TUPI DE BRÁS DE PINA
TUPY DE BRAZ DE PINA
FUNDAÇÃO |
25/03/48 |
CORES |
Azul e Branco |
QUADRA |
R. Guaporé, 431 - Brás De Pina |
RESULTADOS - SAMBAS-ENREDO
HISTÓRICO
O
Grêmio Recreativo Escola de Samba Tupy de Braz de Pina é
uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, fundada em 25 de
Março de 1948 com as cores azul e branco. Pertenceu, em tempos
áureos, à elite do carnaval carioca.
Estreou em 1956 no
carnaval, sem concorrer, se apresentando na Praça Onze no
então Grupo 2. Em 1957, foi vice-campeã do Grupo de
Acesso A, à época chamado de Grupo 2, fazendo 91 pontos
com o enredo "Ordem e Progresso", sendo promovida para o Grupo Especial
(Grupo 1). Na época só havia dois grupos. Em 1961,
apresentou um dos melhores sambas-enredo de todos os tempos, "Seca no
Nordeste", regravado por dezenas de artistas do samba e da MPB. A última passagem da Tupy pelo primeiro grupo do Carnaval Carioca foi em 1976.
Sua
trajetória seguiu ano após ano até que em 1998
desfilou pela última vez antes da nova gestão.
Em 2015, depois de
muitos anos sem se apresentar, uma nova diretoria foi criada e o
então Presidente Fábio Augusto assumiu a
administração da agremiação, já
trabalhando para sua ascensão. Foi então que a escola
voltou a desfilar pelo Grupo E do
Carnaval carioca, conseguindo sagrar-se vice-campeã, quando foi
promovida ao grupo D. A escola deixou de existir quando mudou de nome
para Botafogo Samba Clube em julho de 2018.
RESULTADOS
DA ESCOLA
1956 - Não julgada
Benfeitores da cidade em 1902
1957 - 2ª no Grupo 2
Ordem e Progresso
Antônio José Soares
1958 - 8ª no
Grupo 1
Inconfidência Mineira
1959 - 13ª no Grupo 1
Memórias de um Preto Velho
1960 - 5ª no
Grupo 2
Exaltação à Arte e Pintura de Almeida Jr.
Antônio José Soares
1961 - 2ª no Grupo 2
Seca no Nordeste
Antônio José Soares
1962 - 10ª no
Grupo 1
Gonçalves Dias e suas memórias
Antônio José Soares
1963 - 10ª no Grupo 2
Vinte anos a serviço do carnaval
1964 - não desfilou
1965 - 10ª no Grupo 2
Outros Carnavais
1966 - 9ª no
Grupo 2
Exaltação à Bahia
1967 - 6ª no Grupo 2
O homem que não quis ser rei
1968 - 6ª no
Grupo 2
Bodas Imperiais
1969 - Grupo 2 - não julgada por problemas no som
Senzala em festa - Desfile foi suspenso por problemas no som
Gabriel e Poti
1970 - 3ª no
Grupo 2
Praça XI, Berço do Samba
1971 - 4ª no Grupo 2
São Francisco a caminho do sertão
Jairo de Souza
1972 - 1ª no
Grupo 2
Chiquinha Gonzaga, alma cantante do Brasil
Jairo de Souza
1973 - 9ª no Grupo 1
Assim dança o Brasil - Formação das danças brasileiras
arlos de Andrade
1974 - 7ª no
Grupo 2
Essa Nega Fulô
1975 - 2ª no Grupo 2
Brasil, glória e integração
1976 - 14ª no
Grupo 1
Riquezas áureas de nossa bandeira
1977 - 7ª no Grupo 2
Um sonho colorido
Geraldo da Silva e Gil Ricon
1978 - 13ª no
Grupo 2
Manôa, um sonho dourado
1979 - 14ª no Grupo 2A
Folia, Folia!
