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A Coletânea Sony

A Coletânea Sony

Gravada em novembro de 1993 e lançada no início de 1994, a Sony/Columbia reuniu as dez agremiações mais tradicionais do Rio de Janeiro, juntamente com alguns ícones da história do samba, na intenção de regravar os melhores sambas de enredo de cada escola. O trabalho, realizado pelo consagrado produtor Rildo Hora, é extraordinário. A coletânea é uma verdadeira pérola para sambistas e sambeiros. Para a nossa felicidade, ela foi relançada recentemente e é possível encontrar estes CD's em algumas lojas pelo Brasil. A seguir, conferiremos os discos, os sambas inclusos em cada um, os artistas que participaram, quais os sambas que faltaram e quais poderiam figurar na coletânea se ela fosse lançada nos dias de hoje, onze carnavais depois do lançamento original. As opiniões abaixo são de Marco Maciel e Cláudio Carvalho.

"Aproveitando a carona do texto escrito pelo meu colega e webmaster dessa HP, Mestre Maciel, vou tecer comentários acerca da Coletânea Sony/Columbia, que, para a felicidade dos amantes de samba-enredo, voltou às lojas. Ainda que seja difícil encontrar determinados CD’s, como Portela por exemplo, fico feliz com a novidade, uma vez que o mercado anda muito pobre em opções que agradem aos ouvidos dos sambistas, principalmente no que se refere a samba-enredo. Eu até tenho me esforçado para adquirir os títulos que ainda não tenho na versão original, mas confesso que a grana anda curta. Por enquanto só deu pra comprar um ou dois. Mas espero que a venda continue ao longo do ano, e que os donos de lojas não cometam a infâmia de esconder os CD’s para revende-los ao triplo do preço ao longo do ano. Depois reclamam da pirataria..." (Cláudio Carvalho)

As dez faixas foram gravadas por Neguinho da Beija-Flor, com as participações especiais de Bira na faixa 4 e Gílson Bacana na 8. Os dois faziam parte do carro de som.

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1 - Sonhar com Rei dá Leão (1976)

2 - Criação do Mundo na Tradição Nagô (1978)

3 - A Grande Constelação das Estrelas Negras (1983)

4 - Vovó e o Rei da Saturnália na Corte Egipciana (1977)

5 - Brasil Ano 2000 (1974)

6 - Peri e Ceci (1963)

7 - O Mundo é uma Bola (1986)

8 - Ratos e Urubus... Larguem Minha Fantasia (1989)

9 - Dia do Fico (1962)

10 - Eu Sou de Nilópolis (samba-exaltação)

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Percebe-se claramente que a Beija-Flor, até 1994, não possuía um repertório tão vasto de sambas-enredo clássicos. Se fosse lançada hoje, pelo menos metade deste repertório seria atualizado. Os sambas mais antigos - como Dia do Fico, Peri e Ceci e Brasil Ano 2000 - certamente seriam cortados, além, é claro, do samba-exaltação Eu Sou de Nilópolis, que entrou praticamente como um tapa-buraco (nessa circunstância, estranho que A Deusa da Passarela não tenha fechado o disco). Hoje sambas como Bidu Sayão (1995), O Mundo Místico dos Caruanas (1998), Araxá (1999) e A Saga de Agotime (2001) não poderiam faltar na coletânea. Para unir os sambas do tricampeonato, poderia ser feito um pot-pourri que unisse Saco Vazio não Pára em Pé (2003), Manoa Manaus (2004) e Sete Povos (2005) numa faixa só. E poderia sugerir que Vovó e o Rei da Saturnália formasse um pot-pourri com Ratos e Urubus, totalizando assim dez faixas. Na ocasião em que o disco fora lançado, sem dúvida a ausência inexplicável é a do belo samba de 1980 O Sol da Meia-Noite, por sinal campeão daquele carnaval juntamente com Portela e Imperatriz. Hoje, iria sugerir a união deste samba com A Grande Constelação das Estrelas Negras, pois o samba de 80, na minha opinião, não poderia faltar nesta coletânea. Outro samba que deveria ter entrado há onze anos atrás era o de 1988, Sou Negro do Egito à Liberdade. O disco da Beija-Flor é bastante animado, até porque o alto astral de Neguinho da Beija-Flor proporciona isso e, naquela época, a escola era consagrada com alguns sambas marcheados, ao contrário dos atuais. A melhor faixa para mim é, de forma disparada, Peri e Ceci (embora eu a excluísse se a coletânea fosse lançada depois do carnaval de 2005). Com a excelente safra da escola de Nilópolis nos últimos dez anos, as preciosidades mais antigas realmente seriam esquecidas. E não teria muita graça sambas recentes serem regravados. Dessa forma, como os mais jovens poderiam ter acesso a raridades como os sambas de 62, de 63 e de 74? (Mestre Maciel)
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Concordo com o Mestre quando ele diz que esse LP/CD é um dos mais pobres da coleção, e que se fosse lançado atualmente, seria bem melhor. Mesmo assim, acho que não se justifica a baixa qualidade dos sambas escolhidos, sobretudo aqueles que fazem referência ao famigerado regime militar, expurgados da história da escola depois da chegada de Joãosinho Trinta. As três faixas iniciais são imprescindíveis em qualquer coletânea da Beija-Flor, assim como Peri e Ceci, O mundo é uma bola e Ratos e urubus. São, portanto, seis sambas, aos quais eu acrescentaria "O sol da meia noite", "Araxá, lugar alto onde primeiro se avista o sol" (99) e "Agotime" (01) e por último, o pout-pourri com os sambas do tricampeonato. Seria um baita CD, mas como disse o Mestre, muito "atual" para o gosto de saudosistas como nós. (Cláudio Carvalho)
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As dez faixas foram gravadas por Dominguinhos da Estácio, intérprete da escola na época. Wantuir, que na época era apoio de Dominguinhos, canta nas faixas 2 e 8.
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1 - O Tititi do Sapoti (1987)

2 - Paulicéia Desvairada - 70 Anos de Modernismo (1992)

3 - Terra de Caruaru (1970)

4 - Arte Negra na Legendária Bahia (1976)

5 - Chora Chorões (1985)

6 - Festa do Círio de Nazaré (1975)

7 - Rio Grande do Sul na Festa do Preto Forro (1972)

8 - Quem é Você - Vem de Lá (1984)

9 - Alô Alô Brasil - 40 Anos de Rádio Nacional (1977)

10 - Gabriela Cravo e Canela (1969)

 

Um dos melhores discos da coletânea. Dominguinhos, na sua especialidade, mistura, com grande maestria, animação com lirismo. Os arranjos também são maravilhosos, com destaque para a viola e o agogô. Os sambas foram muito bem escolhidos, mas me surpreendeu bastante a inclusão do animadíssimo 40 Anos de Rádio Nacional (talvez numa exigência de Dominguinhos, compositor do samba), que, na coletânea, é cantado de uma maneira mais cadenciada. Uma Odisséia dos Karajás (1979) é melhor, mas ele não tem muito a cara de Dominguinhos e também deve ter pesado o fato dele não ter composto este samba de 79 (ele estreava na Imperatriz na ocasião). Como a Estácio não apresentou muita coisa boa nos últimos dez anos (à exceção de Envergo mas não Quebro, de 2000), esta seleção de sambas não sofreria mudanças hoje. A Dança da Lua (1993), que é o samba-enredo mais aclamado da escola pelos bambas, estranhamente não figurou na seleção. Suponho que os problemas neste desfile - Dominguinhos reclamou o tempo todo do retorno e os componentes não conseguiram cantá-lo - tenham vetado a inclusão do samba de 1993 na coletânea (também influiu o fato dele ser muito recente na ocasião, embora, em seus repertórios, a Vila tenha incluído Gbala e o Salgueiro o Ita - os dois de 1993). Repito que a seleção de sambas da Estácio está muito boa, mas, na minha opinião, não acarretaria nenhum mal para os sambeiros se Brasil Brega e Kitsch (1991) também fosse incluso no disco. A melhor faixa para mim - e uma das melhores de toda a coletânea - é Terra de Caruaru, regravado de forma esplêndida. Destaco também a boa participação de Wantuir, até então uma mera segunda voz na Estácio, hoje consagrado na Unidos da Tijuca - e com um Estandarte de Ouro conquistado como melhor intérprete de 2005. (Mestre Maciel)

