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Canções do Rio
ENREDO 2013

Canções do Rio

JUSTIFICATIVA

Baseado no Livro "Canções do Rio - A Cidade em Letra e Música" de Marcelo Moutinho, o enredo conta a história do Rio de Janeiro, sua geografia, antropologia e desenvolvimento social e cultural através de sua música. Dividido em seis setores (gêneros e fases), o enredo evolui paralelo a musicalidade e a história do Rio de Janeiro.

SINOPSE

FAIXA 1 - DOS PRIMÓRDIOS À ERA DE OURO

Rio, meu Rio Que um dia sorriu , sorriu sem cantar Ao som de bandolins e cavaquinhos Instrumentalmente ao sapatinho, iremos te retratar
Humildemente a Imperatriz Paulista Mesmo havendo quem resista, reviverás por aqui Ao som de Chorinho bem miúdo Cidade Nova, Botafogo e Catumbi

Paulista de coração Carioca De Alma pura e lugar no céu Revivemos Wilson Batista, Dalva, Herivelto, a Era do Rádio e o Cometa Noel
Canta, encanta sem cantar Porque o canto do recanto onde Ataulfo viveu É tão mar, é tão sol, é tão céu Tão bonito quanto o meu

Vão Acabar com a Praça XI Não vai ter mais escola de samba Engano seu, amigo Ismael Porque em Copa, Ary se fez bamba

FAIXA 2 - AS MARCHINHAS

E o Rio amanheceu cantando Num Carnaval que estava pra chegar Chiquinha, Menina Maestrina Gonzagueando, dava o tom daquela Rosa a germinar

Ó Abre Alas! Ó Abre Alas que eu quero passar João de Barro pelo telefone Avisa que o Partido, em cena iria entrar

Lá vem o Partido Republicano E o seu Cordão dos Puxa-Sacos Em cada acorde que se preze Excelência cai do galho

Onde está a minha água? A que horas volta a luz? Mostre a mim, Rio de Janeiro Porque é que me seduz
Cidade Mulher Cidade Maravilhosa Mas um certo "Coração Ingrato" Musicou por outra nota.

Suzana foi embora Trem lotou sem piedade Tabelinha João, Ary e Ataulfo Um "golaço" da cidade

FAIXA 3 - O SAMBA

Na Estrada D’ Ferro Rio D’ Ouro Tristeza não chegará Com as bênçãos dos primeiros bambas Com licença, Deixa Falar

Viva a Penha e a Favela E os versos de Sinhô Vila Isabel, Salgueiro, Estácio Foi o saldo que ficou

Sim, eu sou o Samba E do morro sou a voz Nesta Linda Guanabara Brilha o Rio de Todos Nós
Chafarizes e Nobreza Ou herança da Europa Mas Brasil, que tem Mangueira Cria alma carioca
Um brinde a malandragem Vamos brindar com "Cachaça" Mas bandido não sou não Quaisquer seja o som que faça

Mas favela que é favela Lado bom, lado ruim Entre o morro e o asfalto Qual dos Rios fica pra mim ?

Saudades da Guanabara Solidão que bate só De dois Rios, só uma alma Que no peito dá um nó

FAIXA 4 - A BOSSA NOVA

Dez de Julho de 58 Era o sonho de João Ora, "Chega de Saudade" Que sublime expressão

Bossa, Balanço e Balada É assim bem que se faz. Elizeth, eu quero um samba Ou "Canção do Amor Demais"

Coitada da Narinha Nem em sua própria casa nasceu Mas já foi levada a turma Que sonhava com Orfeu
Vininha, me dá um Tom Ou tons iguais a você Pois a Copa de Dick Farney É Inútil descrever
Inútil feito a Paisagem Pois pra Copa, não há palavra Só há sol ou mesmo o céu Qual swing ou batucada

E a Garota de Ipanema Que balanço sincopado O contraste pra tristeza De um Menesca chateado

Chateado talvez não seja A palavra ideal Mas a Bossa virou Fossa Pra se tornar imortal

FAIXA 5 - A CANÇÃO MODERNA

E o Brasil ganhou o Mundo Ou será que foi o contrário ? A Bossa dava espaço Para um tal Roberto Carlos

Roberto e seu amigo Erasmo Bicho, aquilo era uma Brasa Mas não havia mais Drummonds Nos quintais aqui de casa

Foi Jobim quem reclamava Perante tamanha solidão Movimento então havia Em um tal de "Arrastão"

Ditadura quis glosar Mas venceu o violão Até Sérgio o quebrar Delirando a multidão

Um Rio brutalizado Assim retratava Oiticica Anti-Heróis, Parangolés Mas aqui você não fica

Era exílio obrigatório Ordenavam Generais Mas Buarque em meio ao caos Dava voz aos Festivais

Ave Maria no Morro Pra cidade brutalizada Favela e Cidade juntas Eis cisão anunciada

Cidade Maravilhosa Do subúrbio e da luxúria Influência de Zé Kéti Poesia pra penúria

Rio de Janeiro aquele abraço Menino do Rio é quem manda Samba-Funk da Favela Faz girar essa ciranda

FAIXA 6 - ROCK, RAP, FUNK

"Cauby ! Cauby !" Sussurava a própria sorte De um som muito mais alto Que vem lá da Zona Norte

Guitarras, Psicodelismo, Tropicália Era coisa de Raul Talvez Rita, Moraes ou Pepeu Agitando a Zona Sul

Rita, que não és carioca Como estes que lhes contam a história Mas não se esquece do verão Que mudou a trajetória

O Havaí não era aqui Mas o sol veio morar Nas areias fluminenses Ou nas ondas a quebrar

Pra onde foi o sol ? Foi ouvir Rock do bom Ou perto da natureza Ou no Circo Voador

Cazuza misturou Rock com Samba Mas Frejat quem não queria "Hotel Marina quando acende" Brilha a periferia

Era o "Rio de Janeura" Foi parar em Irajá Se a Conexão é Black "Sonho não vai terminar"

Pensador mesclou o Rap Com o povo Rock And Roll Mas foi geral do Funk Que a mistura adotou

Do Soul então chegou o síndico E mais tarde, seu sobrinho Convidou D2, MV Bill Doca e também Cidinho

O Rio não quer mais violência Essa vibe era de paz Do Leme ao Pontal cantavam "Lado B, Lado A"

Fechou geral, misturou tudo De três ritmos, um mix Pra contar, trago a Imperatriz Paulista E o resto do país

Me despeço de vocês Agradecendo a paciência Guanabara, Letra e Música Amizade por essência

PARA OS COMPOSITORES

O enredo utiliza a musicalidade do Rio de Janeiro para contar a sua história, portanto, use a SUA musicalidade para contar a NOSSA história. Não hesite ousar. Crie, brinque e divirta-se.

Sinopse: Luís Butti