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PARAÍSO DO TUIUTI
HISTÓRICO A ocupação do morro do Corujá ou Tuiuti é tão antiga quanto a do bairro de São Cristóvão. Remonta aos tempos do Reinado e do Império. A primeira escola de samba do morro foi a Unidos do Tuiuti, que tinha as cores azul e rosa (e, depois, azul e branco), fundada em 1934. A escola, que teve um bom desempenho na década de 30 (conseguiu um honroso 3° lugar, abaixo apenas da Portela e da Mangueira), entrou em decadência na década de 40, surgindo então outras agremiações na comunidade, sendo a principal a Paraíso das Baianas, de cores amarelo e branco. Depois da II Guerra Mundial, a Unidos do Tuiuti desapareceu, e em seu lugar nasceu o bloco que tinha o nome de Bloco dos Brotinhos. O pessoal do morro, sem dinheiro para acompanhar um carnaval mais sofisticado, preferia sair no bloco, desprezando a Paraíso das baianas. Foi então que um grupo de sambistas se reuniu, entre eles Nelson Forró e Júlio Matos (nesse tempo morava no morro), e resolveu terminar com o bloco e também com a Paraíso da Baianas (A Unidos do Tuiuti não existia mais). E fundaram, em 5 de abril de 1954, a Paraíso do Tuiuti, que ganhou as cores amarelo e azul. O amarelo foi herdado da Paraíso das baianas e o azul, da Unidos do Tuiuti. A atuação da nova agremiação, de inicio, foi discreta, mas em 1968, com o enredo de Júlio Matos homenageando o bairro de São Cristóvão, tira o 1° lugar no Grupo 3 e vai para o Grupo 2. Logo no ano seguinte repete a atuação no Grupo 2, mas consegue apenas um terceiro lugar, com um ponto atrás da vice-campeã, a Unidos do Jacarezinho. De fato, até o início da década de 80 quase ninguém ouviu falar da escola: mas a partir daquele momento, a escola viveu um momento de grande euforia, graças ao empenho da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que deu um campeonato e um lugar no Grupo A para a escola. Em 1980, a carnavalesca, levada por Nelson Forró, faz seu primeiro trabalho para a Escola - "É a Sorte", e tira o titulo no Grupo 2-B. Júlio Matos colaborou muito com a escola, onde fez diversos carnavais. O Paraíso do Tuiuti é uma escola eminentemente comunitária. Seus componentes, moradores do morro do Tuiuti e adjacências, em São Cristóvão, têm na agremiação uma de suas poucas opções de lazer. Por isso, o papel desempenhado pela escola transcende em muito o mero desfile do Carnaval. Não tendo patrono, fenômeno típico das grandes escolas, que conferem fama e prestígio a quem delas se aproxima, o Paraíso do Tuiuti não pode contar senão com a pequena subvenção oficial para fazer frente aos altos gastos que o Carnaval, com as características que tomou nos nossos dias, exige. Esta é a razão por que sua atual diretoria, composta por um grupo de jovens moradores do morro do Tuiuti, com média de idade em torno de 35 anos, optou nos últimos anos por uma administração voltada para a comunidade, com grande participação dela até mesmo na escolha do enredo. A fórmula parece ter dado certo: nos últimos sete anos, a escola não cessou de crescer e fortalecer-se, até que, no Grupo A no Carnaval de 2000, sagrou-se vice-campeã, adquirindo o direito de desfilar em 2001 no Grupo Especial. Infelizmente a escola foi rebaixada, mas mesmo assim a sua comunidade tem motivos de sobra para se orgulhar. A escola, em 2005, amargou uma nova queda, do Grupo A para o B. Após três carnavais, a Tuiuti, com uma homenagem ao centenário de Cartola, obteve o vice-campeonato do Grupo B, retornando assim ao Segundo Grupo em 2009. Porém, em 2010, o último lugar no Grupo A rebaixou novamente a escola para o Terceiro Grupo. Na ocasião, a Tuiuti reeditou o enredo de 1990 "Eneida, o Pierrot está de Volta", porém com um samba-enredo diferente. Com um enredo sobre Caetano Veloso, o Paraíso do Tuiuti regressou mais uma vez ao Grupo A com o título do Grupo B de 2011. Em 2014, reeditou "Kizomba", originalmente apresentado pela Vila Isabel em 1988. Em 2016, com o enredo "A Farra do Boi", a escola conquistaria o título da Série A e o direito de retornar ao Grupo Especial depois de 16 anos. O desfile da Tuiuti de 2017 ficou marcado pelo acidente com um carro alegórico desgovernado que feriu mais de 20 pessoas, as espremendo contra a grade que cerca a pista. A escola finalizou a apuração em último lugar, mas a decisão da LIESA de não rebaixar nenhuma agremiação, tomada horas antes da leitura das notas na Praça da Apoteose, em virtude dos acidentes com as alegorias da Unidos da Tijuca e também da própria Tuiuti, manteve a Paraíso no Grupo Especial em 2018. O momento
mais glorioso da história da Paraíso do Tuiuti viria com
o tema sobre todos os tipos de escravidão, até a social.
