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Que rei sou eu? Do castelo real à corte do carnaval (Unidos da Vila Santa Tereza - 2010)
JUSTIFICATIVA
Em 2010 a UNIDOS DA VILA SANTA TEREZA desenvolverá um enredo
irreverente, para contagiar o público na passarela do samba.
O rei é aquele indivíduo que sobressai entre outros governantes, com a capacidade de adquirir e conservar sua idolatria é também uma pessoa soberana dotada de uma áurea mágica.
Majestosamente o enredo intitulado: Que rei sou eu? Do castelo real à corte do carnaval. Contará a história de alguns reis que são conhecidos em nossa sociedade, onde nesta noite se reuniram para comemorar o carnaval junto com a Vila Santa Tereza.
Dividido em três setores vamos ilustrar este desfile com soberanos reis como: Lampião (rei do cangaço), rei Netuno, os três reis magos, os reis das cartas do baralho, rei Arthur, Oxossi rei de Ketu enfim várias pessoas que receberam este título de nobreza.
Com o carnaval de fácil leitura, o nosso objetivo é atingir um público eclético que se identifique com a alegria e a simplicidade deste enredo.
A magia em trazer esta historia é para fazer que todos os componentes da comunidade da Vila Santa Tereza, se sintam um verdadeiro monarca da folia durante o tempo de desfile, mostrado que todas as pessoas podem se vestir de rei nesta festa tão popular e brasileira que é o carnaval comandado pelo rei momo.
Luiz de Oliveira
Carnavalesco
Histórico
Introdução
O cenário será majestoso
a festa, com muito brilho e requinte.
E hoje a Unidos de Vila Santa Tereza
apresenta grandes reis e rainhas
que fazem parte da nossa imaginação.
Que rei sou eu?
Setor 1
A ordem neste momento é vestir a fantasia e embarcar nesta fantástica viagem de altezas e realezas.
O primeiro dos vários convidados chega quando surgem do céu os brilhos mais incandescentes das manhãs. O astro rei que é para nós a mais importante de todas as estrelas do universo e vem nos despertar com sua luz, anunciando os nossos reais convidados.
O animado baile será local de encontro das majestades, onde o anfitrião é rei Arthur, homem medieval das mais belas histórias de romances. Os guardiões deste grande evento serão os cavaleiros do rei Arthur, com espada e escudo reluzentes sobre o brilho do astro rei, em volta da Távola Redonda. Estes cavaleiros juraram lealdade a sua majestade sacrificando sua vida por ele, somente para manter a lealdade de Estado.
No palácio dourado, com espelhos bordados com refinado acabamento em ouro, a recepção será feita pelo bobo da corte, uma espécie de coringa com sagacidade e alegria, que abrem as portas do salão para receber os mais nobres reis desta história.
Luis XIV, rei sol, adentra ao nosso espetáculo ostentado em ouro, luxo e beleza, através da luz que reluz no alto da cúpula do salão da rua mais alegre da cidade.
Rei Midas, da cidade de Frigida Pressimus e conhecido como rei das mãos de ouro, mora em um castelo com muito glamour. Diz o mito que onde Midas tocasse, tudo viraria ouro puro. Janelas, flores, comidas e até sua filha não fugiram de serem transformados em estátuas de ouro , com o simples toque do poder mágico da suas mãos.
Majestosamente, os reis dos naipes do baralho fazem a alegria do povo nesta festa popular da singela Vila. Cada "rei" no baralho representa um grande Rei ou Imperador da história mundial. A presença do rei de Copas é dada por Carlos Magno, o rei de Espadas representado por Rei David de Israel, o rei de Ouros é Júlio César, (Imperador Romano) e o rei de Paus é lembrado por Alexandre Magno.
Os encantos de uma festa de reis trazem para o palácio real personagens inimagináveis, que encantam as histórias mitológicas. Para o encontro de monarcas não importa qual a cor do rei, se é branco ou preto ele sempre estará no centro das atenções, sentado no seu trono ou em cima de um tabuleiro quadriculado, protegido por seus guardiões: torres, bispos, cavalos e peões.
Setor 2
Em um mergulho mais profundo nas águas oceânicas do castelo, encontramos rei Netuno, que reina nas profundezas do mar e é senhor absoluto das águas. Conta-se que quando precisava reunir sua corte para discutir assuntos importantes, ordenava a sua escrava que soprasse em um búzio mágico para anunciar a importante assembléia. Assim, quando seus súditos escutavam o som, sabiam da reunião que o rei havia convocado.