1980 - 8ª no
Grupo 2A
Samba, sinfonia de uma raça
1981 - 6ª no Grupo 2A
Negrinho do Pastoreio
1982 - 10ª no
Grupo 2A
Sobrenatural de Almeida, dramaturgo do mundo cão
1983 - 8ª no Grupo 2A
Mistério das matas com Ossaim, Ossanha e Oxóssi
Rafael Cangerê
1984 - 5ª no
Grupo 2A
Rio, Carnaval e Cinzas
Jorge de Carvalho
1985 - 6ª no Grupo 2A
Caymmi, poeta do mar
Jairo de Souza e Ary Reis
1986 - 5ª no
Grupo 2A
Cobiças e lendas da Amazônia
Jairo de Souza
1987 - 2ª no Grupo 3
Marlene, a Estrela Maior
Jairo de Souza
1988 - 10ª no
Grupo 2
E Agora, José?
1989 - 10ª no Grupo 2
Rio Boa Praça
1990 - 7ª no
Grupo B
Saudade, hoje vou batucar
Jairo de Souza
1991 - 5ª no Grupo B
Acredite se quiser
Jairo De Souza e Virgílio Bayma
1992 - 6ª no
Grupo B
Tributo às Raízes
Jairo de Souza e Virgílio Bayma
1993 - 4ª no Grupo B
Armando Campos, uma vida que dá samba
Jairo de Souza
1994 - 4ª no
Grupo B
Sargentelli, hoje o show é na avenida
1995 - 3ª no Grupo 1
Eu era Feliz e não Sabia
1996 - 10ª no
Grupo C
Bornay, a Lenda Viva do Carnaval
1997 - 9ª no Grupo D
Brava Gente Brasileira
1998 - 3ª no
Grupo E
Não desfilou entre 1999 e 2014
2015 - 6ª no
Grupo E
Mistérios das Matas com Ossam, Ossanha e Oxóssi
Comissão de Carnaval
2016 - 2ª no
Grupo E
Tania Índio do Brasil - Destaque da Vida e do Carnaval
Marcio Perrota, Gabriel Haddad e Leonardo Bora
2017 - 8ª no
Grupo D
O Dom de Wilson das Neves
Comissão de Carnaval
2018 - 7ª no Grupo D
Império da Tijuca – Na Corte do Samba, és o Primeiro
Sidney Soares
SAMBAS-ENREDO
1961
Enredo: Seca no
Nordeste
Autor(es): Gilberto
Andrade e Waldir de Oliveira
Sol escaldante, terra
poeirenta
Dias e dias, meses e
meses sem chover
E o pobre lavrador
Com a ferramenta rude
Dá forte no solo duro
Em cada pancada parece
gemer
Ô ô ô ô ô ô ô ô
Geme a terra de dor
Ô ô ô ô
Não adianta meu lamento
meu Senhor
Ô ô ô ô ô ô ô ô
E a chuva não vem
O chão continua seco e
poeirento
No auge do desespero
Uns se revoltam contra
Deus
Outros rezam com fervor
Nosso gado está sedento,
meu Senhor
Nos livrai dessa
desgraça
O céu escurece
As nuvens parecem
Grandes rolos de fumaça
Chove no coração do
Brasil
O lavrador
Retira seu chapéu
E olhando o firmamento
Suas lágrimas se unem
Com as lágrimas do céu
O gado muge de alegria
Parece entoar uma linda
melodia
Ô Ô Ô Ô Ô...
1971
Enredo: São
Francisco, a Caminho do Sertão
Autor(es): ????
A viagem maravilhosa
Pelo Rio São Francisco
A caminho do sertão
Todos os encantos
Que no fim da natureza
Veio exaltar com emoção
Nasce na Serra da
Canastra
Depois segue em direção
Ao Nordeste do país
Do navio Gaiola (bis)
Da Parafins, festança de
grande matiz
Na congada, o divino e
cavalhada (bis)
No reisado, São Gonçalo
marujada
Uma lenda fala do lindo
menino
E do peixe dourado
Fala-se também da Iansã
Deusa do vento ôô (bis)
Orixá respeitado
Baila porto
Oh, que paisagem tão
bela (bis)
Baila a riqueza desse rio
Que cantamos nessa
passarela
1972
Enredo: Chiquinha
Gonzaga, Alma Cantante do Brasil
Autor(es): ?????
