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Darcy Ribeiro - O Homem Muito Além do seu Tempo (Império da Uva - 2020) Justificativa / Apresentação do Enredo
“Se nossos governantes não fizerem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construírem presídios.” Por que Darcy Ribeiro? Começamos com essa frase não é à toa, hoje acompanhado os acontecimentos, observamos que os indígenas, negros e pobres marginalizados; os índios tendo sua cultura, suas terras sendo constantemente objeto de desejos dos gananciosos fazendeiros e hoje com incentivo do próprio governo com sua bancada ruralistas, estão bem encaminhado para que em breve além da cultura também tenha tirado todas terras dos índios; Negros perdendo vario direitos adquiridos e aumentando cade vez a distância de uma vida digna, como sair do rotulo de marginalização e os pobres cada vez mais pobres sendo colocado em segundo plano. Não podemos fechar os olhos, para falta de um dignidade que nossa população se encontra hoje, sem serviços básicos de saúde e educação, Por isso levantamos a bandeira da educação e da igualdade social e moral e vimos em Darcy Ribeiro o homem que levantou essa bandeira, quem investe em educação não vai precisar investir em presidio. A comunidade do Carmary, orgulhosamente, apresenta o enredo: DARCY RIBEIRO “O HOMEM MUITO ALÉM DO SEU TEMPO” A educação é um gatilho para um futuro melhor. A Diretoria Explanação: DARCY RIBEIRO – Educador, sociólogo, etnólogo, poeta, romancista, antropólogo, político: o multitalentoso Darcy Ribeiro deixou um legado sem parâmetros no pensamento brasileiro. Nasceu em 26 de outubro de 1922 em Montes Claros, Minas Gerais. Depois de abandonar o curso de Medicina, matriculou em 1944 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Entre 1947 e 1957 trabalhou com o Marechal Rondon no Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Contratado por Anísio Teixeira, assumiu em 1957 a direção da Divisão de Estudos Sociais do Ministério de Educação e Cultura. Tornou-se um discípulo de Anísio Teixeira na defesa da escola pública e juntos influenciaram o processo de elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1961. Foi o primeiro reitor da Universidade de Brasília e Ministro da Educação e Cultura do governo João Goulart. Após o golpe de 1964, exilou-se no Uruguai, Venezuela, Peru, Chile, entre outros países. Com a anistia, em 1979, associou-se à Leonel Brizola, para reorganizar o velho Partido Trabalhista Brasileiro. Em 1982, como vice-governador do Rio de Janeiro e coordenador do Programa Especial de Educação, criou os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) e as Casas da Criança, que integravam o atendimento de saúde e educação a crianças de 0 a 6 anos. Como senador em 1990, foi relator do anteprojeto aprovado da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), que passou a ser conhecida como Lei Darcy Ribeiro. No segundo mandato de Leonel Brizola no Rio de Janeiro, coordenou o 2° Programa Especial de Educação chegando a marca de 500 Cieps, escolas públicas de tempo integral. Autor de diversos livros, faleceu em 17 de fevereiro de 1997. Setor 01 – Filho de farmacêutico e professora, o jovem Darcy Ribeiro, provavelmente por influência dos pais, estudou medicina durante três anos – até ter a convicção de que o interesse dele não era a fisiologia do corpo humano. A verdadeira motivação desse mineiro, que nasceu e cresceu testemunhando a crueldade da seca e dos grandes Latifundiários, era entender porque o Brasil era um país que teimava em não dar certo. Quando trocou a faculdade de Medicina, em Belo Horizonte, pela de Ciências Sociais, na Escola de Sociologia e Política, em São