O desfile de 2018 foi arrebatador em todos os sentidos. A
comissão de frente memorável, em que negros escravos se
transformam em pretos velhos, se tornou uma das melhores da
história. Elementos como a ala "Manifestoches", que satirizava
os protestos que culminaram no impeachment de Dilma Rousseff em 2016,
além da presença do Vampiro Neoliberal com faixa
presidencial numa alegoria, em clara alusão à Michel
Temer, ganharam repercussão internacional. A
apresentação histórica, saudada por crítica
e público, também não poupou a reforma trabalhista
proposta pelo governo Temer. Na apuração, uma
fantástica segunda colocação para um desfile
inesquecível. No Desfile das Campeãs, um diretor de
Carnaval da escola deixou claro que a Tuiuti é uma escola
apartidária, enquanto o Vampiro apareceu sem a faixa
presidencial, seguindo "ordens superiores". 1955 - 10ª no Grupo 1
2005 - 9ª no Grupo A
2006 - 2ª no Grupo B
2007 - 3ª no Grupo B
2008 - 2ª no Grupo B . 2009 - 7ª no Grupo A . 2010 - 12ª no Grupo A . 2011 - 1ª no Grupo B . 2012 - 9ª no Grupo A . 2013 - 13ª na Série A . 2014 - 8ª na Série A . 2015 - 5ª na Série A . 2016 - 1ª na Série A . 2017 - 12ª no Grupo Especial . 2018 - 2ª no Grupo Especial . 2019 - 8ª no Grupo Especial . 2020 - 11ª no Grupo Especial
1957 Enredo: Meus sonhos de criança (Glória da Literatura Nacional) Compositores: Ala dos Compositores
Glória a este grande escritor Que ardentemente batalhou Pela causa educacional Assim como eu, devem trazer na memória Este grande vulto que tem seu nome na história Teve loucura pela cultura É astro da literatura nacional Com sua sabedoria Divertindo instruía Que sempre foi seu ideal Por isso hoje cantamos em louvor A este literato de valor Ô ô ô, ô ô ô, ô ô ô José Bento Monteiro Lobato Foi um escritor genial Que será sempre lembrado Na literatura nacional Sua fama atravessou fronteiras Com seus famosos contos infantis E tem seu nome consagrado Na história literária do país
1969 Enredo: O mundo da poesia de Olavo Bilac Compositores: ???
Exaltamos, com grande galhardia O mundo, da poesia De Olavo Bilac Nascido em 1865, no Rio de Janeiro Sentimo-nos honrados ao relembrar Este grande poeta brasileiro Foi quintanista, de medicina Seus estudos de direito em São Paulo iniciou De volta ao Rio dedicou-se a letras Mas foi como poeta que se consagrou Foi em 1902 No lançamento de uma segunda edição Em lindas poesias, Olavo Bilac mostrou Com grande sucesso sua inspiração “Alma inquieta”, “As viagens” e “O Caçador de Esmeraldas” Em poesia o heroísmo, de Fernão Dias Paes Leme contou Suas obras até hoje são lembradas Pois este imenso Brasil, o consagrou. Descreveu Bilac o sertão pátria No virginal pudor das primitivas eras A chegada dos conquistadores portugueses E o heróico afã dos bandeirantes em poesias belas É imensa a história De Olavo Bilac, poeta imortal Por isto exaltamos com orgulho e glória Este grande vulto da história nacional
