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Jorge, Amado Jorge (Imperatriz - 2012)
Texto e desenvolvimento: Max Lopes e Gabriel Haddad “Briguei
pela boa causa, a do homem e a da grandeza, a do pão e a da
liberdade, bati-me contra os preconceitos, ousei as práticas
condenadas, percorri os caminhos proibidos, fui o oposto, o vice-versa,
o não, me consumi, chorei e ri, sofri, amei, me diverti.”
Jorge Amado (Navegação de Cabotagem, 1992) Sinopse Ave Bahia! Bahia sagrada! 1912. A lua prateada banha o céu de axé... Eis a coroa de Oxalá, o Senhor da Bahia! Venha nos proteger, meu Senhor do Bonfim! Vem do mar a esperança... Litoral de magia... Iemanjá! Oferendas à rainha do mar! “Ela é sereia, é a mãe-d’água, a dona do mar, Iemanjá” Velas bailam ao som do vento baiano. Veleiros, canoinhas e jangadas, deixem-se levar. “...cerca o peixe, bate o remo, puxa corda, colhe a rede Canoeiro puxa rede do mar...” Jorge, Amado Jorge... Eis aqui sua história, vida e memória! Vai, criança baiana; descubra os segredos dessa terra. Jorge conheceu fazendas, ruas, vielas, Becos e guetos, tipos e jeitos. - Quem quer flores? Frutas? – grita o vendedor. - Olha o acarajé! – oferece a velha baiana. Águas de Oxalá! Venha ver a Lavagem do Bonfim! As letras lhe chegam num sopro. Um vento de liberdade em defesa do povo. Ah... O Rio de Janeiro... Nova casa do rapaz escritor. Graduado na vida e na universidade. Na política, com o “coração vermelho”, se engajou. É a vida na capital. Amigos, papos e mulheres... Ah... As mulheres... Vida perfumada e sensual... Bares e cabarés... Eis a malandragem, o primeiro livro: o “país do carnaval”. Primeiros romances. Romances da guerreira e apimentada Bahia, sua eterna paixão. O ciclo do cacau, grande inspiração. Viver nas areias da história e sonhar em ser capitão. Um ideal. O valor do homem. O reconhecimento da valente alma do povo. Vivência e personagens se confundem. Verdadeiros baianos traduzidos nos folhetins. Onde está a liberdade? Essa é a “Bahia de todos os santos”, de toda gente! Gente brasileira. Doce amor, doce flor. Amiga, companheira, parceira de letras e caminhadas Que o segue fielmente pelo “sem fim” do mundo. Retornar a sua origem... Os passos rumo à alvorada da literatura. Rumo à consagração: premiado e Amado. De farda e fardão. Busca no tempero de Gabriela os sabores da vida. O aroma da crônica do interior. A brisa que balança as madeixas da morena embala palavras ao encontro de Dona Flor. Tieta do “chão dos prazeres”, do agreste. Tereza Batista, “fonte de mel”. Mulheres e “milagres” do Nordeste. Jogue a rede, pescador! Traga do mar de memórias as palavras inspiradoras. Hoje o capitão é Jorge Amado. Capitão de sua navegação. “Navegação de Cabotagem”. Misticismo e miscigenação, a alma desse chão. Que Exu nos permita caminhar! “Se for de paz, pode entrar.” Okê Arô Oxossi! Salve todos os Orixás! Joga búzios, canta a reza! Kaô kabesilê! Kaô meu pai Xangô! Jorge é obá no Ilê Axé Opô Afonjá! Ora iê iê Oxum! Mãe de Mãe Menininha do Gantois, amiga na fé, axé! É festa na ladeira do Pelô! É festa na Bahia! Fervilha a mestiça terra de Jorge! A Magia dos Filhos de Ghandi... É energia do sangue nordestino... Tocam atabaques e alabês. O Pelourinho estremece! Vem descendo o Ilê Aiyê! É o tambor! É a força do ritmo! É o som do Olodum! Venham, amigos queridos! Amada família do escritor, venha conosco cantar! 100 anos do nascimento de Jorge Amado... Comemora a Imperatriz Leopoldinense! De alma e coração, vamos todos brindar ao mestre das letras! Sentadas sob a sombra da copa de uma grande árvore, suas palavras vão para sempre descansar... Jorge, Amado Jorge... Muito obrigado! Hoje, a ti canto e me declaro: sou mais um gresilense apaixonado! |
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