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SINOPSE
ENREDO 2017
Libertos nunca Fomos!
Assim conta a história Que uma princesa “bondosa” Em uma divina inspiração Assinaria a lei da libertação Mas em além-mar, lá em Portugal Impulsionados pela Revolução Industrial Um sopro ideológico bretão surgiu: “Era preciso consumir o que se produziu” Logo floresceu o ideal do lado de cá Libertar então para “escravizar” Não apenas uma raça afinal Mas uma escravidão social Cantam os negros em louvor A sonhada liberdade chegou Mas o que a história omitiu É que a Lei Áurea apenas iludiu Novas formas, novos contornos Mas velhos castigos e transtornos A chibata volta a estalar Não sentiremos e ainda vamos gostar Uma nova Casa Grande se institui Em bancos, empresas e indústrias se constitui Uma nova Senzala nos abrigará Em favelas e guetos a se formar Mudam a forma dos antigos tumbeiros Que viram transportes perigosos e cheios Escravos do consumo e da ostentação Cegos pelo capital, a nova escravidão E os senhores do poder Parecem limites não conhecer Sempre prontos e dispostos a conquistar Não importando a quantos precisará sangrar E aos poucos vão roubando nossos direitos Transformando nosso suor em dinheiro Rasgando as leis e convenções Nos acorrentando em seus grilhões É preciso lutar, manter nosso ideal De que uma real Lei Áurea surja afinal É preciso enfrentar, resistir Ser os novos inconfidentes a surgir Neste carnaval virtual A Paiol conclama afinal É hora de lutar por nossos direitos E por mais dignidade e respeito Sem perder a força, nem a ternura Também é hora de acabar com nossa clausura Num desfile de resistência e fulgor Vem sambar para abrandar a dor Michel Laczynski Autor do Enredo |
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