 

Disparado o melhor CD da coletânea, seja pelo repertório, pelos arranjos ou pela brilhante performance que Dominguinhos do Estácio dá a cada faixa. Sem medo de exagerar, acho que essa obra é perfeita, não é nem tirar nem botar. Impossível descrever aqui a emoção que senti ao escutar a faixa "Arte negra na legendária Bahia", extraída desse CD, numa festa junina na quadra da escola. A reedição havia acabado de ser confirmada, e os componentes cantavam a toda, mesmo com a escola no Grupo B e nos tempos de vacas magras (Era pré-Maracanã). Pra mim, a Estácio começou a ser campeã ali. Voltando ao CD, torno a dizer que não tiraria nenhuma faixa (talvez apenas ‘’Gabriela Cravo e Canela’’), mas acho que "Das trevas ao sol, uma odisséia dos carajás" e "A dança da lua" não poderiam ficar de fora. O que fazer? Que tal um pout-pourri com Pavilhão do amor (samba de quadra)/Arte Negra/A festa do Círio de Nazaré’’, como fazia Serginho do Porto nos esquentas da escola? O que é bom podia ficar ainda melhor. Outro que eu acho que cai bem é "De um novo mundo eu sou e uma nova cidade será" (96), mas aí já é pedir demais... (Cláudio Carvalho)

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1 - O Teu Cabelo Não Nega - Só dá Lalá (1981) - Rixxa

2 - Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós (1989) - Preto Jóia

3 - O que é que a Bahia tem? (1980) - Alexandre D'Mendes

4 - Martin Cererê (1972) - Grupo Fundo de Quintal

5 - Barra de Ouro, Barra do Rio, Barra de Saia (1971) - Niltinho Tristeza

6 - Vamos Brincar de ser Criança (1978) - Zé Catimba e Inácio

7 - As Três Capitais (1963) - Preto Jóia

8 - Oropa, França e Bahia (1970) - Alexandre D'Mendes

9 - A Favorita do Imperador (1964) - Rixxa

10 - Brasil, Flor Amorosa de Três Raças (1969) - Tuninho

 

A Imperatriz apresenta um disco envolvente, procurando dar uma ênfase em sambas da década de 60 e 70. São no mínimo curiosas as presenças de A Favorita do Imperador e As Três Capitais (embora este último também tenha sido regravado por Martinho da Vila), sambas com os quais a Imperatriz desfilou no Segundo Grupo. O mesmo vale para Vamos Brincar de ser Criança, de 1978 (última vez em que desfilou no Acesso). Nesta faixa, o célebre compositor Zé Catimba canta acompanhado pelo filho, Inácio Rios, que ofusca um pouco o brilho da faixa com sua sem-graça voz infantil. O mesmo Inácio, uma década depois, tornaria-se compositor, tendo seu nome incluso entre os autores do samba da Mocidade de 2005. Mas só para citar: Brasil, Flor Amorosa de Três Raças, o melhor samba da história da escola, vale por todo o disco. Sua regravação é de arrancar lágrimas, tamanha a sua beleza. Merecem destaque também as belíssimas regravações de Martin Cererê (com um show da bateria no fim da faixa) e Barra de Ouro (a inclusão do samba de 1971 também considerei uma grande surpresa). Por outro lado, achei que faltou brilho na interpretação de Alexandre D'Mendes para o extraordinário Oropa, França e Bahia. O cigano Rixxa esteve apenas um ano em frente à Imperatriz, como apoio de Preto Jóia em 1993. Por isso marca presença no disco da escola. Voltando à 1994, época do lançamento da coletânea, eu colocaria Oxumaré, a Lenda do Arco-Íris (1979), Onde Canta o Sabiá (1982) e O que que a Banana tem? (1991), em substituição aos sambas de 63, de 64 e de 78. O excelente samba do Sassarico (1993) não entrou por ser muito recente na época. E não entraria também se a coletânea fosse relançada hoje, já que mereceriam marcar presença Catarina de Médicis (1994), Jegue (1995) e Leopoldina, a Imperatriz do Brasil (1996). Colocaria também o excluído samba de 1982 e substituiria os já citados de 63, de 64, de 78 e também o de 71. Os três sambas do tricampeonato (1999, 2000 e 2001), por serem muito criticados, não figurariam na seleção e os dois excelentes sambas de 2004 e 2005 também não entrariam por serem muito recentes. (Mestre Maciel)

 

Infelizmente sou obrigado a dizer que os responsáveis pela escolha desse repertorio (um time de respeito, formado porAdelzon Alves, Albino Pinheiro, Fernando Pamplona, Haroldo Costa, Maria Augusta, Roberto M.Moura, Rildo Hora e Sérgio Cabral, dentre outros) foram infelizes na idealização deste CD. Obras como "Réquiem por um sambista" (homenagem a Silas de Oliveira, da madrinha Império Serrano), "A morte da porta estandarte" e "Onde canta o sabiá" foram deixadas de lado, ao passo que outras de gosto duvidoso, como "Barra de ouro, barra do rico, barra de saia", "Vamos brincar de ser criança" e "A favorita do Imperador" foram incluídas. Mais recentemente, eu poderia citar o também injustiçado ‘’Catarina de Médicis’’ de 1994, mas fico com os acima citados, que poderiam dar mais qualidade a esse belo CD. Destaque para o time de solistas, formado por ex-interpretes e compositores da escola. (Cláudio Carvalho)

 

