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O Triunfo da América - o Canto
Lírico de Joaquina Lapinha (Inocentes de Belford Roxo - 2014)
INTRODUÇÃO A opção do G.R.E.S. Inocentes de Belford Roxo
em escolher um enredo que vai retratar a história pouco
conhecida de Joaquina Maria da Conceição Lapa, a Joaquina
Lapinha, almeja justamente abraçar uma oportunidade ímpar
de dinfudir a genialidade da artista que, considerada uma joia de raro
talento, venceu preconceitos e foi pioneira no processo de
emancipação da mulher.
Expoente da música brasileira no século XIX, Lapinha é o retrato de um paradoxo: a herança africana e a erudição europeia; o preto e o branco ( e por que não citar o dourado, tão intrínseco à nobreza por ela conquistada?); a resistência e os costumes; a lança e a lira; o tambor e o piano; o cantar e o interpretar; a música e o teatro. Inicialmente considerados contrastantes, tais aspectos revelam-se perfeitamente harmônicos e complementares, na interpretação histórica, despretensiosa e libertária adotada pela Agremiação no processo de retratação e desenvolvimento do carnaval 2014. SINOPSE EM UMA ÓPERA DE QUATRO ATOS, MUITOS FATOS A DESENROLAR: CONTAR A HISTÓRIA E A TRAJETÓRIA DE MARIA DA CONCEIÇÃO DA LAPA, A JOAQUINA LAPINHA; MARIA MINEIRA, MARIA GENUINAMENTE BRASILEIRA. MULATA DA LAPA, E DETENTORA DE UM TALENTO NATO, REVELOU AO MUNDO O SEU EXTRAORDINÁRIO DOM DE INTERPRETAR, TANTO COMO CANTORA SOPRANO, QUANTO COMO ATRIZ DRAMÁTICA. NEGRA LÍRICA DE VOZ ONÍRICA TEVE QUE SUPERAR UM DRAMA HEROICO E SOBREPOR O SEU TALENTO À SUA COR, ARRANCANDO APLAUSOS DE PLATEIAS EXIGENTES E ELOGIOS DE CRÍTICOS RENOMADOS, TANTO NO BRASIL COMO NO EXTERIOR, MAIS ESPECIFICAMENTE NO RIO DE JANEIRO E EM LISBOA (PORTUGAL). SUA ORIGEM, SUAS RAÍZES E SUA ANCESTRALIDADE FORAM INDISPENSÁVEIS NA QUEBRA DE TABUS E NA SUPERAÇÃO DE PRECONCEITOS, PROPICIANDO A IMENSA CONTRIBUIÇÃO DE LAPINHA ENQUANTO ARTISTA DIFERENCIADA, EXPOENTE NO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO. A ARTE, PERFORMANCE E APTIDÃO CLARA SUPERARAM O PRECONCEITO DA PELE ESCURA, ALCANÇANDO PRESTÍGIO, FAMA E RENOME INTERNACIONAL, CONQUISTANDO AINDA, A REALEZA DAS TERRAS LUSITANAS. MAIS QUE TEMA DE ENREDO, LAPINHA DÁ O TOM, E É A ESTRELA DE UM GRANDE CONCERTO, ONDE A PASSARELA DO SAMBA É O PALCO E A BATERIA É A ORQUESTRA. PÉROLA NEGRA DE VOZ SINGULAR, LÁ DO ALTO DO CÉU ESTELAR, VERÁ O SEU CANTO POR TODA AVENIDA ECOAR, E ENTÃO O CARNAVAL, MAJESTOSA FESTA POPULAR, IRÁ ENFIM CONSAGRAR, O SEU ESPLENDOROSO CANTAR. É O TRIUNFO DA AMÉRICA... Pesquisa e texto: Bianca Behrends e Wagner Gonçalves Carnavalesco: Wagner Gonçalves |
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