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Eternamente, Tia Zica da Mangueira! (Flor da Mina do Andaraí - 2012)
Autor: Rodrigo Sampaio Ao som do surdo de primeira, que contagia invade a alma purifica a vida inteira, Nasce uma musa da negritude, que ainda cedo vai morar la em Mangueira... Registrada de Euzeia da Silva, em um domingo de carnaval nasceu, No bairro de Piedade, na Cidade Maravilhosa concebeu... Filha de lavadeira e pai Guarda - freios da Estação, Recebe da Madrinha o apelido de Zica, que carrega pela vida inteira, E é imortalizada desde então... Castigada em casa de família, onde tinha o propósito da língua portuguesa também estudar!!! Supera o trabalho com nobreza as injustiças da sociedade, se tornando uma guerreira, Que inspira a mulher brasileira, hoje vamos te cantar... No Engenho Novo vive a sua juventude, ali conhece o casamento, homem sério e de bom tratamento, lhe dar cinco filhos onde quatro partem e deixam lamento... Esposo fiel e trabalhador, deixa a Zica viúva, porem guarda no seu coração, todo sentimento, carinho e amor... Vai morar na Mangueira, berço do samba canção, cuida da sua filha doente dando carinho e atenção, se destaca pela luta e ajuda ao próximo, acolhe um menino com o nobre propósito de criar, junto com sua filha herança do casamento que a ajuda a cuidar... Vivendo no morro do samba, rever Cartola poeta famoso das bossas, das rosas, e do perfume a exalar, bate paixão repentina e tão logo começam a namorar... Carlos Cachaça parceiro serviu de cupido para esse romance vingar!!! Muda a vida do compositor e ajuda a sua obra a se eternizar... O filho adotado por Zica agora tem pai e mãe de verdade registrado no papel, carrega no peito a graça o orgulho de gente que vive no céu... A família vai para o Centro do Rio morar, no velho sobrado se instalam e ajudam a primeira Sede de luta ao samba cuidar... Mais a vida fez tudo mudar, inauguram um restaurante famoso, com samba de moro e ambiente gostoso, Zicartola expoente da musica popular, viu o Paulinho da Viola ali começar, musica boa que é do Brasil, tudo isso servido com gosto, as iguarias na panela de barro que Zica fazia e povo curtia até se esbaldar... Festa de Casamento também teve por lá, fina bossa carioca não deixou de faltar, mais o Restaurante fechas as portas, e saudade fica no ar... Volta a morar no morro e lá só a Mangueira ajudar, faz comida do samba, vira conciliadora, pastora, amiga, conselheira... uma guerreira de impressionar... Inspira o poeta a compor, musica sagrada e eterna, linda como uma flor, quando ele parte Zica se agarra a luta ao próximo e perpetuar seu grande amor... Nasce o Centro Cultural, Mangueira mirim, conhecida pelo Brasil afora, primeira dama do samba de coração rubro negro, madrinha de entidades sociais e respeitadas por tantos carnavais... Hoje seu legado dar continuidade aos sonhos realizados e imortaliza essa negra guerreira, guardada em nossos corações pelo seu sorriso sincero e coração fraterno!!! Onde estiver Eternamente, Tia Zica da Mangueira... Rodrigo Sampaio |
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