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O Tempo Ruge, a Sapucaí é Grande e o Império aplaude o Felomenal (Império da Tijuca - 2016)
Carnavalesco: Júnior Pernambucano Pesquisa e texto: Marcelo Martins e Marcelo Moraes Caetano Sinopse O céu se transforma em lona verde a branca onde o juazeiro derrama seu doce juá; o sol acende seu holofote que agiganta a luz do amor de uma arte que evoluirá Assim que mirou as rodas de artistas itinerantes, com a chegada da caravana Rolidei em Juazeiro do Norte, o menino Zé se encanta e se torna um tripulantes, misturando sua alma às cores: está lançada a sorte! Entre máscaras de drama e comédia, alegria e fado, nasce e cresce um artista sem igual, fazendo do seu papel um ato sincero, cada cena imortal: mentira e verdade no caminho, lado a lado Desde menino, já sarapantava na arte, ofício de brasileiro: um pouco Macunaíma, um pouco Iracema. Abençoado por José de Alencar e “Padim” Cícero Romão do Juazeiro se tornou uma pessoa com alma de poema A caravana Rolidei vai onde o povo estiver e o menino Zé embarca na viagem encantada, onde tudo é possível, seja homem ou mulher, enchendo sua mala de sonhos nessa estrada. No brilho da fantasia dos palcos da vida, surgem personagens, sem chegada nem partida; seja herói, seja vilão, conde, presidente ou profeta louco, homem debaixo de um santo do pau oco; malandro sem patente, ou até mesmo um marquês muito imponente. Percorrendo a trilha onde sonhos são realidade, surge um tal de Lorde, Cigano cheio de ardil, que transita com destemor de cidade em cidade, mas acaba se despedindo: “Bye, bye, Brasil!” Retorna ao Arraial do Tijuco, terras da Diamantina, e conhece Xica da Silva, ex-escrava e poderosa rainha. Dizem que se tornou ali homem de grandes ares, chegando a governador, o Conde de Valadares. Descendo pela baixada fluminense, com sua luneta, Zé encontra Tenório Cavalcanti, uma espécie de “Lampião”, vestindo sua capa preta, fazendo justiça com as próprias mãos. No mar de Antônio Conselheiro, o Nordestino mostrou que é antes de tudo um forte; que ajoelha diante de Deus mas não ajoelha diante da morte. Na luta do bem (sempre amado) contra o mal, costurando o mundo de cabo a rabo, onde situar certas figuras, afinal, como a do religioso, devoto e pistoleiro Zeca Diabo? Nas escadarias de São Salvador, se deparou com uma alma penada no caminho. Mas não teve medo nem se assustou, porque ela pode lhe tratar com todo amor e carinho; assim foi com Dona Flor, recebendo do além-mundo o seu amado, Vadinho. E não é que a saga continua, minha gente? Em Asa Branca eis que surge um santo milagreiro que dizem que converte até o mais descrente! É o que todos dizem de Roque Santeiro. Seguindo viagem foi parar em Brasilia onde foi recebido por Juscelino. Ali, sonhou com os traços de um Brasil-Maravilha, arquitetura da alma de um eterno menino. Nas terras de Gabriela Jesuíno, cabra macho, Zé vai encontrar E Dona Sinhazinha, pobre dela! Só ouvia: “Vá se arrumar, hoje vou lhe usar!” Chegando no carnaval do Rio de Janeiro, afinal, conheceu uma figura ‘felomenal’: Giovanni Improta surge! Venha, gente, ande! Como todos sabem, “O tempo ruge, e a Sapucaí é grande”! E assim é que se funde o homem e o mito, que mora na Terra, no coração do infinito… Valeu, menino grande Zé! O Império da Tijuca te aplaude de pé! |
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