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Há uma luz que nunca se
apaga... (Porto da Pedra - 2015)
Através de olhares apaixonados,
brilham fogos de artifício que vão cortando o horizonte.
Raio, o tigre fotônico, com sua luminosidade, cruza o rio da
imagem ótica e vai, navegando no in-verso, construindo a
fantasia.
A poesia, como um caleidoscópio, ganha forma física, projetando luz em invenções que romperam barreiras. Baterias recarregam a folia e são produzidas na usina fascinante. As lembranças são recortes em forma de imagens que produzem radiações do passado no futuro . A cidade luz é o espelho onde, sob o sono da razão, deitam os utópicos, que não temem a realidade, às vezes escura e sombria, em que fazem reluzir o esplendor das mentes estelares, debruçando-se sobre ideia e ideais. Sob a luz do luar, organismos vivos constroem elos de uma corrente de emoção gerada pela ampla multidão, atenta às fluidas transformações. Das cinzas, um prisma elabora novas formas e cores, em um turbilhão que arrasta e desordena a massa. A energia tecnicolor surge como luz da inspiração de seres predestinados, que trazem a alma clara na pele escura e vão desabrochando no firmamento, com mãos unidas, caminhando em direção à luz que há no fim do túnel. Na divisão entre noite e dia, pode-se afirmar que há mais estrelas no céu nas noites de carnaval. E a festa dos olhos ateia a chama do coração, lampejando a eterna catarse: "há uma luz que nunca se apaga..." Carnavalesco - Wagner Gonçalves Pesquisa e texto - Wagner Goncalves e Guinho Frazão |
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