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Paz e Amor! O Sonho não Acabou! (Santa Cruz - 2011)
JUSTIFICATIVA Estamos na década de 50 e início da década de 60. Os jovens participaram dos acontecimentos com uma intensidade nunca visto antes na história. Foi uma época que prometeu grandes mudanças: na tecnologia, na moda e nos comportamentos, na economia e na política. Minissaia - Rock - Televisão - Computadores - Guerrilha - Viagem à Lua - Liberdade sexual - Festivais - Cabelos compridos - Estudantes enfrentando a polícia - Guerra do Vietnã - Feminismo - Revolução O mundo inteiro parecia querer mudar. Mas, no final, pouca coisa se transformou profundamente. O sistema era mais forte do que se pensava. O sonho acabou? PAZ E AMOR! O SONHO NÃO ACABOU. Jovens das décadas de 60 e 70 viveram o grande sonho de que o mundo poderia mudar para melhor. O sentimento de que nascia uma nova era contagiava corações e mentes. Foi uma geração que lutava pelas mudanças políticas, sociais e culturais. A idéia básica era contestar o sistema. A juventude tinha pressa. "Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer." (Geraldo Vandré) Todas as instituições eram contestadas, repensadas, refeitas. "Abaixo a Repressão!" "É proibido proibir!" A Humanidade pensava viver a aurora de uma nova era. "Um dia, todos serão livres, iguais e amigos" (Martin Luther King). Nesta época teve inicio uma grande revolução comportamental como surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais. NOVOS COSTUMES E COMPORTAMENTOS Os jovens acreditavam que não bastava transformar a estrutura econômica e o Estado. Era preciso mudar a própria maneira de se comportar. Os homens começaram a usar cabelos compridos, enquanto as moças vestiam minissaias. As roupas eram coloridas, cheias de flores e de imagens psicodélicas. As mulheres tornaram consciência e que não eram inferiores aos homens e que deveriam ter os mesmos direitos. Jeans, discos, refrigerantes, alimentos e carros passaram a ser amplamente vendidos para uma sociedade de consumo composta basicamente por jovens. A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA A ciência e a tecnologia se desenvolveram amplamente nesta época. Em 1963, foi criado o gravador com fitas cassetes; Em 1967, realizou o primeiro transplante de coração bem-sucedido, pelo Dr. Barnard; Em 1967, os americanos se tornaram pioneiros no desembarque de um homem na lua. ROCK E REBELDIA A música viveu a colorida explosão do rock através de grandes nomes como: Os Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix e Elvis Presley. No Brasil a música popular ocupava seu espaço, levando as multidões aos festivais. Surgia nos palcos uma nova geração de artistas: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Milton Nascimento, Wanderléia, Roberto Carlos e Chico Buarque, entre outros. Através das letras, os músicos protestavam e exprimiam sua revolta contra tudo e contra todos. HIPPIES: UMA PROPOSTA DIFERENTE Nem todos os jovens da época sonhavam com revoluções. Muitos aderiram ao lema. "Paz e Amor" para transformar o mundo. Eram os hippies. Vivendo em acampamentos, andavam em grupos, admiravam a cultura oriental, vestiam batas indianas, usavam barba e cabelos compridos, apreciavam a alimentação vegetariana e a liberdade. Para um mundo melhor, os hippies propunham o extermínio das mentiras, cobranças, castigos, guerras e neuroses da sociedade de consumo. Faça amor, não faça guerra! PAZ E AMOR! O SONHO NÃO ACABOU. A mudança radical sonhada pelos jovens foi bonita e marcante. Entretanto, não se realizou. O mundo continuou sendo o mesmo, talvez até mais contraditório. Mas, os ideais de um mundo melhor, mais justo e igual para todos permanece. No coração das atuais gerações ainda pulsam a coragem e a vontade de transformar o planeta. Os ideais de paz e amor continuam povoando a imaginação dos jovens. Atravessando décadas, os jovens de todas as gerações ainda sonham, provando que, apesar de todos os obstáculos o sonho não acabou. O primeiro passou O segundo amor passou O terceiro amor passou Mas, o coração continua. (Carlos Drummond de Andrade) Autora do enredo: Rosele Nicolau Jorge Coutinho Adaptação: Carlos Muvuca |
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