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Luma de Oliveira: Coração de um país em festa! (Estácio de Sá - 2012)
Alô Comunidade! Do "Grêmio Recreativo Escola de Bambas Unidos do Prazer e da Alegria," Tramo as palavras Revelando minha poesia: O sol se põe... A Cabrocha se enfeita, Mães Baianas se armam, A magia do carnaval se deleita. Sambistas se vestem de nobres, Uma combinação perfeita. Um canto se espalha pelo ar. O Pavilhão do amor percorre becos e vielas, E o morro desce para desfilar. A cultura reforça os elos. São negros, morenos, selvagens e amarelos. Uma mistura de uma festa sem recato, Também somos brancos, vermelhos e mulatos. Tudo acontece num estado de graça, É a celebração do arco íris de todas as raças. Mais do que tudo, É como se a vida se expandisse Por uma única fresta. Para Luma, uma justa homenagem. Para o Brasil, é o coração de um país em festa. No baile da Rio Branco, Chega uma gente colorida e festeira, Que vem dos "brasis". Celeiro da cultura brasileira. São muitos, são tantos Que se curvam sob a luz de seus encantos Não é conto, nem magia É bumba meu boi Brincando na folia. Rei Congo bate tambor, É maracatu! Sem choro e sem dor Com muito brilho e muita cor. Solto é o frevo, Cada um pro seu lado De passo marcado E sombrinha na mão. Já os caboclinhos É ritmado ao som, Dos índios, tirados do chão. Tem boi de mamão, E cordões de bichos, Preservando os animais. Aí estão os Clóvis, Recebendo essas manifestações Dos nossos carnavais. Na sua infinita beleza A vida não tem perigo, é boa, De certo, é pioneira. Pra te ver passar Os ritmos afros descem a ladeira, Rufam os tambores Da alma brasileira. Vem o povo do Ketu, As guias dos filhos do sagrado, Olodum num toque refinado, E a festa dos timbaleiros, Com seus corpos pintados. É na Lapa Do Orunmilá, Bloco afro-carioca, Que ao som do ijexá Recebe os ritmos Ao te ver brilhar! E a alegria prevalece, Das ruas os blocos te aquecem. E o sob o brilho do teu olhar, Que a folia resplandece. De lá pra cá. Daqui pra lá. Não tem choro, nem vela. Tem até marmanjo Chupando chupeta, No cordão da bola preta. É na Cinelândia Que tudo ganha vida. Percebemos o quanto é querida. A criatividade predomina, Entre muitas fantasias Brincam arlequins, pierrôs e colombinas. A alegria é geral Todos rumam Pra Sapucaí, Como personagens Do seu carnaval. Sob os encantos Da "deusa da lua" Tudo se converte. Ecoa o apito do Eterno Mestre, Baila Maria Lata D'água, E o teu povo se diverte. Chegou a hora, Bate forte o coração. A cuíca chora, Os repiques inflamam, E o vigor dos surdos, Não demora. Explode de emoção. O povo aplaude, Esse encontro de gente feliz. No balanço dos ganzás, E na batida dos meus tamborins. A Avenida é sua. E o enredo é o seu altar. Com cortejos e desejos Para onde todos querem emigrar. É nos laços da folia, Que Luma vai passar. Carnavalesco: Marcus Ferreira Pesquisa e texto: Marcos Roza |
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