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Sinopse Engenho da Rainha 2008

De braços abertos, o Engenho embala a África em berço esplêndido (Engenho da Rainha - 2008)

Celebrar a África é acima de tudo, um momento de memória, o resgate da herança que afirma o nosso compromisso genético. É um momento de lembrança ao povo brasileiro mestiço que é também africano. É uma exaltação a todos que viveram o cativeiro. Que não é mostrar o sofrimento da escravidão e sim coroar a majestade africana, mostrando a África - mãe e outras Áfricas que se espalham conservando suas crenças, costumes e lembranças unindo várias Áfricas ao Brasil.

África a majestade viva do axé e dos orixás. Que se abram os braços do Brasil para receber esse povo. Ave Bahia cheia de graça, que embala todos os santos da África, tu és o berço do candomblé. África Brasil terra de encantaria, dos voduns, de sua majestade Zumbi dos Palmares, o anjo negro, o rei da luta, de Chico rei escravo das minas, de Dom Obá e Gangazumba. Que seja dourada a liberdade, que as lágrimas da escravidão se transformem em alegria para lavar a alma negra com orgulho de eterna alforria.

Abençoados seja a cultura e o legado que trouxeram da África para o Brasil, protegido por Deus em seus vários nomes. Que nesse solo brote a árvore vida com raízes que se unam sem preconceito, que sua sombra guarde as lembranças alegres e em volta dessa árvore bailem: Afoxés, Jongos, Maculelês, Caxambus, Congadas, Capoeiras, Maracatus e Reisados. Vamos celebrar a união de dois povos sem se importar com credo e cor e formar a grande nação afro-brasileira. Por isso, com muito orgulho o Engenho da Rainha vem reverenciar a mãe África nessa festa popular na terra de toda a África chamada Brasil.

Valdo Rocha, carnavalesco