Netuno, como toda majestade, possuía uma coroa ornamentada especialmente para sua cabeça, feita com as pérolas especiais encontradas no reino aquático.
Nesta festa de requinte evocamos a rainha das antiguidades, Mekeda ou Rainha de Sabá, que atravessou mares agitados e tempestuosos. Conduzida pela fama de riqueza e sabedoria que envolvia o encantamento a Salomão (rei dos Judeus), Sabá surge no nosso salão acompanhada do rei Salomão, o mais sábio de todos os homens, levando fragrâncias de aromas, uma variedade de pedras preciosas e grande quantidade de ouro. Sabá, com graça, inteligência e diplomacia conseguiu conquistar o título soberano mais importante.
A estrela cadente guia também o caminho da festa para os reis. Baltazar era o rei mago negro que veio supostamente da Africa, Etiópia, pois trouxe incenso de presente, Melchior ou Belchior trouxe ouro, sua indumentária remete a uma origem européia e Gaspar trouxe mirra para presentear o grande rei desta noite.
Roubando a cena, sua presença se basta. Respeitado no
reino animal, o rei Leão, com sua imponência, conquista seu espaço com sua juba, que muitas das vezes é considerada como coroa.
O rei de ketu ou Oxossi é denominado o orixá da caça, da fortuna e da alegria. Guerreiro, ágil e habilidoso tem seu habitat na floresta onde sai esta noite para alegrar a nossa festa e dar um axé nos grandes reis desta história.
As rainhas Candaces fazem parte da nossa festa genuinamente brasileira, que é o carnaval. Mulheres que foram rainhas na África e chegaram escravizadas no Brasil. Mas como o ditado diz: "Que todo rei nunca perde sua majestade", o legado candace é herdado da ancestralidade, que sobrevive no sangue e na memória do seu povo. No Brasil, o ressurgimento da soberania é revelada nas feiras iorubanas, nas sociedades africanas e suas influências em nosso país.
O papel de liderança conduziu essas candaces de um novo tempo a uma liderança espiritual, incorporada nas mães de santos, depositárias do legado de fé africana em terras brasileira. O legado de rainhas mulheres está contido na arte e também nas entidades do candomblé, como Iansã (ou oya), Iemanjá, Oxum e Oba.
Depois de capturado, torturado, o rei de todos os negros escravos ainda conseguiu lutar pela liberdade de seu povo. Zumbi dos Palmares, de origem africana, é coroado rei pelo seu povo ao som dos tambores e atabaques, e hoje se faz presente no desfile da Vila Santa Tereza, como símbolo na luta de um rei para a libertação de seus súditos.
Setor 3
A figura de Momo no carnaval brasileiro surgiu em 1933 no Rio de Janeiro. Hoje vamos coroar este rei em um cenário colorido com as luzes das decorações psicodélicas, feitas nas grandes ruas do centro da cidade carioca. O rei momo reina absolutamente durante cinco dias de folia a cada ano, e hoje a Vila Santa Tereza abre alas a este personagem alegórico que tanto nos enche de inspirações nos dias de carnaval.
A corte do salão recebe o rei e a rainha do maracatu, do carnaval de Pernambuco, onde a comitiva traz um estandarte estampado de alegria, e honra em estar presente na festa de encontro dos reis soberanos.
Dos raios solares do agreste nordestino, com natureza rica e variada, para o Rio de Janeiro, surge Lampião. O rei do cangaço remonta sua história ao comando do som de Luiz Gonzaga. Esse Rei do Baião, que alegra as noites de São João se faz presente hoje na folia do carnaval. Este ilustre soberano, da musica popular e folclórica brasileira, nos prestigia com sua sanfona e seu arrasta pé.
O GRES. Unidos de Vila Santa Tereza tem o prazer de receber com tapete vermelho todos estes reis que contribuíram com sua historia, para a formação do nosso carnaval. Pois somente o carnaval é o lugar onde o rico e o pobre, o branco e o negro se vestem de rei sem preconceito e sem perder a majestade. Que rei é você?
O rei é aquele indivíduo que sobressai entre outros governantes, com a capacidade de adquirir e conservar sua idolatria é também uma pessoa soberana dotada de uma áurea mágica.
