Sinopse Imperatriz 2008
João
e Marias (Imperatriz - 2008)
Como toda história de
príncipes e princesas costuma começar com era uma vez, assim
também começaremos a nossa história...
Era uma vez, uma princesa chamada Maria Antônia. Nasceu na
Áustria, numa família numerosa e estava destinada,
naturalmente, como toda princesa a se casar com um príncipe.
Maria Antonia foi a escolhida para ser a esposa do futuro rei de
França, Louis XVI. Ao chegar a França, para as bodas, recebeu
outro nome. Maria Antonia tornou-se Maria Antonieta. O jovem
casal de governantes excede em gastos com a corte e a França
passa por momentos conturbados tanto politicamente como
financeiramente e rei e rainha são destronados pela Revolução
Francesa. É um grande baque para as monarquias absolutistas da
Europa.
Num país vizinho, Portugal, vivia outra rainha Maria, que
recebeu ao nascer o nome de Maria Francisca Isabel Josefa Antonia
Gertrudes Rita Joana. Casou-se com o tio e reinou de 1777 a 1816.
Tendo ajudado e acolhido inúmeros nobres franceses perseguidos
pela revolução francesa, e sabedora do destino de Maria
Antonieta, esta Maria apavorada com o grande abalo sofrido pelo
absolutismo, ficou ensandecida e viu-se obrigada a passar o poder
a seu filho João. O abalo foi tão forte que até hoje é
conhecida como D. Maria, a louca. Seu filho João, não havia
sido criado para assumir o papel de rei, mas como sei irmão mais
velho faleceu, e sua mãe não podia mais governar, assumiu o
cargo de príncipe regente.
Enquanto isso na França, sobe ao poder um homem, que apesar de
não ser de família nobre era entretando muito ambicioso -
Napoleão Bonaparte. Ele dirige o país a partir de 1799, e se
torna Imperador de França em 1804. Seu sonho era se tornar o
mais poderoso monarca de Europa e portanto, precisava expandir
seus domínios. Era um grande estrategista e conseguia vitórias
e conquistas, ampliando o território. Nada mais interessante que
a península ibérica. Assim, decide invadir Portugal.
D. João, apoiado pelos ingleses, viu que a única saída
plausível para não ser humilhado por Napoleão, era partir para
a América do Sul, mais precisamente para o Brasil. Quem iria
nesta aventura? O Príncipe regente aconselha-se com a mãe, que
apesar de ter momentos de insanidade, responde muito sensatamente
ao seu filho: "Ou vão-se todos ou ficam todos".
Pois vão-se todos, decide D. João. Numa correria nunca vista,
preparam-se os fidalgos para uma viagem inesperada. Uma espécie
de fuga em massa, que frusta os desejos de Napoleão, que ordena
a invasão. Há dúvidas quanto ao número de fidalgos que
bateram em retirada. Seriam cinco mil, dez mil, quatro mil e
quinhentos? O fato é que saíram de Portugal tendo como destino
o Brasil. E assim, veio a família real, o pai, a mãe, D.
Carlota e os filhos Pedro e Miguel e mais as infantas D. Maria
Teresa, Maria Isabel, Maria Francisca, Maria da Assunção,
Isabel Maria e Ana de Jesus Maria.
No Brasil, o governo de D. João VI tomou medidas que se
impunhavam, para manter a colônia: liberação da atividade
industrial, autonomia administrativa, permissão de ter imprensa;
fundação da Academia Militar, da Marinha e de um hospital
militar, criação de um fábrica de pólvora no Rio de Janeiro,
do ensino superior, do Jardim Botânico e da Biblioteca Real, da
Academia de Belas Artes e do Banco do Brasil. Quem ajudava o pai
a despachar era a infanta D. Maria Teresa.
O tempo passou, duas sobrinas de Maria Antonieta, se casaram com
pretendentes diametralmente opostos. Maria Luisa Leopoldina
Francisca Teresa Josefa casou-se com Napoleão, porque Josefina,
sua primeira mulher não lhe dera herdeiros, e sua irmã, Maria
Leopoldina Josefa Carolina, casou-se com D. Pedro, filho de D.
João. Duas irmãs e dois destinos opostos, pois que D. João e
Napoleão continuavam inimigos. Napoleão acaba deposto, mas D.
Pedro torna-se imperador do Brasil e Leopoldina, sua primeira
imperatriz.
Ambos foram homenageados, entre outra coisas, "D. Maria
Leopoldina virou trem e D. Pedro é uma estação também".
O trem é o que passa em Ramos, e que deu nome a nossa escola
Imperatriz Leopoldinense, onde imperam Joãos e Marias deste
mundo de Deus.
Rosa Magalhães, carnavalesca