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SINOPSE
ENREDO 2009
Lorosae Timur. Histórias de coragem escritas com amor. Meu pequeno Timor Autor
Nessa noite a Insulíndia levou meu samba ao encontro da Ilha de
Timor. Lugar aonde o sol desponta primeiro, clareando cada novo
dia. Conta a lenda que tudo começou com o velho crocodilo, que
com muita fome agonizava as margens do pacífico. De seus olhos
desceram lágrimas que fizeram com que um jovem rapaz o ajudasse
a se alimentar. Como sinal de gratidão o crocodilo prometeu
proteger o jovem. Passaram várias luas até que o período da
fome voltou e fez com que o crocodilo pensasse em se alimentar do
rapaz. Animais de todo o mundo se reuniram para recriminar o
crocodilo. Envergonhado e arrependido, o crocodilo decidiu ir a
busca do nascer do sol para sua redenção. De repente ele viu
suas patas paralisarem e seu corpo lentamente petrificar, as
terras emergiram ao seu redor. Nascia a ilha de Timor em forma de
crocodilo. E o rapaz caminhou pela ilha com sol nascente em seu
pescoço, nascia o primeiro timorense. Timor em língua tétum
quer dizer oriente, aonde o sol nasce e começa a liberdade.
Recanto do mapa que dá fertilidade para a terra, que faz brotar o caule da arequeira e faz verde a folha do bétele. Chão que é pisado pela força do búfalo tal qual a força do povo maubere. Tem aroma de sândalo pelo ar! A nobre madeira que exala odor que conferia aos rituais da ilha harmonia espiritual atraiu as rotas comerciais que exalavam cobiça. Primeiro chegaram os vizinhos orientais, chineses e indo-javaneses que faziam da madeira peças para seus luxuosos palácios. Depois, portugueses rumando no desconhecido se encontram com a ilha iniciando a saga colonizadora européia. Suseranos do Rei de Portugal a ilha lentamente se convertia em uma pérola oriental no Império do ultramar português. Missionários convertiam nativos ao catolicismo, fazendo com que as crenças tomistas insulares fossem enfraquecidas. Os olhos da cobiça européia se lançaram sob a próspera ilha portuguesa trazendo invasores holandeses na Guerra de Cailaco. O Timor holandês fundou Díli, cidade portuária que exportava madeira e importava a cultura ocidental. O alvorecer da Idade Contemporânea trouxe para a ilha a decadência do comércio de sândalo e o despertar do cultivo do café. A metrópole Portugal com sua política de descolonização após os anos salazaristas fomentava na ilha a idéia de independência. Sonho interrompido pelo desejo de expansão da imperial Indonésia. O laço que Timor se fazia representar entre oriente e ocidente se desfez ao som de metralhadoras e tanques de guerra A Invasão silenciou o povo maubere, fazendo com que se escondessem nas montanhas. A língua portuguesa foi banida da ilha sendo imposta a língua indonésia. O mundo fechava os olhos ao massacre que estava prestes a ocorrer. "Na ponta da minha baioneta escrevei a história da minha libertação" (frase encontrada escrita em um muro da capital Díli). As marcas indonésias em Timor foram banhadas de sangue deixaram na terra lágrimas de tormento. Mesmo tendo o medo como sua sombra, Timor se fazia guerreiro nos heróicos movimentos de resistência. Os grilhões do império indonésio não fizeram com que o maubere se entregasse. O sonho da liberdade era pago com o alto preço da fome e do isolamento total do mundo. O maior massacre do século XX, tendo mais de um terço da população timorense dizimada, trouxe enfim gritos Lorosae! O maubere é bravo, e só termina seu canto na dança guerreira da vitória: Lorosae! Enfim a liberdade! O despertar do novo milênio faz surgir finalmente a República Democrática de Timor Leste, primeiro país do século XXI. A língua portuguesa une, enfim o nosso Brasil ao Timor. A redescoberta da identidade lusófona timorense passa pelo nosso canto, o nosso samba. Daí os tambores revestidos de pele de búfalo timorenses tocam com o nosso cavaco contando essa saga de coragem. Faz-se revelar sob as luzes do carnaval o sorriso sempre constante no rosto de cada timorense, que luta por sua terra com coragem e amor. Está aí meu pequeno Timor! Aos compositores A G.R.E.S.V. Raízes convida aos compositores a fazerem parte da nossa escola, compondo sambas para o carnaval de 2009. Damos total liberdade para a criação do samba, desde que siga o a linha seqüencial do enredo apresentado. O samba será escolhido pela diretoria da escola em final ainda sem data definida. Os compositores poderão compor quantos sambas quiser, seja em parceria ou não. Os sambas deverão ser enviados, até data ainda a ser definida pela diretoria, para eduardopiresnunes@hotmail.com e para murilo_sousa@yahoo.com.br. Deverão contar no e-mail a letra do samba (Word ou pdf) e o áudio (wma ou mp3). Não haverá premiação para o samba vencedor. A escola se reserva ao direito de modificar a obra para maior adequação ao enredo e/ou melodia, assim como o direito de fundir dois ou mais sambas. |
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