Apaixonada e atraída
Pela beleza das luzes da ribalta
Compôs admirável partitura
Para oferenda, à côrte na roça
Dirigiu um concerto de seis violões
Engalanando platéia nos nobrões salões
Nesta melodia vamos recordar
A maestrina da música popular
Oh abre alas (bis)
Eu sou da lira, não posso negar
Oh Chiquinha Gonzaga
Chiquinha
Oh Chiquinha Gonzaga
Chiquinha
Oh Chiquinha Gonzaga
Chiquinha
Alma cantante do Brasil
1973
Enredo: Assim
Dança o Brasil
Autor(es): Sebastião
Sérgio Ignácio e Ala de Compositores
É Tupi de Brás de Pina
No desfile principal
Vejam no homem de cor
O samba tradicional
Quanta beleza, quanta
magia
No ritmo que contagia
Dos indígenas a dança
Feita de lança na mão (bis)
Dedicando a Tupã
Uma suprema louvação
Vejam que tudo aquilo de
outrora
Já transformou-se agora
Em riqueza da nossa
nação
E na Bahia tem capoeira
Que chega levantar poeira
A moçada jogando no
chão
Que dança maravilhosa
Chamada Maracatu (bis)
Que vem lá de Pernambuco
Caruaru
Hoje cantamos o samba
Do tema das danças
Que o povo criou
Tem frevos e boi-bumbá
Que tem no Ceará
Nesta onda que eu vou no
carnaval
1974
Enredo: Essa Nega
Fulô
Autor(es): Ariel e Pedro
Paulo
No
século passado
Num bangüê do meu avô
Surgiu uma escrava
Que se chamava Fulô
Pelas suas qualidades
Foi escolhida pra mucama de sinhá
E deslumbrada
Pelos objetos da senhora (bis)
Ela tirava sutilmente
Peças e mais peças sem parar
Finalmente
descoberta
Foi submetida aos açoites do feitor
Corpo belo, desnudado
Mesmo no tronco amarrado
Despertou a cobiça do senhor
Mas a Nega Fulô
Esqueceu o castigo
E voltou a errar
E o senhor
Sem qualquer hesitação (bis)
Pretendendo castigá-la
Acaba lhe entregando o coração
1975
Enredo: Brasil,
Glória e Integração
Autor(es): Caciça
Brasil, Brasil
Em teu imenso céu ressoam as glórias
Foram nascente de três raças
Bravos gigantes da nossa história
Brancos, colonizadores
Aventureiros, mercadores
Na mais doce união
Com negros e índios
Consagrou-se a miscigenação
Com o seringueiro
Tirando a borracha de lá
Da verde Amazônia
Para o país triunfar
Jangadeiros jogando a rede no mar
Enfrentando os mares
O Brasil não podia parar
E desbravando as nossas matas
Os batedores do sertão
Iam a procura de tesouro
Para extrair o ouro
E riquezas naturais
Oh, que beleza
O carro de boi cantador (bis)
Trabalhando nos canaviais
Numa foina de raro esplendor
Hoje
Quando o novo sol brilhar no horizonte
Num panorama fascinante
Surge a integração nacional
Vejam que o Brasil se enobrece
Tanto valor que merece (bis)
Ao trabalhador rural
1976
Enredo: Riquezas
Áureas de Nossa Bandeira
Autor(es): Caciça
Ordem e progresso
Neste lema genial
Alma vibrante (bis)
Do pavilhão nacional
O verde que envolve teu
vulto sagrado retrata
Nossos lindos campos,
lindas matas
Espelhando as grandezas
das serrarias floridas
Tanto fulgor, quanta
beleza
Reproduz a natureza
Nossos verdes vales,
praias coloridas
Que maravilha
No esplendor das terras
brasileiras
Do amarelo da nossa
