombo, o sonho de felicidade
Ilê Ayê, Ara Ayê
Ilu Ayê
Um grito forte ecoou (bis)
A esperança, no quariterê
O negro abraçou
No seio de Mato
Grosso, a festança começava
Com o parlamento, a rainha negra governava
Índios, caboclos e mestiços, numa
civilização
O sangue latino vem na miscigenação
A invasão gananciosa, um ideal aniquilava
A rainha enlouqueceu, foi sacrificada
Quando a maldição, a opressão exterminou
No infinito uma estrela cintilou
Vai clarear, oi vai
clarear
Um sol dourado de Quimera (bis)
A luz de Tereza não apagará
E a Viradouro brilhará na nova era
1995
Enredo: O rei
e os três espantos de Debret
Autores: José Antonio, Gonzaga, Olivério, Rico Medeiros,
Wilsinho, Fabrino, Portugal, Bernardo, Gilberto e João Sergio
Que felicidade
Eu vim da França convidado pelo rei
Eu trouxe a arte e me espantei maravilhado
Quando aqui um paraíso encantado encontrei
Índios, brancos e negros
Em harmonia racial
Realçando a natureza deste país tropical
Todo encanto em
poesia, oi
Traduzi nos meus painéis (eu pintei) (bis)
Pintei, bordei, aquarelei
Coloquei amor nos meus pincéis
(Iluminado)
Iluminado parti
No céu fui descansar
Tempos depois em Paris renasci
Um triste espanto me fez lamentar
Notícias más, de homens maus
Perturbando a paz, criando o caos
Voltei, o que havia
Desigualdades da evolução
Quanto um grito de alegria
Prenuncia a nova civilização
Brasil, Brasil, Brasil ô ô
É campeão (é campeão)
Vai raiar o dia
O meu terceiro espanto aconteceu (bis)
Eu sou Debret, a minha arte é fantasia
Explode Viradouro, o carnaval sou eu
1996
Enredo: Aquarela
do Brasil ano 2000
Autores: Heraldo Faria, Jorge Baiano, Mocotó e Flavinho Machado
Vem o sol, com seus
raios dourados
Iluminando a natureza, do Oiapoque ao Chuí
Tenho forma de coração
Sou encanto, sou beleza
Sou Brasil, sou nação
Amazônia é meu rio, é meu ar
O seu manto verdejante
Faz o mundo respirar
Meu Nordeste
exuberante
Bumba-meu-boi, meu boi-bumbá (bis)
Dos meninos de Olodum
De louvor aos orixás
No Centro-Oeste
ainda se vê
Os majestosos Pantanais
A capital das capitais
Seu misterioso Vale do Amanhecer
No Sul, o vaqueiro trovador
Canta a história do gigante que um dia despertou
Sudeste, fonte de inspiração
Do carnaval, da emoção
Do jeitinho brasileiro
Do meu Rio de Janeiro
Ainda tendo céu anil
Vou seguindo meu destino
Com meu peito varonil
Pierrot cara pintada
No ano 2000 (bis)
Com a Viradouro na aquarela do Brasil
1997
Enredo: Trevas!
