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A Saga de Alexandre
ENREDO 2014

A Saga de Alexandre


SINOPSE PARA OS COMPOSITORES:

A nossa história começa na corte macedônica. A rainha Olympias, iniciada nos cultos dionisíacos, aguardava o nascimento de seu primeiro filho Alexandre, herdeiro do rei Felipe. Mas o pai do menino não era um homem, era um deus: Zeus, o senhor dos deuses do Olimpo, onde ocorreu uma grande festa, pois do novo príncipe se esperavam façanhas dignas dos grandes heróis do passado.

À medida que o menino crescia, as guerras se tornaram uma ideia fixa em sua mente juvenil e se interessava cada vez mais pelas obras-primas da literatura grega, que narravam as mais incríveis batalhas, sobretudo a Ilíada e a Odisseia, e sonhava um dia realizar grandes façanhas nos campos de batalha. Seu principal mestre foi Aristóteles, que o instruiu na cultura grega em geral e lhe deu aulas de filosofia.

Alexandre se juntou ao rei Felipe, numa expedição militar para unir todas as cidades gregas e liderá-las contra um antigo inimigo em comum, o descomunal Império Persa, que mantinha sob seu domínio diversas cidades gregas.

Na Batalha de Queroneia, Alexandre estreou em combate liderando a cavalaria do exército de Felipe contra a elite das tropas de Tebas, o temido Batalhão Sagrado, montado em seu célere corcel, Bucéfalo. Ao final da Batalha, a Grécia foi unificada, o rei Felipe foi morto e Alexandre tornou-se o rei da Macedônia.

A marcha contra os persas teve início e Alexandre tornou-se o grande libertador dos gregos da Jônia sendo aclamado como o libertador. Travou intensa batalha contra os terríveis piratas da costa da Líbia e fundou, no litoral egípcio, a cidade de Alexandria, um dos principais entrepostos comerciais da Antiguidade. Alexandre passou a ser considerado no Egito um sucessor dos divinos faraós.

A empreitada contra os persas prosseguiu. Ninguém conseguia conter a sua fome de conquistas e a sua curiosidade de conhecer novas terras, novos povos e novos costumes. Nem mesmo as tempestades de areia dos desertos eram capazes de impedir o seu avanço. Os persas o chamavam Ahriman, o deus vingativo.

Em Gaugamela travou-se a batalha decisiva entre as forças persas e o exército de Alexandre. Vencido o exército de Dario III, foi tomada a imponente Babilônia, o coração do mundo.

No oriente, na distante região de Sogdiana, casou-se com Roxana, tornando-a sua rainha. A essa altura, Alexandre já havia conquistado toda a Pérsia. Rumou com suas tropas à longínqua Índia, a qual os gregos consideravam os confins do mundo. Lá combateu os valentes guerreiros indianos, que lutavam montados em enormes elefantes, e levou para a sua corte os sábios indianos, os gurus.

No entanto, esgotado de tantas batalhas e compadecido com suas tropas, o rei mostrou-se nobre de coração e decidiu regressar com seu exército à sua terra natal, pondo fim aos seus desbravamentos. Em sua epopeia, Alexandre alcançou as mais altas glórias que um homem poderia alcançar, construindo até então o maior império da Terra.

Suas batalhas têm sido estudadas por historiadores e militares durante séculos. Suas glórias inspiraram pintores, escultores, historiadores, artistas, literatos, novelistas e até o cinema. Seu maior legado, no entanto, não foi o vasto império conquistado, mas a ampla difusão da civilização grega (o helenismo). Como dizia o próprio Alexandre: "É encantador viver com coragem e morrer deixando uma fama duradoura".

 

SINOPSE GERAL:

O nascimento de um semideus

A nossa história começa na corte macedônica. Olympias - uma bela rainha, mulher de hábitos incomuns e iniciada nos cultos dionisíacos - aguardava o nascimento de seu primeiro filho, Alexandre. E a ansiedade no reino era grande pela chegada do herdeiro do rei Felipe. Mas o que apenas Olympias sabia é que o pai do menino não era um homem, e sim um deus: Zeus, a deidade suprema do panteão grego. E segundo dizem, no dia em que Alexandre nasceu, o deus soberano deu uma grande festa no Olimpo, pois dele esperava façanhas dignas dos grandes heróis do passado.

 

A infância de Alexandre

À medida que o menino crescia, se interessava cada vez mais pelas obras-primas da literatura grega, que narravam as mais incríveis batalhas, sobretudo a Ilíada e a Odisseia, e sonhava um dia poder repetir os feitos dos heróis gregos, como Aquiles, Ulisses, Ajax e Diomedes.

