PRINCIPAL EQUIPE LIVRO DE VISITAS LINKS ARQUIVO DE ATUALIZAÇÕES ARQUIVO DE COLUNAS CONTATO |
||
SINOPSE
ENREDO 2010
Atos do Brasil Autor:Raphael Soares SINOPSE No ato 1 - Os padres da chamada Companhia de Jesus que vieram para o Brasil, tinham como principal objetivo a catequese dos índios. Eles encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências positivas para o desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de "civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro, pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do que um sermão, pôr exemplo. As primeiras peças foram, então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizavam de elementos da cultura indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que o índio já tinha absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio, falando de coisas que ele conhecia. Misturados a esses elementos, estavam os dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da Companhia - a catequese - não se perdesse. As peças eram escritas em tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então "chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios, imperadores e, pôr vezes, representavam apenas simbolismos, como o Amor ou o Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para se evitar uma certa "empolgação" nos jovens. Os atores, nessa época, eram os
índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos
amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas
praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome de mais destaque
da época é o de Padre José de Anchieta. Atos do Brasil 2 - “A Fanfarra Independente
dos Românticos” A vinda da família real para o Brasil, em 1808, trouxe uma série de melhorias para o Brasil. Uma delas foi direcionada ao teatro. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia a necessidade da construção de "teatros decentes". Na verdade, o decreto representou um estímulo para a inauguração de vários teatros. As companhias teatrais, pôr vezes de canto e/ou dança (bailado), passaram a tomar conta dos teatros, trazendo com elas um público cada vez maior. A agitação que antecipou a Independência do Brasil foi refletida no teatro. As platéias eram muito agressivas, aproveitavam as encenações para promover manifestações, com direito a gritos que exaltavam a República. No entanto, toda esta "bagunça" representou uma preparação do espírito das pessoas, e também do teatro, para a existência de uma nação livre. Correria nos bastidores! O
blackout é o tempo que os atores tem para a mudança de trajes. No ato número
dois vamos mostrar a Época Romântica... Desde a Independência, em 1822, um exacerbado sentimento nacionalista tomou conta das nossas manifestações culturais. Este espírito nacionalista também atingiu o teatro. No entanto, a literatura dramática brasileira ainda era incipiente e dependia de iniciativas isoladas. Muitas peças, a partir de 1838, foram influenciadas pelo Romantismo, movimento literário em voga na época. Atos do Brasil 3 - “A Revista Realista” Em uma nova montagem vamos mostrar em ato único a Época Realista do teatro nacional que aconteceu na metade do Século XIX. Com o texto “A Revista Realista”. O Realismo na dramaturgia nacional pode ser subdividido em dois períodos: o primeiro, de 1855 - quando o empresário Joaquim Heliodoro monta sua companhia - até 1884 com a representação de O mandarim, de Artur Azevedo, que consolida o gênero revista e os dramas de casaca. O segundo período vai de 1884 aos primeiros anos do século XX, quando a opereta e a revista são os gêneros preferidos do público. Essa primeira fase não se completa em um teatro naturalista. À exceção de uma ou outra tentativa, a literatura dramática não acompanhou o naturalismo pôr conta da preferência do público pelo "vaudeville", a revista e a paródia. A renovação do teatro brasileiro, com a consolidação da comédia como gênero preferido do público, iniciou-se quando Joaquim Heliodoro Gomes dos Santos montou seu teatro, o Ginásio Dramático, em 1855. Esse novo espaço tinha como ensaiador e diretor de cena o francês Emílio Doux que trouxe as peças mais modernas da França da época. O realismo importado da França
introduziu a temática social, ou seja, as questões sociais mais relevantes do
momento eram discutidas nos dramas de casaca. Era o teatro da tese social e da
análise psicológica. Atos do Brasil 4 - “A República dos Mil e