1970 Enredo: Alencar, o Patriarca da Literatura Brasileira Compositores: ????
José de Alencar
1971 Enredo: Rio, carnaval e batucada Compositores: Noca e Poliba
Vamos cantar nesta Passarela enganalada (bis) Rio, carnaval e batucada
Rio, a natureza beleza te ofertou E a mão do homem ornamentou E te fez empório de riquezas mil Motivo de orgulho do nosso Brasil Depois do Entrudo, Zé Pereira, carnaval Festa tradicional, euforia A alegria contagia os foliões Nas ruas e nos salões Batucada Batucada, lembra a velha praça onze Tia Ciata mulata faceira Batuqueiros famosos E exímios capoeiras E o samba batido na palma da mão Que o cantador chamava A moçada pra roda Com este refrão
Poeira Poeira oi poeira (bis) Segura o samba que vai Levantar poeira
1972 Enredo: Sempre Brasil Compositores: Sirley, Savi e Marçal
Brasil ô ô Brasil Terra da promissão País hospitaleiro Oh, feliz rincão O teu povo é forte Bravo e varonil Ontem, hoje, sempre Brasil No céu, no mar, na terra Tua armada impera Transamazônica Obra orgulho da nação Ordem e progresso Simbolizam o teu pavilhão O caboclo do nordeste Jangadeiro e valente Frevo e Maracatu, Maracatu Faz feliz aquela gente Bahia do berimbau Capoeira e Candomblé Bahia de São Salvador Senhor do Bonfim e da fé Oh, Rio Rio de belezas naturais Dos festivais e majestosos carnavais Ao sul, o gaúcho boiadeiro Salve, salve o brasileiro Brasil
1973 Enredo: Os imortais da música brasileira Compositores: Noca e Poliba
Musa, a divina deusa da música Iluminou a imaginação de compositores geniais Glorificação para os imortais Que cobriram de glória esse Brasil gigante Através de notas musicais Dom Pedro I, o nobre compositor Da nossa música, o grande incentivador E surgiram outros nomes Villa-Lobos, Carlos Gomes Exemplo de arte de compor (é maravilhoso) É maravilhoso recordar Do nosso cancioneiro popular De Catulo Cearense, o mago da composição (luar do sertão) “Não há ó gente ó não, luar como esse do sertão” Noel Rosa, lá da Vila, foi um gênio musical Ataulfo, o bom mineiro, outro mestre sem igual O mundo inteiro aplaudiu Ary Barroso, autor da Aquarela do Brasil E as Escolas de Samba Dão sambistas de primeira (quantas saudades) Quantas saudades de Paulo da Portela e Silas de Oliveira Que fascinação, ver cantar uma nação E Miguel Gustavo fez Num momento de inspiração “Pra frente Brasil, salve, salve a seleção” 1974 Avante,
exército brioso Governo e povo
unidos Bumba-meu-boi,
vaquejada As escolas de
samba dando um brilho especial Povo unido, só
você (oô, oô) (bis) 1975 Enredo: Vida e Obra de Cecília Meirelles Compositores: Noca da Portela e Poliba
