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SINOPSE ENREDO
2017
Dos alaúdes persas e medievais ao patrimônio da cultura popular. Viola, Minha viola! Defesa do enredo Para o carnaval 2017 a águia guerreira se propõe a mostrar a história da viola, passando por todo seu universo místico e cultural , buscando desde suas origens persas e medievais, sendo um transcendente direto do alaúde, passando por suas adaptações até chegar ao Brasil por intermédio dos portugueses, para hoje se tornar um dos instrumentos mais populares da cultura nacional, sendo personagem de lendas e crenças que foram disseminadas ao quatros cantos do país, tendo inclusive um dos programas de maior longevidade, apresentado por mais de 30 anos por ícones da cultura caipira como a saudosa Inezita Barroso. Introdução É noite no sertão brasileiro, tem roda de violeiro A moda está começando Cada dedilhar traz uma memória no peito A viola já está chorando Pois ela tem alma e hoje tua própria história vai contar Entre teus acordes de rara sonoridade Será mostrada toda brasilidade Deste instrumento popular Seu canto dolente passeará por todas as vertentes Trazendo passado e presente de uma história secular I Todos têm seus descendentes E com a viola caipira não podia ser diferente Nasceste da adaptação da viola de cocho no sertão Viola de cocho que por sua vez surgiu do alaúde Instrumento persa de madeira e formato de gota Criado em meio a opulência, proveniente de rica cultura De imponente arquitetura e inúmeras crenças II Muito tempo se passou para que o alaúde ganhasse outros continentes Mas assim que chegou a Europa medieval através de músicos bizantinos Ganhou força rapidamente Seu toque versátil, ora choroso, ora alegre Encantava tanto a nobreza, quanto a plebe Compôs as obras de Bach Sofreu adaptações, ganhou novas versões Antes de atravessar o balanço do mar e um novo mundo conquistar III O alaúde chegava a terras tupiniquins E prontamente as culturas foram se unindo Difundindo a cultura do branco através da curiosidade do índio Que no anseio de reproduzir o belo som daquele estranho instrumento O fez a seu modo, surgindo assim mais um invento Era a viola de cocho pantaneira, miscigenada com a genuína alma brasileira Que até hoje embala os festejos que ocorrem pelo pantanal Como as rodas de cururu e siriri sob paisagem sem igual IV O Brasil evoluía e a viola se expandia Em cada canto uma versão, rabeca violino, violão… Mas foi no interior que surgiu aquela que seria a mais famosa A viola caipira, cabocla ou sertaneja Cada canto um nome, depende de onde ela se põe a chorar Mas sempre tendo a lua como par e a fogueira como companheira da canção Debaixo de um lindo céu que todos os dias embeleza esse festeiro rincão Onde cada festa é uma expressão dessa gente Que se faz sorridente desde o grandioso espetáculo do São João Ou de um simples e encantador repente. V Do céu também vem à inspiração Pois tocar é um dom e a fé quase uma obrigação O acalanto vem de Nossa Senhora Aparecida Que ilumina o caminho de tantos tocadores por essa longa estrada da vida Mas, e quem não tem esse dom? Onde vai buscar? Talvez no tinhoso, no toque na cobra cuidadoso Ou em inúmeros outros causos que o sertanejo se põe a contar VI Não poderíamos encerrar essa moda sem uma justa homenagem A todos os mestres com carinho e extrema gratidão Por enriquecer e valorizar nosso povo E até fazer de nossa querida viola um importante programa de televisão Que por anos expôs a viola e seus artistas de modo glorioso Através do comando simples e singelo da saudosa Inezita Barroso. Autor: Izaias Junior |
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