De fato, as guerras se tornaram uma ideia fixa em sua mente juvenil e sempre que seu pai, tendo vencido alguma batalha, retornava triunfante à Macedônia, resmungava: "Em breve não restará nenhum nobre feito para mim e nenhuma cidade para conquistar, Felipe ficará com toda a glória". O rei tinha muito orgulho de Alexandre e lhe deu uma educação para formar um monarca e, além de garantir que ele fosse instruído nas técnicas de combate, cuidou que recebesse lições de filosofia. Seu principal mestre foi o renomado filósofo Aristóteles.

Embora estudioso, cultivava um grande apreço pela aventura e se entretinha com a perigosa caçada ao leão, seu esporte predileto, e com a equitação. Certo dia, um vendedor de cavalos ofereceu ao rei Felipe um magnífico corcel, o mais belo que havia chegado à Macedônia, porém, ele se mostrava extremamente agitado, a ponto de os lanceiros do exército aconselharem o rei a devolvê-lo ao dono. Alexandre, que não passava de um menino, chamou os homens de ignorantes e se ofereceu para montar o cavalo e mostrar a Felipe que valia a pena comprá-lo. Dito e feito. Alexandre amansou o cavalo e deu-lhe o nome de Bucéfalo, o qual mais tarde o acompanhou em várias batalhas. E o rei Felipe encheu-se de orgulho.

 

A unificação da Grécia e seu novo rei

Assim que Alexandre saiu da adolescência, Felipe considerou encerrada a sua formação e resolveu levá-lo consigo para uma expedição militar, embora fosse ainda muito jovem. Por essa época, o rei tinha um projeto ambicioso, unir todos as cidades gregas e liderá-las junto com a Macedônia contra um antigo inimigo em comum, o descomunal Império Persa, que outrora travou violentas guerras contra os gregos e contra os próprios macedônios, mantendo ainda sob seu domínio diversas cidades gregas. No entanto, embora o rei desejasse ter os gregos como aliados, os oradores helênicos insuflavam a população contra Felipe, a quem chamavam de tirano, acusando-o de tentar tirar proveito da situação, tornando-se o senhor da Grécia, sob o pretexto de atacar os persas.

Logo uma árdua batalha teve início. Na Batalha de Queroneia, o próprio Alexandre, estreante em combates, liderou com muita competência a cavalaria do exército de Felipe contra a elite das tropas de Tebas, o temido Batalhão Sagrado. Contida a revolta, finalmente a Grécia foi unida em uma coligação contra a Pérsia, mas um inesperado acontecimento mudou os rumos da história e a vida de Alexandre. Felipe foi morto em um atentado e Alexandre tornou-se o rei da Macedônia, coroando-se em Pelas, a capital do reino.

 

O novo deus dos egípcios

Na Grécia e na própria Macedônia, não foram poucos os que pensaram que a marcha contra o Império Persa, do rei Dario III, estivesse encerrada antes mesmo de começar, mas para a surpresa de todos o novo rei, que há pouco não passava de um menino, liderou pessoalmente o seu exército rumo à Ásia, magnífico como um deus, montado em seu célere corcel, Bucéfalo.

A marcha contra o inimigo teve início e uma a uma as cidades gregas da costa jônica, então sob o jugo persa - como Éfeso, Mileto e Halicarnasso - foram sendo libertadas.  E a jornada prosseguiu, uma após outra as fortalezas inimigas foram cedendo, até que Alexandre finalmente tornou-se o grande libertador dos gregos da Jônia. Em Isso, os persas sofreram dura derrota e a mãe de Dario III fora deixada para trás, sendo, porém tratada como uma rainha por Alexandre.

Uma antiga lenda dizia que havia uma carroça atada por um nó no oráculo de Górdio, cidade da Ásia Menor, e que quem conseguisse desfazê-lo se tornaria o senhor da Ásia. Alexandre se dirigiu ao oráculo e após muitas tentativas, como não conseguia desatá-lo, para o espanto de todos, cortou-o com sua espada. De qualquer forma, acabou por se tornar em pouco tempo o senhor da Ásia.

Libertadas as cidades gregas, o jovem rei decidiu-se por marchar para o Egito, com metade de seu exército acompanhado de perto por sua frota marítima, que lhe seguiu até o Egito. Conquistando todas as cidades que encontrava pelo caminho, como Damasco e Gaza, confrontou-se com os valorosos guerreiros da Palestina.

Era sabido que os egípcios não simpatizavam muito com os persas, que tomaram-lhe seu território, mas que ao contrário sempre tiveram em grande estima os gregos. Sendo assim, ao chegar na cidade de Pelúsio, no Egito, foi aclamado como seu libertador. De lá, decidiu embarcar com seu exército e travou uma intensa batalha contra os terríveis piratas da costa da Líbia e em seguida, fundou, no litoral, a cidade de Alexandria, que se tornou em pouco tempo uma dos principais entrepostos comerciais da Antiguidade.