Hoje
A viagem nunca mais
Canta, meu povo
1977 Enredo: Brasil Caboclo Compositores: Mauro Rosas, Otolino Lopes e Carlos Martins
Eu vi, eu vi
1982 Enredo: Alegria Compositores: ???
Carnaval
1983 Enredo: Vamos falar de amor Compositores: Beto Xangô e Dentinho
Bailando eu abraço o novo mundo Deslumbrante cenário de ilusão Deixei o meu colo materno Pra viver um sonho de emoção Vou amando o dia-a-dia No auge da minha sedução Espero num sorriso colorido Conquistar seu coração
Tô louco, tô louco (bis) Cheio de amor pra dar
No céu (ô) Brilhou uma linda estrela Iluminando o sublime amor E eu, amante da folia Pra lhe conquistar trago uma flor Estou perdidamente apaixonado E nesse beijo quero ser seu namorado Está no universo a maior força da razão Até os astros trazem amor no coração
O cupido chegou Na Sapucaí (bis) Cantando forte e abraçando a Tuiuti
1984 Enredo: 1984, um ano de otimismo Compositores: Vicente Arides
Vamos computar, ô No computador Para mostrar Existe liberdade Alegria, paz e amor Tem bangue-bangue nas televisões O Chacrinha e o Sílvio Santos Vamos rir com os Trapalhões E outros mais a censura proibiu Foi legal a abertura O custo de vida subiu
É natural Ainda há carnaval (bis) No meu Brasil
Clóvis bate-bate, bate bola Desfile de bloco de sujo Grandes escolas A esperança nunca terá fim Crianças brincam e passeiam nos jardins Vão às praias nas manhãs de sol Nos parques de diversões Circo e o futebol O Rio continua sorrindo Trabalhando e se divertindo
O mal que alguém previu Não aconteceu, foi boato (bis) Estamos em 1984 ' 1985 Enredo: Axé Raça Negra Compositores: Jorge “J” Cabeleira e G. Madeira
O negro na floresta africana Tinha toda liberdade, era rei, era senhor Não pensava em maldade Tinha até felicidadeQuando alguém lhe escravizou Jogados em navios negreiros Onde o cativeiro encontrou Brasil Brasil, terra que plantando dá Eu sou raiz e peço axé ao pai Oxalá Vamos pisar forte na avenida A nossa escola querida (bis) Mostrando a raça e a cultura popular Ecoou... Ecoou o grito de liberdade Os tambores no centro da mata soaram Negros cantavam, o sofrimento acabou Hoje o tempo trouxe igualdade Ironia da realidade o negro jamais sonhou Do esporte à ciência Mostra competência (bis) Pra quem sempre lhe enganou Bate como bate o coração Essa raça conseguiu sua alforria Entre cantos e batuques Agitavam o candomblé O sangue fervia pras suas raízes Hão de voltar com fé... axé Axé axé axé meu pai... ôôôô (bis) Axé axé axé meu pai... ôôôô
1986 Enredo: A neta da Chiquita Bacana Compositores: Jorge Cabeleira, Oliba, Geraldo Martins e Madeira
Vamos falar de mulher Entenda quem quiser Seja lá como for Que seja mãe amiga Amante à moda antiga Escrava do amor Neste dia de folia Vou brindar em seu louvor Desde Eva até Amélia Tudo era Ilusão A roda foi girando lentamente E a mulher independente Hoje é dona da razão
Quando essa roda gira Eu me ponho a recordar (bis) Nos seus braços me ninei No seu colo eu vou sonhar
Todo o meu ser se engalana Viajando além da imaginação Na Martinica, Chiquita Bacana Fazia o que mandava o coração Vestida numa casca de banana nanica Mudou o curso de uma geração A mulher se faz presente aqui E em qualquer lugar Vou erguer a minha taça A roda vai girar
Gira gira essa roda Deixar essa roda girar (bis) Girando essa roda a vida vai continuar
1988 Enredo: Filho de branco é menino, filho de negro é moleque. Moleque taí, moleque vem cá vem cá apanhar Compositores: Zé Lobo, Cocada, Bidubi do Tuiuti, Jorge Neguinho e Rodolfo da Bacia
Percorrendo pelos caminhos da vida Esta terra que germina Tudo que se planta dá A cor púrpura predomina Paz e amor não se separam A raça, a distância Por rios, montanhas e mar
Ô pega, ô larga Não dá mais para agüentar (bis) Abre o elo da corrente Pra gente se libertar
(Na ilusão...) Na ilusão vou no compasso Para conquistar Moleque taí Moleque vem cá
Ê, ê, ê, ê, ê, a Tuiuti lembra a infância (bis) Vamos brincar
Bumba-meu-boi Tem burrinha de criança E no circo o palhaço Com sorriso de esperança
