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Cantemos por Marielle. Paiol é a voz da Maré no Carnaval da Resistência
SINOPSE ENREDO 2018

Cantemos por Marielle. Paiol é a voz da Maré no Carnaval da Resistência


Sinopse 2018:

Dia 14 de Março de 2018, tentaram silenciar uma voz.

Mas não uma voz qualquer, um grito de socorro, força e ao mesmo tempo ternura.

Uma voz firme, porém materna.

Uma voz que berra mas que também afaga.

Uma voz que não nasceu em berço de ouro, não teve luxos, não teve mimos.

Teve amor e compaixão por todos que aos olhos dela passava.

Nasceu em Julho de 1979, sob o sol de Leão, em uma Favela Complexo na Maré. Nasceu mulher, nasceu negra. Veio sob os auspícios de guerreiras que a abençoaram com os dons da força, da raça, da perseverança, da empatia. Dandara dos Palmares, Nhá Chica, Luiza Mahin, Tereza de Benguela, Aqualtune, Zeferina, Maria Felipa, Adelina, Acotirene, Raínha Tereza e muitas outras trouxeram ao Brasil aquela que dedicaria a vida a lutar para a transformação de sua realidade.

Viveu na Maré, foi mãe ainda muito jovem. Nossa voz cresceu e depois de um tiro que interrompeu a vida de sua amiga em um confronto, essa voz se tornou MARIELLE FRANCO. Mulher, Negra, Mãe, Lésbica, Militante e guerreira dos movimentos sociais.

A partir daí começa uma vida de batalhas dedicadas ao benefício do próximo. Gritava alto a favor dos Direitos Humanos. Era firme quando quando falava sobre questões raciais e direito dos negros. Defendia com unhas e dentes os moradores das favelas denunciando ao mundo a sua realidade e os abusos que sofriam. Feminista, pelas mulheres, gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, exigia igualdade e respeito.

“Nossa voz, muitas vezes silenciada terá de ser ouvida”

A voz foi ouvida muitas e muitas vezes, e cada vez que era ouvida, multidões de consolo, esperança e força a acompanhava.

Nosso carnaval não será só de flores e se nessa história temos a voz do oprimido sendo gritada, também temos a voz do opressor que abafa, que cala.

Tentaram silenciar uma voz. Apenas tentaram!

Levaram mais uma guerreira do Complexo da Maré, mas não sabiam que a sua semente já estava plantada, crescendo e se multiplicando no coração de cada pessoa que não se deixa abater por preconceito, injustiça e desigualdade.

O Carnaval da Unidos do Paiol trará o legado de Marielle Franco, suas lutas e sua história.

Uma homenagem pela vida de trabalhos pela sociedade.

Um alerta por todos os direitos que ainda temos que lutar, para viver um Brasil mais justo para todos nós.

Uma ponta de esperança no progresso social.

Como disse Marielle, “Eu sou porque nós somos”.

Autor: Juliana Cavalcanti