Luz! A explosão do universo
Autores: Dominguinhos do Estácio, Mocotó, Flavinho
Machado,
Heraldo Faria
Lá vem a Viradouro
aí, meu amor
É Big-Bang, coisa igual eu nunca vi (bis)
Que esplendor
Vem das trevas, tudo
pode acontecer
A noite vira dia, luz de um novo amanhecer
Vai, meu verso, buscar a Terra em embrião
Da poeira do universo
Desabrocha a natureza em expansão
Oh, Mãe Iemanjá, deusa das águas
Nanã, deixa o solo se banhar
Ora, iê, iê, ô,
mamãe Oxum (bis)
Vem com ondinas reinar
No fogo, a
salamandra a dançar
As pombas brancas simbolizando o ar
Explodem as maravilhas
Vejo a vida brilhando afinal
Surge o homem iluminado
Com hinos de luta e cantos de paz
É o equilíbrio entre o bem e o mal
E com o coração nesta folia
Seja noite ou seja dia, amor
Eu quero me acabar
Vou cair na gandaia
Com a minha bateria (bis)
No balanço da mulata
A explosão de alegria
1998
Enredo: Orfeu
- O negro do Carnaval
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P. C. Portugal e
Dadinho
Lá, onde a vida faz
a prece
E o sol brilhante desce para ouvir
Acordes geniais de um violão
É o reino de Orfeu, rei das cabrochas
Seduzidas pela sua inspiração
Eurídice, o verdadeiro amor
Do vencedor por aclamação geral
Da escola de samba do morro
Que vai decantar nos seus versos
A história do carnaval
É na magia do sonho
que eu vou
Mitologia no samba, amor (bis)
Aí, o zumbido da
fatalidade
Que atinge a cidade
Traz mais uma desilusão
Orfeu caiu no abismo da saudade
E voa para a eternidade
Levado pela ira da paixão
Tem no seu talento, reconhecimento
Num desfile magistral
O Grêmio do morro venceu
E o samba do negro Orfeu
Tem um retorno triunfal
Hoje o amor está no
ar
Vai conquistar seu coração (bis)
"Tristeza não tem fim, felicidade sim"
Sou Viradouro, sou paixão
1999
Enredo: Anita
Garibaldi - Heroína das 7 magias
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P. C. Portugal e
Dadinho
Clareou na ilha da
magia
No esplendor era um ser de prata que surgia
E voou em busca da sabedoria
Os mistérios do Oriente nas asas da poesia
Está em festa a aldeia da tribo Carijós
É força que semia poder em nossa voz
Vêm desbravando mares
Corsários, aventureiros
Abraindo caminhos para a liberdade
De um povo guerreiro
Rufam os tambores
mãe África
Nossa gente quer dançar (bis)
Invocando a magia
Com a paz de Oxalá
Heranças culturais
nas etnias teus ideais
Nos verdes campos de Santa Catarina
Berço dessa menina, voa borboleta voa
Guerreira, brava loba romana
Heroína que encanta os dois mundos
Hoje o samba te aclama
Viradouro está
aqui, vai sacudir
Agitar essa cidade inteira (bis)
E com Anita eu vou, é Garibaldi, amor
Espelho da mulher brasileira
2000
Enredo: Brasil:
visões de paraísos e infernos
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e
Dadinho
Na era medieval
começa o meu carnaval
No paraíso eu me vesti de branco
E no "martírio eterno", o vermelho é meu manto
Navegando ao Oriente, "seu" Cabral
O "Jardim das Delícias" descobriu
"Seu" Caminha escreveu o que ele viu
Maravilhas do Brasil
Bordunas, tacapes e Ajarés
Na dança o índio põe ao seus pés
Mas nascem idéias diversas, são mentes perversas
Não foi essa a lição dos pajés
Irê, irê, pra agba
yê
O negro canta, o negro dança em liberdade (bis)
Irê, irê, pra agba yê
Pra agba yê, felicidade
Bem longe daqui, na
festa da coroação
O negro africano, nos seus desenganos
Desfaz-se dos planos, pro branco explorar
Preso nas correntes da vida