Majestosamente o enredo intitulado: Que rei sou eu? Do castelo real à corte do carnaval. Contará a história de alguns reis que são conhecidos em nossa sociedade, onde nesta noite se reuniram para comemorar o carnaval junto com a Vila Santa Tereza.
Dividido em três setores vamos ilustrar este desfile com soberanos reis como: Lampião (rei do cangaço), rei Netuno, os três reis magos, os reis das cartas do baralho, rei Arthur, Oxossi rei de Ketu enfim várias pessoas que receberam este título de nobreza.
Com o carnaval de fácil leitura, o nosso objetivo é atingir um público eclético que se identifique com a alegria e a simplicidade deste enredo.
A magia em trazer esta historia é para fazer que todos os componentes da comunidade da Vila Santa Tereza, se sintam um verdadeiro monarca da folia durante o tempo de desfile, mostrado que todas as pessoas podem se vestir de rei nesta festa tão popular e brasileira que é o carnaval comandado pelo rei momo.
Luiz de Oliveira
Carnavalesco
Histórico
Introdução
O cenário será majestoso
a festa, com muito brilho e requinte.
E hoje a Unidos de Vila Santa Tereza
apresenta grandes reis e rainhas
que fazem parte da nossa imaginação.
Que rei sou eu?
Setor 1
A ordem neste momento é vestir a fantasia e embarcar nesta fantástica viagem de altezas e realezas.
O primeiro dos vários convidados chega quando surgem do céu os brilhos mais incandescentes das manhãs. O astro rei que é para nós a mais importante de todas as estrelas do universo e vem nos despertar com sua luz, anunciando os nossos reais convidados.
O animado baile será local de encontro das majestades, onde o anfitrião é rei Arthur, homem medieval das mais belas histórias de romances. Os guardiões deste grande evento serão os cavaleiros do rei Arthur, com espada e escudo reluzentes sobre o brilho do astro rei, em volta da Távola Redonda. Estes cavaleiros juraram lealdade a sua majestade sacrificando sua vida por ele, somente para manter a lealdade de Estado.
No palácio dourado, com espelhos bordados com refinado acabamento em ouro, a recepção será feita pelo bobo da corte, uma espécie de coringa com sagacidade e alegria, que abrem as portas do salão para receber os mais nobres reis desta história.
Luis XIV, rei sol, adentra ao nosso espetáculo ostentado em ouro, luxo e beleza, através da luz que reluz no alto da cúpula do salão da rua mais alegre da cidade.
Rei Midas, da cidade de Frigida Pressimus e conhecido como rei das mãos de ouro, mora em um castelo com muito glamour. Diz o mito que onde Midas tocasse, tudo viraria ouro puro. Janelas, flores, comidas e até sua filha não fugiram de serem transformados em estátuas de ouro , com o simples toque do poder mágico da suas mãos.
Majestosamente, os reis dos naipes do baralho fazem a alegria do povo nesta festa popular da singela Vila. Cada "rei" no baralho representa um grande Rei ou Imperador da história mundial. A presença do rei de Copas é dada por Carlos Magno, o rei de Espadas representado por Rei David de Israel, o rei de Ouros é Júlio César, (Imperador Romano) e o rei de Paus é lembrado por Alexandre Magno.
Os encantos de uma festa de reis trazem para o palácio real personagens inimagináveis, que encantam as histórias mitológicas. Para o encontro de monarcas não importa qual a cor do rei, se é branco ou preto ele sempre estará no centro das atenções, sentado no seu trono ou em cima de um tabuleiro quadriculado, protegido por seus guardiões: torres, bispos, cavalos e peões.
Setor 2
Em um mergulho mais profundo nas águas oceânicas do castelo, encontramos rei Netuno, que reina nas profundezas do mar e é senhor absoluto das águas. Conta-se que quando precisava reunir sua corte para discutir assuntos importantes, ordenava a sua escrava que soprasse em um búzio mágico para anunciar a importante assembléia. Assim, quando seus súditos escutavam o som, sabiam da reunião que o rei havia convocado.
Netuno, como toda majestade, possuía uma coroa ornamentada especialmente para sua cabeça, feita com as pérolas especiais encontradas no reino aquático.
Nesta festa de requinte evocamos a rainha das antiguidades, Mekeda ou Rainha de Sabá, que atravessou mares agitados e tempestuosos. Conduzida pela fama de riqueza e sabedoria que envolvia o encantamento a Salomão (rei dos Judeus), Sabá surge no nosso salão acompanhada do rei Salomão, o mais sábio de todos os homens, levando fragrâncias de aromas, uma variedade de pedras preciosas e grande quantidade de ouro. Sabá, com graça, inteligência e diplomacia conseguiu conquistar o título soberano mais importante.