Pula, pula, pula Pula eu quero ver (bis) Cachimbo não cai Saci-pererê
1989 Enredo: Folclore, tradição popular Compositores: Poliba, Jorge Cabeleira, Toninho 70 e Fernando M.
Vou cantar ô Extravasar minha alegria Hoje estou Estou por conta da folia Vem amor Na minha escola desfilar Meu Tuiuti também é glória Nessa história Folclore é Tradição Popular
É Tupã Proteja nossa imensa aldeia Que nos traga sorte (bis) O canto do uirapuru Jaci clareia
Os bravos navegadores fascinados Ao encontrar o Eldorado Atraídos pelo canto da sereia Trouxeram lá da África distante Em navios negreiros Outra cultura que é mistura Na alma e no sangue brasileiro Hoje tem Magia, lendas e crendices Mitos e rituais Literatos de cordel Cantadores repentistas E nas festas tradicionais
Tem samba de roda Caxambu (bis) Dança da capoeira Frevo e maracatu
1990 Enredo: Eneida, o pierrot está de volta Compositores: Aldir, Parim, Jorge Neguinho e Fernando J.
É carnaval, é alegria É manifestação popular A emoção que alegra a vida Folclore e fantasia O povo quer cantar Eneida O seu amor foi carnaval E na arte e na cultura Marco da literatura foi sem igual Deslumbrando as escolas de samba Raízes de gente bamba Que faz a passarela delirar
Vem burrinhas, vem Zé Pequeno Pirata da perna de pau (bis) Arlequins, bloco de sujo A euforia é geral
Desfilam luxuosas fantasias No baile do Municipal O corso pelas ruas da cidade Ranchos e sociedades tradicionais
Eu sou pierrot Tu és minha colombina (bis) No salão todo enfeitado De confete e serpentina
1991 Enredo: Asa Branca Compositores: Valéria, Fernanda e Carmen
Vem meu amor Cantar a dor com emoção (olha o Paraíso aí) O Paraíso está aberto O Tuiuti vem bem de perto O astro-rei brilhando em outra dimensão Rei do baião, deus da canção Filho de Exú, sonhava ser lampeão Buscando um caminho melhor Viu o cão amigo de Jacó Morrer na solidão Conhecendo a dor e a rebeldia Cantava o amor pelos cantos do sertão Lembro do velho chapéu de couro Sobre seus cabelos brancos Na festa de São João
Feira de Caruaru (ô bumba-meu-boi) No Nordeste é tradição (é tradição) Cangaceiro e boiadeiro (bis) Lavradores e sanfoneiros Lembram o Rei do Baião
O Nordeste hoje chora Asa Branca foi embora Mas um dia vai voltar Canta, canta Gonzaguinha Que o show não pode terminar Vem do céu uma chuva de prata Para atender às matas Num clima emocional São lágrimas de uma sanfona branca Que chora no espaço sideral
Tô que tô Eu vou partir no Pau de Arara (bis) Vem amor Que a festa hoje é do Gonzaga
1998 Enredo: Oui Oiu, a França esteve aqui Compositores: Sirley, Jurandir, Alceu, Binho e Moreno
Alegria Oui oui a França esteve aqui E mais forte que armas de fogo Sua cultura conquistou o nosso povo A missão francesa trouxe arte e ciência O Jornal do Comércio a influência O Rio imitou Paris A Bela Época foi um tempo feliz Tinha o brilho do teatro de revista Hoje na Sapucaí eu sou artista Marinheiros e mulheres O amor nos cabarés O can-can alegria dos cafés O que ficou entre nós Teatro, cinema, literatura A culinária dá água na boca Do pão francês o Rio é freguês Dos arraiais, avante anarriê Nossas quadrilhas encantando outra vez E também o perfume A moda e muito mais Tem chofer nessa folia A minha escola É toda charme e alegria
1999 Enredo: Uma delícia glacial no país do carnaval Compositores: Rafael, Humberto e Shabba do Pandeiro