De Alexandria rumou até o santuário do deus Amon, em Sivas, e ouviu da divindade que seu pai era um deus. Surpreso com a revelação, o nosso herói declarou ao egípcios que Amon e Zeus eram um só deus e passou a ser considerado no Egito um sucessor dos divinos faraós.

 

A conquista do coração do mundo

A empreitada contra os persas prosseguiu. Os mais largos rios eram transpostos pelos estratagemas de Alexandre, ninguém conseguia conter não apenas a sua fome de conquistas, mas também a sua curiosidade de conhecer novas terras, novos povos, novos costumes. Nem mesmo as tempestades de areia dos desertos eram capazes de impedir o seu avanço. Apavorados, os persas fraquejavam em cima de seus cavalos e camelos e diziam que ele era a encarnação de Ahriman, o vingativo deus da mitologia persa.

Num lugar conhecido como Gaugamela, travou-se a batalha decisiva entre as forças persas e o exército de Alexandre. Vencido o exército de Dario III, o caminho estava livre para a tomada da imponente Babilônia, o coração do mundo, que se entregou sem derramamento de sangue, pois reconheceram que por um lado não havia como resistir àquele semideus e que por outro, Alexandre lhes permitiria manter seus costumes e sua religião como sempre fazia ao conquistar uma cidade.

 

Nos confins do mundo

No oriente, na distante região de Sogdiana, havia uma fortaleza inexpugnável, pois ficava no alto de uma rocha, que ninguém ainda conseguira escalar, e, por isso, o sátrapa local debochou de Alexandre, gritando que só se renderia quando nascessem asas em seus soldados. Porém, Alexandre contava com guerreiros de regiões montanhosas em suas fileiras e estes conseguiram escalar a rocha. Vendo-se cercado o sátrapa se rendeu. Ao entrar na residência do sátrapa, Alexandre ficou encantado com sua filha, Roxana, e dela enamorou-se perdidamente, tornando-a sua rainha.

A essa altura, não havia na Pérsia ninguém em condições de ameaçar a sua marcha ao oriente e tão logo conseguiu apoderar-se de todo império, com o reforço dos próprios persas nas fileiras de seu exército, rumou com sua rainha em direção à longínqua Índia, um país de cuja existência ele mesmo duvidava antes de sair da Macedônia.

Chegando ao que os gregos consideravam os confins do mundo, encontrou um território de dificílimo acesso, com selvas das quais dizia-se que saíam fantasmas à noite para atacar os homens e opôs-se aos valentes guerreiros indianos, que lutavam montados em enormes elefantes. Assim como ocorreu na pérsia, o rei macedônico deslumbrou-se com os costumes da Índia e levou para a sua corte vários sábios indianos, os chamados gurus, conquistou diversas cidades e enviou diversas espécies de animais para seu mestre Aristóteles, criador da Zoologia e da Botânica. No entanto, esgotado de tantas batalhas, seu exército pensava apenas em regressar à pátria. Compadecido com suas tropas, o rei mostrou-se mais uma vez nobre de coração e decidiu-se por regressar com seu exército, pondo fim aos seus desbravamentos. Em sua epopeia, Alexandre alcançou as mais altas glórias que um homem poderia alcançar, construindo até então o maior império da Terra.

 

O legado cultural

Em sua jornada, Alexandre foi acompanhado por vários artistas em sua corte, entre eles, Apeles, considerado um dos maiores pintores da Antiguidade e o igualmente renomado escultor Lisipo. Tais artistas retratavam Alexandre em suas obras, o que inspirou tantos outros a fazerem o mesmo, de tal forma que desde então, busca-se representá-lo em vários campos da arte, inclusive na música e na literatura. Suas batalhas têm sido estudadas por historiadores e militares ao longo de séculos e mais séculos. Durante a Idade Média, foi tema de várias novelas de cavalaria. Mais recentemente o cinema, por sua vez, também prestou o seu tributo a um dos maiores conquistadores da história. Seu maior legado, no entanto, não foi o vasto império conquistado, mas a ampla difusão da civilização grega pelo mundo.

 

"É encantador viver com coragem e morrer deixando uma fama duradoura". Alexandre, 326 AC.

 

Carlos Augusto

 

BIBLIOGRAFIA:

- DIODORO SÍCULO. Bibliothèque historique. Paris: Les Belles Lettres, 1976.

- MANFREDI, Valerio Massimo. Aléxandros. O sonho de Olympias. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1999.

- _________________________. Aléxandros. As areias de Amon. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1999.

- _________________________. Aléxandros. Os confins do mundo. Rio de Janeiro: Ed. Rocco, 1999.

- PLUTARCO. Vidas Paralelas: Alexandre e César. São Paulo: Ed. L&PM, 2000.

- WEPMAN, Dennis. Os grandes líderes: Alexandre o grande. Nova Cultural, 1988.