1 - Heróis da Liberdade (1969) - João Bosco

2 - Bumbum Paticumbum Prugurundum (1982) - Roberto Ribeiro

3 - Alô, alô, taí Carmem Miranda (1972) - Jorginho do Império

4 - Mãe Baiana Mãe (1983) - Rixxa

5 - Exaltação a Tiradentes (1949) - Roberto Ribeiro

6 - Aquarela Brasileira (1964) - Roberto Ribeiro

7 - Os Cinco Bailes da História do Rio (1965) - Dona Yvone Lara

8 - Glórias e Graças da Bahia (1966) - Rixxa

9 - Rio dos Vice-Reis (1962) - Jorginho do Império

10 - Eu Quero (1986) - Roberto Ribeiro

Um dos melhores discos. Só a presença do saudosíssimo Roberto Ribeiro vale por todo o álbum. A seleção foi bem feita, mas vale ressaltar as ausências de dois clássicos: A Lenda das Sereias (1976) e, principalmente, Brasil, Berço dos Imigrantes (1977). Poderiam colocar esses dois sambas em substituição aos de 1962 (embora seja muito bonito) e de 1972. O samba Alô, alô, taí Carmem Miranda é péssimo, mas fora incluído devido ao enredo ter lhe dado um título, algo raro para a Império Serrano nos últimos 50 anos. E depois, a regravação de Jorginho do Império para o samba de 72 é linda, aumentando-lhe a força por parte dos imperianos. Interessante a presença de João Bosco, ilustre torcedor da escola, dando um emocionante toque de MPB no clássico Heróis da Liberdade. As demais regravações do disco do Império Serrano são sensacionais, tanto que é difícil de escolher a melhor faixa do álbum. Já citei o caso da salvação de Taí Carmem Miranda por parte de Jorginho. Há também as emocionantes leituras de Roberto Ribeiro para Aquarela Brasileira (com direito a depoimento de Mestre Fuleiro no fim da faixa), Dona Yvone Lara para seu Cinco Bailes e Rixxa (que gravou o samba de 1993 da Império Serrano no disco oficial, mas não o cantou na avenida) para o praticamente desconhecido, mas extraordinário, Glórias e Graças da Bahia. Jorginho também aparece com brilho imenso em Rio dos Vice-Reis, fazendo uma emocionante homenagem ao seu pai Mano Décio da Viola no começo da faixa. Mas é praticamente impossível superar o imortal Roberto Ribeiro e sua majestosa interpretação para o clássico dos clássicos Exaltação a Tiradentes. Quem ouve tem dificuldades para conter as lágrimas. Se a coletânea do Império fosse lançada hoje, seria obrigatória a inclusão de Verás que um Filho teu não Foge à Luta (1996). Colocaria também o samba de 1977 e excluiria os de 1962 e de 1972 (este com mais resistência, por motivos já citados). (Mestre Maciel)

Outro CD cujo repertório dispensa comentários, mas que também dá margem a injustiças, uma vez que dez sambas são poucos para resumir a história do Império Serrano, escola do "Viga Mestre" Silas de Oliveira, maior compositor de samba-enredo de todos os tempos. No lugar de "Alô! Alô! Taí Carmem Miranda" e "Rio dos vice-reis", eu colocaria "São Paulo, chapadão de glórias" e "Pernambuco, leão do Norte", para coroar a fase áurea de Silas de Oliveira. No meu CD (quanta pretensão), "Eu quero" também daria lugar a "A lenda das sereias". "’Tiradentes" fica mais pelo contexto histórico do que pelo conjunto da obra. E outro samba que pode ser citado, uma vez que tem a ver com a própria fundação do Império Serrano, é "Conferência de São Francisco", que não foi cantado no desfile da Prazer da Serrinha, o que gerou revolta entre os componentes da extinta agremiação, que resolveram fundar o reizinho de Madureira. Muito bom gosto na escolha dos solistas, a exceção de Richah, é o que se pode dizer. (Cláudio Carvalho)

 

1 - O Mundo Encantado de Monteiro Lobato (1967) - Beth Carvalho

2 - Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira tem (1986) - Ivo Meirelles

3 - Recordações do Rio Antigo (1961)/O Reino das Palavras (1987) - Jurandir

4 - Imagens Poéticas de Jorge de Lima (1975)/No Reino da Mãe do Ouro (1976) - Dirceu da Mangueira

5 - O Grande Presidente (1956) - Leci Brandão

6 - Casa Grande e Senzala (1962) - Leci Brandão

7 - Cem Anos de Liberdade - Realidade ou Ilusão (1988) - Beth Carvalho

8 - Lendas do Abaeté (1973) - Dirceu da Mangueira

9 - Yes, Nós Temos Braguinha (1984) - Jurandir

10 - Cântico à Natureza (1955) - Ivo Meirelles

 

Uma pena que Jamelão não tenha participado do disco. Sua ausência se deve ou por má vontade do próprio ou por razões contratuais. Por isso, artistas ligados à Mangueira como Beth Carvalho, Leci Brandão e Ivo Meirelles marcam presença, além dos intérpretes Jurandir e Dirceu. Não entendo então o porquê de Alcione não ter participado... Sobre o disco, o considero o mais chato de toda a coletânea. Sinceramente, não gosto das interpretações do hoje falecido Dirceu e de Beth Carvalho, que, na minha opinião, fica devendo nos dois melhores sambas da escola: 1967 e 1988 (sei lá, não tenho muita simpatia por seu trabalho). Ivo Meirelles, por outro lado, surpreende positivamente em Cântico à Natureza com uma segura interpretação para este samba-enredo para lá de lírico. Leci Brandão também aparece muito bem, principalmente em O Grande Presidente. Já Jurandir não compromete. Mas, se Jamelão gravasse as faixas, o disco da Mangueira teria mais impacto e emocionaria mais, embora com esses cinco cantores não deixe de causar semelhante efeito. Sobre o repertório, foi muito bem escolhido. Os sambas bons congestionaram, de maneira a dois pot-pourris terem sido formados (um deles meio esdrúxulo, pois os sambas de 61 e de 87 possuem estilos bem diferentes). Só acho que poderiam reservar espaço para Samba, Festa de um Povo (1968) e Verde que te Quero Rosa (1983). Não me importaria também se Mercadores e suas Tradições (1969), Carnaval dos Carnavais (1972), As Mil e uma Noites Cariocas (1982) e Deu a Louca no Barroco (1990) figurassem na seleção. Mas como eu citei, muitos sambas bons ficaram de fora devido à falta de espaço. Indo para os dias de hoje, o mesmo aconteceria com Atrás da Verde-e-Rosa... (1994 - mais pelo sucesso feito do que por sua beleza particular), O Século do Samba (1999), Dom Obá (2000) e Nordeste (2002): seria difícil também arrumar lugar para estes. Não é possível tirar nenhum dos dez sambas do disco mangueirense (a não ser o limitado Reino das Palavras, incluso devido ao título ganho com o desfile, que poderia ser trocado por Samba, Festa de um Povo - de enredo igualmente campeão no desfile - no pot-pourri com Rio Antigo). A verde-e-rosa possui muitas obras-primas. (Mestre Maciel)

 

Muito boa a escolha do repertório dos sambas da escola. Mesmo sendo a Mangueira uma agremiação quase centenária, conseguiram resumir de forma compacta sua obra, e para isso se valeram de inteligentes pout-pourris. Há de se dizer, porém, que a ausência de Jamelão é a nota triste do álbum, que fica sem a cara da verde e rosa. Por mais que possamos desfrutar do talento de Beth Carvalho e Leci Brandão, por exemplo, é inegável que o eterno "intérprete" faz muita falta. Outras ausências sentidas são os hinos "Samba, festa de um povo", "Verde que te quero rosa", e, hoje, os últimos ganhadores do Estandarte de Ouro: "Dom Obá" e "Brasil com Z é pra cabra da peste...". (Cláudio Carvalho)

 

1 - Chuê Chuá... as Águas Vão Rolar (1991) - Wander Pires

2 - Sonhar não Custa Nada! Ou Quase Nada... (1992) - Paulinho Mocidade

3 - Vira, Virou, a Mocidade Chegou (1990) - Wander Pires

4 - A Festa do Divino (1974) - Nego Martins

5 - Cartão de Identidade (samba-exaltação) - Nego Martins/Ziriguidum 2001 (1985) - Tiãozinho da Mocidade

