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O Monarca do Samba (Lins Imperial - 2017)
Esta
é uma noite muito especial, de festa. Junto aos bobos da corte,
carrego cornetas e pergaminhos para anunciar a visita do Monarca do
Samba. Todos nós estamos ansiosos. Conforme apresentamos a sua
vinda, brilham os olhos de todos ao redor e se inicia uma grande
movimentação em Lins Imperial. Todo o reino é
convidado e quer estar presente.
No caminho para o castelo, onde o Imperador e a Imperatriz de Lins darão as boas vindas, já é possível enxergar o plebeu “Crioulinho Sabu” procurando o melhor ângulo para vê-lo. Logo atrás, cheio de guloseimas preparadas para a festa, o “Quitandeiro” burguês. Mais adiante podemos ouvir os cânticos do clero em “Peregrinação”. Os mais eufóricos são os soldados, que, acostumados à rigidez da postura, foram liberados para também celebrarem. Inclusive, já até mandaram avisar que a Guarda Imperial “Vai Vadiar”. Por fim, chegam os nobres, todos muito bem vestidos, e com “Lenço” nas mãos para uma reverência especial. Eis que é chegada a hora. O Monarca do Samba surge diante de nossos olhos, em lugar de destaque no castelo. E o povo todo acena, manda beijos e aplaude. Ele retribui com toda a fidalguia que lhe é característica. Não poderia ser diferente, já que nasceu em uma terra chamada Cavaleiro (Cavalcante) e foi batizado como o célebre na batalha (Hildemar). Sob
a “Alegria das Flores” que espalham perfume pelo
salão, todos nós, bufões, nos juntamos para
encenar a vida do nosso ilustre convidado, que não nasceu em
berço de ouro, mas foi condecorado com vários
títulos de nobreza. Chamado de príncipe, revelou-se
discípulo legítimo do fundador de sua
nação, um líder sempre em guarda... e até
presidente. Um autêntico representante do sangue azul (e branco),
aclamado e laureado com troféus e prêmios mundo afora, um
baú recheado de tesouros. Tem seus feitos cantados por muitos e
sua história destacada em vários reinos coirmãos.
Pena que o sol já está quase raiando e é chegada a hora de encerrar o cortejo. Num ato solene, nossas duas bandeiras se entrelaçam e a águia do brasão de Lins se junta à da Portela para que em verde, rosa, azul e branco, ambos os reinos consigam a tão sonhada e “Retumbante Vitória”. Despedindo-se de todos nós, súditos, emocionados e já cheios de saudade, o Monarca do Samba parte e nos deixa com o “Coração em Desalinho”. Mas, felizes em viver esta noite especial, que tive a honra de trazer em forma de mensagem, temos a certeza de que esta data ficará marcada na história de Lins, que nunca deixou de ser Imperial. Texto: Tiago Ribeiro Comissão de Carnaval: Eduardo Minucci, Flávio Mello e Tiago Ribeiro |
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