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Hilária Batista de Almeida (Unidos de Padre Miguel - 2011)
JUSTIFICATIVA DO ENREDO ''Festa de Iemanjá (1978); O Quilombo dos Palmares (1984);
Meu Irmão de Cor, Meu Irmão de Fé (1987); Valongo (1988); Bahia de Todos os Negros (2000) e No Reino das Águas de Olokum (2008).'' Negra. Com um toque de africanidade que sempre fez bem a Unidos de Padre Miguel. Foi preciso olhar ao longo de seus 54 anos de história e resgatar a sua identidade. ´´Unidos´´ vestiremos turbantes, torço branco ou rodilha. Pescoço repleto de argolões e colares de búzios, a minha proteção. No ombro o xale de pano da costa e sobre o peito erguido uma blusa de cabeção rendado. Sobre o pulso firme traremos amuletos: balangandãs de prata, braceletes, pulseiras e cordões. A saia rodada nos veste e nos pés, chinelinhas de couro. Na alma: as mães de Santo. No coração: as mães do samba. Viemos contar a mãe de todas: Hilária Batista de Almeida. Nossa Mãe. SINOPSE DO ENREDO Ouçam o som dos Ilús! O Semba celebra a vida. Ifá, senhor do Destino. A luz de Òrun gera a vida, sua ancestralidade. Dos Yorubás valentes, a herança! Mãe África Ritual... Das Savanas ensolaradas. O Ventre do mundo. Bahia, Salvador. Em que seus pais escravos aportaram. Escrava nasceu, cresceu... Entre costumes afro-portugueses. Onde desfilam os Ranchos de Reis. Assistiu nas ruas e ladeiras... Procissões católicas, cheganças, pastoris... Bumba-meu-boi e baianos cucumbis. Por Bamboxê Obtikô no Terreiro da Casa Branca... Fez-se filha de Oxum, Senhora do amor e da beleza. Na Gira dos Batuqueiros, o Semba se fez Samba. Bahia, seu berço, seu chão... Sentirás saudades! Destino te guia rumo ao Rio de Janeiro. Seria a oferta de emprego na estiva, no cais. Nos antigos sobrados da Saúde, seu lar. À beira do cais... Vida simples. Pescadores, populares. Saudades, Hilário Jovino Ferreira e Mãe Baiana Bebiana. Fundadores dos primeiros ranchos... O Reis de Ouro. Que relembram o folclore nordestino de alegorias ao divino. Nas esquinas: quitandas, nas ruas: vendedores e artistas. Pioneiro terreiro de magia do irmão de fé João Alabá de Omulu. Tia Bebiana, Tia Mônica, Tia Amélia, Tia Carmem do Xibuca, Tia Perciliana, De santo irmãs! Torna-se Yakekêrê, mãe pequena. Pequena África de magia! Praça Onze... Um novo lar. Viveria dos quitutes baianos e das comidas típicas. Diziam que obtinhas o poder da cura... Não se avexem, são as mãos de Oxalá! Sua fama pela cidade percorria. Até as vestes ela alugaria. Verdadeiro reduto de sambistas, das rodas de samba. Do samba de terreiro, do Partido Alto. Samba criado pelos filhos das mães baianas Donga, Pixinguinha, Sinhô e João És uma verdadeira casa de samba, de bambas. Quem diria que os ranchos... Ganhariam alegorias. Negros que se vestiam em nobres. Belas damas. Da Malandragem nascente, filhos das mães baianas... Que formariam as primeiras escolas de samba. Dos primeiros pavilhões. Dos estandartes informando os enredos... Dos adereços. Das burrinhas de vime a bailar. Das nossas Baianas de Linha protegendo os sambistas. Esta aí senhora... Nascido em seu lar. Vejo-o com orgulho. O samba é seu, do Rio! Das nossas mães baianas do samba. De nossas cabrochas, da comunidade da Vila Vintém. A homenagem do meu Boi Vermelho, Unidos de Padre Miguel. Deixo meu Axé em branco, com sangue vermelho pulsante... À Hilária Batista de Almeida ou simplesmente Tia Ciata. Peço a sua proteção, minha mãe! Tia Rema (Elizete Cândida da Silva, 73 anos, nascida em dois de março de 1937. Tia Rema como é conhecida pela comunidade, é uma das figuras mais importantes da Unidos de Padre Miguel. A Mãe que embala uma grande geração de sambistas para a Vila Vintém.) Edward Moraes e Marcus Ferreira Carnavalescos |
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