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Valesca Reis Santos – A Diva do Brasil
SINOPSE ENREDO 2016

Valesca Reis Santos – A Diva do Brasil



Apresentação:

Em seu carnaval de 2016, o GRESV Foliões de Rondônia tem a honra de prestar uma justa e digníssima homenagem à Valesca Reis Santos, em arte conhecida como Valesca Popozuda, uma mulher que escreveu seu nome na história da música brasileira. Mas Valesca foi além disso, com seus ideais e sua glória manifestada desde cedo, provou que é possível, sim, ser diva independente de todas as adversidades da vida. Sua luta inspira uma legião de fãs, os chamados popofãs, que a tomam como exemplo a ser seguido. Com muito tiro, porrada e bomba, sambando de salto alto, nossa escola vem mandando beijinho no ombro para mostrar porque Valesca Reis Santos, a amada Popozuda, é a diva do Brasil.

Sinopse poética:

Batizada de Valesca Reis Santos, a mais bela estrela foi enviada ao Brasil.

Valesca… venceu obstáculos desde seu nascimento. Provou que Deus é seu escudo. Esbanjando graciosidade em todos os sorrisos, jogou barreiras ao solo. Cresceu frequentando bailes funks e aprendeu a dar valor a sua liberdade. Traçando seu destino, no Irajá a história teve início.

Valesca… marcou seus passos com trabalho pesado e braçal. Mulher varonil, está para nascer homem que vai mandar nela. Viu seu caminho ganhar rumo ao encontrar o “Pardal”, que veio a se tornar pai de seu filho e seu empresário na Gaiola das Popozudas, onde começou a trabalhar como dançarina. Destacando-se, virou vocalista e protagonizou uma trajetória de sucesso.

Valesca… agora, de fato, Popozuda. Cantou e encantou, caindo no gosto popular. Reconhecida e famosa nacionalmente, agora solteira, pediu para latir com referência. Lançou polêmica em cada canção. Em cada verso mostrou o porquê de ser o poder. Brilhou na tela da TV, no meio desse povo. Sambou com alegria ao reinar na bateria, no rugido do tigre e no grito da águia.

Valesca… a personificação do sucesso ao sair em carreira solo. Mandando beijinho no ombro, tornou-se a diva a ser copiada. É dessas que explode seus hits no país inteiro. Sua marca é pisar e desfilar, conquistando todos os corações. Fez história com seu talento, espalhando emoção por onde passa, deixando resquícios de magia em cada olhar. Em cada show uma nova certeza da sua consagração.

Valesca… grande pensadora contemporânea, critica os problemas sociais brasileiros. Feminista, mostra que toda mulher pode ser uma diva. Justa, luta contra preconceitos, injustiças e discriminações. Mulher da casa, perseverante e multivalente. Prova a cada dia que diva é diva em qualquer situação. Amada por sua família de popofãs, que enaltecem seu trabalho em todos os cantos do Brasil. Digna de todas as homenagens, hoje é a estrela da nossa festa. E no desfile dos Foliões, “eterna diva” é o som que prepondera entre aplausos e gritos.

Justificativa:

Num dia abençoado pelo criador, a mais bela estrela foi enviada ao bairro do Irajá. Nasce assim uma diva – Valesca Reis Santos. Pequena, fruto de uma relação proibida, enfrenta a pobreza desde o berço. Sua mãe muito batalhou para mantê-la viva. E assim fez. Valesca desde cedo já esbanjava graça e encanto. Sua simpatia e seu sorriso encantavam quem a via. Cresceu, conheceu os bailes funks, se apaixonou pela dança e pela música. Já priorizava sua liberdade, soltou-se dos braços de sua mãe e foi trilhar seu próprio caminho. Foi ali onde tudo começou.

Para assegurar sua independência, começou a trabalhar. Passou por várias funções, mas foi como frentista de posto que Valesca conheceu alguém que mudaria seu destino. O homem que apostou no talento de Valesca, seu ficante e empresário, Pardal. O qual teve a honra de lhe dar seu primogênito, Pablo. A maternidade foi um presente divino, mas que trouxe adversidades. Valesca agora precisava ganhar melhor para sustentar seu filho. Foi quando Pardal a convidou para ser dançarina de um grupo de garotas – a Gaiola das Popozudas. Valesca aceitou e fez muito sucesso. Ela se destacava entre as demais, e logo ganhou o posto de vocalista do grupo. A luz do sucesso começava a ficar intensa no caminho em que trilhava.

Após alguns procedimentos estéticos, Valesca ganhou seu apelido carinhoso, que veio a se tornar sua marca. Valesca Popozuda, o nome artístico que brilhava nas placas e nos outdoors. Seu nome explodiu no Brasil inteiro com o hit “Agora eu sou solteira e ninguém vai me segurar”. O bordão caiu na boca do povo e o sucesso foi meteórico. O reconhecimento nacional foi imediato. Por onde andava era aclamada por seus fãs. Novas músicas foram estourando. Seu trabalho musical era carregado de polêmica, fato que dividia as opiniões populares. Mesmo com os contras, brilhava cada vez mais no cenário brasileiro. Participou de um reality show de famosos e terminou entre as primeiras. No carnaval, reinou à frente da bateria no eixo SP-RJ, esbanjando beleza e samba no pé na Águia de Ouro e na Porto da Pedra, além de ser musa do Salgueiro. Seu amor pela festa sempre foi explícito, o que a tornou amada pelos sambistas. O sucesso não era mais sonho, já virara realidade.

No entanto, chegou o momento em que Valesca viu que podia ir além. Decidiu seguir carreira solo, pois acreditava no seu potencial. A decisão foi certeira. Valesca deixou de ser apenas uma cantora famosa. Ela tornou-se a personificação do sucesso. Seu hit de estreia foi “Beijinho no ombro”, mais um bordão que caiu no gosto popular. Esse trabalho revelou uma nova fase da cantora, com músicas menos vulgares e mais conceituais. Na sequência, “Eu sou a diva que você quer copiar” e “Sou dessas” consagraram o nome de Valesca no hall dos principais artistas da história brasileira. Seu novo jeito de fazer funk a torna uma mulher admirada até por quem outrora a criticava. Valesca entra em turnê pelo Brasil, levando alegria e garra por todos os cantos. Sua voz é levada pelos ventos, cativando cada coração.

Valesca Reis Santos, muito mais do que uma bunda. Grande pensadora contemporânea, que nos leva a refletir sobre as mazelas da nossa sociedade. Lutando contra as injustiças, símbolo da luta das mulheres por direitos iguais. Feminista, cantando a liberdade de poder ser quem quiser, de dar para quem desejar. Indo contra as injustiças e preconceitos. É bi, é tri, é free e é gay, amada pelo movimento LGBT, devido às suas ações em prol desse grupo que tanto a admira. Exemplo de mulher que trabalha e ainda tem tempo para zelar por sua família, seu filho. Valesca provou que diva é diva em qualquer situação, seja na oficina, no escritório, no palco. Seus fãs, os chamados “popofãs”, não param de surgir, enaltecendo a diva com muito amor e carinho. Nossa homenagem é uma declaração de amor. Uma forma de agradecer e aplaudir tudo o que tem sido feito por nosso país. Hoje, Valesca Reis Santos, a querida Popozuda, é muito mais do que uma cantora de sucesso. É a diva do Brasil.

Carnavalesco: Wellington Aquino
Texto e Autor: Cleiton Almeida