São marcas que jamais esquecerá
Mas o tempo passou e a felicidade eu vejo brotar
Na luz da esperança, há paz e alegria
Pro rei do universo abençoar
O dia vai raiar,
amor, amor
Com a Viradouro eu vou, eu vou, eu vou (bis)
Meu canto de amor se espalha no ar
Quinhentos anos vamos festejar
2001
Enredo: Os
sete pecados capitais
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e
Dadinho
Eu vi brilhar
E para os vícios minha mente me conduz
Eu quero e quero muito mais
Eu quero o ouro, pois o ouro me seduz
Sou o narcisista, o melhor artista
Nesta festa popular
Com o meu encanto, o meu acalanto
Vou te conquistar
Me dá o teu calor e
vem me enfeitiçar
Seduz à bel prazer que eu vou delirar (bis)
Se o cupido jogou, a flecha vai me pegar
Vou amar
Pra que tanta raiva
Mais amor no coração
Vivendo em paz o homem faz o mundo lindo
E quem tem amor pra dar
Sente alegria se o outro está sorrindo
Traz a
figa-de-guiné, me dá o meu patuá
Cada um com sua fé, olho grande sai pra lá (bis)
Quero sombra e água
fresca
Eu quero na minha rede balançar
Brasil, meu Brasil
Em nossa terra se plantando tudo dá
Tem uns que vivem pra comer
Tem gente que só come se sobrar
Eu vou me acabar
Abrir meu coração (bis)
A Viradouro é meu tesouro
No Carnaval da redenção
2002
Enredo: Viradouro,
Vira-Mundo, Rei do Mundo
Autores: Gilberto Gomes, R. Mocotó, Gustavo, P.C. Portugal e
Dadinho
Okê,
okê
Sou Viradouro, Vira-Mundo eu sou
Escravizado, sem destino
Meu desatino, meu dissabor
Pra vencer os grilhões do dia-a-dia
Pra esquecer a solidão, a agonia
É carnaval, o meu peito explode de alegria
E no encontro com o rei
Eu também sou um rei nesta magia
Em liberdade eu peço axé
Vou na onda do afoxé (bis)
Os negros na sua fé, trazendo a paz
No canto dos orixás
E nas visões dos Xamãs, a cura
Que a raça vermelha traz
Ao som dos gurus, um manto em harmonia
Vêm chegando os povos amarelos
Com incenso que nos contagia
Então, em forma de oração
A raça branca faz a sintonia
E nesta festa de coroação
O rei do mundo é o rei da folia
Nesta ciranda é que eu vou
Contagiando esta cidade (bis)
Hoje eu quero paz, amor
E um mundo
de felicidade
2003
Enredo: A Viradouro
canta e conta Bibi, uma homenagem ao teatro brasileiro
Autores: Gustavo,
Gilberto Gomes, Heraldo Faria, Gelson
Abram as
cortinas, que o show vai começar
É "manhã de sol", um rouxinol vem despertar
Voa, vai tocar no seu coração
Amor, nessa avenida quanta emoção
Em cada gesto, em cada expressão
Em cada lágrima que vai sorrir
Diva, brilha a voz dos grandes musicais
Nesse palco, os artistas imortais
Hoje vão te aplaudir
Se um vento
soprar, eu vou
Deixa o "dom" me levar, amor (bis)
Vou em busca de um ideal
No meu sonho de carnaval
Em toda forma de
arte
Uma luz acendeu
A "Gota d'Água" faz parte
Dos seus encontros com Deus
"Piaf, um hino ao amor"
"A vida de uma estrela da canção"
Em uma noite de esplendor
"Amália" foi a sua inspiração
E quando o sol se põe
Desce uma estrela lá do céu
Vem reviver ao seu lado Bibi
O seu mais brilhante papel
O teatro
consagrou e pede passagem
A Viradouro, meu amor, faz a homenagem (bis)
2004
Enredo: Pediu pra
Pará, parou! Com a Viradouro eu vou... pro Círio de
Nazaré
Autores: Dário
Marciano, Nilo Mendes (Esmera), Aderbal Moreira
No mês de Outubro, em Belém do Pará
São dias de alegria e muita fé
Começa com extensa romaria matinal
O Círio de Nazaré (bis)
Que maravilha a procissão
E como é linda a Santa em sua berlinda