bandeira
Revelando os tesouros de
um solo rico e fecundo
Divino véu
Manto estrelado com seus
raios cor de prata
E este céu que o azul
destaca
Perpetuando serenatas
És triunfal
És supras, encantas, é
colossal
A paz o branco exalta
Tua legenda é divinal (bis)
1977
Enredo: Um Sonho
Colorido
Autor(es): Geraldo da
Silva
Devaneios encantados
Um cenário de cartas e dados
Um salão de chão noturno
No episódio oportuno
Sobre a mesa do cassino
Depositária de finança
A roleta gira em desatino
Cada qual com uma esperança
Façam seu jogo senhores
Assim grita o banqueiro
E os apostadores
Põem no pano o dinheiro
Gira a roleta, roleta torna a girar
Quando parar (bis)
Pra quem a sorte sorrirá
Bebidas finas
Muita gente atraente
Mulheres grã-finas
Magia no ambiente
E os cantores
Amantes encantadores
Da boêmia madrugada
Cantando em forma apaixonada
Linda melodia
Como o despertar de um suave sonho (bis)
Quando acordei já era dia
Então fiquei tristonho
1978
Enredo: Manoa, um
Sonho Dourado
Autor(es): Carlinhos
Boemia, Caciça e Mário Timbó
Singrando os mares
Desafiando a procela
Brazões da Espanha em caravela
Vindas de além-mar
Em busca de tesouros fascinantes
Heróicos navegantes
Sonhavam conquistar
Navegaram até a foz do Amazonas
Rio misterioso e encantado
Ao longe cristalinas cachoeiras
Lagos, montes, mulheres guerreiras
Em suas margens linda floresta
Com a fauna amazônica em festa
Eldorado
De riquezas sem igual (bis)
Nas cidades reluzentes
E montanhas de cristal
Ouro, prata e marfim
Resplandeciam na lendária capital
Manõa, o sonho dourado
Mito de um reino imperial
Era o sol raiar (bis)
E Manôa começava a cintilar
1979
Enredo: Folia-Folia
Autor(es): ???
Folia, folia
Que dura só três dias
Me dê inspiração
Fascinação, encanto e poesia
Que a orgia desde unida foi lembrada
A descontração foi convidada a participar
Da folia que abre todas exceções
De agrado e desagrado (bis)
Em suas liberações
O sonho, desejo de mãos dadas
Satirizava o cotidiano
Cada um se vestiu como quis
E a cidade do Rio se viu fantasiada
E os tipos curiosos passando alegremente
E o bloco do sujo vai relembrando na frente
Fantasias de outrora em cada componente
Tufos de seda, tilintar de guiso
O urso-palhaço-burro é tentação
Morcego, boi Chacá e a provocação
Tão fascinante mundo de confete e serpentinas
E pierrots apaixonados e colombinas
O arlequim e o dominó
Compartilhavam de uma alegria só
Sururu convidou a valentia
Ela deu navalhada, sopapo, rasteira
E foi parar no xilindró
A influência e o entrudo pela cidade
No luxuoso desfile da sociedade
Hoje é carnaval, era o que eu queria
Ir com minha escola (bis)
Sambar na folia
1980
Enredo: Samba,
Sinfonia de uma Raça
Autor(es): Jorge Camburão, Ariel Mathias, Othacilio Rosa e
Mário Timbó
Negro herança que trouxeste
Para o meu Brasil
Vindo da África distante
Com os sagrados
Rum, rum rum pim, ilê
E uma dança sobrenatural
Pra Bahia do Quindim
Da Capoeira e da Lavagem do Bonfim
Jongo, Batuque, Cateretê.
