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coração da cidade: uma história das mil e uma
noites - o Rio das Arábias (Em Cima da Hora - 2015)
Introdução Mais do que um livro, “As Mil e Uma Noites”
é um tesouro da humanidade. A história acontece numa
Arábia lendária, onde o Rei Xeriar, vitimado pela
infidelidade de sua mulher, mandou matá-la e resolveu passar
cada noite com uma mulher diferente, que mandava degolar na
manhã seguinte.
É a
celebração dos 450 anos do Rio de Janeiro num carnaval
das Arábias! O Vizir, então, indicou para o Rei sua filha, Xerazade, que para fugir daquele destino, resolveu apostar numa arriscada estratégia: contaria histórias ao Rei, interrompendo o desfecho e deixando um clima de suspense até a noite seguinte. Ao final de mil e uma noites, o Rei, completamente envolvido por Xerazade, reconheceu que a amava, tornando-a sua rainha. As histórias de Xerazade correram o mundo todo. Eram contos de aventura, mostrando diversos aspectos domundo árabe de forma mágica e encantadora. Os árabes chegaram ao Rio de Janeiro e promoveram uma verdadeira revolução em nossos costumes. Como uma das histórias de Xerazade, a imigração árabe também foi uma grande aventura, tão impressionante como as de Simbad, Ali Babá ou Aladim. E é assim que o G.R.E.S. Em Cima da Hora, na celebração dos 450 anos do Rio de Janeiro, apresenta seu carnaval – transformando a imigração árabe em nossa cidade numa grande aventura das Mil e Uma Noites, revelando seus costumes, sua cultura e a sua arte, celebrando a influência deste povo heroico em nossa terra, inclusive na forma como fazemos o nosso carnaval. Prepare-se para esta grande viagem! Sinopse Está na hora de ouvirmos mais uma grande aventura. Xerazade está a postos. Ela já nos encantou com narrativas fascinantes em um universo encantado onde gênios saíam de lâmpadas e tapetes ganhavam altura até se juntarem às estrelas do firmamento. É a Arábia das narrativas de marujos e ladrões, de Ali Babá, Aladim e Simbad. Esse universo encantado é o sonho das Mil e Uma Noites. Quando pensamos na Arábia, diversas imagens vêm à nossa mente: o clima quente, a culinária, a riqueza das jóias, o requinte do Narguilé, os tecidos, os instrumentos musicais e até a influência no estudo da matemática. Mas, agora, as histórias de Xerazade ganharão novos ares. Ela nos levará por caminhos desconhecidos e lugares até então inimagináveis. Com a Arábia em nossos corações, a voz de Xerazade nos guiará a um novo mundo. A imaginação nos fará deixar para trás os portões dos grandes palácios, cruzar os “setes mares” e ir de encontro a um novo destino: o Rio de Janeiro. Os Árabes aqui chegaram e deixaram suas marcas no nosso dia a dia, inclusive nos azulejos e nas formas arquitetônicas de nossas edificações. Aprendemos sua arte e suas danças. A grande proliferação de periódicos árabes (entre 1890 a 1950) mostrou a força de sua imprensa no Rio de Janeiro, mudando de forma definitiva a nossa forma de ver e entender o mundo. Através da influencia dos mascates, herdamos a cultura da barganha. Hoje, encravado no coração do Rio de Janeiro, temos o Saara, um grande mercado que traduz a tradição árabe no comércio de nossa cidade. O Saara, além de ser um pólo econômico, é também uma referência na nossa cultura popular. O mercado foi um dos primeiros lugares do Rio de Janeiro a adotar as datas festivas em sua decoração. O povo, ao som das marchinhas que tocavam nas rádios, como “Alah-la-ô” e “Odalisca” (ambas de Haroldo Lobo, a primeira em parceira com Nássara, a segunda com Geraldo Gomes) ia ao Saara – que foi pioneiro na organização dos primeiros bailes carnavalescos do Rio de Janeiro – para comprar suas fantasias para brincar o carnaval. Xerazade, então, faz de sua nova história das Mil e Uma Noites, uma grande festa, num cenário paradisíaco, onde as pessoas se vestem para extravasar a sua alegria... Desenvolvimento do enredo, pesquisa e texto: carnavalesco Marco Antonio em parceria com Thiago Meiners |
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