6 - Rapsódia de Saudades (1971) - Tôco

7 - Como era Verde o meu Xingu (1983) - Paulinho Mocidade

8 - Menininha do Gantois (1976) - Vagner Ruço

9 - Apoteose ao Samba - Coronel Trigueiro (1958) - Tôco

10 - Descobrimento do Brasil (1979) - Vagner Ruço

 

A Mocidade sempre foi uma agremiação popular, status adquirido primeiramente com a sua primorosa bateria, comandada pela batuta do lendário Mestre André (o homenageado da capa do disco). Depois, seus belos sambas de enredo foram os encarregados de cativar o público da geração seguinte. O então jovem Wander Pires, que estrearia no principal microfone da Mocidade no carnaval seguinte (94), mostra seu talento em Chuê Chuá... e Vira Virou. Paulinho Mocidade, intérprete oficial até o carnaval de 1993, conduz dois sambas famosos de sua autoria: Sonhar não Custa Nada e Como era Verde o meu Xingu. Nego Martins, que na época era a segunda voz na escola, aparece bem (sem gritar) na interpretação do clássico A Festa do Divino e no samba-exaltação Cartão de Identidade, cantado na íntegra (aquele do "Mostrando a minha identidade/Eu posso provar a verdade/A essa gente/Como eu sou da Mocidade Independente"). Mas o grande destaque do disco é, sem dúvida, a esplêndida interpretação de Tôco para a sua obra-prima Rapsódia de Saudade, o melhor samba da história da escola e a melhor faixa do álbum. O célebre compositor (e pai do intérprete Roger Linhares) também canta um samba do longínquo ano de 1958, Apoteose ao Samba, também de sua autoria, cujo enredo deu à verde-e-branco de Padre Miguel seu primeiro título: o do Grupo 2, que proporcionou à Mocidade seu acesso ao desfile principal a partir de 1959, onde permanece até hoje, sem jamais ter sido rebaixada. A seleção dos sambas foi muito bem feita, embora Apoteose ao Samba e Descobrimento do Brasil tenham entrado pelo fato de seus enredos terem dado os dois primeiros títulos à Mocidade (seu primeiro campeonato no Grupo Especial foi em 1979). Na época do lançamento da coletânea (1994), se os sambas fossem selecionados conforme suas qualidades, deixando de lado os fatores simbólicos, eu preferiria que os dois últimos sambas da coletânea fossem substituídos por Meu Pé de Laranja Lima (1970) e O Velho Chico (1982). Outra sugestão: O Mundo Fantástico do Uirapuru (1975) poderia fazer um pot-pourri com Menininha do Gantois. Situando-se em 2005, Criador e Criatura (1996) teria presença assegurada. Padre Miguel, Olhai por Nós (1995), De Corpo e Alma na Avenida (1997) e Villa Lobos (1999) também mereceriam ser lembrados, mas disputariam a única vaga restante na coletânea (se tirássemos os sambas de 58 e de 79). (Mestre Maciel)

 

Outro CD cuja escolha do repertório é de se lamentar, uma vez que privilegiou obras recentes, como as que marcaram os títulos da escola na década de 90. Os três primeiros sambas, que pertencem à trilogia de Renato Lage, bem que poderiam ser compilados em uma única faixa, dando lugar para que "Meu pé de laranja lima" e "O mundo fantástico do Uirapuru" entrassem no disco. "Descobrimento do Brasil" deu o primeiro título a escola, mas "Brasiliana",do ano anterior, é melhor. Outro que não poderia faltar, a meu ver, é "O velho Chico", mas tirar "Apoteose ao samba" seria um heresia. Destaque também para o time de solistas, formado em sua maioria por ex-interpretes da escola, a exceção de Wander Pires, que voltou. (Cláudio Carvalho)

 

1 - Ilu Ayê (1972) - Dedé da Portela

2 - Hoje tem Marmelada (1980)/Das Maravilhas do Mar, fez-se o Esplendor de uma Noite (1981) - David Corrêa

3 - O Mundo Melhor de Pixinguinha (1974) - Silvinho

4 - Lendas e Mistérios da Amazônia (1970) - Silvinho

5 - Rio, Capital Eterna do Samba (1960) - Monarco e Velha Guarda da Portela

6 - Macunaíma (1975) - David Corrêa

7 - Contos de Areia (1984) - Dedé da Portela

8 - Lapa em Três Tempos (1971) - Dedé da Portela

9 - Adelaide, a Pomba da Paz (1987) - Mauro Diniz

10 - As Seis Datas Magnas (1953) - Monarco e Velha Guarda

 

Os encarregados de selecionar os melhores sambas da Portela devem ter sofrido inúmeras dores-de-cabeça: muitas obras-primas foram deixadas de lado por pura falta de espaço. Lamento profundamente a ausência de dois sambas extraordinários: Treze Naus (1969) e Incrível, Fantástico, Extraordinário (1979). Tiraria os pré-históricos Capital Eterna do Samba e Seis Datas Magnas, embora sejam dois clássicos e cantados por ninguém menos do que Monarco, acompanhado pela Velha Guarda. Na minha opinião particular, a Águia possui o melhor acervo de sambas-enredo da história. Por isso, bem que a Sony poderia abrir uma exceção e fazer dois discos dedicados à Portela... Se a coletânea fosse lançada hoje, apenas Gosto que me Enrosco (1995), dos sambas mais recentes, teria condições de figurar nesta concorrida seleção. No disco, Dedé da Portela concede uma bela animação para Ilu Ayê, Lapa em Três Tempos (para mim, a melhor faixa do disco) e Contos de Areia (de autoria própria). Monarco e Silvinho da Portela despontam com a mesma categoria de sempre, já Mauro Diniz não compromete em Adelaide. Apenas David Corrêa deixou a desejar, com interpretações pífias de seus clássicos Hoje tem Marmelada, Das Maravilhas do Mar e Macunaíma (onde foi infeliz ao cantar o famoso refrão principal "Vou me embora, vou me embora..." num tom mais agudo). (Mestre Maciel)

 

Ao contrário do anterior, esse CD privilegiou os sambas mais antigos. Trata-se de mais um caso onde injustiças são inevitáveis. A Portela tem tanta história que, se alguém for falar, hoje não vai terminar, como diria Monarco, que aliás brilha em "Rio Cidade Eterna". O repertório é de primeira linha, mas muitas obras primas ficaram de fora, como "Legados de D.João VI", "Rugendas", "Memórias de um sargento de milícias", "Passargada, o amigo do rei", "Incrível, fantástico, extraordinário", "Tributo a vaidade", "Gosto que me enrosco"(95) e "Os olhos da noite" (98), os quatro últimos ganhadores do Estandarte de Ouro. Como se vê, em se tratando de Portela, é impossível fazer um só. (Cláudio Carvalho)

 

1 - Chica da Silva (1963) - Zezé Motta

2 - Skindô Skindô (1984) - Vaguinho

3 - Me Masso se não Passo pela Rua do Ouvidor (1991)/Peguei um Ita no Norte (1993) - Touro

4 - Chico Rei (1964) - Zequinha do Salgueiro

5 - História da Liberdade no Brasil (1967) - Sombrinha

6 - História do Carnaval Carioca (1965) - As Gatas e Conjunto Nosso Samba

7 - Bahia de Todos os Deuses (1969) - Quinho

8 - Festa para um Rei Negro (1971) - Quinho

9 - Rei de França na Ilha da Assombração (1974) - Zé Di

10 - Quilombo dos Palmares (1960) - Rico Medeiros

 

