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Na reação, surge uma grande nação (Nação Insulana - 2016)

Na reação, surge uma grande nação (Nação Insulana - 2016)

Criação de Manoel Junior e Desenvolvido por Luiz Antônio Simas

JUSTIFICATIVA
A capacidade de reagir diante de adversidades é uma característica que acompanha o ser humano ao longo da História. A possibilidade de renascer das cinzas, refazer uma trajetória, recriar a vida, instaurar a alegria onde havia tristeza, sorrir depois de tempestades, sintetiza a capacidade que a humanidade tem de resistir às adversidades e construir novos horizontes.

OBJETIVO

Nosso enredo contará a trajetória de uma águia poderosa; ave admirada por sua força e capacidade de alçar voos surpreendentes. É por isso que ela, a águia, se transformou em símbolo de altivez e está presente no brasão de tantas nações.

PRIMEIRO SETOR - A REAÇÃO

Contaremos a lenda de uma águia que, depois de voar durante muito tempo, sentiu-se cansada, avistou uma ILHA e pousou. A águia reparou que as pessoas ali buscavam encontrar uma maneira de restaurar a alegria que um dia existiu e foi perdida, diante de um tempo de tempestades que ameaçou destruir tudo aquilo que elas mais amavam.

Ao ver a reação das pessoas empenhadas em ultrapassar as adversidades, a ave percebeu que ela também precisava se transformar, superar o cansaço e readquirir a capacidade de voar mais alto. A águia reparou, também, que a transformação só viria a partir dela mesma.

SEGUNDO SETOR - A FÉ NA TRANSFORMAÇÃO

Diante disso, começou a se sacrificar ao cair da noite, arrancando as próprias penas, mutilando suas garras desgastadas e seu bico rachado pelo tempo. Ao ver o sacrifício da águia, Exu, o mensageiro que a tudo presencia, chamou um orixá cultuado pelo povo daquela ilha, Oxalá, para que ele começasse a cuidar da ave, dando-lhe a paciência e a força para fazer a transformação necessária. Com ele veio Nanã, senhora que conhece os segredos da vida, da morte e do renascimento. Nanã, mãe de Omolu, o deus da doença e da cura, acalentou a águia com seu canto sereno, enquanto a lua no céu bordava de claridades a noite escura.

Outros orixás vieram também para dotar a águia de energia - o axé - para a grande transformação: Iemanjá deu a ela o poder de atravessar seus mares salgados, Ogum a dotou da energia para enfrentar grandes batalhas e Oxum veio lhe ensinar o poder da sedução. Oxossi ensinou a astúcia dos caçadores e Iansã mostrou a ela como domar as ventanias. Xangô lhe ensinou a dominar o fogo e a ter senso de justiça. Ossain falou do mistério das folhas que curam. Orunmilá - o sábio - leu nos búzios que ela teria um grande futuro.

TERCEIRO SETOR - RENASCIMENTO

Acalentada e dotada do axé dos orixás, a águia renasceu naquela noite. Quando o dia raiou, com novas penas, garras afiadas e asas vigorosas, ela alçou voo. O povo da Ilha, que assistiu o sacrifício e o renascimento da grande ave, cantou, dançou feliz, tocou tambores para os orixás e prometeu celebrar sempre o poder da vida. A alegria estava de volta.

A águia cumpriu assim uma trajetória como a da FÊNIX, o pássaro sagrado de antigas civilizações que, quando morria, entrava em autocombustão, para renascer vigoroso a partir de suas próprias cinzas. Era uma FÊNIX insulana que levantava voo para ganhar o mundo.

QUARTO SETOR - UMA GRANDE NAÇÃO

E a águia voou renovada, levando no bico uma nova bandeira - verde, amarela, azul e branca. É ela - a águia que renasceu na ILHA - que simboliza a trajetória de lutas do grupo REAGE BOI. Do que restou da antiga paixão, sempre louvada, ergue-se a possibilidade de se restaurar a dignidade, a alegria e a fé na capacidade que temos de "renascer das cinzas" para sambar, cantar e preencher o vazio com grandes conquistas.