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SINOPSE ENREDO
2010
Os Argonautas Arlequinados e a Busca pela Estrela da Manhã Autor: Matheus Schappo INTRODUÇÃO A saga dos argonautas descreve a perigosa expedição rumo à
Cólquida em busca do Velo de Ouro. Conta o mito que Éson havia sido destronado
por Pélias, seu meio irmão. Seu filho Jasão, exilado na Tessália aos cuidados do
centauro Quíron, retornou ao atingir a maioridade para reclamar ao trono que por
direito lhe pertencia. Pélias então, que tencionava livrar-se do intruso,
resolveu enviá-lo em busca do Velo de Ouro, tarefa deveras arriscada. Um arauto
foi enviado por toda a Grécia a fim de agregar heróis que estivessem dispostos a
participar da difícil empreitada. Dessa forma, aproximadamente cinqüenta jovens
se apresentaram, todos eles heróis de grande renome e valor. Cada um deles
desempenhou na expedição uma função específica, de acordo com suas
habilidades.
Para o carnaval virtual de 2010 o G.R.E.S.V. Estrela do Amanhã se inspira na saga destes e heróis e transporta para o reino da fantasia a aventura dos Argonautas arlequinados, heróis com bravura dos personagens do conto grego e ginga de sambista que vestem a fantasia de arlequim sobre a armadura e caem no samba para vivenciar passo a passo, a jornada em busca do seu premio maior: A Estrela da manhã. “Procurem por toda à parte. Pura ou degradada até a última baixeza. Eu quero a estrela da manhã. Estrela de beleza e raridade e que tão rápido o quanto surge no firmamento, desaparece deste, ofuscada pelo raios do sol.” SINOPSE Quando o Sol claro se escondeu, o céu tomou uma cor gradiente, diferente, entre o escuro da noite e o azul do dia e no horizonte o crepúsculo apareceu os Argonautas Arlequinados partiram em sua jornada em busca da estrela da amanhã. “Lá também está a melancólica casa da Noite; nuvens pálidas a envolvem na escuridão; Antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmemente o amplo céu, onde a Noite e o Dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro.” O primeiro desafio que eles enfrentaram foi o de resistir aos encantos de Nyx, a deusa da noite. Tinha à cabeça um véu bordado de estrelas e o corpo coberto por um manto negro, ela percorreu a abóbada celeste em sua carruagem puxada por quatro cavalos negros, abonando os mortais com o encanto noturno. A deusa evocou seu filho Hypnos, o deus do sono, para que com suas asas de mariposa e um talo de papoula nas mãos espalhasse pelo mundo o sono, entre os deuses e os mortais. Os argonautas resistiram aos encantos de nyx cobrindo-se com o próprio véu da deusa, assim, protegeram-se do sono que era aspergido por Hypnos e puderam seguir adiante em sua jornada. Após cumprir seu dever, e sem perceber que alguns homens não haviam caído em sono, Hypnos retornou para o seu leito pulcro no palácio inacessível aos raios do sol, cercado pelas cortinas pretas onde poderia repousar em penas macias e ter um sonho calmo velado pelo seu filho Morfeu, o deus dos sonhos. Içadas as velas, soltas as amarras, a nau Argo voltou sua proa em direção ao levante. Porém um novo desafio surgiu: qual o caminho a seguir? Como irão se guiar nesta jornada? “Hoje vou navegar sem destino apanhar as rosas dos ventos como um marinheiro menino.” Os arlequinados olharam então para as estrelas que cintilavam no céu. Lembraram-se que desde a Antiguidade, os povos de diferentes culturas observavam as estrelas, cometas e planetas para tentar desvendar os mistérios do espaço. A maioria destes cultuava os astros como se o fizesse a seres divinos; em diversas civilizações, por exemplo, muitas estrelas e planetas foram transformados em deuses. Porém, mais que um mero deposito de lendas, as figuras no céu ajudavam os povos antigos em suas atividades agrícolas e náuticas. Assim, guiando-se pelas estrelas eles seguiram na direção apontada pela flecha do sábio centauro Quirão, catasterizado na constelação de Sagitário, que através do de ser animal em guia espiritual nesta aventura. E seguindo sua jornada singraram pelas águas do mar revolto onde monstros marinhos e tempestades apareceram em meio às tormentas infligidas por Posseidon. Desta vez os argonautas recorreram a inspiração daqueles que “por mares nunca de antes navegados, passaram por perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força humana.” Tal qual os navegadores portugueses que dobraram o Cabo das tormentas e que ao ser dobrado, mostrou a ligação entrec o Oceano Atlântico e o Oceano Índico e prometia a tão desejada chegada à Índia, os Argonautas sabiam que era preciso navegar, pois se passassem por mais esta provação estariam mais próximos do seu objetivo. E assim o fizeram. Quando acharam que haviam se livrado de todos os perigos do mar avistaram a boiar calmamente sobre as águas, mulheres de longos cabelos louros como o ouro, que ondulavam como o mar na aragem. Nuas da cintura para cima, tinham cauda de peixe da cintura para baixo, seus corpos eram de uma beleza única e esplendorosa, de pele alva e rostos suaves. Quem eram essas, tentadoras e funestas, a cujo canto não resistiam os humanos e, correndo a elas, eram irremediavelmente devorados? As Sereias pertencem ao grupo das divindades da morte, como as Harpias e Eumênides. Com seu canto maravilhoso e irresistível, atraíam os navegantes para os escolhos, onde encontravam a morte, ao invés da felicidade prometida. Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, elas fizeram vãos esforços para atraí-los. Tal qual Orfeu, que estava embarcado ma argo, tomou sua lira e as encantou, Orfeu da Conceição o Nego do carnaval que estava entre os heróis arlequinados tomou seu cavaco e fez as sereias se lançarem ao mar para numa roda de samba, nadar. Os arlequinados não esperaram para ver e seguiram a diante. Banhados pela luz da lua que se projetava no mar e sobre nau dos heróis, pouco e pouco foram sendo envolvidos pela serenidade e acabaram por adormecer. Mas sobre o mar a lua deitou sua lamúria e esparramou nas águas oceânicas sua fúria, e logo o que era sonho transformou-se em pesadelo. Do mais fundo de suas mentes de projetaram Bruxas, fantasmas, vampiros, e tantos outros monstros que esperaram os heróis caírem em profundo sono para rondarem plácidos e silenciosos seus medos e sombras. Como que derrepente uma luz projetou-se sobre os argonautas adormecidos e fazendo despertar do tenebroso pesadelo. De início acharam que era novamente a luz da lua, mas observando melhor viram tratar-se do seu objeto de procura: A estrela da Manhã. E puderam ver no horizonte o levante da deusa aurora, trazendo consigo os primeiros raios do sol, unido ao gorjeio dos pássaros e do gosto da vida a escorrer por todos os cantos. A aventura por que os argonautas passaram foi a etapa necessária para reacender no interior de cada um de nós a lembrança dos feitos heróicos que serviram de inspiração para os arlequinadas bem como nos remeter à mitologia grega que tem atribuído uma significante influência na cultura, nas artes e na ciência, na literatura e na filosofia da civilização ocidental e ainda continua a fazer parte da herança e da cultura atual. |
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