E o romeiro a implorar
Pedindo à dona em oração para lhe ajudar
Oh, Virgem Santa, olhai por nós
Olhai por nós, oh, Virgem Santa (bis)
Pois precisamos de paz
Em torno da Matriz
As barraquinhas com seus pregoeiros
Moças e senhoras do lugar
Três vestidos fazem pra se apresentar
Tem o circo dos horrores
Berro-boi, roda-gigante
As crianças se divertem
Em seu mundo fascinante
E o vendeiro de iguarias a pronunciar
Comidas típicas do Estado do Pará
Tem pato no tucupi
Muçuã e tacacá (bis)
Maniçoba e tucumã
Açaí e aluá
2005
Enredo: A
Viradouro é só Sorriso
Compositores: Gusttavo,
Gilberto Gomes, P. C. Portugal, José Antonio e Dominguinhos do
Estácio
Numa expressão
de amor
Com meu jeito de encantar
O divino Criador
Me deu o dom de conquistar
Às vezes me entrego por simples prazer
Juízo não nego, até posso perder
Na Grécia brinquei da maneira que quis
Em Roma fiz o povo mais feliz
Já fui contido e proibido
Como um vilão qualquer
Mas um sonho em mim se realiza
Desvendei em Monalisa
Os segredos de Molière
Iluminado eu
sou, palhaço do amor
Na bossa da bateria eu vou (bis)
E no compasso eu traço a arte, e assim
A vida vai sorrir pra mim
É mais um dia de graça
Na simpatia do artista
Aquarelando ele passa
O bom humor em revista
Os amigos do sorriso
Brilham no meu clarear
É carnaval, oh, quanto riso
Sou criança vou brincar
Eu quero ver você cantar, extravasar
Quando a Cidade-Sorriso passar
Eu quero ver, eu
quero ver
Geral gritar, já é, já é (bis)
Na Viradouro eu levo fé
2006
Enredo: Arquitetando
Folias
Autores: Waldeir Melodia, Dadinho, Evaldo, Tamiro e Peralta
Brasil, terra de encantos mil
Em que a miscigenação
Alterando os conceitos incentiva a criação
Vindos de além-mar, não poderiam imaginar
Quanta beleza, a natureza
Pros nativos era um lar
Nas obras de pedra-sabão
Barroco, fé e devoção
Nas senzalas eu vi brotar
A nova raça brasileira
Com a moda de Paris
A burguesia faz seu carnaval (bis)
Resiste, reluz o samba
E o artista, arquiteta o visual
Chega de ver tanto sonho desabar
A humanidade deve mudar
Favela oh, favela
O teu passado me faz lembrar
Dos tempos em que a noite estrelada
Salpicava a morada
Obrigado meu Senhor, por ter iluminado
A mente desse homem, pelo mundo consagrado
Que fez cidade sem igual
Museu como nave espacial
Arquitetando folias
Na apoteose, sou o astro principal
De vermelho e branco amor, vou sambar
Seja onde for, terra, céu e mar (bis)
De braços abertos, que emoção
A Viradouro mora no meu coração
2007
Enredo: A Viradouro Vira o Jogo
Autores: Gusttavo Clarão, Gilberto Gomes, Nando, Pablo, PC
Portugal e Dominguinhos do Estácio
Vamos mergulhar nessa jogada
A sorte está lançada
Hoje é o grande dia
No tabuleiro da emoção
Vou apostar na alegria
Pra ganhar seu coração
Meu cassino é fantasia
Vi nas cartas do tarô
O que o destino reservou
Mas se o tempo mudar
Aos búzios eu vou
E nesse jogo vou amar
Você é a dama do prazer (bis)
Um xeque-mate vou te dar
Quero vencer
Faço qualquer coisa
Pra deixar você feliz
De cartas, um castelo
De peças, um país
Essa diversão
É adrenalina em minha vida
A euforia toma conta da avenida
Respiro fundo
No pinball quero brincar
É perceber e desvendar
Quebrar a cabeça pra encontrar
Achar você no meio dessa multidão
Chama que acende um povo
E faz do jogo a paixão
Sou Viradouro e vou cantar
Com muito orgulho, com muito amor (bis)
Esse jogo vai virar
Eu quero ser o vencedor
2008
Enredo: É
de Arrepiar...