Candomblé, Afoxé, Maculelê (bis)
Da Bahia para o Rio de Janeiro
Onde o Samba fez o seu Reinado
Originando o samba puro
Atualmente rimado
Salve a Praça Onze
Celeiro de Bambas
Vultos que Glorificaram
O nosso samba
Os velhos tempos de Ciata
Mil talentos de Sinhô
Donga canta Pelo Telefone
O artista, a obra imortalizou
Samba és sinfonia de uma raça
Canto, forte, puro, brasileiro
Hoje o Tupi vem te exaltar
Samba, apoteose idolatrada, romantismo
Despeja sobre a humanidade o teu lirismo
Sublime melodia popular
Gira, gira baiana quero ver (bis)
Samba, samba baiana pra valer
1981
Enredo: Negrinho do
Pastoreio
Autor(es): Ariel Matias,
Walter Gaguinho e Luiz Reza Forte
Através de nossa
história
Na imensidão dos pampas
Rodas formadas
De muito peões
Numa estância
Situada nos sertões
Um rico e poderoso estancieiro
Mal e perverso
Na era do cativeiro
O terreirão da casa-grande
Foi o palco de uma vilania monstrual
Sua causa a derrota de um baio
Em fuga da tropilha do curral
O Negrinho, filho de escravos
Mito do folclore brasileiro
Personagem principal
Desta história torturado
Na boca de um formigueiro
Chamou por sua madrinha
E nossa senhora veio
Socorrer seu afilhado
Negrinho do Pastoreio
Um toco de vela acesa
Pingos caindo no chão
Em cada pingo de vela
Surgia um novo clarão
Ôôôôôô o lamento do Negrinho (bis)
Nossa senhora escutou
1982
Enredo: Sobrenatural
de Almeida
Autor(es): ???
Somente no
"Sobrenatural"
Podemos encontrar explicação
Tupy de Brás de Pina é carnaval
E canta na avenida o mundo-cão
Onde imperou Nelson Rodrigues
Transformando os conceitos culturais
E a dramaturgia brasileira
Renasceu em suas peças teatrais
Palavrão é guerra
É fome, é dor (bis)
Amor só transa
Quem tem amor
"Vestido de Noiva" foi um marco
Do gigante que orgulhou toda nação
"Boca de Ouro", "Beijo no Asfalto"
"Sete Gatinhos", "A Dama do Lotação"
O lobo adorável foi autor
Jornalista, romancista e tradutor
E na beira do gramado
Vibrava como qualquer um de nós
O craque de estilo apurado
Era exaltado em sua voz
Foi tricolor de coração (bis)
Nelson nosso eterno campeão
1986
Enredo: Cobiças e
Lendas da Amazônia
Autor(es): Gelson Loureiro
Cobiças e lendas da Amazônia
Tupi de Brás de Pina vem mostrar
Selvagem, pura e rica
Misteriosa beleza
Mística, lendária e popular
O ar, a água e a terra explodem
Em criatividades naturais
Igarapés, igapós e animais coloridos
Borracha brotando dos seringais
O ferro, o carvão, prata e ouro
Pedras preciosas
Projeto dos carajás
Reluz boiúna
Contrastando neste breu (bis)
Oh, linda Iara
Deixe em paz o filho meu
E veio a mão da
conquista
Tentar vencer este mundo indomável
Moto-serra assassina
Corta a esperança de um sonho
Do seringueiro notável
Precisamos ocupar
Este solo brasileiro
Defender suas riquezas
Das ambições do estrangeiro
Fazer do pulmão do mundo
Um paraíso verdadeiro
Linda cunhã, oh linda
cunhã
Que transformaram o seu amor
Em uma flor (bis)
Transforme o nosso inferno verde
Numa fonte de esplendor
1988
Enredo: E Agora
José
Autor(es): ????
