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Um Lugar Chamado Esperança
SINOPSE ENREDO 2012

Um Lugar Chamado Esperança

Poeira e céu... céu e poeira.

Os grãos de chão poeirento revelam a pequenez do ser humano que se agiganta quando em seu coração arde a chama da força que ele conhece por esperança. Esperança na volta daquele que um dia traria a redenção total. Crença na volta do monarca que faria do mundo um lugar melhor. O retorno nunca ocorreu....

Mas eis que num repente de magia o feitiço se quebra e o rei regressa! Trova do destino, parte o Desejado, menino Dom Sebastião, e seu séquito sobre cavalos de pedra e capim rasgando o sertão!

Mas eis que em nova cercania o rei-menino surta. O feitiço do tempo lhe rouba a razão e pelas mais diversas paragens de tudo viu e ouviu.

Pelo canendoscópio da ilusão viu uma cidade feita de cana... Mourícia de fato? Mouros na região? Loucura!

Palmilhando ruas e vielas se percebeu em uma terra de gigantes multicores e cabeças negras coroadas. Uma nova África no mundo? O romper de mais um surto!

Conheceu um povo que foi capaz de transfigurar a esperança em arte e fazer dele próprio uma expressão artística! Transformando a vida com esperança, transformaram-se em arte!

E nas terras do sem fim contemplou a natureza se manifestar através de deuses em uma grandiosa energia. Eis a fé que move e cura a alma humana! Crença que aponta, silenciosamente, para a busca daquilo que o coração real de fato almeja: respostas.

Partiram então na cavalgada, o rei menino e seu séquito de tantas batalhas, rumo ao silêncio do sertão. E mesmo sendo tão novo, a realidade não perdoa Sebastião. Em terríveis socos a vida mostrou ao Desejado o quanto a exclusão e o esquecimento fazem o povo padecer na fome, na miséria e na cegueira. O quinto império universal, por ele prometido, não existia? Seria ele de fato o desejado redentor? Duvidou de si mesmo...

Com o espírito estilhaçado tanto o rei quanto seu exército dourado retornaram à Pedra do Reino onde haviam, dias antes, desencantado. Lágrimas de dor e desilusão pareciam ferir o chão poeirento. Tão desolados estavam que não puderam ver, não perceberam, quando um velho poeta se aproximou do rei. A conversa foi reveladora: ali estava Ariano Suassuna, o criador, diante de Sebastião, sua criatura. Há anos escrevera uma obra que mostrava a força da fé do povo na volta dele, o Desejado.

Sábio coração de poeta mostrou ao rei-menino que o mundo dele não era ali com os mortais e que a crença deles em seu retorno é que movia e sustentava a todos, mesmo diante das mais profundas adversidades.

Foi então que o rei sorriu, que a escuridão da noite chegou, e em mil estrelas o Desejado se partiu. Poeira da terra... poeira estelar... inspiração para o poeta então poder escrever e ensinar que o verdadeiro reino de Dom Sebastião, o quinto império universal de paz e bonança fica dentro de cada um de nós em um lugar chamado esperança!