Compositores:
Paulo César Portugal, Evaldo,
Tamiro e Lima Andrade
Amor, olha só
quem vem lá
É de arrepiar com tanto frio
Vem cá me abraçar
Sentir o meu arrepio
Mexa, remexa, sacode a cabeça, me faz delirar
Vou no fricote, dou lhe um beijo no cangote
Eu quero ver a semente germinar
O show da bateria me alucina
Traz numa corrente a emoção (bis)
É arte, é criação que me fascina
Faz vibrar meu coração
Porém nem tudo são flores
Há dissabores, infelicidades
Vidas perdidas, nesse mundo de maldade
Eu sou sincero, com esses seres eu me pelo
De vassoura ou de chinelo, chame alguém pra me ajudar
Na tela uma cena de terror
De arrepio e de calafrio, você vai se assustar
Peguei o Ita no Norte, gostei tive sorte, e kizombei
Mesmo proibido, desfilei
Em versos e poesias menestrel
Vou cumprindo o meu papel
Bate outra vez o meu coração
Pois já vai terminando o verão (bis)
As rosas não falam na Viradouro exalam
O perfume de uma canção
2009
Enredo: Vira
Bahia, Pura Energia
Compositores:
Heraldo Faria, Flavinho Machado, Edu, Rafael e Floriano
Quando Orum se
encontra com ayê
Oh! Mãe pátria! Salve a sabedoria
Eu quero caminhar com a natureza
Me ensina a desvendar toda essa riqueza
Recebo do seu chão a energia
E bate bem forte o tambor
Nas ruas de São Salvador
Conduz os meus passos, Senhor do Bonfim
Olorum mandou cuidar do seu jardim
E disse mais: "vai buscar na mata
No biocombustível, a nossa proteção"
Filha do sertão no tabuleiro
Dendê, meu dengo, óleo de cheiro
Um dia Oxalá iluminou
Tocou no coração da nossa gente (bis)
O acordo do bem se faz oração
O mar não pode invadir o meu sertão
Sopra um vento dos canaviais
Brota a doce esperança de paz
Na força do trabalho dessa gente
Do bagaço nasce um tesouro
O lixo se veste de luxo, reluz em ouro
A água deixa o céu e se abraça com o chão
Renova a energia sob as bençãos de um trovão
Vermelho e branco... que paixão!
A Viradouro pede axé
Caô, Xangô, Iansã, Yalodé (bis)
Vira-Bahia, pura energia
Explode num canto de fé
2010
Enredo: México,
o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol
Autores: Floriano do Carangueijo, Gustavo da Marbela e Sacadura Cabral
Brilhou o quinto sol,
o povo se manifesta
Sopra um "vento mestiço", uma avenida em festa
Traz o gênio que ilumina a canção
As cores que dão forma à "criação"
Chegou o áureo tempo de reviver
A história, o alvorecer, de uma nação guerreira
Os templos sagrados vão resplandecer
Palácios bordados irão renascer
Obras de uma "vida inteira"
Um dia sangra o chão, desejo do invasor
Sofri na traição do opressor
Chegam piratas, jóias se vão
Olhos "vidrados" em busca do ouro (bis)
Pro fundo do mar vai a ambição
Ninguém vai levar o meu tesouro
Meu sangue eu entrego à terra, à liberdade
"O grito", vai raiar o sonho de felicidade!
A fé que desata os nós une a gente de novo
Caudilhos guerreiros se abraçam ao povo
Ouve-se a voz da revolução
São dias pra guardar no coração
Eu vi a força da arte popular
E com meus versos "colori" o azul do mar
Ao sabor do tempero, receitas pra dar e vender
Vi a cidade maior se render à magia de uma paixão
A dor da saudade vou festejar, é tradição
Hoje eu peço a sua benção, senhora do meu
coração!
Arriba Viradouro!
Uma tequila pra comemorar (bis)
Um lenço vermelho, sombrero na mão
O México em cores vou cantar!
2011
Enredo: Quem sou eu sem
você?