Na minha opinião, é o melhor disco de toda a coletânea. O álbum salgueirense é marcado por arranjos extraordinários para sambas extraordinários. A Academia, assim como a Mangueira e a Portela, possui um acervo imenso de obras-primas que infelizmente tiveram de ficar de fora. Mesmo assim, só considero inadmissíveis as ausências de dois sambas maravilhosos: Dona Beija, a Feiticeira do Araxá (1968) e Do Yorubá à Luz, a Aurora dos Deuses (1978). Estranho também Templo Negro em Tempo Consciência Negra (1989) não ter entrado. Mas a pergunta-chave é a seguinte: qual samba da lista acima seria sacado para que estes ou outros entrassem? Os responsáveis pelo repertório se deram bem ao enfatizar, na escolha, sambas da década de 60. Nada menos do que seis das dez faixas do disco do Salgueiro revivem obras desta época. Estas preciosidades ganharam uma deliciosa cadência no álbum, acompanhadas de introduções arrojadas através de arranjos acima da perfeição. A regravação de Chico Rei por Zequinha é, na minha concepção, a melhor faixa de todos os dez discos da coletânea. Difícil de conter a emoção para quem tem o privilégio do acesso à sua audição. As duas faixas em seqüência, História da Liberdade (com atuação segura de Sombrinha, parceiro de Arlindo Cruz) e História do Carnaval Carioca (num extraordinário entrosamento entre os conjuntos vocais As Gatas e Nosso Samba), também são para ouvir de joelhos. A parte lírica ainda marca o encerramento do álbum com Quilombo dos Palmares, enredo do primeiro título (dividido com outras quatro escolas), numa belíssima interpretação de Rico Medeiros. Ainda há a parte animada, com Vaguinho concedendo a Skindô Skindô uma interpretação envolvente. Rua do Ouvidor e Ita formam um longo, mas gostoso, pot-pourri. Ainda temos Quinho, o único que, ao lado de Rixxa, participou da coletânea de duas escolas (também está no álbum da União da Ilha), dando um toque mais descontraído em Bahia de Todos os Deuses e emprestando sua conhecida irreverência para Festa para um Rei Negro. Zé Di também concede ao seu Rei de França uma interpretação animada. Apenas a atuação de Zezé Motta para Chica da Silva não me agrada. A homenagem até é justa, já que a atriz e cantora interpretou a personagem no filme homônimo de 1976, mas acho que este belo samba de enredo merecia uma gravação melhor. O disco do Salgueiro da coletânea Sony, repleto de obras-primas do carnaval, não pode faltar na coleção do bamba. (Mestre Maciel)

 

Devo confessar que não sou muito fã da safra do Salgueiro, seja dos chamados "sambas-lençois" da década de 60, das "marcha-enredos" dos anos 70 ou dos chamados "oba-oba" atuais. Não entendo, portanto, como deixam "Do Yorubá a luz, a aurora dos deuses", o melhor de todos, de fora da coletânea. Outras ausências sentidas são "Em busca do ouro" e "Templo negro em tempo de consciência negra", todos grandes sambas, que foram substituídos por outros de maior valor histórico, porém não tão bons a meu ver. Reconheço que o CD foi muito bem feito, mas não é nem de longe o meu preferido. (Cláudio Carvalho)

 

1 - De Bar em Bar, Didi um Poeta (1991) - Quinho

2 - O Amanhã (1978) - Quinho

3 - Festa Profana (1989) - Franco

4 - Aquarilha do Brasil (1988) - Robertinho Devagar

5 - Bom, Bonito e Barato (1980) - Aroldo Melodia

6 - Lendas e Festas das Yabás (1974) - Aroldo Melodia

7 - Nos Confins de Vila Monte (1975) - Quinho

8 - Domingo (1977) - Maurício Maia

9 - 1910 - Burro na Cabeça (1981) - Aroldo Melodia

10 - É Hoje (1982) - Sapo da Ilha

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É o disco mais animado de todos por motivos óbvios: os sambas da União da Ilha sempre são descontraídos, pra cima. É, para mim, o segundo melhor disco da coletânea, só perdendo para o do Salgueiro. O repertório está praticamente perfeito. Para excluir o "praticamente" da frase anterior, eu faria a seguinte troca: O Que Será? (1979) ao invés de 1910 - Burro na Cabeça (que, por sinal, também é muito bom). Os dois principais intérpretes do álbum, Aroldo Melodia e Quinho, concedem interpretações primorosas para seus sambas. Maurício Maia (na época, Maurício 100) não compromete no clássico Domingo (mas também não podemos considerar a sua atuação perfeita). Já Franco, Robertinho Devagar e Sapo da Ilha têm suas (fracas) vozes abafadas pelo arranjo e pelo coral. Com todo respeito a Robertinho, mas ele "assassina" Aquarilha do Brasil, samba de sua autoria. Algo estranho, já que ele mesmo gravara muito bem no álbum oficial de 1980 o (também seu) lindíssimo Bom, Bonito e Barato. Difícil de escolher a melhor faixa. Portanto, declaro um empate triplo entre as regravações de Lendas e Festas das Yabás (enredo responsável pelo único título da história da escola: o do Acesso de 1974), Nos Confins de Vila Monte e É Hoje. Só para constar: a bateria da União da Ilha tem a mais qualificada atuação de toda a coletânea. (Mestre Maciel)

 

Outra covardia para com os responsáveis pela seleção do repertório: definir quais são os dez melhores sambas da história da Ilha. Devo reconhecer que os responsáveis por fazê-lo foram bastante felizes. A única coisa que eu faria no lugar deles seria substituir "Burro na cabeça" por "O que será". A Ilha tem uma infinidade de belos sambas, e mesmo no Grupo A continua nos brindando com obras-primas (taí o samba desse ano, que não nos deixa mentir). Depois de 1993, ainda haveria espaço para "Abrakadabra", "A viagem da Pintada encantada" e "Fatumbi", todos eles sambas dignos de qualquer coletânea que envolva a tricolor insulana. (Cláudio Carvalho)

 

Todas as dez faixas são cantadas por Martinho da Vila. As participações especiais estão incluídas ao lado.

1 - Quatro Séculos de Modas e Costumes (1968)/Yayá do Cais Dourado (1969) - Jorge Tropical/Glórias Gaúchas (1970) - Marcos Moran

2 - Pra Tudo se Acabar na Quarta-Feira (1984) - Gera

3 - Sonho de um Sonho (1980)

4 - Raízes (1987) - Gera

5 - Kizomba, Festa da Raça (1988) - Luiz Carlos da Vila

6 - Se esta Terra, se esta Fosse Minha (1990)

7 - Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade (1972)

8 - Carnaval de Ilusões (1967)

9 - Invenção de Orfeu (1976)

10 - Gbala - Viagem ao Templo da Criação (1993)

 