Meu Tuiuti traz alegria pra Avenida Colorindo a Sapucaí É saboroso sim Uma delícia glacial Que agora encanta o país do carnaval Cruzando o mundo hoje ele é raiz Da China antiga chegou aqui Tudo começou no Oriente Vindo de um povo inteligente Essa mistura logo se originou Que ao viajante Marco Polo encantou Chega à Europa, quem diria Gelo com frutas e mel Que delícia Conquista a corte, libertários e a nobreza Encanta a França esta doce sobremesa Assim Dos cafés parisienses Ganha novo continente Às terras do Tio Sam Se torna arte e comércio industrial E se implanta o seu dia nacional Sorvete a quilo Eu vou provar mais que legal Uma banana split Meu picolé é demais É a Paraíso com gosto de quero mais
2000 Enredo: Um monarca na fuzarca Compositores: Meia Noite, Jurandir, Gil Azeitona, Mestre Arerê, Tunico do Pandeiro, Serginho da Ilha e César Som Livre
Brilhou, brilhou, brilhou Desde menino seu destino transformou E ainda adolescente Dom Pedro é coroado Imperador Mecenas das artes Explosão cultural Resgata a imagem do índio, que antes esquecido Como herói nacional
Para o mundo conhecer, navegou Nessas viagens, o intercâmbio propagou (bis) A boa imagem do Brasil no exterior
Com o desenvolvimento da ciência A economia floresceu Para o país trouxe a fotografia Expondo a arte Nosso povo a conheceu Piuí, piuí Alô, alô, meu bem No mar, no ar Faço o meu vai-e-vem No grande baile da Ilha Fiscal A minha escola faz seu carnaval
Um monarca na fuzarca Vem a Tuiuti Vai balançar o povo (bis) Ao desfilar de novo Na Sapucaí
2001 Enredo: Um mouro no Quilombo. Isto a história registra Compositores: César Som Livre, Kleber Rodrigues, David Lima e Cláudio Martins
Pra agradecer O dom da vida O mais sublime dom de Alah No mar, um bravo mouro se aventurou Ao risco de tenebrosas tormentas Piratas, batalhas sangrentas Mas naufragou E o destino lhe sorriu Nas mãos de um salvador O trouxe pro Brasil de Zumbi
Ê ô Zumbi Todo o Quilombo coragem É força pra resistir (bis) É fé que vem acudir É fibra que brota em ti, Palmares
Assim surgiu O desejo de escrever A própria história E quem quiser chegar Pra construir essa vitória Um povo mais feliz A Meca de um país Justiça e igualdade
Tu és meu sonho Tuiuti Tens um destino à cumprir É brilhar no carnaval (bis) No desfile principal Todo o povo a te aplaudir
2002 Enredo: Arlindo, arlequins e querubins: um carnaval no Paraíso Compositores: Waltinho Fontoura, Bahia, Luiz Pinheiro e Catimba do Tuiuti
Iluminado Entre arcanjos e querubins Trazendo a mensagem que encanta És Arlindo dos arlequins Um facho de esperança Nesse país sem fronteiras Onde sua obra é forte lembrança Na arte e na cultura brasileira
Uirapuru, maracatu, boi-bumbá E o reisado vem mostrar (bis) Que o povo constrói a sua lenda Sob as bençãos de Oxalá
A vida brota Nas mãos de mestre Vitalino Nos olhos da dama do Gantois Vejo a festa do divino E a lavagem do Bonfim Renova a alma do negro sonhador ô ô ô Que descobre um passado de esplendor Chica da Silva e Chico Rei Estórias que a história não contou A princesa do fidalgo português E o escravo que reinou
Na luz do novo amanhecer Sou o arlequim do carnaval (bis) A passarela é meu teatro, meu feitiço Nesse paraíso divinal
2003 Enredo: Tuiuti desfila o Brasil nas telas de Portinari Compositores: Fernando de Lima, Silvão, Doutor e Eli Penteado
Brasil, vai me deixa sonhar Sua arte mostrar, quanta magia Nas obras que a óleo pintei O universo encantei com fantasias A luta do trabalhador E o mundo infantil reproduzi Retratos da vida Que, em cores vivas eu descobri
Em telas, tintas e pincéis, eu viajei Realidades sociais descortinei (bis) A nossa pátria mãe gentil De inspiração meu sonho coloriu