Autores: Renan Gemeo, P.C. Portugal, Rodrigo, Fernando Johara, Diego
Moura e Jeferson Lima
Juntos, vamos chegar
Ao nosso lugar tão especial
Unidos por um pavilhão
Um aperto de mãos e o mesmo ideal
Quando a solidão me abraçou
Pediu, por favor: me deixa ficar
Fiz gestos, sinais, mostrei ser capaz
Encontrei a luz em outro olhar
O fogo esquentou o sentimento
A arte pintou o entendimento
O verbo coloriu o saber
E o verso sorriu ao te escrever
Venci barreiras, distâncias, fronteiras
Busquei maneiras de te encontrar (bis)
Segui teus passos, liguei nossas vidas
Num forte laço pra não desatar
A comunicação
Une o irmão, traz felicidade
Eu quero ver sempre mais perto
De peito aberto a humanidade
Aproximar, conectar
Enxergar no espaço um caminho
Em universos paralelos
E no plano mais belo: não ser sozinho
Se até a dor precisa de alguém
Eu, sem você, sou ninguém
O amor está dentro de nós
Na paz, na voz do coração (bis)
Na Viradouro, a esperança
É aliança, é união
2012
Enredo: A
vida como ela é, bonitinha mas ordinária… Assim
falou
Nelson Rodrigues
Autores: Renan Gêmeo, P.C. Portugal, Rodrigo, Diego Nicolau,
Fernando Johara, Felipe Filósofo, Diego Moura, Fábio
Borges,
Claudinho Mattos, Erik Borges, Ênio Almeida, Vitor Adolfo,
Daniel Louzada, Dudu Oliveira e Marcello Bertolo
Eu vou viajar pela luz do teu olhar
Amar demais, pecar sem medo
Mentir a verdade, trair o segredo
Tal qual você... em um subúrbio, o pierrô
A eloquência sem pudor
A flor da emoção (ôôôô)
Quero te ver, ó bela dama pecadora
A inocência tentadora
Reviver...
Amante, "engraçadinha"... me faz enlouquecer
Ordinária, bonitinha... meu prazer
Domingo no Maraca... magia
É sobrenatural essa paixão (bis)
Salve as três cores tão lindas
Na fantasia do meu coração
Quando a cortina se abrir
No palco da ilusão
Visto a nudez da liberdade
Nas asas da imaginação
Serei o filme mais belo que vai desfilar
A trilha sonora é o nosso cantar
De corpo e alma eu me entrego anjo sedutor
Vou além dos verbos
Pra te conquistar
O teu universo a me guiar
Vou me perder... amor
E no meu sonho te encontrar (bis)
Nelson Rodrigues... Sou Viradouro
Quero ver me censurar
2013
Enredo: Nem
melhor nem pior, que não sai da minha mente.
Inspiração para o
meu samba, eu também sou diferente
Autores: Gilberto Gomes, Floriano do Caranguejo, Sacadura Cabral,
Dadinho, J. Lambreta, Zé Glória e Manolo.
Participação
Especial: Ricardo Neves e Alcineu Figueira
Caô Xangô
Salve o nosso padroeiro
Ilumina o terreiro
Dos artistas imortais
Morro de felicidade
Na homenagem
Aos seus grandes carnavais
Mais que uma revolução
Isso é coisa da gente
Ser diferente querer mudar
Buscar a vitória acreditar
Tira da cabeça o que do bolso não dá
Tira da cabeça o que do bolso não dá
Ôôôôôôô
O negro canta o amor e a liberdade
É meu Quilombo em festa eu vou dançar
Africanidade
Pega no ganzê, pega no ganzá
E a cidade bem mais que maravilhosa
Toda prosa
Rio de Janeiro
É fevereiro, saudade que dá
Ver o bonde passar
Salgueiro
Sou Viradouro
No mar de Yemanjá
O sol brilhará
Salgueiro
2014
Enredo: Sou
a Terra de Ismael. Guanabaran eu vou Cruzar... Pra Você Tiro o
Chapéu, Rio eu vim te Abraçar
Autores: Dudu Nobre, Diego Tavares, Zé Glória, Paulo
Oliveira,
Dílson Marimba e Junior Fragga
Anauê
Guaraci raiou no horizonte
Lá onde a água se esconde
Índio guerreiro lutou
Araribóia venceu
Sopra a brisa do tempo em seu chão
Trilhos da história, evolução
Clareou do Barão, a ousadia
Se Vilarejo, foi um dia
Ganhou nobreza em seu brasão
Tem a arte do samba no pé
Nesse palco o artista quem é? (bis)
Pode apostar, Sou eu!