Paulo, começou o desenhar uma trajetória que o tornaria conhecido e respeitado em todo o mundo, em defesa dos indígenas, negros e pobres marginalizados. Setor 02 – Entre 1947 e 1957 trabalhou com o Marechal Rondon no Serviço de Proteção aos Índios; Na relação de feitos do antropólogo Darcy Ribeiro estão as criações do Museu do Índio e do Parque Nacional do Xingu. Todos esses anos de convívio e estudo da cultura indígena e dezenas de livros acabaram resultando em uma das publicações mais importantes do etnólogo Darcy Ribeiro: O Povo Brasileiro. O autor consumiu 30 anos de trabalho até terminar esse que é um dos mais fiéis retratos da formação do povo brasileiro. Setor 03 – Em Darcy Ribeiro, o educador sempre andou lado a lado com o político. Bom exemplo disso foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – um de seus grandes sonhos, concretizado quando se tornou senador. O educador-político, durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi o responsável pela criação da UnB, a Universidade de Brasília, até hoje referência de qualidade entre as universidades do país. Darcy Ribeiro foi seu primeiro reitor até assumir, no governo parlamentarista de João Goulart, a pasta de ministro da Educação. No exílio, depois de ter seus direitos políticos cassados pela ditadura militar (Golpe militar), em 1964, ajudou a criar escolas e universidades nos países latino-americanos onde buscou refúgio até poder voltar ao Brasil, com a Lei da Anistia; Nas primeiras eleições livres para governo de Estado, depois da ditadura, em 1982, foi eleito vice-governador do Rio de Janeiro, na chapa encabeçada por Leonel Brizola. E foi ocupando mais esse cargo político que o educador realizou uma das suas obras mais polêmicas e revolucionárias: os Cieps, que, na definição de Darcy, representavam o ponto mais expressivo de sua crença no ensino básico para os segmentos historicamente marginalizados. Os Cieps eram escolas públicas, de período integral, onde as crianças cursavam disciplinas curriculares e recebiam alimentação de qualidade e acompanhamento médico-odontológico, além de praticarem atividades esportivas. Para abrigar essa “nova escola” foram construídos prédios próprios, projetados por Oscar Niemeyer, o grande arquiteto de Brasília e amigo de Darcy. Ativo defensor da democratização do ensino público gratuito, foi também o idealizador da universidade Norte Fluminense, concebida quando era vice-governador do Rio e concretizada no governo seguinte. Setor 04 – Celebrado com o título de Doutor Honoris Causa, pela universidade francesa de Sorbonne, dedicou-o às suas “derrotas”. Afirmava, com lucidez e coragem: “Somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas detestaria estar no lugar de quem venceu”. Academia Brasileira de Letras, Em 8 de outubro de 1992 Darcy foi eleito para ocupar a Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Sua posse aconteceu em 15 de abril de 1993. “A lição mais clara que tiro de minha vida de lutas é que, aparentemente generoso e altruísta, na verdade, fui e sou um egoísta. Delas é que me vieram os louvores e gratidões que mais me esquentaram o coração. Delas, principalmente, é que vem o decoro e a dignidade que minha vida tenha. Sou o beneficiário verdadeiro de minha benemerência. A vida me deu muito. Graças, têm valido as penas. Hoje, aqui me tenho contente, frente a meus pares, neste alto pouso acadêmico. Nunca supus que o alcançasse. Temendo o contrário, o desmerecia, invejoso. Me veio, porém, na hora certa dessa velhice em que ingresso, inda não trôpego, para consolar-me dela. Juntos, aqui viveremos, como a aspirada imortalidade, nossos aos conclusivos. Convivendo cordiais naquilo que somos: