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Contos de Fadas (Mocidade Independente de Inhaúma - 2017)
Contos de Fadas (Mocidade Independente de Inhaúma - 2017)

Todos nós um dia, quando crianças, imaginávamos ser Fadas, Guerreiros, Príncipes ou Princesas. Todos nós, quando crianças, tivemos medo de bruxa, bicho papão, piratas e monstros. São essas lembranças que estarão presentes no desfile. Remeter à infância nesse momento lúdico, onde tudo era possível através da leitura, das experiências diárias
ou das histórias contadas antes de dormir. Traremos referências desses personagens que tanto habitaram e ainda habitam o imaginário coletivo. Esses seres encantados, bons ou maus, que vivem entre o “Era uma vez…” e o “…felizes para sempre”.

A primeira coisa que sabemos acerca dos Contos de Fadas é a sua origem no início dos tempos. Tal como os mitos, são universais, com personagens e enredos semelhantes nas diferentes culturas. Os contos, inicialmente com origem na tradição oral, ainda conservam hoje maravilhoso poder da palavra e por isso contar um conto é tanto uma aventura para o narrador como para quem o escuta. À medida que a história é contada, se tem total liberdade para construir o mundo ouvido nos limites da sua imaginação. Este é o tempo em que as crianças devem ser encorajadas a acreditar nos seus sonhos e na sua própria capacidade criativa.

E é quando vão dormir que tudo que vivenciaram durante o dia retorna em forma de sonhos, e é nesses sonhos que tudo pode acontecer. É um tempo sem tempo, um espaço sem espaço: é a dimensão do imaginário.

ERA UMA VEZ…

Um mundo onde as Fadas, guardiãs dos elementos da natureza e tudo o que existe no mundo, habitam em perfeita harmonia com todos os seres da floresta. Nesses bosques encantados encontramos gnomos, duendes, animais, flores e cogumelos mágicos, e tudo mais que sua imaginação puder sonhar.

Nesse mundo de sonho vivem também Reis e Rainhas em seus castelos imponentes, onde sapos viram Príncipes valentes com beijos de suas lindas princesas, todos felizes e em total harmonia, cercados de beleza e muita magia.

Claro que nada é perfeito. Ah! esses vilões… Sempre querendo estragar a festa e perturbar a ordem do lugar. Lá, bem afastados de toda alegria, em meio a lugares sinistros e sombrios, tramam planos diabólicos. Sequestram e prendem princesas, enganam, perseguem, enfeitiçam príncipes, conjuram maldições, fazem todo tipo de maldade de que se tem notícia. Existem monstros e criaturas mitológicas: no alto de montanhas, escondidos em profundos abismos, pântanos fedorentos, no fundo dos lagos… vivem assustando o reino, alguns com seu tamanho e força, outros com seus poderes sobrenaturais.

Mas, para trazer de volta a Paz e a tranquilidade a este Reino encantado, são proclamadas verdadeiras batalhas e designados grandes e virtuosos guerreiros para derrotar essas forças malignas. E assim o fazem, e voltam para casa com satisfação de missão cumprida.

No final o Amor sempre vence, e com ele todos viverão felizes para sempre, ou quase sempre, até que venha outro vilão e comece tudo de novo.

Mas essa é uma outra história…

Carnavalesco Flávio Lins