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Um Coração Urbano: Miguel, o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem (Unidos da
Tijuca - 2018)
Apresentação do enredo:
A Unidos da Tijuca pede licença aos deuses das artes para homenagear um dos seus: MIGUEL FALABELLA. Ator, autor, diretor, apresentador, um artista multimídia e um trabalhador incansável, de fé inabalável em sua religiosidade. Com mais de 30 anos de carreira, Miguel se consagrou no campo celeste do humor por suas criações repletas de referências aos dilemas da sociedade brasileira. Por cinco anos, ainda assinou uma coluna semanal no jornal O Globo, intitulada: “Um coração urbano”, em que exercitava seu lado observador e impressionista sobre cenas cotidianas na cidade grande. As crônicas, durante sua existência, foram as mais lidas do periódico. Além de todos os ofícios que desempenhou ao longo da carreira, Falabella também se envolveu profundamente com o Carnaval carioca. Foi destaque, carnavalesco, dirigente. É desta forma que os foliões tijucanos se preparam para cantar e engrandecer toda essa trajetória na Marquês de Sapucaí em 2018. O conceito deste enredo, portanto, amarra-se com a carnavalização da história pessoal e profissional do homenageado em uma visão lúdica e um tanto quanto realista. Inspirem-se sem moderação! Sinopse “Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)” O pequeno príncipe Memórias. É a partir de lembranças de um garoto que nossa história começa. Era fevereiro. Sentado à beira da Guanabara, numa pequena ilha, uma criança abre o livro “O pequeno príncipe” e, como um passe de mégica se vê dentro do universo criado por Antoine de Saint-Exupéry. Nele, brincadeiras tipicamente suburbanas vã ganhando vida. “COSTUMAVA IMAGINAR QUE EU ERA O PEQUENO PRÍNCIPE PERDIDO NAQUELA ILHA. COMANDANDO MEUS SÚDITOS, QUE ERAM A FAUNA MARINHA QUE ME RODEAVA, ASSIM COMO A NARIZINHO (DE MONTEIRO LOBATO), EU TINHA O MEU REINO DAS ÁGUAS CLARAS” Identidade. Ainda dentro do seu próprio imaginário, o já adolescente “pequeno príncipe” se vislumbrava com a magia do teatro ao conhecer as peças infantis e Maria Clara Machado. Foi a própria fundadora do Tablado, tradicional escola de Artes Cênicas, quem iniciou a formação artística e profissional do futuro arcanjo das artes. “TIVE O PRIVILÉGIO DE SER ALUNO DE MARIA CLARA MACHADO. O TABLADO FOI UMA ESCOLA MARAVILHOSA, POIS NOS ENSINAVA A DISCIPLINA NECESSÁRIA PARA O TEATRO, AO MESMO TEMPO QUE EXERCITAVA NOSSA IMAGINAÇÃO. AFINAL, ESTUDÁVAMOS NO MESMO ESPAÇO ONDE NASCERAM O “PLUFT”, “A BRUXINHA QUE ERA BOA”, “O CAVALO AZUL”, E OUTROS TANTOS CLÁSSICOS DA LITERATURA BRASILEIRA”. Graduado. O mundo encantado até então aqui apresentado direciona o jovem ao universo das palavras. Sob influência de sua mãe,, professora de literatura francesa e das inúmeras histórias contadas pelo avô, ele começa a dominar a escrita: como autor, escritor, dramaturgo. É a partir da velocidade das suas emoções que imaginações/pensamentos/percepções começam a se materializar no teatro, nos livros ou como colunista. “A MINHA ESCOLHA PELA FACULDADE DE LETRAS ME PARECEU NATURAL. ACHEI QUE, SE EU QUERIA VIVER DO PALCO, EU DEVERIA ANTES DE MAIS NADA DOMINAR AS PALAVRAS” Humor. Mesmo já crescido, nosso grande talento não abandona sua criatividade e goza da vida adulta com muita originalidade na televisão. Correndo dentro de um set de televisão, ele Sai de Baixo da saia de uma Noiva de Copacabana arrancando Aquele Beijo com muita Salsa e Merengue. A confusão está instalada. É um Toma Lá Da Cá, mas ninguém consegue segurá-lo, até que um Pé na Cova músicas começam a ecoar. “SEMPRE QUIS FAZER HUMOR POPULAR. FALAR COM MINHA GENTE, USANDO O PORTUGUÊS DO COTIDIANO, CRIANDO PERSONAGENS COM QUEM AS PESSOAS PUDESSEM SE CONECTAR.” Espetáculo. A magnitude da TV acaba remetendo aos grandes cenários vivos dos musicais. O já grande artista também escreve, atua, dirige e (im) exporta sucessos nacionais e estrangeiros que divertem a platéia com suas encenações musicadas. São diversos títulos próprios ou adaptados: O beijo da mulher aranha, A gaiola das loucas, Hairspray, o homem de la mancha, entre outros. Mas, Ele quer mais, não quer parar! “Tijuca, faz esse meu sonho acontecer” Loucura. O devaneio está só começando. A barca (e ela não vai virar!) sai da Ilha mágica e parte rumo ao maior teatro a céu aberto do mundo. Lotada de personagens carnavalescos clássicos, ela desbrava o mar colorido da Marquês de Sapucaí, onde todos vão desembarcar e encenar (em proporções apoteóticas) um musical criado pelo maior Arcanjo das artes. “QUANDO EU ERA MENINO, MEU PAI ME LEVAVA PARA O CENTRO, ME COLOCAVA SENTADO EM SEU CANGOTE, E EU FICAVA ASSISTINDO AO DESFILE DAS GRANDES SOCIEDADES, ENCANTADO COM TUDO AQUILO. ACHO QUE FOI AÍ QUE A NOÇÃO DE ESPETÁCULO BROTOU DENTRO DE MIM” Abram alas que Miguel Falabella vai passar! Sinopse: Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo Texto: Igor Ricardo Agradecimentos: Miguel Falabella, Fernando Costa Setores: Abertura – O pequeno príncipe em sua ilha mágica 1 setor – O vento do teatro é o vento da magia 2 setor – Um coração urbano: o mundo das palavras 3 setor – A máquina de fazer doido: a televisão 4 setor – Os encantos dos musicais 5 setor – Os bacantes carnavalescos Bibliografia: Falabella, Miguel. Pequenas Alegrias. Rio de Janeiro. Objetiva, 1993. Falabella, Miguel. Vivendo em voz alta. Rio de Janeiro. Leya Casa de Cultura, 2011 Saint-Exupéry, Antoine. O pequeno príncipe. Brasil. Harpercollins, 2015. Acervo pessoal, Miguel Falabella Conversas gravadas, Marcus Paulo, Rio de Janeiro, 02/2016 Conversas gravadas, Marcus Paulo, Rio de Janeiro, 04/2017 |
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