Viva eu, Sim, Para alegria de Vocês; Pra ser Cubango,
Não se Conta até Três! (Acadêmicos de
Madureira - 2016)
Viva eu, Sim, Para alegria de Vocês; Pra ser Cubango, Não se Conta até Três! (Acadêmicos de Madureira - 2016)
Aconteceu e novamente estou
aí… vamos viajar no tempo, atravessar a baía de
Guanabara e aportar na terra de Araribóia e Ney Ferreira, de
Carlinhos Manga-espada e Luís Carlos Ferreira, de Dona
Denetildes e Tia Lourdes. Lugar de mãe Luisinha,
Sebastião Rosa, Onório. Anfitriões de nossa
história, raiz de nossa alegria.
Lá por 1959, calava-se o Império Serrão e nascia
ao ecoar dos tambores e repiques a Cubango, numa tentativa de
reascender a chama do samba e manter a história e
tradição de sua gente viva. Valores estes que a escola
faz questão de manter até hoje, seu chão, sua
comunidade, sua raiz africana… seu POVO.
A Verde-e-branca inicia sua trajetória em 1960 nos desfiles de
Niterói e já se consagra TETRA-CAMPEÃ do grupo 2
com o enredo ‘SONHO DAS ESMERALDAS’, mas foi cantando
‘UM REI CONGO SABARÁ’, em 1972, que a escola se
consolida como grande Academia e adota a temática afro como
preferência.
Em 10 campeonatos disputados consecutivos, a Cubango conquistou 7
títulos e, lá pelos anos 80, a escola deixava o carnaval
de Niterói e passaria a desfilar no Rio de Janeiro pelo grupo 4,
onde no mesmo ano já é campeã e ascende,
então, ao grupo 3. Com mais um enredo afro, ‘NEGRO QUE TE
QUERO NEGRO’, a papa-títulos de Niterói conquista
finalmente o direito de desfilar no grupo 1 (atual série A).
Inicia-se, então, a brilhante trajetória de uma
agremiação que busca a cada ano a
perfeição, a excelência, para assim poder
assentar-se a elite do carnaval carioca.
Mas como foi dito anteriormente, o valor dado a sua comunidade é
enorme. Tanto que, desde o ano passado, a Cubango oferece para as
crianças de sua comunidade uma opção de lazer e
cultura, fortalecendo ainda mais a construção da
cidadania e promovendo a inclusão social dos seus futuros
sambistas, é o projeto “Sambando nas escolas”.
Quem ainda não foi ao prêmio Jorge Lafond? Criado em 2003,
pelo presidente Pelé, o troféu tem como principal
finalidade engrandecer os artistas que abrilhantam os desfiles da
Série A, bem como suas respectivas agremiações e
leva o nome de uma das maiores personalidades do carnaval carioca, o
ator Jorge Lafond.
Então, nesta homenagem, preparem-se para reviver fortes
emoções, pois não poderiam ficar de fora os
enredos memoráveis, os desfiles emocionantes, que fizeram do
“Quilombo Cubanguense” uma exímia academia.
Quem se lembra de: ‘ÁFRICA, O EXUBERANTE PAÍS
NEGRO’, dos carnavalescos Roberto Reis e Antônio Sergio, em
2002, onde a escola foi Campeã do grupo B, voltando, assim, a
desfilar pelo grupo de acesso A. Também dos mesmos
carnavalescos, a escola ficou em 5º lugar em 2004 cantando
‘CUBANGO É SHOPPING NO MUNDO DO TOMA LÁ DA
CÁ’. Uma comissão de carnaval elaborou a homenagem
prestada ao município de Paracambi no ano de 2007, ‘DE FIO
A FIO NA REAL, PRA LÁ PRA LI, PARACAMBI’. Foi no ano de
2008, numa bela apresentação de ‘MERCEDES BATISTA,
DE PASSO A PASSO, UM PASSO’, dirigido por Wagner
Gonçalves, que infelizmente a agremiação, obtendo
o 9° lugar, caiu para o grupo B novamente. Lugar este que, no ano
seguinte, seria palco de uma reedição magnífica de
Sérgio Silva e Léo Moraes, ‘AFOXE É CORTEJO,
É RITUAL, É FESTA, AFOXÉ É CARNAVAL’,
um desfile épico que a sagrou CAMPEÃ e o retorno ao grupo
A. Milton Cunha também fez história na Cubango, mas
precisamente em 2010 a insanidade esteve solta na Sapucaí com
‘OS LOUCOS DA PRAIA CHAMADA SAUDADE’, que rendeu à
escola um não merecido 9° lugar, mas foi em 2011, sob os
cuidados de Jaime Cezário, que a verde-e branco de
Niterói foi realmente injustiçada, um desfile
apoteótico, luxuoso, requintado, ‘A EMOÇÃO
ESTÁ NO AR’ rendeu apenas um 4.° lugar. Atualmente
voltou-se a falar de África, afinal de contas suas raízes
vêm de lá. Márcio Puluker levou para avenida em
2014 ‘CONTINENTE NEGRO – UMA EPOPEIA AFRICANA’, a
escola obteve um 5° lugar e um estandarte de ouro de MELHOR
SAMBA-ENREDO do grupo A. Neste último carnaval, um desfile
grandioso trouxe de volta Jaime Cezário e a energia da
família Cubanguense, ‘CUBANGO, A REALEZA AFRICANA DE
NITERÓI’ arrebatou o 4° lugar de uma que foi a mais
acirrada disputa dos últimos tempos. Se eu pudesse, narraria
todos os anos, todas as emoções, toda esta
trajetória de luta e de vitórias que completam 55 anos.
É esta Cubango, alegre e solta na ‘INTENDENTE’, que
o Acadêmicos de Madureira quer mostrar, pois hoje não
há tempo ruim e qualquer hora é hora. Vamos cantar, vamos
sambar agora.
Lá vem a verde e branca de Niterói, carregando as cores da esperança e da paz, numa só voz.
Viva eu sim, para alegria de vocês. Pra ser Cubango, não
se conta até três… Viva eu sim, para alegria de
vocês. Pra ser Cubango, não se conta até três
!!!!!