O disco mais lírico da coletânea. Todos os sambas despontam numa lenta e deliciosa cadência, ou seja, o samba-enredo por si é ricamente valorizado no álbum da Vila Isabel, repleto de arranjos inspirados. Uma boa recomendação: se você está estressado e tem este disco, coloque em seu aparelho: a leveza e a suavidade dos sambas entoados pela contida e tranqüila voz do querido Zé Ferreira funcionará melhor do que Maracugina. Sobre a seleção, estranho a ausência de dois sambas: Ai, que Saudades que eu Tenho (1977) e Direito é Direito (1989). Ao mesmo tempo, surpreende-me as presenças de Se esta Terra Fosse Minha e Invenção de Orfeu. A coletânea foi lançada no fim de 1993, às vésperas do carnaval de 1994. Se o disco da Vila fosse planejado pelo menos um ano depois, penetraria na seleção por razões óbvias Muito Prazer! Isabel de Bragança ou Drumond Rosa da Silva, mas Pode me Chamar de Vila (1994), para muitos o melhor samba da história da escola de Noel. Hoje, colocaria as obras de 1989 e de 1994 e tiraria os sambas de 1976 e de 1990 (embora estes dois também sejam excelentes). Cito como melhor faixa a de abertura: um extraordinário pot-pourri de oito minutos reunindo as obras-primas Quatro Séculos, Yayá e Glórias Gaúchas (com participações de Jorge Tropical - que estrearia como intérprete oficial ao lado de Gera no carnaval de 94 - e Marcos Moran), num arranjo sensacional de cordas inspiradas. Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade também ganhou uma cadência magistral. Gera, intérprete oficial da Vila na época, faz participações especiais em Pra Tudo se Acabar na Quarta-Feira e Raízes. Mas bacana mesmo foi a inclusão do primeiro samba feito por Martinho para a Vila: o belíssimo Carnaval de Ilusões, de 1967, que marcou o início da mudança no formato do samba-enredo com a inclusão da cantiga "Ciranda, cirandinha" como refrão principal. O então jovem Chico Buarque, julgador de samba no desfile de 1967, não gostou e tascou uma nota baixa para o samba-enredo que Martinho fez com Gemeu. (Mestre Maciel)

 

A escolha de Sofia, para mim, seria elaborar o CD da Vila, uma vez que considero a escola de Noel aquela que tem a melhor safra dentre todas as que são citadas aqui. Acho que, pra não faltar nada, teriam de fazer uns três CD’s. Não sou capaz de tirar nenhum dos sambas abrangidos pela coletânea, mas acho que a ausência de hinos do porte de "Aruanã-Açu", "Os imortais", "Parece que foi ontem", "Direito é direito", e mais recentemente, "Muito prazer...", "Lagrimas, suor e conquista" e "João Pessoa", é digna de nota. Como se vê, é mais um daqueles casos em que não se pode agradar a todos, coisa que nem Jesus Cristo conseguiu. A participação de Martinho da Vila, narrando as dificuldades enfrentadas pela Vila em seus desfiles, é memorável. Talvez por enfrentar tantos percalços é que a escola seja, para muitos, a segunda no coração de todos. A não ser no de seus torcedores, é claro. (Cláudio Carvalho)

 

Outras escolas

 

Agora eu me pergunto: quais os sambas que estariam contidos nas escolas que não tiveram participação na coletânea Sony, como Arranco, Caprichosos, Em Cima da Hora, Grande Rio, Império da Tijuca, Jacarezinho, Santa Cruz, São Clemente, Tradição, Unidos da Ponte, Unidos da Tijuca, Unidos de Lucas, Unidos do Cabuçu, Viradouro, Lins Imperial, Arrastão de Cascadura, Engenho da Rainha e Tuiuti? Porto da Pedra e Rocinha, por serem agremiações recentes, não seriam inclusas. Aí vai a minha seleção de sambas para cada uma dessas escolas (os sambas estão em ordem cronológica). (Mestre Maciel)

 

CAPRICHOSOS

1 - Congada do Rei David (1975)

2 - Festa da Uva no Rio Grande do Sul (1978)

3 - É a Maior: Emilinha Borba (1980)

4 - Moça Bonita Não Paga (1982)

5 - A Visita da Nobreza do Rio a Chico Rei (1984)

6 - E Por Falar em Saudade... (1985)

7 - Brazil com Z (1986)

8 - Brasil Feito à Mão (1992)

9 - Negra Origem, Negro Pelé, Negra Bené (1998)

10 - No Universo da Beleza (1999)/Goiás (2001)

EM CIMA DA HORA

1 - Ouro Escravo (1969)

2 - O Saber Poético da Literatura de Cordel (1973)

3 - Festa dos Deuses Afro-Brasileiros (1974)

4 - Os Sertões (1976)

5 - Boi-Bumbá com Abóbora (1981)

6 - 33, Destino D. Pedro II (1984)

7 - Me Acostumo, mas Não me Amanso (1985)

8 - Yara Cigana (1996)

9 - Sérgio Cabral (1997)

10 - Oswaldo Cruz (2000)

GRANDE RIO

1 - Porque sou Carioca? (1990)

2 - Águas Claras para um Rei Negro (1992)

3 - No Mundo da Lua (1993)

4 - Os Santos que a África Não Viu (1994)

5 - Na Era dos Felipes (1996)

6 - Madeira-Mamoré (1997)

7 - Carnaval à Vista (2000)

8 - Gentileza X (2001)

9 - O Brasil que Vale (2003)/Alimentar o Corpo e a Alma faz bem (2005)

10 - Amazonas (2006)

IMPÉRIO DA TIJUCA
1 - Exaltação a Cândido Portinari (1968)
2 - Segredos e Encantos da Bahia (1970)
3 - O Misticismo da África ao Brasil (1971)
4 - O Mundo de Barro de Mestre Vitalino (1977)
5 - Cataratas do Iguaçu (1981)
6 - Iara, Ouro e Pinhão na Terra da Gralha Azul (1982)
7 - Santos e Pecadores (1983)
8 - Tijuca, Cantos, Recantos e Encantos (1986)
9 - A Coroa do Perdão na Terra de Oyó (1997)
10 - O Intrépido Santo Guerreiro (2007)
SANTA CRUZ

1 - Rouxinol da Canção (1974)

2 - O Mestre da Musicologia Nacional (1978)

3 - Braguinha, Carnaval de Sonho (1982)

4 - Uma Andorinha só não faz Verão (1983)

5 - Acima da Coroa do Rei, um só Deus (1984)

6 - Ibrahim, de Leve eu Chego Lá (1985)

7 - Heróis da Resistência (1990)

8 - O Boca do Inferno (1991)

9 - Deuses e Costumes nas Terras de Santa Cruz (1995)

10 - O Exagerado Cazuza nas Terras de Santa Cruz (1998)

 

SÃO CLEMENTE

1 - Não Corra, Não Mate, Não Morra (1984)

2 - Quem Casa, Quer Casa (1985)

3 - Pouca Saúde, Muita Saúva (1986)

4 - Capitães do Asfalto (1987)

5 - Quem Avisa, Amigo é (1988)

6 - E o Samba Sambou... (1990)

7 - O que é que não é, mas Será? (1995)

8 - Maiores são os Poderes do Povo (1998)

9 - A São Clemente Mostrou... (2001)

10 - Boi Voador Sobre o Recife (2004)

TRADIÇÃO

1 - Xingu, o Pássaro Guerreiro (1985)

2 - Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô (1986)

3 - Sonhos de Natal (1987)

4 - O Melhor da Raça, o Melhor do Carnaval (1988)

5 - Rio, Samba, Amor e Tradição (1989)

6 - A Coroação (1990)

7 - O Espetáculo Maior... as Flores (1992)

8 - Não me Leve à Mal, Hoje é Carnaval (1993)

9 - Passarinho, Passarola (1994)

10 - Os Balangandãs (1997)

UNIDOS DA PONTE

1 - Festa de Obulajé (1978)

2 - O Casamento da Dona Baratinha (1982)