Vem pra navegar em telas Sou Portinari, é carnaval Cem anos vou brindar Pintando a emoção Enredo do meu coração Vem pincel mágico iluminar os meus versos E destilar cores, fantasias Fraternidade e paz a minha arte deixou Neste cenário multicor
Meu Tuiuti chegou O meu país pintou (bis) Retrata feliz a paz que sonhei De um mundo que eu imaginei
2004 Enredo: Olha que coisa mais linda, o Poeta está no Paraíso! Compositores: Eric e Zezé
Venha mergulhar Num lindo mar de fantasias Meu canto está no ar Com um leve toque de magia Vejo no amanhecer Versos e canções de amor Uma doce aquarela De um paraíso multicor
Com a luz e a poesia De um boêmio sonhador (bis) Garota de Ipanema Que o Poetinha consagrou
Hoje o Tuiuti está em festa Em verso e prosa desse gênio brasileiro Criou a bossa nova, totalmente carioca Que despontou pro mundo inteiro Obras que até hoje contagiam Em sua arca tem Orfeu da Conceição E da sua banheira emergia Com versos que inebriam o coração
E ao desfilar Eu levo a vida como deve ser Alegre, triste ou cheia de prazer Venho celebrar o amor (bis) E hoje Minha escola canta em prece Nosso povo não te esquece (e diz) Vinicius de Moraes amo você
2005 Enredo: Cravo
de Ouro, eu também sou da Lira e não quero negar A semente de Tupã que floresceu E o cravo carioca Índios e negros foram
pioneiros 2006 2007 Enredo: Vamos falar de amor Compositores: Beto Xangô e Dentinho
Bailando eu abraço o novo mundo Deslumbrante cenário de ilusão Deixei o meu colo materno Pra viver um sonho de emoção Vou amando o dia-a-dia No auge da minha sedução Espero num sorriso colorido Conquistar seu coração
Tô louco, tô louco (bis) Cheio de amor pra dar
No céu (ô) Brilhou uma linda estrela Iluminando o sublime amor E eu, amante da folia Pra lhe conquistar trago uma flor Estou perdidamente apaixonado E nesse beijo quero ser seu namorado Está no universo a maior força da razão Até os astros trazem amor no coração
O cupido chegou Na Sapucaí (bis) Cantando forte e abraçando a Tuiuti 2008 Hoje
a Tuiuti vem retratar E
semeou amor Num
jardim de grandes amores Voa
num sonho Tuiuti
2009 Hoje ao me envolver
nessa magia 2010 Guerreira mulher
2011 Vem, vem no bailar da
melodia 2012 Oh, quanta
saudade 2013 O céu
está em
festa 2014 Enredo:
Kizomba, a festa da raça Valeu
Zumbi! Vem menininha pra dançar o caxambu (bis) Ôô,
ôô, Nega Mina Esta Kizomba é nossa Constituição (bis) Que
magia Vem
a Lua de Luanda Valeu! 2015 2016 2017 2018 2019 Enredo: O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião Compositores: Moacyr Luz, Cláudio Russo, Aníbal, Píer, Júlio Alves e Alessandro Falcão Todo 20 de Janeiro Nos altares e terreiros Pelos campos de batalha Uma vela pro Divino O imperador menino Um Sebastião não falha Nas marés, o desejado Infiéis pra todo lado Enfrentou a lua cheia No deserto, um grão de areia Dom Sebastião vagueia (bis) Sem futuro, nem passado Renasce sob nós, um caboclo encantado Na Praia dos Lençóis, é o Touro Coroado Vestiu bumba-meu-boi Até mudou o fado No couro do tambor foi batizado Poeira, ê! Poeira! Pedra Bonita pôs o santo no altar (bis) Sangrou a terra, onde a paz chorou a guerra Mas ele vai voltar! (Oh, meu Rio...) Rio, do peito flechado Dos apaixonados Rio batuqueiro Oxóssi, orixá das coisas belas Guardião dessa Aquarela Salve o Rio de Janeiro! Orfeus tocam liras na favela A cidade das mazelas Pede ao Santo proteção Grito o teu nome no cruzeiro Oh, Padroeiro! Toda a minha devoção! No Morro do Tuiuti (bis) No alto do Terreirão O cortejo vai subir (bis) Pra saudar Sebastião! |
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