Novecentos” Com um texto mais atual da história, vamos mostrar no formato de teatro musical a peça “A República dos Mil e Novecentos”. Em ato único. São infindáveis as tendências do teatro contemporâneo. Há uma permanência do realismo e paralelamente uma contestação do mesmo. As tendências muitas vezes são opostas, mas freqüentemente se incorporam umas as outras. Em 1900, o teatro deu seu grito de liberdade. Embora tenha enfrentado as mais duras crises políticas do país, conseguiu com muita luta estacar sua bandeira e marcar sua história. De Uma nova ideologia começava a surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald de Andrade enfrentando desinibido e corajoso, a sufocante ditadura de Getúlio Vargas. Em 57, meio a preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi a porta de entrada de muitos amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se verdadeiras personalidades do mundo artístico. Já em 64 com o Golpe Militar, as
dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. A censura chega
avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e
exilar-se em outros países. Atos do Brasil 5 - “Aplauso” Também em ato único, a última peça que apresentamos se chama “Aplauso” Nesse texto fazemos o nosso agradecimento a todos os profissionais que fazem a chama de todos os teatros do Brasil continuar acesa e iluminando as gerações futuras. Com textos, criações, recriações, festivais... Esse palco é de todos vocês! O Teatro vem da Grécia! Foram os
gregos que criaram, dentro do universo artístico, a Tragédia Grega, que fala
sempre sobre realidades e mitos. As histórias das tragédias sempre eram
conhecidas de todos, falava de heróis legendários, em luta com o austero e
implacável destino; e dos deuses, sempre participantes no sentido de
recompensar a coragem e punir a rebeldia. E assim, a partir da forma comportamental
do herói diante das imposições do destino, organizava-se a ação dramática. Hoje
o nosso herói é o próprio teatro. Nessa peça os atores encenam o público que num ato de êxtase no final de cada espetáculo aplaude o que acabara de assistir... Na Grécia antiga, a platéia de espetáculos teatrais passou a usar as palmas para invocar os espíritos protetores das artes. E nessa arte hoje os aplausos são muitos! São para as Bibis, para os Suassunas, para os Falabellas, para os Augustos, Anchietas, Rasis e Vianas. São para os Machados, Para os Torres, Montenegros, Rodrigues, Andrades, Carusos, Penas e Soares. Seja Assunção, Nogueira, Adelaide, Buarque ou Fossari. Seja Couto, Veloso, Guarnieri, Bivar, Freire ou Veríssimo... E tantos outros nomes e sobrenomes... A Colibris bate asas! E dedica todo esse desfile exaltado em palmas pra vocês! Muito Obrigado! Acabou o espetáculo... As cortinas se fecham e a emoção corre solta... A Orquestra de tamborins, cavaco e afins silencia... Até a próxima peça... SINOPSE, EM FORMA DE POESIA, PARA OS COMPOSITORESVoa cintilante pela história da arte! E assim... Transforma Shakespeare em artista Tupiniquim E se apaixona pela arte do ser ou não ser... Seja drama ou comédia no palco principal A cortina se abre no terceiro sinal! Uma grande peça com cenário brasileiro Em cinco atos mostra o nosso teatro altaneiro No alvorecer do novo mundo Anchieta anuncia! O show vai começar! “Seja em nome do pai ou do filho...” Os Jesuítas aos índios vão ensinar Na catequese teatralizada, a nova fé vai germinar Santos ou demônios? Padres ou Indígenas? Na caracterização, a verdade está na mentira Na troca dos cenários a bagunça está no texto Nossa arte agora sofre influências do estrangeiro O romance está no ar e a independência vai gritar E nossa gente a exaltar um Brasil mais brasileiro Terra das comédias de Pena julgadas no sertão Que na revista da realidade... Vai de encontro a São Luís do Maranhão Donzelas francesas ou escravos libertos? Nessa revista teatral quem não se engana é esperto! Enfim... Liberdade! E mais mil e novecentos novos conceitos Que na lixeira a censura jogou junto com nossos direitos Mas os reféns da castidade Hoje são exemplos da posteridade Artistas com garra e amor no coração São os espelhos da nova geração... Geração da recriação! Saltimbancos nacionalistas Que trazem da Grécia a inspiração No último ato vem a consagração A quem de alma se expôs e teve coragem Ao fechar as cortinas é o fim da montagem Nossos aplausos! Nossa verdade! A Colibris encerra o seu vôo e faz sua homenagem... Data para a entrega: Até Às 23h59min do dia 12 de outubro de 2009 (a data não será adiada). |
Tweets by @sitesambario Tweets by @sambariosite |