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De fato nilopolitana (União de Vaz Lobo - 2012) Nasce de fato no Natal de 1948,
fundado por um grupo de amigos, o bloco carnavalesco Beija-flor.
Batizado por Dona Eulália, a sorte daquele bloco estava escrito
como promissor. Era só o começo de uma jornada de glórias.
Em 1953 o bloco vitorioso do município de Nilópolis se tornou escola. O primeiro desfile oficial, pela segunda divisão, foi em 1954, quando obteve a primeira colocação com o enredo "O Caçador de Esmeraldas". Eis que surge então uma história de amor dentro da agremiação. Nelson Abraão David conhece Marlene, filha do presidente da agremiação na época. Após o falecimento do pai de Marlene, "Nelsinho" assume a presidência da escola e, com toda sua garra, levou muitos amigos e a família Abraão David para dentro da agremiação. O enredo "Educação Para o Desenvolvimento" fez a escola retornar ao grupo de elite do carnaval. O enredo deslanchou graças à força política do município, em 1973. Após ter um sonho, Anísio deu a Beija-flor o enredo "Sonhar com Rei da Leão", falando sobre o jogo de azar. O carnaval de 1976 foi esplendido. "Zebra, zebra, Beija-flor Campeã do Carnaval Carioca", noticiavam os jornais do Rio. E a pergunta não se calava: Beija-flor de onde? A resposta estava escancara na garganta da comunidade: Beija-flor de Nilópolis. A força dos orixás levou a escola ao tricampeonato com o enredo "A Criação do Mundo na Tradição Nagô". O desfile levou uma constelação das estrelas negras para a avenida: Piná, Neguinho e Laíla, somado a força da comunidade nilopolitana. Piná com sua leveza bailou e dançou com o príncipe Charles da Inglaterra e o fato virou notícia mundial. "Do Lixo ou Luxo" fez a escola brilhar novamente. Pelas mãos do criador Joãozinho 30, a Beija-flor mostrou um desfile único. A imagem do Cristo Redentor coberto por um negro tapume levou ao delírio o público que na Sapucaí estava. E mais uma vez foi a emoção que levou o público ao encanto. O Rei Roberto Carlos desfilou e até chorou com seus súditos. E assim é a Beija-flor. A raça e a paixão por uma escola de samba fez o pai de Marlene e Nelson criarem uma agremiação única. Uma escola de samba com raça, com fé e de fato nilopolitana. Autores do enredo: Ivam Carneiro, Raphael Heide e Renato Lyra |
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