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SINOPSE
ENREDO
2017 “O CCV Cangaceiros traz para o carnaval de 2017 o enredo “Em uma viagem encantada, do Pétaso ao Solidéu. O Cangaceiros é de tirar o chapéu!”, assinado pelos carnavalescos Thales Porto e Wiler Dias. Nesta viagem por mundos e tempos, nosso grande Chapeleiro Maluco visita vários momentos do mundo real e do irreal em busca de conhecer a origem do chapéu e sua grande influencia no mundo. Com sede de conhecimento nosso amigo embarca nesta loucura, conhece pessoas e acontecimentos que por muitas vezes esquecidos de volta ao tempo. Mas nessa viagem, algo por dentro pode mudar, ao conhecer um Cangaceiro abatido, sua vida se transformará. Está preparado para embarcar nesta viagem? Aperte o sinto, que o nosso sonho já vai decolar!” Enredo: “Em uma viagem encantada, do Pétaso ao Solidéu. O Cangaceiros é de tirar o chapéu!” Um despertar de curiosidade misturada com um pouco de mágica, me fez partir em uma incrível viagem. Eu e minha cartola seguimos caminho, além do tempo, além dos mundos, para conhecer e contar uma história um pouco esquecida, mesmo sendo uma história de tirar o chapéu! Embarcando então nos ventos protegidos pelos deuses do tempo e da magia, fui parar em um período antigo, antes de qualquer civilização. Em uma tal de pré-história, seres muito parecidos conosco usavam gorros de pele para se proteger dos perigos e do clima. Logo dando continuidade a viagem há milhares de anos atrás, fui parar em um lugar chamado Egito. Lá, escravos e faraós eram reconhecidos pelo tamanho do seu adorno de cabeça; O Deus Rá, muito famoso na região, usava o maior de todos para demonstrar quão poder possuía. Cada Deus com seu tamanho, cada Deus com sua força, para assim manter a fé do povo que a muito já andava desacreditado. Perdi-me em um mundo atemporal, mas por aqui percebi a importância do chapéu na religião. No Cristianismo, o solidéu e a mitra sempre referenciam a importância e o poder de Deus. E como não reconhecer o fiel por este, como o chapéu do Rabino? Aqui também ouvi histórias de uma religião muito antiga, contando histórias de Orixás que também carregavam estes costumes. Abrindo os caminhos, Exu e sua cartola vem a frente, onde Mãe Oxum, rainha da beleza; Xangô, guerreiro; Pai Ogum e Iansã, entre outros vem mostrar sua santidade e realeza. Tive o prazer de conhecer, na Grécia antiga, o primeiro chapéu da história, o tal do Pétaso. Dizem por ai que eram bons para a luta, já que protegia mesmo sendo fácil de retirar. Já em Roma, chapéu era coisa de gente importante, os escravos eram proibidos de usá-los. Sendo assim, não é que os alforriados criaram um só para eles? O Bonnet Rouge expressava o sabor de vitória da sonhada liberdade. E ainda ficou famoso. Nessa viagem tão inusitada atravessando continentes, conheci grandes diversidades, tais chamados elmos, que eram usados por guerreiros. Cada realeza tinha sua guarda personalizada, seja por cor ou formato. Os reis faziam questão de carregarem coroas exuberantes. E também chapéus com chifres já dos guerreiros Vikings. A realeza usa chapéus de formatos diferentes, estes quais a minha rainha iria querer possuir também. Quando passei pela “Idade Média”, o tal do véu virou moda. Minha viagem foi ficando cada vez mais interessante, quando cheguei a um novo tempo, a que chamaram de Renascença, muito mudou. No século XIV, o chapéu muito melhorou; reduziu, virou moda, ganhou estilo. Misturaram seus formatos, até mais leves e mais bonitos. Agora artigo de luxo, desfile de moda era Chanel, o chapéu voltou como item chique, ícone de beleza. A França virou nova casa, o chapéu ganhou nova realeza. As andanças continuam e muitas figuras importantes conheci nessa jornada. Passei pelo tão temido Napoleão Bonaparte, mas o baixinho antipático não quis cumprimentos. Fui apresentado então ao “grande” Santos