3 - E Eles Verão a Deus (1983)

4 - Oferendas (1984)

5 - Dez, Nota Dez (1985)

6 - Tá na Hora do Samba que Fala Mais Alto (1986)

7 - G.R.E.S. Saudade (1987)

8 - Robauto, Uma Ova (1990)

9 - A Face do Disfarce (1993)

10 - Em Azul e Branco, meu Coração se Deixou Levar (2001)

UNIDOS DA TIJUCA

1 - Magia Africana (1975)/Deuses Afro (1976)

2 - Delmiro Gouveia (1980)

3 - Macobeba (1981)/Lima Barreto (1982)

4 - Brasil, Devagar com o Andor (1983)

5 - Salamaleikum (1984)

6 - Templo do Absurdo (1988)

7 - Guanabaram (1992)

8 - O Dono da Terra (1999)

9 - Terra dos Papagaios (2000)

10 - Agudás (2003)

 

 

 

UNIDOS DO CABUÇU

1 - Os Sete Povos das Missões (1977)

2 - O Gigante Negro da Abolição (1979)

3 - De Daomé a São Luís (1981)

4 - A Visita de Ony de Ofé a Obá de Oyó (1983)

5 - Beth Carvalho (1984)

6 - A Festa é Nossa (1985)

7 - Roberto Carlos (1987)/Milton Nascimento (1989)

8 - O Mundo Mágico dos Trapalhões (1988)

9 - Todas as Marias de Nossa Terra (1997)

10 - Cabuçu Canta e Encanta com o Canto das Sereias (2001)

VIRADOURO

1 - Amor em Tom Maior (1981)/Mutou Muido Kitoko (1982)

2 - Na Terra de Antonio Maris, só não viu quem não quis (1985)

3 - Bravo Bravíssimo (1991)

4 - E a Magia da Sorte Chegou (1992)

5 - Amor Sublime Amor (1993)

6 - Tereza de Benguela (1994)

7 - Trevas! Luz! (1997)

8 - Orfeu (1998)

9 - Anita Garibaldi (1999)/Brasil: Visões de Paraísos e Infernos (2000)

10 - Bibi Ferreira (2003)

ARRANCO

1 - Loguns, Príncipe de Efan (1977)

2 - Sonho Infantil (1978)

3 - Quem Conta um Conto Aumenta um Ponto (1979)

4 - Ou Isto ou Aquilo (1981)

5 - Chuê, Chuá (1985)

6 - Tradição de uma Raça (1987)

7 - Pra Ver a Banda Passar (1988)

8 - Quem Vai Querer? (1989)

9 - Barracão, Pregos, Panos e Paetês (1991)

10 - Gueledés, o Retrato da Alma (2006)

JACAREZINHO

1 - O Fabuloso Mundo do Circo (1970)

2 - Ameno Resedá (1973)

3 - Paulo da Portela (1981)

4 - Geraldo Pereira (1982)

5 - Candeia, Luz da Inspiração (1986)

6 - Jurupari, a Voz da Mata (1990)

7 - Sou Negro, sou Raça, sou Gente (1991)

8 - Maria Clara Machado (1992)

9 - Jacarezinho ao Vivo e a Cores (1994)

10 - Jacarezinho é Etnias na Sapucaí (1998)

UNIDOS DE LUCAS

1 - Festas Tradicionais do Rio de Janeiro (1967)

2 - Sublime Pergaminho (1968)

3 - Rapsódia Folclórica (1969)

4 - Mar Baiano em Noite de Gala (1976)

5 - O Rio de Janeiro em Tempo de Debret (1979)

6 - O Imperador de Parada de Lucas (1981)

7 - Lua Viajante (1982)

8 - Senta que o Leão é Manso (1983)

9 - Olha que Coisa mais Linda, mas Cheia de Graça (1987)

10 - Na Ginga do Samba, Lá vem Ataulfo (1988)



LINS IMPERIAL
1 - Dona Flor e Seus Dois Maridos (1975)
2
- Folia de Reis (1976)
3 - A Guerra do Reino Divino (1979)
4 - Guarda Velha, Velha Guarda (1980)
5 - Por um Lugar ao Sol (1986)
6 - Tenda dos Milagres (1987)
7 - Primavera é Tempo de Saudade (1988)
8 - Madame Satã (1990)
9 - Chico Mendes, o Arauto da Natureza (1991)
10 - Segura a Marimba, Aroldo Melodia vem aí (2003)
ARRASTÃO DE CASCADURA
1 - Um Talismã para Iaiá (1977)
2 - Talaque Talaque (1978)
3 - Da Lapinha ao Coreto (1979)
4 - Brasil, Verde e Amarelo (1982)
5 - O Conto Lendário de Marabá (1984)
6 - Depois do Mal-Feito, Chorar não é proveito (1985)
7 - Zezé, um Canto de Amor e Raça (1989)
8 - Assim Caminha a Humanidade (1994)
9 - Frevança (1995)
10 - As Icamiabas (1996)
ENGENHO DA RAINHA
1 - O Curioso Mercado Ver-o-Peso (1981)
2 - O Tuca Juê (1984)
3 - Não Existe Pecado do Lado de Baixo do Equador (1985)
4 - Ganga Zumba (1986)
5 - Dan, a Serpente Encantada do Arco-Íris (1990)
6 - Meu Padinho Padre Cícero (1991)
7 - Mãe Terra (1992)
8 - Entre Festas e Fitas (1994)
9 - Yolhesman Crisbeles (1995)
10 - Engenho da Rainha, 51 Anos: uma Boa Idéia (2001)
TUIUTI
1 - Vida e Obra de Cecília Meirelles (1975)
2 - Brasil Caboclo (1977)
3 - Vamos Falar de Amor (1983)
4 - A Neta da Chiquita Bacana (1986)
5 - Eneida, o Pierrot está em Festa (1990)
6 - Asa Branca (1991)
7 - Um Monarca na Fuzarca (2000)
8 - Um Mouro no Quilombo (2001)
9 - Portinari (2003)
10 - Olha que Coisa mais Linda (2004)
  CUBANGO
1 - Afoxé (1979)
2 - Mundo Mágico (1980)
3 - Fruto do Amor Proibido (1981)
4 - Porque Oxalá usa Ekodidé (1984)
5 - Ave Bahia Cheia de Graça (1988)
6 - Negro que te quero Negro (1992)
7 - Do Fogo às Águas Recriando a Terra (1993)
8 - Ao Mestre com Carinho (1994)
9 - África, o Exuberante Paraíso Negro (2002)
10 - Candomblé (2005)
 

Quando essa coletânea foi idealizada, o objetivo era reunir os dez melhores sambas das dez maiores escolas, e por isso, muitas agremiações de sambas antológicos ficaram de fora. Dentre as ausências mais sentidas, sem dúvida destaco a Unidos da Tijuca, escola de sambas maravilhosos. Copiando a idéia do Mestre Maciel, vou citar aquelas, na minha opinião, que também poderiam ser presenteadas com um CD. (Cláudio Carvalho)

GRES Acadêmicos do Cubango

1 - Afoxé (1979)

2 - Esse nosso mundo mágico (1980)/ Fruto do amor proibido (1981)

3 - Dançada (1989) - nunca gravado

4 - Porque Oxalá usa Ekodidé (1984)

5 - O encantamento de Soboadan (1987) - nunca gravado

6 - Ave Bahia cheia de graça (1988)

7 - Negro que te quero negro (1992)

