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'Explode coração na maior felicidade, é lindo o meu Salgueiro contagiando e sacudindo essa cidade' (Salgueiro - 1993)

Sinopse Portela 2009

E por falar em amor, onde anda voc�? (Portela - 2009)

O amor � a linguagem universal. Nasceu junto com o homem e ainda se multiplica em sementes, resistindo bravamente �s investidas do mal.

Assim como o ar, o amor deveria estar presente em todos os lugares. Sem ele, ningu�m consegue respirar. Muito menos, suspirar.

Caligrafia divina, o amor tem escrita fina, escrevendo certo por linhas tortas. Est� nas Sagradas Escrituras e nas l�nguas mortas. Enfrenta os maiores desafios para vencer os obst�culos que o separam da felicidade. O amor � in�cio, meio e fim - mas n�o tem idade.

Ah, o amor!...

Dizem que na Idade das Trevas, quando o homem ainda vivia na obscuridade, entre as mazelas da guerra e epidemias que varriam o solo europeu, um rei deu tudo de seu. Demonstrou que o amor a seu pa�s e � sua gente era mais importante que a pr�pria vida. Ensinou que o homem depende da honra para atingir seus ideais e foi glorificado pelos poderes de uma espada, no sil�ncio dos s�culos adormecida.

Diante de Sua Majestade curvaram-se doze cavaleiros que juraram eterna lealdade, defendendo o Rei e o Estado. Lendas de aventuras e hero�smo circulavam por todos os povoados, perpetuando a coragem e o estoicismo atrav�s de gera��es medievais. Feitos de bravura e resigna��o tornaram-se uma tradi��o, sin�nimos de verdadeiras provas de amor.

Era assim que a vida se constru�a. Cada degrau da escadaria guardava uma p�gina de magia e um "qu�" de bruxaria. E um feiti�o impediria que a noite se encontrasse com o dia...

A dist�ncia deixada quando o amor se vai, brota uma l�grima no rosto da saudade. Na �ndia, a lenda tornou-se realidade. O imperador jamais conseguiu mensurar a intensidade da dor desde o momento em que perdeu a sua amada.

Mandou construir um pal�cio para traduzir o que sentia: durante vinte anos, noite e dia, vinte mil homens puseram pedra sobre pedra para erguer a morada de quem j� n�o existia.

Hoje, quando o sol se p�e, o m�rmore do pal�cio ainda muda de cor, escrevendo sobre a terra o que restou de uma fascinante hist�ria de amor.

Ah... as hist�rias de amor! Elas atravessaram os mares e foram escritas em areias de praias brasileiras. Eram hist�rias-metade, hist�rias inteiras, que ensinavam o amor � nossa terra, � nossa gente e a todo esse continente chamado Brasil.

Hist�rias que contavam a mistura de ra�as e pensamentos, insurrei��es e movimentos pelo amor � liberdade. Hist�rias que custaram a vida, engrandeceram a morte, e com muito amor consolidaram a Hist�ria dessa p�tria t�o querida.

Ah, meu Brasil! Que bom seria se todos te amassem... te respeitassem e zelassem pelo que � teu!

Que bom seria se cuid�ssemos da Natureza com mais amor!

Com toda a certeza, � a maior de nossas riquezas e a esperan�a para o planeta n�o sufocar com o calor. Devemos lutar pela sua integridade e pelo ar que respiramos.

Em nome do Pai, das Esp�cies e de todos os Seres Humanos.

Ah, meu Brasil, de sonhos poss�veis, de tantos feitos incr�veis!

Meu Brasil de ouro, de prata e de bronze; meu Brasil, que � craque nas onze!

Minha prov�ncia mineral, t�o rica no solo quanto em p�rolas desse tesouro cultural.

Amor sugere emo��o e � capaz de derreter o mais forte dos bravos. Basta tocar o cora��o. Foi assim que o vento levou... e nos arrebatou com um beijo � meia-luz, num cabar� em Casablanca. � assim que o amor nos conduz, meio Ghost, do outro lado da vida. Amores sem medida nos olhos do ator, refletido nos l�bios da atriz - no escurinho do cinema, chupando drops de anis. Este � o amor com suas emboscadas, arrastando-nos para as ciladas da vida, transformando a plat�ia apaixonada em manteiga derretida.

Amor � energia. � a for�a que nos move para encontrar as solu��es do dia-a-dia. � fonte de inspira��o e plataforma de cria��o para uma vida mais sadia.

Amor � F�sica, � Qu�mica, � o fen�meno da aproxima��o: � o mist�rio que materializa a teoria da imagina��o!

Amor envolve com sutileza: nos conselhos da m�e, nas palavras da professora, nos ensinamentos da f�, nas manifesta��es da Natureza.

O amor n�o � um privil�gio do homem e tamb�m desperta "frisson" entre os animais. Nesse festival de paix�o, quem ousa mais?

Os rel�gios anunciam que o tempo n�o p�ra e � hora de deixar o amor de lado para produzir. E tome tecnologia! Toda hora, todo dia. Escravo dos ponteiros, o homem vive pendurado nos fones do Ipod. Debru�ado no laptop. Enfiado no PC... Ser� que ningu�m mais se curte? N�o, agora muitos namoram em salas virtuais e na interface do orkut.

A fam�lia j� n�o se conhece, ningu�m mais se fala - nem se abala. Na sala de jantar do nosso enredo, a TV de plasma � quem p�e � mesa. E quando a gente descobre, o medo e a viol�ncia est�o no card�pio do hor�rio nobre.

Precisamos evoluir sem perder a ess�ncia: o sentimento � soberano. Eis a Ci�ncia que d� sentido � vida do ser humano.

O amor traz saudade e nos acalanta no balan�o do bonde que arrastava foli�es para o Centro da Cidade. O bonde dos cord�es, sal�o itinerante de um tempo sem maldade.

L� se v�o confetes e serpentinas, o bloco da esquina, o Bafo e o Cacique sacudindo a Avenida. Brincar, cantar, pular n�o era apenas fantasia. A gente era feliz e n�o sabia.

Amar tamb�m � viver de nostalgia e flutuar na magia de amores ef�meros, como num baile de carnaval. Amores an�nimos, mascarados, dissimulados, atrevidos, insuflados por cupidos fantasiados, enternecidos por anjos endiabrados.

"Quanto riso!
Oh, quanta alegria!
Mais de mil palha�os no sal�o
O Arlequim est� chorando pelo amor da Colombina
No meio da multid�o..."

� chegado o momento de fazer uma reflex�o para responder � pergunta que vem l� do cora��o:

- E por falar em Amor, onde anda voc�?

Tomara que nosso reencontro se d� nesta noite gloriosa, antes que a orquestra encerre o baile com a "Cidade Maravilhosa".

� hora de ir embora, preciso cuidar da vida. Falei tanto de amor, que bateu a maior saudade da minha Portela querida.

GRES PORTELA
Presidente: Nilo Figueiredo
Autores: Marta Queiroz e Cl�udio Vieira
Carnavalescos: Lane Santana e Jorge Carib�
Desenvolvimento: Equipe de Cria��o do GRES Portela

Registro do Enredo:
Funda��o Biblioteca Nacional
Registro n� 429.878 - Livro 805 - Folha 38
Em 04/3/08 - 15h10