Dummont, figura visionária tinha na cabeça seu marcante chapéu e em seu coração um grande sonho de voar. O cineasta que preferia o silencia quando me viu gritou um “Ola!”, seu chapéu coco virou moda mundial, e seus filmes verdadeiros clássicos. Uma mulher virou marca, afinal “O quê que a Baiana tem?” muitas frutas a cabeça e um gingado exuberante! Muito bem acompanhada vivia sempre cercada, malandros de fato faziam o som para a bela artista cantar. A simpática senhora jamais negou a coroa britânica, mas prefere lançar moda pelo mundo a fora. Ao caminhar por estas terras percebi quão importante o chapéu se tornou. Ofícios necessários o utilizam com prazer. Estes chapéus conhecidos por anônimos são usados, mas por todos reconhecidos. Falando em famoso, quanta felicidade conhecer mais um rei. Mas este não possui castelo ou guardas. É o rei do Pop que conquistou a todos, e nunca abandonou seu vicio de criança… o chapéu. Por exércitos passei, multidões atravessei, mas por um povo me apaixonei. Neste grande Brasil brasileiro tive muito que aprender e foi no sertão que conheci um mundo a parte. O chapéu do cangaceiro já pesava como chumbo, já que o coração seco estava e não tinha forças para reerguer. Foi então que fiz questão de partilhar minha magia e em meu guia o transformei. Logo de cara me levou a um lugar encantado, e em Pernambuco o Maracatu me apresentou. Em uma bagunça organizada o povo festejava São João, percebemos logo a semelhança com o espantalho da plantação. Mas os Cowboys, povo alinhado, disseram-me que só andavam de cavalo adestrado, bota brilhando, chapéu bem colocado, mas só era reconhecido com um cinto bem espelhado. Engraçado mesmo é o tal do reggae, com cores diferentes e um axé próprio, faz a cabeça de quem vê. Quando encantados já estávamos, um novo mundo nos fascinou. Chegamos entrando na maior festa do mundo, o incrível carnaval. Tantas pessoas compartilhando uma mesma emoção, deixando o samba ser o ritmo do seu coração. O chapéu Panamá caracterizava uma gente que nunca vimos igual. Um novo império foi possível reconhecer, pela coroa do rei Momo a folia nós pudemos ver e cair no samba nos foi permitido. Mas nessa monarquia nada de guerras e destruição, os guerreiros são os sambistas, a obrigação é a alegria; pavilhões unidos, o samba reina aqui. Este grande rei conduz a maior festa brasileira. E nesta festa mais um amigo fizemos e na companhia do Zé Carioca tivemos que partir. Este maluco beleza, para novos mundos nos levou, sendo estes tão, tão distantes. Nestes lugares percebemos que o lobo continua a rondar, mas a busca da felicidade torna este mundo um lar. Grande companheira, a menina do chapéu vermelho, além de muitos outros amigos. Bruxas, magos e Duendes nos fazem na magia acreditar. O Mágico de Oz tentou nos iludir, mas somos loucos demais para em um conto cair. Ratinho Ligeirinho de chapéu mexicano, só não mais estranho que o menino que não cresce. E o pirata, que loucura! Nem ousamos aproximar. Aquela caveira reconhecemos de longe… seu caminho não queremos cruzar. Após longa viagem, chegou a hora de voltar para casa, mas o Cangaceiro de mim não desgrudou. Vamos então juntos espalhar boas recordações e contar histórias engraçadas. Muitos chapéus para a rainha estamos levando, afinal, não queremos perder a cabeça nem sonhando. Tanta alegria vamos compartilhar, assim como tantos outros que pudemos provar. Um grande festejo do chapéu vai acontecer, para ao povo apresentar, a grande variedade ao qual foi permitido conhecer. Aqui nós nos despedimos, mas todos vocês em sonhos vamos lembrar! Já não sabemos o que é real ou imaginário, mas a partir de agora a esperança reinará. Antes que esqueça, muitos nomes já deram e continuam a nomear, mas a partir de agora de Cangaceiro Maluco vocês podem chamar! Carnavalescos: Thales Porto e Wiler Dias |
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