A estrela cadente guia também o caminho da festa para os reis. Baltazar era o rei mago negro que veio supostamente da Africa, Etiópia, pois trouxe incenso de presente, Melchior ou Belchior trouxe ouro, sua indumentária remete a uma origem européia e Gaspar trouxe mirra para presentear o grande rei desta noite.
Roubando a cena, sua presença se basta. Respeitado no
reino animal, o rei Leão, com sua imponência, conquista seu espaço com sua juba, que muitas das vezes é considerada como coroa.
O rei de ketu ou Oxossi é denominado o orixá da caça, da fortuna e da alegria. Guerreiro, ágil e habilidoso tem seu habitat na floresta onde sai esta noite para alegrar a nossa festa e dar um axé nos grandes reis desta história.
As rainhas Candaces fazem parte da nossa festa genuinamente brasileira, que é o carnaval. Mulheres que foram rainhas na África e chegaram escravizadas no Brasil. Mas como o ditado diz: "Que todo rei nunca perde sua majestade", o legado candace é herdado da ancestralidade, que sobrevive no sangue e na memória do seu povo. No Brasil, o ressurgimento da soberania é revelada nas feiras iorubanas, nas sociedades africanas e suas influências em nosso país.
O papel de liderança conduziu essas candaces de um novo tempo a uma liderança espiritual, incorporada nas mães de santos, depositárias do legado de fé africana em terras brasileira. O legado de rainhas mulheres está contido na arte e também nas entidades do candomblé, como Iansã (ou oya), Iemanjá, Oxum e Oba.
Depois de capturado, torturado, o rei de todos os negros escravos ainda conseguiu lutar pela liberdade de seu povo. Zumbi dos Palmares, de origem africana, é coroado rei pelo seu povo ao som dos tambores e atabaques, e hoje se faz presente no desfile da Vila Santa Tereza, como símbolo na luta de um rei para a libertação de seus súditos.
Setor 3
A figura de Momo no carnaval brasileiro surgiu em 1933 no Rio de Janeiro. Hoje vamos coroar este rei em um cenário colorido com as luzes das decorações psicodélicas, feitas nas grandes ruas do centro da cidade carioca. O rei momo reina absolutamente durante cinco dias de folia a cada ano, e hoje a Vila Santa Tereza abre alas a este personagem alegórico que tanto nos enche de inspirações nos dias de carnaval.
A corte do salão recebe o rei e a rainha do maracatu, do carnaval de Pernambuco, onde a comitiva traz um estandarte estampado de alegria, e honra em estar presente na festa de encontro dos reis soberanos.
Dos raios solares do agreste nordestino, com natureza rica e variada, para o Rio de Janeiro, surge Lampião. O rei do cangaço remonta sua história ao comando do som de Luiz Gonzaga. Esse Rei do Baião, que alegra as noites de São João se faz presente hoje na folia do carnaval. Este ilustre soberano, da musica popular e folclórica brasileira, nos prestigia com sua sanfona e seu arrasta pé.
O GRES. Unidos de Vila Santa Tereza tem o prazer de receber com tapete vermelho todos estes reis que contribuíram com sua historia, para a formação do nosso carnaval. Pois somente o carnaval é o lugar onde o rico e o pobre, o branco e o negro se vestem de rei sem preconceito e sem perder a majestade. Que rei é você?
Luiz de Oliveira
Carnavalesco
Bibliografia
Os Reis Magos - Nani -Editora Desiderata
As Caravanas da Lua - Pela Rota do Incenso em Busca da Rainha de
Sabah - Camargo-moro, Fernanda de - Editora Record
O Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola redonda - Coleção
Reencontro - Malory, Thomas - Editora Scipione.
Candomblé a Panela do Segredo - Pai Cido de Òsun Eyin - Editora
Arx
Luís XVI - Bernard Vicent - Editora L&Pm
Lembranças Africanas - Maracatu - Rosa, Sonia - Editora Pallas
Estudos de Histórias do Brasil - Raimundo Campos - Editora Atual
Brasil Historias Costumes e Lendas - enciclopédia - Editora
Três
Grandes Personagens da Nossa História - enciclopédia - Editora
Abril Cultural
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