uma amostra fiel da inteligência brasileira, tão variada como ela mesma. Isto é tudo. Muito Obrigado.” (Discurso de posse) O intelectual Darcy Ribeiro não se restringiu apenas à academia. Autor de vasta e rica literatura científica, foi além e se mostrou um competente literato. Ao todo, foram cinco romances, um ainda inédito, contra mais de duas dezenas de livros e ensaios voltados para o mundo do conhecimento. Ao publicar em 1995 sua obra prima “O Povo Brasileiro- a formação e o sentido do Brasil”, Darcy aborda sobre a formação étnica do povo brasileiro. “Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria. A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista.” Obras Darcy produziu diversas obras e ensaios nas áreas de antropologia, sociologia e educação. Além disso, ele escreveu alguns romances. Culturas e línguas indígenas do Brasil (1957) A política indigenista brasileira (1962) A Universidade necessária (1969) Os índios e a civilização (1970) Os brasileiros – Teoria do Brasil (1972) Configurações histórico-culturais dos povos americanos (1975) O dilema da América Latina (1978) Nossa escola é uma calamidade (1984) América Latina: a pátria grande (1986) O povo brasileiro (1995) Romances Maíra (1976) O Mulo (1981) Utopia Selvagem (1982) Migo (1988) Fonte: Revista Educação (nº 34) Fonte (biografia): Fontes de Educação: Guia para Jornalistas. Fórum Mídia & Educação, 2001 Coordenação e Edição (biografia): Denise Carreira Textos (biografia): Adriano Quadrado, Denise Carreira e Iracema Nascimento Maria Isabel Moura Nascimento. GT; Campos Gerias-PR Universidade Estadual de Ponta GROSSA-PR Créditos / Referências Bibliográficas Supervisão Artística: Silvio Cesar Ribeiro Sinopse NASCI NAS MINAS GERAIS DO MEU BRASIL, TESTEMUNHEI A CRUELDADE DA SECA E A GANÂNCIA DOS GRANDES LATIFUNDIÁRIOS, QUERIA ENTENDER PORQUE O BRASIL TEIMAVA EM NÃO DAR CERTO. SEMPRE ESTIVE LIGADO AS QUESTÕES HUMANITÁRIAS, COMECEI A MINHA VIDA PENSANDO EM SER MÉDICO, CHEGUEI A CURSAR A FACULDADE DE MEDICINA, TIVE A HONRA DE TRABALHAR COM MARECHAL RONDON, ME APAIXONEI PELA CAUSA INDÍGENA E PELOS MEUS IRMÃOS ÍNDIOS, PARTICIPEI DAS CRIAÇÕES DO MUSEU DO ÍNDIO E DO PARQUE NACIONAL DO XINGU. LOGO APÓS FUI TRABALHAR COM O GRANDE EDUCADOR ANISIO TEIXEIRA, JUNTO COM PROFESSOR ANISIO PARTICIPEI DE GRANDE PROJETOS EDUCACIONAIS, FUI RESPONSÁVEL PELA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E A UNB (UNIVERSIDADE DE BRASILIA, COM NINGUÉM MENOS QUE OSCAR NIEMEYER, FUI O PRIMEIRO REITOR DA UNIVERSIDADE, CHEGUEI A MINISTRO DA EDUCAÇÃO; APÓS O GOLPE DE 1964, EXILE-ME NO URUGUAI, VENEZUELA, PERU, CHILE ENTRE OUTROS PAÍSES, FUI CONDECORADO COMO DOUTOR “HONORIS CAUSA” PELA FACULDADE DE SORBONE NA FRANÇA, VOLTEI AO MEU BRASIL EM 1979, FUI VICE-GOVERNADOR NO GOVERNO BRIZOLA E FUI MENTOR E EXECUTOR DA CONSTRUÇÃO DE 500 CIEPs EM TODO ESTADO DO RJ, UM NOVO MODELO DE EDUCAÇÃO, MEU LEMA É LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA, INVESTIR NA CONSTRUÇÃO DE ESCOLA É DEIXAR DE INVESTIR NO FUTURO NA CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIOS. EM 8 /10/1992 FUI ELEITO E TOMEI POSSE EM 15/04/1993 COM IMORTAL DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL); FUI SENADOR E ONDE A MINHA LUZ SE APAGOU. MAIS AONDE EU ESTIVER E POR MAIS QUE EU VIVA NÃO ME AFASTAREI DOS MEUS IDEAIS QUE É LUTAR POR UMA VIDA MELHOR PARA MEUS IRMÃOS E OLHAR PELAS CRIANÇAS, NEGROS, ÍNDIOS, ISSO É MINHA VIDA. NÃO PODEMOS PENSAR NUMA NAÇÃO JUSTA, ONDE OS ÍNDIOS SÃO PERSEGUIDOS, AS CRIANÇAS NÃO TEM CONDIÇÕES E OPORTUNIDADE IGUAIS, E OS NEGROS E POBRES SEJAM DESCRIMINADOS. QUEM CUIDA DAS CRIANÇAS CUIDA DO FUTURO. |
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