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Uma vida de Lutas: Abdias Nascimento (Acadêmicos de Vigário Geral - 2012)
Sinopse Abdias Nascimento. Nascia no inicio do século XX um negro, que contrariando as particularidades de sua própria época, tornou-se escritor, dramaturgo, poeta e artista plástico. Abdias Nascimento, em seu sentimento de justiça, trazia o sonho da libertação da cultura africana, ver seus iguais livres das marcas das chibatas, outrora destino inevitável. O segundo filho de Dona Josina viveu o gigantismo de um sonho. Entoado pelos atabaques do Candomblé, encontrava nos orixás a forca que precisava para continuar uma missão. Obstinado, chegou ao parlamento, fundou partido. Pela luta racial foi indicado ao premio NOBEL, a mais importante premiação recebida por um homem, que sem desistir de um ideal, e é de Abdias Nascimento o merecimento da homenagem prestada por Vigário Geral. Filho de um sapateiro e uma ama de leite, consegue com esforço se formar em Economia. Iniciou sua vida acadêmica em São Paulo. Mas, foi o Rio de Janeiro, um dos celeiros da cultura africana, onde concluiu a faculdade. Agora, em 38, Abdias é bacharel, aos poucos se torna doutor. E ganha notoriedade que atravessou continentes. Fundou a cadeira de Cultura Africana do Novo Mundo no Centro de Estudos Porto-riquenhos, na Universidade do Estado de Nova York. Com tanto talento e perspicácia teve de ter a cor da pele ignorada. A tarefa não era fácil aos abastados da época, que na primeira metade do século, com a herança escravocrata tão recente em suas veias tiveram foi que engolir o negro na mesma cadeira. Esse nome teve grande importância sobre a questão do negro no Brasil. Em sua longa trajetória, passou desde o movimento integralista. Era escultor e também poeta. Com a Hermandad Orquídea viajou pela América do Sul. Ainda em Buenos Aires, estuda no Teatro Del Pueblo e de volta ao Brasil em 1941, é preso pelo crime de resistência, que teria cometido, antes mesmo de sua viagem e é trancafiado na extinta Penitenciária do Carandiru. Mas Nascimento não é desiste do sonho por estar atrás das grades e ao ganhar a liberdade realizou mais um feito, inaugurando o Teatro Experimental do Negro. Como um ativista do movimento negro, não agrada aos militares durante a ditadura e como muitos artistas foi mandado para um exílio. Este dura treze anos, mas como tem muita fé, regressa ao país depois da Lei da Anistia. Mas, o negrinho não era fácil e depois de tanto estudo, foi lutar onde devia. Chegou ao parlamento para conquistar a causa maior. Criou leis e deu direitos, aos que antes deveres tinha. Abdias Nascimento depois de ser deputado, foi então ser secretario. De volta ao Rio de Janeiro, ficou responsável pela pasta Extraordinária de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras. Não havia cargo mais adequado para cumprir uma saga e voou mais alto, desta vez no senado, onde atuou duas vezes, e já com nome e respeito não se limita e volta para o Rio de Janeiro. Ocupando-se dos Direitos Humanos, assunto polêmico ate hoje. Agarrado às suas raízes, mensageiro de Zumbi, tem no Candomblé sua fé. Sempre encontrou nos orixás motivação para lutar e também sempre os agradou, como manda a tradição. Mas, como tudo se funda, Abadias deixa a cena. Foi em 2001 seu último ato e muita gente se emocionou. Descendentes de uma grande luta, somos todos negros, somos todos brasileiros. E como tradição negra é também o carnaval, não podia ser outra a homenagem dos herdeiros de Vigário Geral. " Na sua firme e harmoniosa estrutura dramática, na sua poesia violenta, na sua dramaticidade ininterrupta, ela também constitui uma grande experiência estética e vital para o espectador. Não tenham dúvidas que a maioria da crítica não vai entendê-la". Nelson Rodrigues. Carnavalescos : Afonso Delano e Vinicius Vaitsmann Texto : Isabel Boechat. |
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