8 - Da aldeia de São Lourenço a Niterói, a cidade sorriso (1995)

9 - África, o exuberante paraíso negro (2002)

10 - O fruto da África de todos os deuses no Brasil de fé - Candomblé (2005)

GRES Acadêmicos do Grande Rio

1 - Por que sou carioca (1990)

2 - Águas claras para um rei negro (1992)

3 - No mundo da lua (1993)

4 - Os santos que a África não viu (1994)

5 - Na era dos Filipes, o Brasil era Espanhol (1996)

6 - Madeira Mamoré (1997)

7 - Gentileza, o profeta que sai do fogo (2001)

8 - Carnaval a vista (2000)

9 - A outra força do Brasil (1972)

10 - O mito sagrado de Ifé (1989)

GRES Caprichosos de Pilares

1 - Congada do Rei David (1975)

2 - Festa da uva (1978)

3 - Moça bonita não paga (1982)

4 - Um cardápio a brasileira (1983)

5 - Chico Rei (1984)

6 - E por falar em saudade (1985)

7 - Brazil não seremos jamais (1986)

8 - Do tambor ao computador (1997)

9 - Negra origem, negro Pelé, negra Bené (1998)

10 - Zumbi, rei dos Palmares (2003)

GRES Em Cima da Hora

1 - Ouro escravo (1969)

2 - Bahia, berço do Brasil (1972)

3 - O saber poético da literatura de cordel (1973)

4 - Festa dos deuses afro-brasileiros (1974)

5 - Os sertões (1976)

6 - 33 (1984)

7 - Me acostumo mas não me amanso (1985)

8 - Yara, cigana, canta dança e toca (1996)

9 - Horas ...Eras de Gloria (1999)

10 - Oswaldo Cruz (2000)

GRESE Império da Tijuca

1 - Misticismo da África ao Brasil (1971)

2 - O samba do morro a sociedade (1972)

3 - O mundo de barro de Mestre Vitalino (1977)

4 - Iara ouro e pinhão (1982)

5 - Santos e pecadores (1983)

6 - 9215 (1984)

7 - Se a lua contasse (1985)

8 - Tijuca, cantos recantos e encantos (1986)

9 - No sassarico da Colombo (1995)

10 - A coroa do perdão na terra de Oyó (1997)

GRES São Clemente

1 - O diabo está solto no asfalto (1984)

2 - Quem casa quer casa (1985)

3 - Capitães do asfalto (1987)

4 - Quem avisa amigo é (1988)

5 - E o samba sambou (1990)

6 - O que é que não é mas será (1995)

7 - Maiores são os poderes do povo (1998)

8 - No ano 2000, a São Clemente é Tupi (2000)

9 - A São Clemente mostrou... (2001)

10 - Boi voador sobre Recife... (2004)

GRES Tradição

1 - Xingu (1985)

2 - Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô (1986)

3 - Sonhos de Natal (1987)

4 - O melhor da raça, o melhor do carnaval (1988)

5 - Rio, samba, amor e tradição (1989)

6 - A coroação (1990)

7 - O espetáculo maior, as flores (1992)

8 - Passarinho passarola (1994)

9 - Gira roda, roda gira (1995)

10 - Os balangandãs (1997)

GRES Unidos da Tijuca

1 - Magia africana no Brasil (1975)

2 - Mundo encantado dos deuses afro-brasileiros (1976)

3 - Delmiro Gouveia (1980)

4 - Macobeba (1981)

5 - Lima Barreto (1982)

6 - Brasil, devagar com o andor que o santo é de barro (1983)

7 -Salamaleikum (1984)

8 - Guanabaram (1992)

9 - O dono da terra (1999)

10 - Agudás (2003)

GRES Unidos da Ponte

1 - A festa de Olubajé (1978)

2 - O casamento da Dona Baratinha (1982)

3 - E eles verão a Deus (1983)

4 - Oferendas (1984)

5 - Dez nota Dez (1985)

6 - Ta na hora do samba (1986)

7 - Vida que te quero viva (1989)

8 - Robauto uma ova (1990)

9 - Marrom da cor do samba (1994)

10 - Em azul e branco meu coração se deixou levar (2001)

GRES Unidos do Cabuçu

1 - Os sete povos das missões (1977)

2 - O gigante negro da abolição (1979)

3 - De Daomé a São Luiz, a pureza mina Jeje (1981)

4 - A visita do Oni de Ifé ao Oba de Oyó (1983)

5 - Beth Carvalho, a enamorada do samba (1984)

6 - A festa é nossa e ninguém tasca (1985)

7 - E agora, Stanislaw, como fica? (1986)

8 - Roberto Carlos (1987)

9 - O mundo mágico dos trapalhões (1988)

10 - Milton Nascimento (1989)

GRES Unidos do Jacarezinho

1 - O fabuloso mundo do circo (1970)

2 - Ameno Resedá (1973)

3 - Paulo da Portela, majestade do samba (1981)

4 - Geraldo Pereira, eterna glória do samba (1982)

5 - Quente como o inferno, negro como a noite... (1983)

6 - Lupicínio Rodrigues, dor de cotovelo (1987)

7 - Parabéns pra vocês (1988)

8 - Sou negro, sou raça, sou gente (1991)

9 - Maria Clara Machado (1992)

10 - Etnias em festa na Sapucaí (1998)

Unidos do Viradouro

1 - Rio Quarto Centenário (1965)

2 - Quilombo dos Palmares (1970)

3 - São Francisco, rio da integração nacional (1971)

4 - Pleito da vassalagem de Olorum (1974)

5 - Amor em tom maior (1981)

6 - Motou Muido Kitoko (1982)

7 - O sonho de Ilê Ifé (1984)

8 - Trevas! Luz! A explosão do universo (1997)

9 - Orfeu (1998)

10 - A Viradouro canta e conta Bibi (2003)


COLETÂNEA DE ESCOLAS NÃO INCLUSAS NA COLETÂNEA SONY ORIGINAL (Não incluindo Grande Rio, Unidos da Tijuca e Viradouro)
* Eleita em LIVE SAMBARIO realizada em 2021

Seca no Nordeste (Tupy de Brás de Pina 1961)
Sublime Pergaminho (Unidos de Lucas 1968)
O Misticismo da África ao Brasil (Império da Tijuca 1971)
Os Sertões (Em Cima da Hora 1976)
Mar Baiano em Noite de Gala (Unidos de Lucas 1976)
Afoxé (Cubango 1979)
E Eles Verão a Deus (Unidos da Ponte 1983)
A Visita de Ony de Ifé a Obá de Oyó (Unidos do Cabuçu 1983)
33, Destino D. Pedro II (Em Cima da Hora 1984)
Acima da Coroa de um Rei, só um Deus (Santa Cruz 1984)
E por Falar em Saudade... (Caprichosos 1985)
Xingu, o Pássaro Guerreiro (Tradição 1985)
Ganga Zumba, Raiz da Liberdade (Engenho da Rainha 1986)
Capitães do Asfalto (São Clemente 1987)
Zezé, um Canto de Amor e Raça (Arrastão de Cascadura 1989)
E o Samba Sambou... (São Clemente 1990)
Pra não Dizer que não falei das Flores (Rocinha 1992)
Orun Ayê (Boi da Ilha 2001)
Gueledés, o Retrato da Alma (Arranco 2006)
Meu Deus, Meu Deus, está Extinta a Escravidão? (Paraíso do Tuiuti 2018)

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