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SINOPSE
ENREDO 2016
Escondem-se os rostos para mostrar sua cultura, África vista por de trás de suas máscaras
Proposta do Enredo Para o carnaval 2016, a Paracambi Imperial se propõe a mostrar um enredo com temática “Afro”. Sabemos que á História do Continente Africano, assim como sua Cultura já foi mostrada, ilustrada e contada diversas vezes direta ou indiretamente em inúmeros desfiles de Escolas de Samba, seja real ou virtual. Dessa forma, tentando abordar uma nova linha deste vasto tema, o mesmo será abordado sobre uma nova perspectiva, baseada explicitamente em sua arte, especificamente em sua mais importante expressão material de cultura, as Máscaras, que tem papel fundamental na materialização de crenças e ensinamentos transmitidos através do tempo em seus inúmeros rituais. Introdução Vai começar o ritual! Sagazes, velozes, imponentes… Trajados em exuberantes máscaras que remetem à selvagens antílopes vem chegando a tribo Kwele, fazendo seu importante rito de iniciação, abrindo passagem para um grande desfile. Sinopse “Esconde-se a face, para que seja transmitida sabedoria”. O dourado de sua paisagem árida confundia-se com a vasta presença de metais preciosos, constatando riqueza abundante, riqueza esta também empregada pela exuberância de sua fauna selvagem, equilibrada com a mais nobre presença deste lugar, seu povo. Povo sábio e crente, que materializava suas crenças usando desta natureza suas matérias-primas para criar máscaras de madeira, metal e marfim, feitas pelo artesão da tribo, que detinha dom especial para elabora-las. Representada também na figura de seus animais ou fazendo elos espirituais para transmitir ensinamentos e consequentemente sabedoria entrepara seu povo, tendo sua cultura fortalecida através de máscaras usadas em rituais que passavam de geração em geração a importância do sagrado, valores morais, respeito à natureza, respeito aos que já partiram, rituais de guerra, buscando em sua essência preservar a tradição. Porém o que pareceria forte e perfeito sucumbiria cruelmente perante a face do mal, que impulsionada pela ganância, parte de terras europeias, ceifando culturas, escravizando almas e matando o conhecimento, levando nos porões de suas naus as riquezas daquele lugar, e o pouco que sobrou de suas representativas máscaras, para mais tarde as expor em manequins de museus, manequins sem vida, tornando-as totalmente inútil, sem importância. Contudo, enquanto suas expressões materiais expostas na Europa nada mais valiam, seu verdadeiro poder era transportado em águas turvas para terras tropicais através da mente sábia de seu povo para lá escravizado, que mesmo vivendo por aqui a sofrer, superando as mazelas, já sem poder contar com o luxo de sua antiga terra, adaptou-se ao disponível, dando lugar para os tecidos retalhados, porém transmitindo os mesmos propósitos, unindo-se e perpetuando seus legados em nossa terra através do folguedo Zambiapunga e o candomblé dos Egunguns. “Máscaras em poesia” Lá vem a tribo Kewle… Fazendo seu rito de passagem Abrindo caminho neste carnaval Anunciando a chegada da Paracambi Imperial Majestosa África, de fauna exuberante Riquezas naturais abundantes Que servem de matéria-prima Para que suas tribos façam Suas expressivas máscaras Esculpidas pela mão do artesão Protagonista de diversos rituais Em sagração a natureza Preservação da cultura E transmissão de valores Porém o que parecia forte foi quebrado De além-mar impulsionado Pela ganância e ambição Veio a face do mal Abatendo a cultura e a escravizando Através de suas naus Eram europeus Levando aquele povo por águas turvas Para terras tropicais Enquanto suas máscaras mantidas em museus Lá expostas já não valiam mais Em terras brasileiras povos em união Já sem aquela riqueza da Terra mãe Dos retalhos surge a adaptação Deixando seu legado Perpetuando sua cultura Através do candomblé dos Egunguns E folguedo Zambiapunga |
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