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O Falar das Rosas
SINOPSE ENREDO 2012

O Falar das Rosas

Olho para o céu e não vejo mais as estrelas. Olho para a terra e a lua parece que emprestou a violência de suas crateras para o nosso mundo. Este, cinzento, seco e pragmático. Às vezes, me pergunto, será que o amor morreu? Por onde anda a poesia? Vagando no tempo, talvez. Ouvindo Cartola e suas rosas, brota em mim uma esperança em dias menos ásperos, menos solitários. Eu, assim como o poeta, queixo-me as rosas todos os dias. Bobagem, não é? As rosas não falam... Será mesmo?  Será que elas apenas assistem a minha melancolia nesse abismo que avisto da varanda, e que eu mesmo, plantei com os meus pés? Pois elas falam! E falam através da música que aquecem a alma e me fazem cantar. Do seu néctar surgem notas musicais, notas de fé, de amor, dor... Nos seus botões, o lirismo, a poesia, todo romantismo imanado dos poetas. Mas nossas rosas musicais também têm espinhos. Estes cutucam a nossa consciência, nos fazem refletir, pensar, quiçá sorrir e gargalhar. Pensando nas rosas, sinto brotar a esperança nos olhos do personagem do enredo... Nem tudo está perdido, as rosas falam!  E o sonho ainda não morreu.  O sonho e a fantasia ainda resistem em doses sazonais de utopia, no carnaval.. Cartola "sonhou os seus sonhos" e assim fez surgir uma combinação peculiar... O Verde e o Rosa... Verdadeiro jardim, idealizado pelo poeta, a Estação Primeira de Mangueira é o legado de singelas rosas que sutilmente, suavizam com o seu falar os nossos ouvidos e mentes. Semente que ele nos deixou e divinamente floresceu. Enfim, Cartola, eu suas canções carregou suas músicas de sentimento...  Este sentimento não pode acabar, é preciso sonhar, e esquecer um pouco do amanhã. Cartola é a rosa final a me ensinar que é preciso lutar... Rosa que fala em tons suaves, em letras simples e profundas...  Entre cordas de aço me ensinou que tive sim autonomia para sonhar. E como o mundo é um moinho, volto com o peito vazio que este mundo corrido me deixou, para te exaltar...

Rosa maior do meu samba

Porque, apesar dos pesares

O sol nascerá mais uma vez

"Por fim..."