(Sou eu, sou eu)
Que trago o sorriso no rosto
Contemplando a natureza
Divina gentileza floresceu
Na fé, vai a embarcação
O sol refletido no mar
Caminhos que o mestre traçou
Se curvam ao meu cantar
Elo de amor não se desfaz
Ponte que une esperança e paz
Me leva a grandes carnavais
Orgulho de ser Niterói
Reluz no Rio, o meu tesouro (bis)
Braços abertos,
olhai por nós
Canta Viradouro
2015
Enredo: Nas
Veias do Brasil, é a Viradouro em um Dia de Graça
Autor: Luiz Carlos da Vila
Adaptação: Gusttavo Clarão
Os negros
Trazidos lá do além-mar
Vieram para espalhar
Suas coisas transcendentais
Respeito
Ao céu, a terra e ao mar
Ao índio veio juntar
O amor à liberdade
A força de um baobá
Tanta luz no pensar (bis)
Veio de lá a criatividade
Em cada palma de mão, cada palmo de chão
Semente de felicidade
O fim de toda a opressão, o cantar com emoção
Raiou a liberdade
Tantos o preto velho já curou
E a mãe preta amamentou
Tem alma negra o povo
Os sonhos tirados do fogão
A magia da canção
O carnaval é fogo
O samba corre
Nas veias dessa pátria-mãe gentil
É preciso a
atitude (bis)
De assumir a negritude
Pra ser muito mais Brasil
Ôôôôôôôô ôôôôôô
ôôôôôô ôôôôôô
Ôôôôôôôô
ôôôôôô
ôôôôôô
Brasil
2016
Enredo: O Alabê de Jerusalém, a Saga de Ogundana
Compositores: Paulo César Feital, Zé Gloria, Felipe Filósofo,
Maria Preta, Fabio Borges William, Zé Augusto e Marcello Bertolo
Viradouro no couro do tambor
Pediu a Oxum e Xangô (ora yê, yê, kawô)
E a Olodumaré, no ifé
Que o africano caminheiro
Desça em solo brasileiro
Pra falar da luz de Nazaré (Nazaré)
O porta-voz da harmonia e da paz
O mensageiro dos orixás
Enfim, já baixou na aldeia
Que Aparecida clareia
Com a benção do Cristo Redentor
E a Sapucaí incendeia na chama da sua candeia... incorporou
Meu nome é Alabê de Jerusalém
Voltei a terra pra matar saudade (bis)
Vim falar de amor, de tolerância e igualdade
Cruzei Egito, Roma e Judeia
Amei Judith, a flor de Cesareia
O rei dos reis que conheci se espanta
E chora com essa guerra santa
Que sangra esse planeta azul
Ó meu Brasil, cuidado com a intolerância
Tu és a pátria da esperança
À luz do Cruzeiro do Sul
Um país que tem coroa assim tão forte
Não pode abusar da sorte
Que lhe dedicou Olorum
Kawó Kabiesilé Xangô
Ora yê yê, mamãe Oxum do ouro (bis)
São João Batista que me batizou
É o protetor da minha Viradouro
2017
Enredo: ...e Todo Menino é um Rei
Compositores: Felipe Filósofo, Diego Nicolau, Renan Gêmeo,
Manolo, Fabio Borges, Claudio Mattos, Bertolo, Rodrigo Gêmeo e
Anderson Lemos
Os sonhos nos acordes da canção
O coração se entrega à magia
Cenário de aventura e ilusão
Onde a imaginação é poesia
No meu pequeno lugar viajei
Na infinita imensidão do meu olhar
Gira boneca, brinca de porta-bandeira
Nessa brincadeira quero ser seu par (bis)
Desejo ser mais um super-herói
Porque menino sonha demais
Menino sonha com coisas que nunca esquece
E quando cresce não vê jamais
Erê, erê, erê, erá (bis)
Ê menino rei, vem batucar
Quem dera poder tocar as nuvens de algodão
Quem dera mergulhar na doce tentação
Colorir um mundo bem mais belo
Fazer da alegria o meu castelo
Com lápis de cor, eu vou desenhar
Traços da minha paixão
No amanhã, eu acredito é nessa molecada
Que não dá bola pra tristeza, não
Na proteção da ibejada
Abre a roda ioiô… é ciranda
Entra na roda criança, vem sambar (bis)
Viradouro… foi nesse chão que me criei
