Sinopse Império da Tijuca 2008
Duzentos
Anos da Corte Imperial nos Jardins da Família Imperial (Império
da Tijuca - 2008)
A Família Imperiana orgulha-se
de apresentar em ópera popular a transmigração da realeza para
o Brasil. Uma viagem no tempo e na história...
A orquestra de surdos, caixas, repiques, tamborins e chocalhos
regida por um mestre dá o tom para a apresentação de seus
tenores e sopranos. O cenário é montado e entram em cena os
componentes da verde e branco apresentando este belíssimo
espetáculo que com movimentos e cores empolgam a platéia.
Tudo começou ... na Europa que na segunda metade do século
XVIII vivia os tempos modernos da indústria: mais capital, maior
produção e conseqüentemente mais mercados. Uma disputa entre
os capitalistas ingleses e franceses. Os ideais de Napoleão
Bonaparte que era um governante obstinado, tinha como objetivo
isolar a Inglaterra do restante do mundo. Entretanto, com
Portugal isso não era possível. A dependência de Portugal com
a Inglaterra ia além, inclusive através de tratados comerciais.
Por não ceder aos caprichos de Bonaparte, Portugal foi invadido
e Dom João embarcou rumo a colônia.
Primeiro ato - Chegada da Família Real
Ao chegar ao Brasil, a corte do príncipe regente Dom
João incluía nobres, ministros e militares, o que mudou
bastante a vida na província.
Houve uma redescoberta do Brasil com decretos e cartas régias
que mudaram de vez a situação da colônia, que ao longo do
tempo passou a reino.
Segundo ato - A evolução da Cidade Maravilhosa
Vieram da Bahia trazendo o luxo e a riqueza da corte
para o Rio de Janeiro. Em pleno mês de fevereiro foi uma grande
festa. O povo encheu as ruas cantando, dançando e gritando de
alegria, um verdadeiro Carnaval. Do Largo do Passo passando pela
rua do Rosário, o carioca orgulhoso recebia a corte com o
estandarte da cidade bem ao alto no meio do cortejo.
Foi uma época de abertura cultural, ainda que limitada a suas
elites. O interesse de D. João pela Cidade Maravilhosa se
intensificava.
Terceiro ato - O Jardim Real
No antigo engenho de cana-de-açúcar foi construída a
Fábrica de Pólvora e um jardim de aclimação. Com objetivo de
aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Encantado
com a exuberância da natureza local, D. João instalou um jardim
que no mesmo ano passou a se chamar Real Horto. Este jardim
abrigava as mais raras espécies de plantas da flora brasileira e
de outros países.
Quarto ato - A Independência
Em 1821, D. João VI e o restante da Família Real
retornaram a Portugal, deixando D. Pedro como príncipe regente
do Brasil. No ano seguinte Portugal exigiu a sua volta, mas ele
decidiu ficar porque acreditava que colônia e metrópole
deveriam se separar. Deu-se então, início ao processo de
independência e em 1823 foi coroado Imperador do Brasil.
Entusiasta da natureza, o Real Horto passou a se chamar Real
Jardim Botânico e D. Pedro I abriu as portas ao público,
nomeando o seu primeiro diretor, Frei Leandro Sacramento, que ali
realizou importantes experiências e estudos botânicos.
Quinto ato - Da República aos dias atuais
Passaram os anos e o Brasil virou República. O local
teve mais uma vez o seu nome mudado para Jardim Botânico do Rio
de Janeiro De República em República chegamos ao terceiro
milênio e as imponentes palmeiras imperiais encantam quem passa
pela sua entrada.
Localizado entre a montanha do Corcovado e a Lagoa Rodrigo de
Freitas este santuário ecológico com lagos, caminhos, uma
enorme diversidade de flores, de plantas e uma infinidade de
pássaros convivendo com belas esculturas, edificações e
monumentos foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. Bromeliário, Orquidário, Jardim Japonês e
espaços reservados para plantas medicinais e insetívoras
compõem este cenário junto as Vitórias Régias de rara e
infinita beleza.
Hoje um espaço aberto que já recebeu visitas ilustres, como as
de Einstein e da Rainha Elisabeth II do Reino Unido.
A Corte Imperiana homenageia a Família Real nesse Carnaval pelo
seu legado e a essa obra que por quem a visita jamais é
esquecida...
Passaram-se duzentos anos...
Carnavalesco: Sandro Gomes
Texto e pesquisa: Patrícia Toscano e Glória Salomão