No calor da fantasia
Hoje eu vou me divertir (bis)
Vou contar uma piada
E vocês vão morrer de
rir
Era um país rico e
bonito
Tinha um povo bem nutrido
Mas não ouve nada em
nada
Aí apareceu o pai
cruzado
Deixou tudo congelado
Ficou todo poderoso
Quá quá quá eu vou
sorrir (bis)
Essa história do José
eu já ouvi
Solo fértil não tratado
Interesse do poder (do
poder)
Tudo que se planta dá
Se plantar vamos colher
Espero ver o meu povo
Tupi (Tupi)
Livre pra poder
sobreviver
É só mistério, é
controvérsia
É zumzumzum (bis)
Entra-e-sai autoridades
Mas é tudo 171
O povo já está é pê
da vida
Procurando uma saída
Para o dia melhorar
Mas, no entanto
No país da utopia
Só se fala em ferrovia
Assembléia e marajá
1989
Enredo: Rio Boa
Praça
Autor(es): Léo, Andrade,
Paulo César, Ronaldo Camargo e Marcio Paiva
Oh meu Rio de Janeiro, a
janeiro (oi)
Berço da cultura nacional
Com suas glórias, as histórias estão presentes
Neste povo sorridente
Em suas festas, alegrias e rituais
Este evento que congraça
O meu Rio Boa Praça
Traz saudades em tudo que passou
Do carioca hospitaleiro
Brincalhão, aventureiro (bis)
Desportista e gozador
Lá vem o rei, lá vem
A carruagem (bis)
Neste palco iluminado
Meu Tupi pede passagem
O gala e o bonde lã da
praça
Coretos, serpentinas, fantasias
Teatros, monumentos e artistas
Súcias, cabarés e boemias
Bahia, baianas, Ciata
Semente de samba no ar
Era o grito forte de uma raça
Que faz a arte se glorificar
Tem realejo, lambe-lambe,
madrigais
Pipoqueiros, tem palhaços (bis)
Bancos tradicionais
Beijinho doce extasia os casais
'
2017
Enredo: O Dom de Wilson das Neves
Autor(es): Claudinho do Pagode e Leandro Silveira “Lelê do Cavaco”
Num mosaico de lembranças
Desde criança o menino aprontou
Guiado pelas folhas de Ossain
Nas águas da Oxum se batizou
Ora iê iê Oh minha mãe
O dom da arte irradia
No ganha-pão a melodia
Do atabaque a bateria
Dobre o rum Ogã que malandro chegou
Na ginga do samba o gênio imortal (bis)
De azul e branco o talento musical
Ritmando o nosso carnaval
Cantor, compositor, baterista consagrado
Levado por Bituca aprendeu
Na flor na jazz band a saudade bateu
Carioca, rubro negro, imperiano
O bisavô encantado
Ganhou o mundo e hoje vem
Receber os nossos parabéns!
No axé do meu samba seu nome é sagrado
Na fé, no recado, no som do tambor (bis)
Tupy canta forte… Ô sorte!
Wilson das Neves chegou
2018
Enredo: Império da Tijuca – Na Corte do Samba, és o Primeiro
Autor(es): Alexandre Valle, Gabriel do Bar, Cadinho, Wagner Mariano, Maneco, Nelson Cel, Alex Alves e Danilo
Um morro que transborda poesia
Tanta história Momo vem contar
Educação pode rimar com a folia
Lendo e aprendendo a sambar
A tropa da formiga coroada
Na corte do samba, o império primeiro
Brasileiro combatente nunca perde a fé
Na força do amuleto, o atabaque a ecoar
Pede à Santa num cortejo surreal
Oh, Conceição, proteja o nosso carnaval!
Ê Nordeste… Unido, valente a sonhar
Oxente, o barro virou gente (bis)
Canta o sanfoneiro um lindo repente
Minha fome de lutar!
Ginga, mulata faceira
As armas de Jorge nos protegerão
Ginga na batucada, guerreira
Baila comigo pela imaginação
De alma lavada ouvi o profeta dizer
Que seu pavilhão é “felomenal”
Hoje a Intendente vai tremer!…
Vai tremer!…
Orayeyê ô!
Desce a ladeira, que o samba começou (bis)
Orayeyê ô!
Tupy de Braz de Pina, meu amor!