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Amazônia
- Jacutingas a Inspiração, da minha Aldeia ecoa o Grito
pela Preservação (Chatuba de Mesquita - 2020)
Enredo desenvolvido pelo carnavalesco Alex Carvalho
Texto e pesquisa: Alex Carvalho, Caio Cidrini e Arthur Gabriel Logo Alex Carvalho e Lucas Guerra SINOPSE A Amazônia é um dos patrimônios mais valiosos de toda a humanidade e a maior reserva natural do globo terrestre. Com sete milhões de quilômetros quadrados, o bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental, hídrico e climático do nosso mundo. Sem ela, o planeta pode até sobreviver. Nós não. AMAZÔNIA – JACUTINGAS A INSPIRAÇÃO, DA MINHA ALDEIA ECOA O GRITO PELA PRESERVAÇÃO A natureza chora ao ver a sua floresta arder em chamas. Nossa biodiversidade repousa em cinzas, tal qual asfalto, por causa da ganância de poucos que já tem muito e querem ainda mais. Ganância que durante 520 anos destruiu e destrói nosso bem mais precioso: a Amazônia. Para eles, não há descanso enquanto não houver mais um único tronco em pé, um único rio limpo, uma única ave cantando e um único índio em paz. Hoje, a Chatuba se inspira em seu passado jacutinga para fazer ecoar um grito pela preservação da floresta. “Se Deus me deu vou preservar Meus filhos vão se orgulhar A Amazônia é Brasil, é luz do criador” (Beija-Flor, 2004) A Amazônia é berço da maior bacia hidrográfica do mundo. Todos seus rios, córregos, ribeirões e demais cursos de água deságuam no rio Amazonas, o rio-mar que nasce nas cordilheiras peruanas e corta 5 países e 7 estados brasileiros. Lar de mais de 3 mil espécies de peixe, as águas amazônicas também abrigam a rainha da flora aquática, a vitória-régia. Com uma fauna que acolhe 150 mil outras espécies, como as araras, onças e outros símbolos da nossa floresta, a Amazônia é a casa de 20% de todos os animais do planeta. “É o rio que corre a caminho do mar A flor que se abre na primavera Do ventre a esperança que vem renovar O sonho de uma nova era” (Portela, 2008) Em meio ao risco iminente da destruição total da sua terra, os povos amazônicos resistem. Índios, caboclos e ribeirinhos batem o pé no chão para manter sua tradição e deixar acesa a chama da sua cultura. Entre carimbós, boi-bumbás, lendas e mistérios como os do Boto e de Iara, o folclore amazônico se perpetua. Em sua religiosidade, Nossa Senhora de Nazaré dá forças para persistir. “Oh mãe senhora, sou teu romeiro A ti declamo em oração… Oh mãe, mesmo se um dia a força me faltar A luz que emana desse teu olhar Vai me abençoar” (Imperatriz Leopoldinense, 2013) Evocamos, por fim, os seres mitológicos capazes de proteger a floresta. Que curupira despiste e faça joça de todo caçador e que a chama de boitatá se levante contra todo aquele que ousar atear fogo às nossas árvores. Com o espírito de preservação deles, a águia une as tribos de hoje e de ontem para que possamos ter um amanhã. Em uma só voz gritamos pela Amazônia. “Deixe nossa mata sempre verde Deixe nosso índio ter seu chão.” (Mocidade, 1983) |
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