Aqui todo menino é um rei
2018
Enredo: Vira a Cabeça, Pira o Coração. Loucos Gênios da Criação
Compositores: Zé Glória, Lucas Macedo, William Lima, Gugu Psi, Lico Monteiro, Lucas Neves e Matheus Gaúcho
Genial
“É ter na mente” o dom da criação
Onde ser louco é inspiração
“Une verso” à melodia
Brincar de Deus… e com as cores delirar
Nos sonhos meus… “Vinci” fazer acreditar
Desperta a voz que dá luz à invenção
Quem dera o infinito conhecer
E nesse azul, eu encontrei você
Além das estrelas na imensidão
Voando nas asas da imaginação (bis)
Meu mundo especial
Meu céu, meu ideal
Quem foi que pensou algum dia
Que o homem iria se aventurar
Nas telas, nos livros
Tantos moinhos derrubar
Sei que a loucura é o “x” da questão
“Ser ou não ser” mais um entregue a razão
Fazer do lixo uma bela fantasia
Eu sou um sonhador, um pierrô alucinado
Artista de uma escola de verdade
Orgulho de ser comunidade
É de arrepiar, a nossa emoção
Sou Viradouro, sou paixão
É de enlouquecer, Viradouro
A cabeça desse povo
Tocou a alma, pirou meu coração
Não tem explicação
Já enlouqueceu, Viradouro
A cabeça desse povo
Tocou a alma, pirou meu coração
Não tem explicação
2019
Enredo: Viraviradouro!
Compositores: Renan Gêmeo, Bebeto Maneiro, Thiago Carvalhal,
Ludson Areia, Jr. Filhão, Raphael Richaid, Ricardo Neves,
Carlinhos Viradouro e Rodrigo Gêmeo
Se tem magia, encanto no ar
Eu vou viajar ouvindo histórias
De um livro secreto, mistérios sem fim
Vovó desperta a infância em mim
Em cada verso, sou mais um menino
Que muda a sorte e sela o destino
Lançado o feitiço pra vida virar
Pro bem ou pro mal, é carnaval
E na fantasia, a minha alegria é um sonho real
No reino da ilusão, o amor seduz o vilão
Num conto de fadas, a felicidade (bis)
Invade o meu coração pra cantar
Deixando a tristeza do lado de lá
E quem ousou desafiar a ira divina
Vagou no mar
Cego pela sede da ambição
Carregando a sina dessa maldição
Seres da sombria madrugada
O medo caminhou na escuridão
Mas a coragem que me faz lutar
É a esperança, razão de sonhar
Imaginar e renascer no sol de cada amanhecer
Das cinzas voltar
Nas cinzas vencer
Quem me viu chorar, vai me ver sorrir
Pode acreditar, o amor está aqui (bis)
Viraviradouro iluminou
O brilho no olhar voltou
2020
Enredo: Viradouro de Alma Lavada
Compositores: Cláudio Russo, Paulo César Feital, Diego
Nicolau, Dadinho, Rildo Seixas, Manolo, Anderson Lemos, Carlinhos
Fionda e Júlio Alves
Levanta, preta, que o sol tá na janela
Leva a gamela pro xaréu do pescador
A alforria se conquista com o ganho
O balaio é do tamanho do suor do seu amor
Mainha, esses velhos areais
Onde nossos ancestrais acordavam as manhãs
Pra luta
Sentem cheiro de angelim
E a doçura do quindim
Da bica de Itapuã
Camará ganhou a cidade
O erê herdou liberdade (bis)
Canto das Marias, baixa do dendê
Chama a freguesia pro batuquejê
São elas, dos anjos e das marés
Crioulas do balangandã, ô iaiá
Ciranda de roda na beira do mar
Ganhadeira que benze, vai pro terreiro sambar
Nas escadas da fé! É a voz da mulher
Xangô ilumina a caminhada
A falange está formada
Um coral cheio de amor
Kaô! O axé vem da Bahia
Nessa negra cantoria
Que Maria ensinou
Oh mãe ensaboa (bis)
Mãe ensaboa pra depois quarar
Ora yê yê o Oxum! Seu dourado tem axé
Faz o seu quilombo no abaeté (bis)
Quem lava a alma dessa gente veste ouro
É Viradouro! É Viradouro!